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SOCIALIZAÇÃO Abaixo veremos os fatos mais importantes da socialização na sociedade, desde os conceitos a importância dela no nosso dia a dia. O que é Socialização (definição): Socialização é o ato ou efeito de socializar, ou seja, de tornar social, de reunir em sociedade. É a extensão de vantagens particulares, por meio de leis e decretos, à sociedade inteira. É o processo de integração dos indivíduos em um grupo. Em Sociologia, socialização é o processo pelo qual o indivíduo, no sentido biológico, é integrado numa sociedade. Através da socialização o indivíduo desenvolve o sentimento coletivo da solidariedade social e do espírito de cooperação. Adquirindo os hábitos que o capacitam para viver numa sociedade. Socialização significa aprendizagem ou educação, no sentido mais amplo da palavra, aprendizagem essa que começa na primeira infância e só termina com a morte da pessoa. A socialização implica na adaptação a certos padrões culturais existentes na sociedade, ou seja, é a tendência para viver em sociedade, é a civilidade (conjunto de formalidades, observadas entre si pelos cidadãos, quando bem educados). Por socialização, escreve o sociólogo pernambucano Gilberto Freire (1900-1987) “É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um grupo ou de vários grupos.” Processo de Socialização: Na sociologia, o processo de socialização é fundamental para a construção das sociedades a qual ocorre em diversos espaços sociais. Ou seja, é pelo processo de socialização que os indivíduos interagem e se integram por meio da comunicação, ao mesmo tempo que constroem a sociedade. A socialização (efeito de ser tornar social) está relacionada com a assimilação de hábitos culturais bem como ao aprendizado social dos sujeitos, na medida em que por meio dela os indivíduos aprendem e interiorizam as regras e valores de determinada sociedade, os quais vão se sentido membro e, portanto, se integrando a ela. Quanto a isso, vale lembrar as palavras do sociólogo francês Durkheim, quando afirma que: “A educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta”. De tal modo, o processo de socialização é desencadeado por meio da complexa rede de relações sociais estabelecidas entre os indivíduos durante a vida. Assim, desde criança os seres humanos vão se socializando mediante as normas, valores e hábitos dos grupos sociais que o envolvem. Observe que nesse processo, todos os sujeitos sociais sofrem influência comportamentais. Importante notar que existem diferentes processos de socialização de acordo com a sociedade que estamos inseridos. Qualquer que seja a classe social e a realidade, os processos de socialização são muito diversos e podem ocorrer entre pessoas que vivem numa favela, por exemplo, ou entre os burgueses que habitam a zona sul de São Paulo. No entanto, seja qual for a cor, a etnia, a classe social, todos os seres humanos desde cedo estão em constante processo de socialização, seja na escola, na igreja, na faculdade, no trabalho. Alguns fatores podem afetar esse processo, por exemplo, um local marcado por guerras. As consequências dos processos de socialização geralmente são positivas e resultam na evolução da sociedade e dos indivíduos. Por outro lado, as pessoas que não se socializam podem apresentar muitos problemas psicológicos, determinados, por exemplo, pelo isolamento social. O processo de socialização vem se alterando ao longo do tempo, através das mudanças da sociedade. Para tanto, podemos observar que os processos de socialização da antiguidade e da atualidade são bem distintos, com a evolução dos meios de comunicação e o avanço tecnológico. O papel da escola e da família no processo de socialização: A socialização é um processo que implica interação social, entre o individuo que está a ser socializado e a sociedade que o envolve. Este processo tem inicio na primeira infância e prolonga-se ao longo da vida, https://www.todamateria.com.br/relacoes-sociais/ https://www.todamateria.com.br/grupos-sociais/ https://www.todamateria.com.br/classe-social/ https://www.todamateria.com.br/isolamento-social/ denominando-se de socialização primária a que ocorre na primeira infância e socialização secundária a que ocorre a partir da fase da adolescência. É através da socialização que o individuo se torna um ser social, pensante, atuante, pois assimila a cultura, as normas, os comportamentos e as condutas do grupo social em que está inserido, é através deste mecanismo de construção e interiorização que a criança adquire comportamentos considerados adequados e corretos à sociedade e ao que dela é esperado, é também através do controlo social que são impostas regras de conduta que devem reger os comportamentos dos indivíduos de forma a harmonizar os padrões de convivência social. As crianças nas suas relações sociais com os demais descobrem que se torna necessária a reciprocidade para agir conforme as regras, tendo em conta que as regras são efetivas se as pessoas concordarem em aceitá-las. A família, a escola, os meios de comunicação social e outras instituições sociais que compõem a sociedade são os responsáveis, ou seja, são os agentes de socialização. A família e a escola são os grupos que têm maiores repercussões neste processo de socialização, a escola não só detém o papel de transmissão de conhecimentos científicos, denominada de socialização formal, como também cabe a esta o desenvolvimento de capacidades cognitivas, afetivas, capacidade de relacionamento em sociedade, competências comunicativas e participação na formação da identidade individual de cada aluno, denominada de socialização informal. A família é a base afetiva do indivíduo, é a esta que se delega a responsabilidade de satisfazer as necessidades básicas da criança logo à nascença, para além disto a transmissão de cultura que envolve todas as práticas e saberes acumulados de geração em geração dá-se também no seio desta instituição. A partir destas reflexões compreende-se a importância que a família e a escola têm como pilares para a formação da identidade e personalidade do individuo bem como transmissores dos princípios éticos e morais que permeiam a sociedade. Quais possíveis problemas para o individuo e para a sociedade caso haja falhas no processo de socialização: Os possíveis problemas para o individuo são doenças psicológicas como: Fobia social Na fobia social a pessoa se sente ansiosa