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DIREITO DO CONSUMIDOR
BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMO
Livro Eletrônico
FABRÍCIO MISSORINO
É especialista em Defesa da Concorrência pela 
Fundação Getúlio Vargas (FGV-EDESP), possui 
graduação em Ciências Sociais pela Universi-
dade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho 
(UNESP) e graduação em Direito pelo Centro 
Universitário de Araraquara (UNIARA). Atua 
na advocacia privada consultiva e contenciosa 
com foco nas relações de consumo. Atua como 
Consultor junto à Organização Pan-Americana 
da Saúde (OPAS), prestando serviços à Câma-
ra de Regulação do Mercado de Medicamentos 
(CMED), órgão responsável pela regulação do 
mercado de medicamentos. Atua como Consul-
tor Associado junto à ATIVACIDADE - Diálogo e 
implementação de políticas públicas, coletivo de 
profissionais que tem por objetivo atuar na ges-
tão de políticas, programas e projetos junto ao 
setor público. Tem experiência na área de edu-
cação à distância, educação superior em Direito 
e capacitação de profissionais do Sistema Na-
cional de Defesa do Consumidor, com atuação 
em iniciativas de formação de profissionais de 
atendimento que atuam em Procons, Ministé-
rios Públicos, Defensorias Públicas e Entidades 
Civis de Defesa do Consumidor, no ensino à dis-
tância de servidores públicos federais em par-
ceria com a Escola Nacional de Administração 
Pública (ENAP) e Escola Superior do Ministério 
Público da União (ESMPU), bem como no ensino 
universitário e projetos de extensão nas disci-
plinas Direito do Consumidor, Direito Agrário e 
Urbano, Direito Constitucional, Direitos Huma-
nos e Sociologia Jurídica.
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DIREITO DO CONSUMIDOR
Bancos de Dados e Cadastros de Consumo
Prof. Fabrício Missorino
Bancos de Dados e Cadastros de Consumo ....................................................4
1. Considerações Iniciais .............................................................................4
2. Distinção entre Bancos de Dados e Cadastros de Consumo ...........................6
3. Informações Negativas e Informações Positivas (Lei n. 12.414/2011) ..........11
3.1. Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) ........19
3.2. Cadastro de Reclamações Fundamentadas .............................................20
4. Privacidade e Proteção de Dados Pessoais ................................................22
5. Responsabilidade Objetiva e Solidária entre Bancos de Dados e Fornecedores 27
6. Direito de Acesso, Comunicação e Retificação das Informações ...................29
7. Limites Temporais dos Registros e Prazo Prescricional ................................49
Resumo ...................................................................................................56
Questões Comentadas em Aula ..................................................................67
Questões de Concurso ...............................................................................80
Gabarito ................................................................................................ 101
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DIREITO DO CONSUMIDOR
Bancos de Dados e Cadastros de Consumo
Prof. Fabrício Missorino
BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMO
Pois bem, caro(a) aluno(a), as aulas anteriores foram dedicadas ao estudo so-
bre o campo de aplicação da lei, os princípios e direitos básicos dos consumidores, 
a proteção à saúde e segurança dos consumidores, a responsabilidade dos forne-
cedores nos acidentes de consumo, a responsabilidade dos fornecedores nos vícios 
de produtos e serviços, as regras acerca da decadência e prescrição no CDC, a des-
consideração da personalidade jurídica no CDC, as regras de oferta e publicidade no 
CDC, as práticas comerciais abusivas e a cobrança de dívidas de consumo. Agora, 
partimos para o detalhamento da regra prevista no CDC acerca dos bancos de da-
dos e cadastros de consumo.
1. Considerações Iniciais
Com base na relevância e no caráter estratégico da garantia constitucional do 
acesso à informação, inspirado na linha norteadora do reconhecimento da vulnera-
bilidade do consumidor na relação de consumo, o legislador do Código de Defesa 
do Consumidor procurou inserir regras claras que garantissem o acesso a todas 
as informações existentes em arquivos de consumo, designados especificamente 
como bancos de dados e cadastros de consumo.
Em meio a um mercado globalizado, marcado por relações impessoais e pelo 
anonimato das partes, o legislador do CDC buscou desenvolver mecanismos que 
pudessem aumentar a segurança nas relações consumeristas. Uma vez que o for-
necedor e consumidor, na maioria das vezes, são pessoas que dificilmente se co-
nhecem, mantendo apenas um contato rápido na realização do negócio jurídico, um 
dos desafios da norma seria superar a falta de confiança necessária para a concre-
tização da relação de consumo.
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Dessa forma, os arquivos de consumo passariam a servir como mecanismo do 
mercado para avaliar os riscos de uma futura inadimplência, visando aumentar a 
confiança do fornecedor frente ao consumidor, considerando a assimetria de infor-
mações entre eles. Para tanto, o CDC estabeleceu uma regra específica para disci-
plinar a proteção do mercado em relação aos riscos das negociações e a necessida-
de de proteção da privacidade e da honra dos consumidores frente a administração 
dos arquivos de consumo.
Vale frisar que o mote da preocupação do legislador foi garantir o acesso a infor-
mações de parte a parte, em benefício do consumidor e do fornecedor, cada um em 
seu viés de interesse, eis que assim como é importante para o fornecedor conhecer 
o consumidor, com mais razão deve o consumidor ter conhecimento sobre o forne-
cedor, principalmente em relação ao tratamento de seus dados pessoais.
O CDC, ao disciplinar a atuação dos arquivos de consumo, notadamente os ban-
cos de dados de proteção ao crédito (SPC, Serasa, dentre outros), buscou estabe-
lecer patamares de regulação diante da atuação decisiva de agentes com poderes 
capazes de excluir ou não o consumidor do mercado de consumo.
Ainda no mote de proteção do consumidor e do acesso à informação, o CDC 
estabeleceu, no art. 44, a imposição aos órgãos de defesa do consumidor de man-
terem “cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores 
de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente”, devendo ainda 
informar quanto à resolutividade da reclamação, ou seja, se foi ou não atendida 
pelo fornecedor.
Na prática, a preocupação do legislador permitiu garantir, de um lado, que forne-
cedores possam realizar uma série de procedimentos para se conhecer com quem 
desejam realizar seus negócios, verificar se as pessoas possuem registro em algum 
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banco de dados de proteção ao crédito, solicitar referências bancárias e comerciais, 
além de profissão, residência e diversos outros dados. Enfim, em busca de uma se-
gurança para atuar no mercado, promove-se um levantamento cadastral completo 
do consumidor, justamente para evitar prejuízos e dificuldades de cumprimento de 
suas obrigações.
Por outro lado, buscou-se garantir que consumidores pudessem se proteger 
quanto ao arquivo e eventual exposição de seus dados pessoais, bem como pu-
dessem acessar informações quanto ao histórico de reclamações em relação aos 
fornecedores, dentre elas, se o mesmo cumpre com os prazos de entregas, se os 
produtos e serviços oferecidos têm a qualidade desejada, dentre outras.
