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8 Banco de dados e cadastro de consumidores

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Banco de dados e cadastro de consumidores (art. 43)
Direitos dos consumidores 
-> Direito de acesso (caput e p. 6º): Garante ao consumidor que tenha acesso a informações dos bancos de dados relativos aos consumidores. Considerando os bancos de dados de caráter público, a ação cabível em caso de negativa de acesso a esses bancos de dados ou retificação destes, é a Habeas Data (art. 43, CF).
-> Direito à informação (p. 2º): O consumidor deve ter informado sobre esses bancos de dados, que seus dados foram coletados. O STJ, na súmula 359, entende que se o consumidor não for informado da existência desse cadastro, cabe dano moral em regra geral, constando no polo passivo de forma exclusiva, o banco de dados (SPC, SERASA), pois é este que deve notificar previamente. A exceção é que não cabe dano moral caso o consumidor já estiver negativado anteriormente por qualquer outro banco de dados, pois em tese já está sem crédito. O modo que o fornecedor equiparado deve notificar o consumidor é por carta, sendo dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação (Súmula 404, STJ). O direito de informação possui uma exceção, quando a informação de negativação for absorvida dos cartórios de protesto ou do diário oficial, pois teoricamente já é de conhecimento público.
OBS: Fornecedor equiparado é o terceiro que participa da relação (por exemplo, banco de dados), podendo causar danos ao consumidor.
-> Direito à retificação (p. 3º): O consumidor já resolveu sua pendência, e tem direito de retificar a informação de negativação. Caso não permita a retificação, cabe o Habeas Data. A obrigação de retificar essa informação é a do fornecedor imediato no prazo de 05 dias úteis (súmula 548, STJ) a partir do integral e efetivo pagamento do débito, contrariando a doutrina, que entende que essa retificação deve ser imediata.
-> Direito à exclusão (p. 1º e 5º): Não sendo utilizada a informação para negativar, a informação perde o valor. Isso acontece quando prescrever a dívida ou após 05 anos da informação que consta nos bancos de dados, contados da data que poderia ser inscrito (na prática, dia útil seguinte ao débito do consumidor), de acordo com o STJ, súmula 323, independentemente de ação executiva.
Súmulas do STJ
-> Súmula 572: "O Banco do Brasil, na condição de gestor do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), não tem a responsabilidade de notificar previamente o devedor acerca da sua inscrição no aludido cadastro, tampouco legitimidade passiva para as ações de reparação de danos fundados na ausência de prévia comunicação." Quem deverá notificar previamente será o banco que enviou o nome do consumidor ao CCF, e não o Banco do Brasil.
-> Súmula 385: "Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento".
-> Súmula 550: "A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no respectivo cálculo". 
-> Súmula 380: "A simples propositura da ação de revisão do contrato não inibe a caracterização da mora do autor".
-> STJ: Para permitir o cancelamento ou a abstenção da inscrição do nome do consumidor é necessário a presença concomitante de três elementos:
a) A existência de ação proposta pelo devedor, contestando a existência integral ou parcial do débito;
b) A efetiva demonstração de que a cobrança indevida se funda em jurisprudência consolidada do STF ou do STJ (houve certa relativização, exigindo apenas "fumaça do bom direito");
c) O depósito do valor referente à parte incontroversa do débito ou que seja prestado caução idônea.

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