em "situações sociais", quando poderia se sentir observada pelos outros. A pessoa fica insegura, temendo pelo seu desempenho e preocupada com o que poderão pensar dela naquele estado. O grau de ansiedade pode ser muito intenso, podendo chegar a uma crise aguda de ansiedade. As situações sociais temidas podem ser variadas, como escrever na frente dos outros, falar em público, comer em locais públicos, entrar em lugares cheios, ir a um evento social, fazer uma entrevista de emprego, encontrar um conhecido etc. O Transtorno de Ansiedade Social pode ser classificado em dois subtipos. Um subtipo denominado generalizado, na qual a pessoa teme quase todas as situações sociais: conversar, namorar, sair em lugares públicos, falar, comer, escrever em público, etc E um subtipo denominado não generalizado, ou restrito, no qual a pessoa teme uma ou poucas situações sociais específicas. Durante a situação social a ansiedade tende a persistir levando a pessoa a enfrentar níveis altos de sofrimento. Quando sai da situação, a ansiedade tende a diminuir significativamente, o que reforça tendências de fuga e evitação de novas situações. A própria expectativa de ter que enfrentar situações sociais já pode ativar ansiedade, levando a pessoa a evitar estas situações temidas. Este comportamento de evitação pode ir limitando significativamente a vida da pessoa. A fobia social se diferencia da timidez comum: (1) pelo grau de intensidade da ansiedade gerada antes e durante a situação social, e(2) pelo grau de prejuízos que traz à vida da pessoa, com comprometimentos que alcançam a esfera profissional, escolar e social. Por esta razão é também chamada de "timidez patológica". Pelo caráter pouco conhecido deste transtorno, muitas pessoas só procuram ajuda quando seu quadro está associado a outros problemas. A fobia social tende a abalar a auto-estima da pessoa e pode contribuir para o desenvolvimento de depressão, abuso de álcool e drogas e outros quadros ansiosos. A Fobia Social é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um transtorno psicológico. As pesquisas indicam que entre 4 e 12% de pessoas vão apresentar transtorno de ansiedade social em algum momento de suas vidas. Depressão A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. Causas A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Além das doenças existem também as possíveis falhas na socialização do ser humano que resultam em pessoas sem éticas,e ignorantes que fazem escolhas ruins e podem se tornar criminosos. Bullying Para quem ainda não sabe, o Bullying é uma palavra inglesa que se refere aos abusos psicológicos, sociais ou físicos realizados pelos denominado ‘violentões’, e este é um tema atual em que tanto os estudantes quanto os pais, assim é grande importância que você http://www.minhavida.com.br/temas/autoestima http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/13437-conheca-sete-funcoes-da-serotonina-no-organismo saiba mais sobre assunto para não se tornar a próxima vítima ou saber se seu filho está sofrendo com este tipo de violência. Além de ser um problema psicológico, social e físico, este problema presente nas escolas é unido a humilhações e intimidação das pessoas que são mais acomodadas e/ou passivas, pessoas estas que não possuem nenhuma condição de exercer poder sobre um grupo ou determinada pessoa. Para a surpresa de muitos, de acordo com especialistas, os Bullyings não ocorrem apenas em escolas, isto é, a prática deste tipo de violência também se faz presente em outros contextos, como no trabalho, na faculdade e até mesmo em relações entre vizinhos. Para que o Bullying se faça presente em qualquer situação, basta existir um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Em relação aos ambientes escolares, a grande parte das agressões é geralmente psicológica, a qual é resultante através da utilização negativa de apelidos e até mesmo de expressões desagradáveis direcionadas à vítima. No entanto, o bullying não se faz presente apenas através das agressões psicológicas, isto é, verbais, pois as agressões de caráter físico que podem ocasionar em problemas sérios à vitima. Existem muitos casos graves quanto ao bullying físico, sendo que o mais conhecido é o do jovem Curtis Taylor dos Estados Unidos, no qual após apanhar três anos no vestiário masculino do colégio onde estudava e ainda ter seus pertences roubados pelos valentões, Curtis se suicidou em 1993. Dentre as consequências desta violência, pode-se destacar a depressão, o estresse, a ansiedade, dores em diversas partes do corpo, aumento do consumo de álcool, abuso de drogas, perda de autoestima e problemas de relacionamento. Para muitos, o que pode parecer uma brincadeira inocente, estes atos podem deixar sequelas por toda vida, desta forma se faz importante comunicar aos pais de um amigo ou ao responsável pela escola o que está acontecendo, isto é, que a escola conta com o famoso Bullying. É importante também que os pais analisem o comportamento de seus filhos antes e depois da escola, sendo que se possível, procure conversar com os mesmos, perguntando se existe algo de errado ou até mesmo, procure conversar com amigos próximos ao seu filho para descobrir se eles não sabem de algo. Conclusão Vimos, neste trabalho, que o ser humano, na verdade, é fruto das relações sociais. Ao mesmo tempo em que ele é individual, é também coletivo, pois vive em um processo constante de transformação, desde o nascimento até sua morte, por meio de interações grupais (família, vizinho, trabalho), sendo influenciados por padrões culturais. A cultura fornece regras, padrões, crenças, etc., que são aprendidas no contexto das atividades grupais. Então, é a partir dessa realidade sócio-histórica que nos socializamos. Por isso, também estudamos os agentes socializadores do processo de socialização que são: família, a escola e os meios de comunicação em massa. E à medida que nos socializamos, que ampliamos nossas relações, vamos também adquirindo novos papeis sociais e status que determinam nossa posição social na sociedade. A partir da compreensão desses fenômenos sociais, temos condições de explicar por que somos do jeito que somos e entender a nossa identidade social. Mas vimos que tudo isso depende da capacidade de termos consciência de si mesmo, que também adquirimos, a partir das relações sociais e dos papeis que desenvolvemos.
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