Em síntese, pode-se dizer que, de um lado, o cadastro de fornecedores (art. 44), 
e, de outro, os bancos de dados e cadastros de consumidores (art. 43), possuem 
em comum a ideia de que é importante um conhecimento prévio entre os atores do 
mercado para se aumentar a confiança e garantir a boa-fé nas relações de consumo.
2. Distinção entre Bancos de Dados e Cadastros de Consumo
Embora em linguagem cotidiana as expressões “banco de dados” e “cadastro” 
tenham o mesmo sentido, ou seja, de reunião organizada de informações sobre 
determinado objeto ou pessoas, o Código de Defesa do Consumidor trata de duas 
espécies de arquivos de consumo: os bancos de dados e os cadastros de consumi-
dores. Essa distinção não foi literalmente apresentada pelo CDC, mas pela doutri-
na, que delimitou as diferenças e traços comuns entre as duas categorias.
Antes de mostrar a diferenciação básica desses institutos, é importante salien-
tar que tais espécies possuem em comum o fato de coletar e armazenar informa-
ções de terceiros para uso em operações de consumo.
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Outro ponto em comum extrai-se do art. 43, § 4º, do CDC, qual seja, o caráter 
público, independentemente de ser mantido por entidade pública (Procons, Bacen, 
Cadin etc.) ou por entidade privada (SPC, Serasa etc.). Esse ponto decorre dos 
fins pelos quais foram criados esses mecanismos. De forma mais clara, a natureza 
pública advém do fato de que as informações mantidas são de clara importância à 
sociedade como um todo. A respeito disso, dispõe o parágrafo único do art. 1º da 
Lei n. 9.507, de 12 de novembro de 1997, que regula o direito de acesso a infor-
mações e disciplina o rito processual do habeas data:
Art. 1º, Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou banco de 
dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros 
ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das 
informações.
Vejamos como as bancas a seguir abordaram esse tema.
Questão 1 (JUIZ/TJ-MS/FCC/2010) Com base nas disposições contidas no CDC, 
é correto afirmar:
a) Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, incluindo os serviços 
de proteção ao crédito, são considerados entidades de caráter público.
b) É permitida aos fornecedores a manutenção de banco de dados e cadastros de 
inadimplentes, sem necessidade de informação prévia do consumidor.
c) As informações negativas a respeito do consumidor podem permanecer no ban-
co de dados por um período de até 10 anos.
d) Os órgãos públicos de defesa do consumidor, na divulgação anual das reclama-
ções realizadas contra fornecedores, são proibidos de divulgar aquelas formuladas 
por consumidores que se encontrem inadimplentes.
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e) O fornecedor, ainda que demonstre ausência de culpa ou erro escusável, fica 
obrigado a indenizar o consumidor pelo valor correspondente ao dobro daquele que 
lhe tenha sido cobrado indevidamente.
Letra a.
Trata-se de questão relativamente simples, eis que a banca exige do(a) candi-
dato(a) conhecimento acerca de disposição expressa na Lei n. 9.507, de 12 de 
novembro de 1997, a Lei do Habeas Data, que considera de caráter público todo 
registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser 
transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entida-
de produtora ou depositária das informações, nos termos do parágrafo único do 
art. 1º da mencionada lei.
Questão 2 (JUIZ LEIGO/TJ-RJ/VUNESP/2014) O consumidor deve ter acesso às 
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de con-
sumo arquivados sobre ele. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) Bancos de dados e cadastros relativos a consumidores são considerados entida-
des de caráter público.
b) As informações negativas que eventualmente constem de tais cadastros não 
poderão ser superiores a 03 anos.
c) O consumidor poderá solicitar a correção de dados imprecisos em seu cadastro, 
devendo o arquivista, no prazo de 10 dias, comunicar que a alteração foi efetivada.
d) Sempre que solicitados, os sistemas de proteção ao crédito poderão fornecer 
informações a respeito dos consumidores, mesmo aquelas que venham a dificultar 
seu acesso ao crédito.
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e) A abertura de cadastro, ficha, registro ou dados pessoais não necessita comuni-
cação escrita ao consumidor.
Letra a.
Trata-se de questão relativamente simples, eis que a banca exige do(a) candida-
to(a) conhecimento acerca de uma característica básica dos bancos de dados e 
cadastros de consumo, qual seja, o fato de serem entidades de caráter público.
Quanto à distinção entre as duas espécies de arquivos de consumo, prelimi-
narmente, vale ressaltar que a permanência das informações é acessória, já que o 
registro não é um fim em si mesmo, estando a manutenção dos dados vinculada ao 
interesse comercial atual ou futuro, porém, direto e particularizado, do arquivista 
em relação ao consumidor.
Mais especificamente, nos cadastros de consumidores (ou cadastros de 
consumo), a informação é obtida, em regra, do próprio consumidor, por meio de 
uma relação direta entre o consumidor e o arquivista. O cadastro é mantido, ge-
ralmente, somente quando há uma relação contínua entre as partes. Quanto às 
informações coletadas, a utilidade é de uso do particular da atividade comercial 
que solicita a informação, ou seja, do fornecedor e não do mercado, sendo possível 
que se faça juízo de valor a respeito do consumidor. A importância desse cadastro 
é destinada a um controle interno e melhoria de relacionamentoentre fornecedor 
e cliente. Assim, muitos estabelecimentos buscam guardar esses dados para infor-
mar promoções, oferecer descontos especiais, entre outros. Esse processo ocorre, 
em geral, por meio do preenchimento de formulários pelos consumidores no mo-
mento da compra do produto ou contratação do serviço.
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Já nos bancos de dados (ou bancos de dados de consumo), representados 
pelos bancos de dados de proteção ao crédito (SPC, Serasa, CCF etc.), a informação 
normalmente é obtida pelo mercado (por vários fornecedores que, conjuntamente, 
informam as entidades), sem consentimento do consumidor. O destino da infor-
mação é para o mercado e não para um fornecedor específico, caracterizando uma 
divulgação contínua e externa. Nos bancos de dados de consumo, o objetivo é com-
partilhar entre fornecedores algumas informações de consumidores para uso futuro, 
sendo mantidas pelo máximo de tempo possível, dentro do que a Lei permite.
Apesar de não ser a única espécie, o que mais tem gerado interesse no meio 
jurídico são os famosos bancos de dados de proteção ao crédito, como o Serviço de 
Proteção ao Crédito (SPC), a Serasa Experian (Serasa), o Cadastro de Emitentes de 
Cheques sem Fundos (CCF), dentre outros. Esse maior interesse decorre do poder 
decisivo em praticamente excluir do mercado o consumidor “negativado”, aquele 
que tem expostas suas informações sobre dívidas advindas de uma relação de con-
sumo. A pessoa inscrita em tais arquivos praticamente não consegue adquirir mer-
cadorias ou contratar serviços mediante concessão de crédito ou até mesmo paga-
mento mediante cheque, ficando à margem da regularidade do acesso ao mercado.
