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Tireoidite de Hashimoto Tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo primário nas regiões em que os níveis de iodo na dieta são adequados. Na tireoidite de Hashimoto ocorre a destruição autoimunitária da glândula, acompanhada de infiltrado linfoide e atrofia do parênquima. A evolução natural da tireoidite de Hashimoto é perda progressiva da função tireoidiana, embora possa haver inicialmente hipertireoidismo transitório devido a liberação de grânulos de hormônios que são liberados com a destruição celular. Tireoidite de Hashimoto resulta de resposta autoimunitária humoral e celular. A destruição progressiva do parênquima ocorre por: 1. Linfócitos citotóxicos (lt cd8+). 2. Macrófagos estimulados pelo ifn-γ liberado por linfócitos t auxiliares (cd4+). 3. Citotoxicidade celular dependente de anticorpos (ADCC), mediada por células NK e anticorpos. Na microscopia: As células foliculares sofrem modificações e se tornam volumosas, com citoplasma acidófilo ou granular e núcleos redondos e pleomórficos. Na microscopia: Pode haver aumento volumétrico gradual da glândula por intensa proliferação de feixes fibrosos hialinizados, infiltrado linfoide e aglomerados de células oxifílicas. Na fase avançada, a tireoide pode apresentar hipotrofia acentuada (chega a pesar cerca de 5 g ou menos), ficando constituída por raros folículos, tecida fibrosa e infiltrada de células mononucleares. Em aumento maior, os folículos são atróficos e contêm pouco ou nenhum colóide. O aspecto tem semelhanças com a doença de Graves. As diferenças são que na tiroidite de Hashimoto o infiltrado é mais intenso, as células foliculares são menores e não têm aspecto sugestivo de hiperatividade funcional. Clinicamente: doença manifesta-se por aumento de volume da tireoide, que apresenta consistência firme, superfície geralmente lobulada e menor mobilidade. Às vezes, são palpados nódulos. A tiroidite de Hashimoto, como a doença de Graves, tem mecanismo autoimune. Como todas as doenças da tiróide, predomina em mulheres (10:1 a 20:1). Ocorre geralmente na meia idade. Contudo, ao contrário da doença de Graves, causa hipotireoidismo de Hashimoto, por destruição dos folículos tiroidianos pela reação imune. É a causa mais comum de hipotireoidismo em regiões onde não falta iodo. Macroscopicamente, há moderado aumento difuso da glândula, que assume cor branco-acinzentada, devido ao predomínio do infiltrado inflamatório. A reação autoimune estimula tanto a formação de anticorpos contra vários antígenos tiroidianos, como a destruição de células foliculares por linfócitos T citotóxicos (mecanismos de imunidade humoral e celular).
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