O SPC, Serasa e CCF são alguns dos principais bancos de dados de proteção ao 
crédito, pois atuam na coleta e armazenamento de informações pessoais daqueles que 
pretenderem obter um crédito, fornecidas pelos comerciantes, que a partir daí disponi-
bilizam esses dados a terceiros, credores em potencial no mercado de consumo.
Apesar do lado positivo dos bancos de dados de proteção ao crédito, não é in-
comum verificar, em algumas situações, o lado potencialmente ofensivo dessas ati-
vidades, por lidar com os dados pessoais dos consumidores e, consequentemente, 
com seus direitos de personalidade e com sua honra e privacidade. A respeito da 
proteção dos dados pessoais, haverá um item especificamente em relação a esse 
assunto ainda nesta aula.
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A partir do advento da Lei n. 12.414, de 9 de junho de 2011, que passou a 
disciplinar a formação e a consulta a bancos de dados com informações de adim-
plemento, de pessoas físicas como jurídicas, para formação de histórico de crédito, 
os bancos de dados de proteção ao crédito (ou serviços de proteção ao crédito) 
passaram a coletar e armazenar informações positivas de potenciais clientes no 
mercado de consumo. Tratarei dessa convivência entre dados negativos e positivos 
nos cadastros de consumo no item a seguir.
3. Informações Negativas e Informações Positivas (Lei 
n. 12.414/2011)
Independentemente das variações existentes de fontes e espécies da infor-
mação, o principal alimentador desses arquivos de consumo junto às entidades 
de proteção ao crédito são os fornecedores, que não só alimentam como também 
promovem uma intensa permuta de informações entre os bancos de dados, anga-
riando, ainda, informações junto a cartórios de distribuição de ações judiciais e de 
protesto de títulos.
Dentre as espécies de informação destacam-se as negativas e as positivas, sen-
do que as primeiras ocupam bastante espaço nos bancos de dados de proteção ao 
crédito, geralmente porque descrevem uma situação de mora do devedor (dívidas 
vencidas e não pagas), gerando juízo de valor negativo quanto à atuação do con-
sumidor no mercado, vindo daí a expressão “negativar o consumidor”.
Já as informações positivas derivam de uma tendência dos últimos anos no 
sentido de ampliar o volume das informações sobre o consumidor, particularmente 
aquelas relacionadas ao cumprimento de suas obrigações, à regularidade do paga-
mento de suas dívidas ou de seus empréstimos, formando o que se convencionou 
chamar de cadastro positivo ou histórico de crédito.
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Vale ressaltar que o mote para a ampliação do espectro de informações sobre 
o consumidor nasce do contexto de otimização da análise de riscos da concessão 
de crédito ao consumidor, partindo da lógica de que, quanto mais informações o 
fornecedor dispuser acerca do consumidor, melhor será sua análise de riscos e me-
lhor será a oferta de condições mais vantajosas para a tomada de empréstimos, 
a concessão de crédito em parcelamentos etc.
Sendo assim, o acúmulo de informações positivas sobre o consumidor exerce, 
em tese, importantes efeitos na concessão de crédito, eis que proporciona melho-
rias na avaliação dos riscos de eventual inadimplência, possibilita a aplicação de 
taxas de juros menores para o consumidor que apresenta histórico positivo de cré-
dito e, também, incentiva a educação do consumidor em relação ao uso de crédito, 
evitando as situações de superendividamento.
O armazenamento e disponibilização de informações positivas dos consumi-
dores, comumente chamado de cadastro positivo, criado pela Lei n. 12.414, de 
9 de junho de 2011 e regulamentado pelo Decreto n. 7.829 de 17 de outubro de 
2012, introduziu no ordenamento jurídico brasileiro as regras para a utilização de 
informações sobre o adimplemento de dívidas, de cidadãos ou de pessoas jurídicas.
Do ponto de vista conceitual, o inciso I do art. 2º da mencionada lei estabelece 
o que é banco de dados, definido como o “conjunto de dados relativo a pessoa na-
tural ou jurídica armazenados com a finalidade de subsidiar a concessão de crédito, 
a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresariais 
que impliquem risco financeiro”.
A otimização e sofisticação do mercado de crédito ao consumidor é o objetivo 
principal dos cadastros positivos, com o intuito de facilitar a obtenção de crédito. 
Assim, o fornecimento de informações que proporcionem um maior conhecimento 
acerca do tomador de créditos gera uma maior confiança ao fornecedor, uma vez 
que há mais detalhes daquele que postula um determinado financiamento.
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A respeito da avaliação de riscos na concessão de crédito, vale ressaltar o 
entendimento firmado pela 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça no julga-
mento do REsp n. 1457199/RS, de relatoria do ministro Paulo de Tarso Sanseve-
rino, especificamente acerca do sistema credit scoring, método desenvolvido para 
avaliação do risco de concessão de crédito, a partir de modelos estatísticos, consi-
derando diversas variáveis, com atribuição de pontuação ao consumidor avaliado 
(nota do risco de crédito). O STJ considera lícita essa prática comercial, nos 
termos dos arts. 5º, IV, e 7º, I, da Lei n. 12.414/2011 (Lei do Cadastro Positivo).
De acordo com o julgado, na avaliação do risco de crédito, devem ser respeita-
dos os limites estabelecidos pelo sistema de proteção do consumidor no sentido da 
tutela da privacidade e da máxima transparência nas relações negociais, conforme 
previsão do CDC e da Lei n. 12.414/2011. Apesar de desnecessário o consentimen-
to do consumidor consultado, devem ser a ele fornecidos esclarecimentos, caso 
solicitados, acerca das fontes dos dados considerados (histórico de crédito), bem 
como as informações pessoais valoradas.
Com isso, cabe ao potencial beneficiário de uma tomada de créditos mais favo-
rável o dever de decidir sobre a formação de seu cadastro. O legislador brasileiro 
privilegiou as escolhas e decisões individuais na busca de um benefício econômico 
e, para tanto, criou garantias para que o exercício da autonomia da vontade não 
seja utilizado para gerar qualquer vulnerabilidade. A seguir, apresentarei algumas 
das características dos cadastros positivos, extraídas da Lei n. 12.414/2011.
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Consentimento informado: um dos pontos primordiais do cadastro positivo é 
a questão da manifestação da vontade do consumidor, a qual deve ser obtida por 
meio de “assinatura em instrumento específico ou em cláusula apartada”, nos termos 
do caput do art. 4º da referida lei. Já o art. 9º também estabelece o mesmo requi-
sito, entretanto, referente a compartilhamento de informação de adimplemento. Em 
síntese, tanto a abertura do cadastro quanto o compartilhamento de informações 
requerem previamente a autorização do cadastrado por meio de seu consentimento 
informado, em assinatura em instrumento específico ou em cláusula apartada.
Vale frisar que o art. 7º do Decreto n. 7.829/2012 permite que essa autorização 
prévia possa ser concedida tanto em forma física quanto eletrônica, vejamos:
Art. 7º As autorizações para abertura de cadastro e para compartilhamento da infor-
mação de adimplemento, de que tratam, respectivamente, os arts. 4º e 9º da Lei n. 
12.414, de 2011, podem ser concedidas pelo cadastrado em forma física ou eletrônica, 
diretamente à fonte ou ao gestor de banco de dados, observados os termos e condições 
constantes do Anexo II1.
Informações que compõem o cadastro: as informações constantes em ban-
cos de dados de consumidor devem ser objetivas, claras, verdadeiras e em lingua-
gem de fácil compreensão, nos termos do § 1º do art. 43 do CDC. Nesse sentido, 
a Lei n. 12.414/2011 estabelece que somente poderão ser inclusas em cadastros 
positivos as informações que sejam objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compre-
ensão, necessárias para avaliar a situação econômica do cadastrado (art. 3º, § 1º).
Quanto ao tipo de informação, ao final do art. 3º, §1º, fala-se em “necessárias 
para avaliar a situação econômica do cadastrado”. Essa concepção amarra o uso 
das informações à finalidade da coleta dos dados, configurando em mais uma ma-
neira de garantir a privacidade do consumidor diante dessa união de dados, prote-
gendo-o de uma coleta potencialmente lesiva.
1 O Anexo II do Decreto n. 7.829/2012 disponibiliza um modelo de autorização para abertura de 
cadastro.
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O § 2º do art. 3º, por sua vez, detalha os significados dos requisitos trazidos no 
§ 1º do mesmo artigo, vejamos:
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, consideram-se informações:
I – objetivas: aquelas descritivas dos fatos e que não envolvam juízo de valor;
II – claras: aquelas que possibilitem o imediato entendimento do cadastrado indepen-
dentemente de remissão a anexos, fórmulas, siglas, símbolos, termos técnicos ou no-
menclatura específica;
III – verdadeiras: aquelas exatas, completas e sujeitas à comprovação nos termos des-
ta Lei; e
IV – de fácil compreensão: aquelas em sentido comum que assegurem ao cadastrado o 
pleno conhecimento do conteúdo, do sentido e do alcance dos dados sobre ele anotados.
Informações proibidas: o § 3º do art. 3º da lei em comento estabelece quais 
informações são consideradas proibidas de constarem no cadastro positivo. Inde-
pendentemente da qualidade e da finalidade, fica proibida a anotação tanto de in-
formações excessivas, assim consideradas aquelas não vinculadas à análise de risco 
de crédito ao consumidor; quanto de informações sensíveis, quais sejam, “aquelas 
pertinentes à origem social e étnica, à saúde, à informação genética, à orientação 
sexual e às convicções políticas, religiosas e filosóficas”. Além disso, por razões 
óbvias, ficam também proibidas as anotações de informações com cunho negativo 
em relação aos consumidores.
Informações de adimplemento de serviços continuados: outra inovação 
feita pela Lei n. 12.414/2011 diz respeito à possibilidade de os prestadores de servi-
ços continuados (água, esgoto, eletricidade, gás, telecomunicações, dentre outros) 
fornecerem aos bancos de dados informações sobre o adimplemento do cadastrado, 
desde que autorizados pelos cadastrados, nos termos do art. 11 da referida lei.
Essa autorização, por sua vez, beneficia consumidores de baixa renda que pa-
gam em dia suas contas referentes a tais serviços, eis que as informações sobre o 
seu adimplemento periódico podem se constituir em dado valioso para a concessão 
de empréstimo com melhores condições, principalmente em relação à possibilidade 
de acesso a menores taxas de juros.
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Já o parágrafo único do mencionado artigo veda, no entanto, a anotação de in-
formação sobre serviço de telefonia móvel na modalidade pós-paga, exceção que 
teria como justificativa a atual realidade do setor de telefonia móvel, responsável 
por um alto número de registros baseados em informações inexatas, que levam à 
ofensa de direitos da personalidade do consumidor.
Vejamos como a banca a seguir abordou esse tema.
Questão 3 (ADVOGADO/COPEL/NC-UFPR/2013) A respeito dos Cadastros Positi-
vos de Consumidores, assinale a alternativa correta.
a) Além de contemplarinformações de adimplemento de pessoas naturais ou de 
pessoas jurídicas para formação de histórico de crédito, o Cadastro Positivo pode 
incluir o perfil do consumidor, abordando dados sobre sua origem social e étnica.
b) São obrigações das fontes verificar e confirmar, ou corrigir, em prazo não supe-
rior a 7 (sete) dias úteis, informação impugnada, sempre que solicitado por gestor 
de banco de dados ou diretamente pelo cadastrado.
c) O cancelamento do cadastro pelo gestor originário não implica o cancelamento 
do cadastro em todos os bancos de dados que compartilharam informações.
d) As informações de adimplemento não poderão constar de bancos de dados por 
período superior a 5 (cinco) anos.
e) É vedada a anotação de informação sobre serviço de telefonia móvel apenas na 
modalidade pós-paga.
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Letra e.
Trata-se de questão relativamente simples, eis que a banca exige do(a) candi-
dato(a) conhecimento acerca da redação do parágrafo único do art. 11 da Lei n. 
12.414/2011, que veda expressamente a anotação de informação sobre serviço 
de telefonia móvel na modalidade pós-paga, exceção que teria como justificativa a 
inexatidão de muitos registros de consumidores desses serviços, fato que poderia 
levar à ofensa de direitos da personalidade do cidadão.
Direitos do cadastrado: visando preservar o consumidor, a Lei n. 12.414/2011 
ainda estabelece expressamente alguns direitos ao cadastrado, elencados no 
art. 5º, com destaque para o cancelamento de seu cadastro quando solicitado, com 
base na mesma liberdade que se tem para consentir o cadastro; o acesso gratuito 
das informações existentes sobre o consumidor, inclusive seu histórico; o conheci-
mento dos elementos e critérios para a análise de risco pelo detentor dos bancos 
de dados; a informação prévia sobre o armazenamento, a identidade do gestor do 
banco de dados, o objetivo do tratamento dos dados pessoais e os destinatários 
dos dados em caso de compartilhamento; bem como o direito de ter os seus dados 
utilizados somente segundo a finalidade que justificou a sua coleta.
Ressalta-se que o Decreto n. 7.829/2012, no art. 13, I e II, resguarda ao cadas-
trado a possibilidade de requerer que suas informações não sejam acessíveis por 
determinados consulentes ou em um período determinado e, ainda, o não compar-
tilhamento de informações ou a revogação de autorização de compartilhamento de 
suas informações com um ou mais banco de dados.
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O aludido decreto ainda estipula o uso de meio eletrônico como um das formas 
possíveis ao consumidor de exercer alguns desses direitos, a exemplo do cancela-
mento do cadastro ou vedação de acesso e de não compartilhamento.
Deveres do gestor do banco de dados: o Decreto n. 7.829/2012, no art. 10, 
estipula alguns dos deveres do gestor de banco de dados, os quais são fundamen-
tais à proteção da imagem dos cadastrados e seus respectivos dados. A exemplo 
disso, cito o dever de tomar as medidas necessárias a preservação do sigilo das 
informações recebidas, sendo possível divulgá-las somente para as finalidades pre-
vistas na lei, nos termos do art. 7º da Lei n. 12.414/2011.
Outro aspecto que merece destaque é o dever do gestor do banco de dados de 
manter os sistemas de guarda e acesso com requisitos de segurança das informa-
ções, com rastreabilidade passível de auditoria, evitando, assim, que terceiros não 
autorizados possam fazer uso dessas informações em desacordo com a lei.
Além disso, o gestor dos bancos possui o dever de informação ao cadastrado, que 
deve ser prestada, de modo seguro e gratuito, em seus sítios eletrônicos ou mesmo 
por telefone. É importante destacar que quanto às fontes, o gestor deve comunicá-
-las quando houver qualquer exclusão ou revogação da autorização pelo cadastrado, 
além de manter os registros adequados para demonstrar que a pessoa natural ou 
jurídica autorizou o envio e a anotação de informações em bancos de dados.
Prazo: a Lei n. 12.414/2011, no art. 14, estabelece o prazo máximo de 15 anos 
para o armazenamento das informações de adimplemento do cadastrado.
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3.1. Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor 
(Sindec)
Visando, entre outras coisas, dar mais informações aos consumidores a respeito 
dos fornecedores e, assim, aumentar o dinamismo dos setores de atendimento, foi 
criado o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec). Esse 
sistema interliga todos os Procons associados em um único programa, com lingua-
gem padronizada, traduzindo-se numa política pública de interligação dos órgãos 
que compõem o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), nos moldes 
dos arts. 105 e 106 do CDC.
O Sindec se destaca por instituir uma base de dados nacional e estadual que 
disponibiliza informações e gráficos em tempo real, cria mecanismos para a inclu-
são dos órgãos municipais e ainda estabelece a base tecnológica necessária para a 
elaboração de Cadastros Estaduais e do Cadastro Nacional de Reclamações Funda-
mentadas, previstos no art. 44 do Código de Defesa do Consumidor.
A disponibilidade dessas informações aos consumidores e fornecedores propor-
ciona maior transparência, concretizando o princípio constitucional da publicidade 
na administração pública e, principalmente, nas relações de consumo, contribuindo 
para que os consumidores possam exercer seu direito de escolha, atuando como 
um importante instrumento de controle social.
Além disso, a base de dados oriunda de reclamações diretas dos consumidores 
nos balcões dos Procons possibilita verificar quais sãos os fornecedores com os maio-
res índices de reclamações do público consumidor, possibilitando o monitoramento 
do impacto de ações preventivas implementadas pelos órgãos de Estado ou entes 
de mercado, bem como subsidiando a elaboração de estudos e pesquisas sobre os 
principais assuntos, problemas e fornecedores reclamados pelos consumidores.
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3.2. Cadastro de Reclamações Fundamentadas
Com destaque aos Procons, todos os órgãos públicos de defesa do consumidor 
possuem o dever de divulgar de forma organizada uma relação de fornecedores 
que não respeitam os direitos dos consumidores.Esse sobre isso que discorre o 
art. 44 do CDC, vejamos:
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados 
de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo 
divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou 
não pelo fornecedor.
Um dos principais objetivos do Sindec, mencionado no item anterior, é a divul-
gação anual do Cadastro de Reclamações Fundamentadas, composto por todas as 
reclamações recebidas, analisadas e concluídas pelos Procons num período mínimo 
de 12 meses, nada impedindo que a divulgação seja inferior a um ano.
Com base no art. 44 do CDC, é necessária a divulgação de dois dados específi-
cos, a saber, a relação de reclamações fundamentadas e o atendimento ou não pelo 
fornecedor em relação a essa reclamação. O conceito de reclamação fundamentada 
aparece no Decreto n. 2.181/1997, art. 58, definindo-se como a notícia de lesão 
analisada por órgão público de defesa do consumidor, a requerimento ou de ofício, 
considerada procedente, por decisão definitiva. No mesmo diploma, define-se tam-
bém o que seria cadastro nesse contexto, ou seja, o resultado dos registros feitos 
pelos órgão públicos de defesa do consumidor de todas as reclamações fundamen-
tadas contra fornecedores.
Cabe ressalvar que o CDC exige um mínimo de informações, isto é, esse cadas-
tro publicado deve conter a relação de fornecedores que receberam reclamações 
fundamentadas e se eles procuraram resolvê-las ou não. Isso não afasta a possi-
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bilidade de serem publicadas também outras informações que forem consideradas 
relevantes, como, por exemplo, a relação de fornecedores que sofreram punições 
em processos administrativos sancionatórios.
Vejamos como a banca a seguir abordou esse tema.
Questão 4 (ESPECIALISTA EM PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR I/PRO-
CON-SP/VUNESP/2013) No que diz respeito a banco de dados e cadastro de consu-
midores, no âmbito do direito do consumidor, é possível afirmar que
a) o consumidor terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, regis-
tros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas 
respectivas fontes, desde que notifique previamente o fornecedor a fornecê-los.
b) os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e 
redigidos em linguagem de fácil compreensão, podendo conter informações negativas 
sobre o consumidor referentes a período superior a cinco anos, desde que reservadas.
c) a abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser 
comunicada por escrito ao consumidor, quando solicitada por ele.
d) o consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, po-
derá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de 10 (dez) dias 
úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
e) os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de 
reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo 
divulgá-los pública e anualmente, inclusive com indicação se a reclamação foi aten-
dida ou não pelo fornecedor.
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Letra e.
Trata-se de questão fácil, exigindo do(a) candidato(a) o conhecimento acerca da 
regra expressa no art. 43 do CDC, que impõe aos órgãos públicos de defesa do con-
sumidor a manutenção de cadastros atualizados de reclamações fundamentadas 
contra fornecedores de produtos e serviços.
O atendimento da reclamação do consumidor não afasta a aplicação da sanção ad-
ministrativa. Assim, ainda que o fornecedor se preocupe em resolver a demanda do 
consumidor, pode ser aplicada sanção em processo administrativo que respeito as ga-
rantias constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal.
Destaca-se ainda que não basta a simples divulgação. É necessário que seja am-
pla, de forma a alcançar o maior número de consumidores, devendo as mesmas fica-
rem sempre à disposição do consumidor, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 44 do CDC.
4. Privacidade e Proteção de Dados Pessoais
Na mesma velocidade em que avançam as tecnologias de tráfego de informa-
ções em rede, a temática da privacidade (ou proteção dos dados pessoais) ganha 
cada vez mais contornos de preocupação na doutrina consumerista, fazendo com 
que a conexão entre a proteção de dados e a defesa do consumidor se torne cada 
dia mais forte num contexto de personalização da produção, comercialização e pu-
blicidade por parte das empresas.
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A adoção de tecnologias que permitem o tratamento massificado de dados pes-
soais oferece um aumento de bens e serviços cada vez mais personalizados, eis que 
a informação pessoal dos consumidores passa a estar mais acessível aos agentes do 
mercado, eis que novos perfis de consumidores podem ser traçados para inúmeras 
finalidades, tanto de maneira adequada quanto para fins de lesão ao seu direito.
Desse modo, os dados pessoais assumem, sem sombra de dúvida, um papel de 
relevância jurídica e econômica, necessitando, portanto, de regulamentação espe-
cífica. Essa carência se dá por ser preciso dar maior segurança jurídica às informa-
ções dos indivíduos, proporcionar a tutela da personalidade, de maneira a evitar o 
uso indesejado e garantir o acesso a informações verídicas e de qualidade.
Nessa esteira, a proteção de dados pessoais no ordenamento jurídico brasileiro 
procura estabelecer garantias mínimas no sentido de evitar abusos no tratamento 
de dados de crédito em sintonia coma necessidade de utilização desses mesmos 
dados para o desenvolvimento e melhoria de políticas de acesso ao crédito, com 
vistas ao aquecimento do mercado de consumo.
É importante frisar que a importância da proteção dos dados pessoais dos con-
sumidores não se justifica apenas no que se refere ao artigo 43 do CDC, estando 
presente em várias outras facetas da relação de consumo, principalmente no to-
cante às pesquisas sobre hábitos e padrões de consumo, abrangência geográfica, 
perfis de compras, setores mais procurados presencialmente e por meio eletrônico, 
dentre outras informações.
Nesse sentido, o ponto de atenção a respeito da proteção de dados é a identi-
ficação das várias situações em que o desrespeito aos dados pessoais pode gerar 
desequilíbrio na relação de consumo, levando-se em conta a premissa de que o 
consumidor deve ter garantida sua liberdade de escolha, em total sintonia com a 
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necessidade de harmonização do desenvolvimento econômico e tecnológico com os 
interesses dos participantes dessa relação, conforme inciso III do art. 4º do CDC.
A nova realidade do mercado, a partir de tecnologias de busca cada vez mais 
“invasivas”, apresenta novos riscos às informações pessoais dos consumidores, 
tanto no tocante à garantia de suas escolhas como em relação à utilização abusi-
va de seus dados, sendo atualmente um dos grandes focos de preocupação nessa 
temática.
Essa preocupação se justifica, pois a abundância de informação passível de ser 
obtida sobre o consumidor pode caracterizar uma nova vulnerabilidade em rela-
ção àqueles que detêm a informação pessoal, pois o acesso do fornecedor a tais 
informações pode, de certa forma, desequilibrar a relação de consumo, com mais 
ênfase na fase pré-contratual.
Dessa forma, a proteção de dados pessoais surge justamente para regular a 
utilização da informação pessoal durante o seu tratamento, no curso das várias 
operações a que são submetidas, eis que a privacidade de um indivíduo é afetada 
diretamente pelo tipo de divulgação e utilização realizadas. Os registros, portanto, 
devem ser administrados de maneira que se permita ao indivíduo ter o direito de 
participar na decisão quanto à utilização dos dados, sob pena de se configurar prá-
tica abusiva a utilização fora desses parâmetros.
A partir desse pressuposto, as diretrizes para uma efetiva proteção dos dados 
pessoais devem garantir que nenhum sistema de armazenamento de informações 
pessoais seja mantido em segredo, que o indivíduo possa acessar a qualquer mo-
mento suas informações pessoais, assim como possa saber como serão utilizadas, 
que o indivíduo possa corrigir ou retificar qualquer registro de informações a seu 
respeito, bem como de que toda organização que mantenha e divulgue as informa-
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ções pessoais crie mecanismos que garantam a confiabilidade desses dados para 
os fins a que se destinam, com vistas a evitar lesão aos direitos da personalidade 
dos consumidores.
Vale ressaltar, por fim, que o direito à privacidade e o direito à honra fundamen-
tam-se na matriz constitucional de proteção da dignidade da pessoa humana (arts. 1º, 
III, e 5º, X, da CF/1988). Entretanto, com base no princípio da proporcionalidade, 
tais valores devem ser ponderados diante de outros valores e princípios constitucio-
nais, traçando-se contornos limitantes a tais direitos. É o que ocorre, por exemplo, 
quando se analisa a privacidade em relação ao crédito como mecanismo inerente ao 
desenvolvimento da ordem econômica fundada na livre iniciativa (arts. 170 e 192, 
CF/1988), contribuindo para o desenvolvimento nacional (art. 3º, II, CF/1988), pro-
porcionando, consequentemente, diversos benefícios para a sociedade.
A partir dessa ratio, o crédito possibilita a aquisição e circulação de bens e 
serviços essenciais que, em última análise, apresentam-se importantes para o de-
senvolvimento da personalidade e da sociedade como um todo, justificando-se a 
relativização da privacidade dos indivíduos, desde que em consonância com o tripé 
da boa-fé objetiva, transparência e lealdade, linhas norteadoras imprescindíveis 
das relações de consumo.
Vejamos como a banca a seguir abordou o tema da prestação de serviços e 
proteção da privacidade.
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Questão 5 (PROCURADOR DO ESTADO/PGE-PA/UEPA/2015) Sobre os Cadas-
tros de Crédito de Consumidores, analise as afirmativas abaixo e assinale a al-
ternativa correta.
I – A reprodução objetiva fiel, atualizada e clara de informações constantes dos 
registros de cartório de distribuição judicial, face à presunção legal de veracidade 
dos mesmos, não tem o condão de ensejar obrigação de reparar danos, ainda que 
promovida sem a ciência do consumidor.
II – De acordo com as regras previstas no Código de Defesa do Consumidor, sendo 
regular a inscrição em cadastro de proteção ao crédito, caberá ao devedor praticar 
os atos necessários à baixa do registro desabonador, após o pagamento do débito.
III – A ausência de prévia comunicação ao consumidor da inscrição do seu nome 
em cadastros de proteção ao crédito, prevista no art. 43, § 2º do CDC, enseja o 
direito à compensação por danos morais, mesmo que preexista inscrição desabo-
nadora regularmente realizada.
IV – De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, o sistema credit scoring é per-
mitido no ordenamento jurídico brasileiro, desde que respeitados os limites estabe-
lecidos pelo sistema de proteção do consumidor no sentido da tutela da privacidade 
e da máxima transparência nas relações negociais, na forma do CDC.
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a) I e II
b) II e IV
c) II e III
d) I e III
e) I e IV
Letra e.
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Trata-se de questão de média complexidade, exigindo do(a) candidato(a) conhecimen-
to acerca dos limites estabelecidos pelo sistema de proteção do consumidor no sentido 
da tutela da privacidade e da máxima transparência nas relações negociais, além do 
conhecimento acerca do posicionamento dos tribunais superiores acerca dos limites da 
responsabilização dos fornecedores pelos danos causados aos consumidores.
5. Responsabilidade Objetiva e Solidária entre Bancos de 
Dados e Fornecedores
Seguindo a regra de responsabilidade estabelecida pelo legislador do CDC, a res-
ponsabilidade civil dos bancos de dados de proteção ao crédito é objetiva e decorre de 
registros indevidos contendo dados pessoais e de crédito de consumidores, não caben-
do discussão acerca de intenção, negligência ou imprudência das entidades arquivistas.
O fundamento para a responsabilidade objetiva acima mencionada extrai-se 
da proteção constitucional da privacidade e da honra, expressa no art. 5, X, da 
CF/1988, em consonância com o direito básico do consumidor de indenização dian-
te de lesão a seu direito, da garantia da efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos (art. 6º, VI, CDC).
Tal premissa do CDC foi confirmada pela Lei n. 12.414/2011 ao estabelecer, no 
art. 16, que “o banco de dados, a fonte e o consulente são responsáveis objetiva 
e solidariamente pelos danos materiais e morais que causarem ao cadastrado”, 
afastando-se, desse modo, mais uma vez, qualquer discussão acerca de culpanas 
ações indenizatórias promovidas pelo consumidor em função de lesão aos seus da-
dos pessoais.
Além do texto expresso das leis acima mencionadas, a ideia de solidariedade 
também se reforça no sentido de que os arquivos promovem a circulação das infor-
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mações como se verdadeiras fossem, a partir do registro do banco de dados sem 
qualquer exigência quanto à demonstração de veracidade dos dados restritivos, 
sendo esta relação entre o solicitador do registro e o arquivista totalmente estranha 
ao consumidor, dela não fazendo parte. Havendo, portanto, concorrência entre for-
necedor (comerciante, instituição financeira etc.) e o banco de dados na realização 
do ato ilícito, todos devem responder perante o consumidor.
Vejamos como a banca a seguir abordou esse tema.
Questão 6 (DEFENSOR PÚBLICO/DPE-MA/FCC/2015) Sobre bancos de dados e 
cadastros de consumidores, é correto afirmar:
a) É indispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao consu-
midor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros, sob pena 
de responsabilização por danos morais.
b) O direito brasileiro não admite o cadastro positivo de consumidores que permita 
a avaliação do risco na concessão de crédito, por ferir as normas protetivas do CDC.
c) Os bancos de dados, a fonte e o consulente são responsáveis objetiva e solida-
riamente pelos danos materiais e morais que causarem ao cadastrado.
d) Cabe indenização por danos morais sempre que inserida anotação irregular no 
cadastro de proteção de crédito.
e) Os bancos de dados de órgão de proteção ao crédito não podem manter infor-
mações dos cartórios de distribuição judicial sem o consentimento do consumidor.
Letra c.
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Trata-se de questão que exige do(a) candidato(a) atenção quanto à legislação es-
parsa que complementa as disposições do Código de Defesa do Consumidor, em es-
pecial, a Lei n. 12.414, de 9 de junho de 2011, que disciplina a formação e consulta 
a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de 
pessoas jurídicas, para formação de histórico de crédito. Na questão em tela, a ban-
ca traz à tona a regra constante do art. 16 da mencionada lei, relativa à responsabi-
lidade objetiva e solidária existente entre o banco de dados, a fonte e o consulente.
6. Direito de Acesso, Comunicação e Retificação das Infor-
mações
A partir de uma leitura detida do art. 43 do CDC, é possível reconhecer que o 
legislador estabeleceu estrategicamente direitos de fundamental importância ao 
consumidor na conservação do direito de personalidade: direito de acesso, de co-
municação e retificação das informações, bem como da aplicação de sanções a 
registros irregulares. A seguir, abordarei cada um deles.
Direito de Acesso
Em correspondência ao princípio da transparência e da confiança, o caput do 
art. 43 do CDC dispõe que o consumidor terá acesso às informações existentes em 
arquivos de consumo, bem como às respectivas fontes. Esse dispositivo possui re-
levância para que o consumidor possa verificar se há alguma irregularidade e, em 
caso positivo, exigir a devida correção.
Desse modo, qualquer pessoa que se interessar pode requerer ao banco de dados 
de proteção ao crédito informação referente à constatação de existência ou não de 
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registro de algum nome específico. Caso o registro exista, o consumidor tem direito 
de saber o conteúdo dos dados, bem como a fonte. Destaca-se que o acesso deve ser 
imediato, isto é, deve ser fornecido logo após o requerimento do interessado.
Embora o CDC não tenha expressamente se referido à gratuidade do acesso às 
informações, pode-se aplicar subsidiariamente a Lei n. 9.507/1997 (Lei do Habeas 
Data), cujo art. 21 é claro ao dispor que “são gratuitos o procedimento administra-
tivo para acesso a informações e retificação de dados e para anotação da justifica-
ção (...)”. Portanto, bancos de dados de proteção ao crédito devem disponibilizar 
meios materiais (designação de empregados e terminais de computador) para um 
pronto atendimento à pretensão do consumidor.
Vale salientar que a recente Lei n. 13.146/2015, que instituiu o Estatuto da Pes-
soa com Deficiência, respeitando o interesse coletivo das informações contidas nos 
dados de consumo e em consonância ao tratamento especial que se deve a essas 
pessoas, acrescentou ao art. 43, do CDC, o § 6º, que versa: “todas as informações 
de que trata o caput deste artigo devem ser disponibilizados em formatos acessí-
veis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor”.
Vale lembrar que a mesma disciplina é aplicável aos cadastros de consumo, 
podendo o consumidor se dirigir a qualquer estabelecimento comercial e exigir o 
acesso e conhecimento de todas as informações relativas ao seu nome.
Por fim, registra-se que, de acordo com o art. 72 do CDC, é considerada infração 
penal a conduta de “impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações 
que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros”, com 
previsão de detenção de seis meses a um ano ou multa. Desse modo, havendo im-
posição de dificuldade ou recusa de qualquer espécie a esse direito, deve-se fazer 
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solicitação à delegacia de polícia para apuração do caso, sem prejuízo de aplicação 
das demais sanções cabíveis.
Vejamos como a banca a seguir abordou a questão do acesso às informações 
constantes de bancos de dados e cadastros de consumo.
Questão 7 (EXAME DE ORDEM UNIFICADO XV/1ª FASE/OAB/FGV/2014) Roberto, 
atraído pela propaganda de veículos zero-quilômetro, compareceu até uma conces-
sionária a fim de conhecer as condições de financiamento. Verificando que o valor 
das prestações cabia no seu orçamento mensal e que as taxas e os custos lhe pa-
reciam justos, Roberto iniciou junto ao vendedor os procedimentos para a compra 
do veículo. Para sua surpresa, entretanto, a financeira negou-lhe o crédito, ao ar-
gumento de que havia negativação do nome de Roberto nos cadastros de proteção 
ao crédito. Indignado e buscando esclarecimentos, Roberto procurou o Banco de 
Dados e Cadastro que havia informado à concessionária acerca da supostaexistên-
cia de negativação, sendo informado por um dos empregados que as informações 
que Roberto buscava somente poderiam ser dadas mediante ordem judicial.
Sobre o procedimento do empregado do Banco, assinale a afirmativa correta.
a) O empregado do Banco de Dados e Cadastros agiu no legítimo exercício de di-
reito ao negar a prestação das informações, já que o solicitado pelo consumidor 
somente deve ser dado pelo fornecedor que solicitou a negativação, cabendo a 
Roberto buscar uma ordem judicial mandamental, autorizando a divulgação dos 
dados para ele diretamente.
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b) O procedimento do empregado, ao negar as informações que constam no Banco 
de Dados e Cadastros sobre o consumidor, configura infração penal punível com pena 
de detenção ou multa, nos termos tipificados no Código de Defesa do Consumidor.
c) A negativa no fornecimento das informações foi indevida, mas configura mera 
infração administrativa punível com advertência e, em caso de reincidência, 
pena de multa a ser aplicada ao órgão, não ao empregado que negou a presta-
ção de informações.
d) Cuida-se de infração administrativa e, somente se cometido em operações que 
envolvessem alimentos, medicamentos ou serviços essenciais, configuraria infra-
ção penal, para fins de incidência da norma consumerista em seu aspecto penal.
Letra b.
Trata-se de questão relativamente fácil, cabendo ao(à) candidato(a) se atentar ao 
sistema de responsabilização criminal previsto no CDC, no qual se verifica a possi-
bilidade de detenção de seis meses a um ano ou multa a quem impedir ou dificultar 
o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, ban-
co de dados, fichas e registros, nos termos do art. 72 do Código.
Direito à Comunicação
Já o § 2º do art. 43 do CDC torna obrigatória a comunicação ao consumidor 
do seu nome no registro de dados. Como vimos, é o fornecedor quem procura as 
entidades para a inscrição do nome, não tendo o consumidor conhecimento de 
tal fato, impondo-se ao fornecedor a responsabilidade pela lesão à privacidade do 
consumidor e, consequentemente, o pagamento de indenização por danos morais, 
conforme entendimento pacificado na doutrina consumerista.
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Em consonância ao princípio da boa-fé objetiva, a Súmula n. 359 do Superior 
Tribunal de Justiça estabelece que “cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Pro-
teção ao Crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição”. Assim, 
o dever de comunicar é do órgão que mantém as informações, e não do fornece-
dor. Destaca-se que essa comunicação deve ser prévia, conforme jurisprudência do 
STJ, para que o consumidor tenha espaço a contestar em caso de algum equívoco, 
evitando que seu direito seja lesionado. A respeito disso:
A inscrição do nome do devedor no cadastro do Serasa deve ser precedida da comuni-
cação exigida no art. 43, § 2º do Código de Defesa do Consumidor. O interstício de mais 
de dois anos entre a inscrição do nome no Serasa e a posterior notificação judicial ao 
devedor, além de não ser razoável, não afasta o constrangimento que advém da inscri-
ção, notadamente se esta for indevida, tornando cabível a indenização por dano moral. 
(STJ, REsp. 373219/RJ, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, D] 12/08/2002).
A edição da Súmula n 404 do Superior Tribunal de Justiça alterou o alcance da 
Súmula n. 359. Institui a nova súmula que “é dispensável o aviso de recebimento 
(AR) na carta de comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em 
bancos de dados”. Assim, ao órgão que mantém os registros, basta que se compro-
ve o efetivo envio de carta comunicando a inscrição, não havendo necessidade de 
comprovar que o consumidor a recebeu.
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Vejamos como as bancas a seguir abordaram a questão da comunicação.
Questão 8 (DEFENSOR PÚBLICO/DPE-PE/CESPE/2015) No item a seguir, é apre-
sentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base 
nas regras previstas no CDC e no entendimento do STJ a respeito de cobrança de 
dívidas, bancos de dados e cadastros de consumidores.
O nome de Marcos foi incluído, pela segunda vez, no banco de dados de órgão de 
proteção ao crédito. Apurou-se que a primeira anotação fora feita de forma regular, 
mas a segunda ocorrera sem a indispensável notificação prévia a Marcos. Nessa si-
tuação, Marcos tem direito à exclusão da segunda anotação, porém não tem direito 
à compensação por danos morais.
Certo.
Trata-se de questão relativamente fácil, cabendo ao(à) candidato(a) se atentar na 
regra disposta no § 2º do art. 43 do CDC, que torna obrigatória a comunicação ao 
consumidor do seu nome no registro de dados.
Questão 9 (JUIZ/TJ-SP/VUNESP/2014) A notificação do consumidor, nos termos 
do parágrafo 2º do artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor, antes de uma 
futura inscrição de seu nome no Cadastro de Proteção ao Crédito, cabe
a) ao credor e ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito.
b) ao credor, exigindo-se o aviso de recebimento na carta de comunicação ao 
consumidor.
c) ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito.
d) somente ao credor.
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Letra c.
Trata-se também de questão relativamente fácil, cabendo ao(à) candidato(a) se 
atentar à regra disposta no § 2º do art. 43 do CDC, que torna obrigatória a comu-
nicação ao consumidor do seu nome no registro de dados.
Questão 10 (ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CESPE/2014) 
Com relação ao entendimento sumulado pelo STJ a respeito do direito do consumi-
dor, julgue o tem.
É dever do órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito notificar o deve-
dor antes de proceder à inscrição de seu nome em bancos de dados e cadastros, 
no entanto é dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao 
consumidor sobre a sua efetiva negativação.
Certo.
Trata-se mais uma vez de questão relativamente fácil, cabendo ao(à) candidato(a) 
se atentar à regra disposta no § 2º do art. 43 do CDC, que torna obrigatória a co-
municação ao consumidor do seu nome no registro de dados.
Questão 11 (PROMOTOR DE JUSTIÇA/VESPERTINA/MPE-SC/MPE-SC/2016) Cabe 
ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Créditonotificar o devedor antes 
de proceder à inscrição, sendo indispensável o aviso de recebimento (AR) na carta 
de comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de 
dados e cadastros.
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Errado.
Trata-se de questão relativamente fácil, desde que o(a) candidato(a) se atente ao 
posicionamento do Superior Tribunal de Justiça em relação ao aviso de recebimento 
nas cartas de comunicação aos consumidores acerca da inscrição de seu nome em 
registros de dados de consumo.
A respeito dessa nova interpretação, a banca organizadora de concurso do Mi-
nistério Público do Estado de Santa Catarina (no caso, o próprio MPE-SC), em 
prova aplicada em 2016 para a carreira de promotor de Justiça, julgou ERRADA 
a questão a seguir:
Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito notificar o devedor 
antes de proceder à inscrição, sendo indispensável o aviso de recebimento (AR) na 
carta de comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de 
dados e cadastros.
Apesar de pacífica a obrigação do órgão mantenedor quanto ao ato de comunicar o 
consumidor, o ponto-chave da banca foi afirmar que o aviso de recebimento seria 
indispensável, em desacordo, portanto, com a Súmula n. 404 do STJ.
Direito à Retificação
Com vistas à regularização de possíveis equívocos nos arquivos de consumo, 
o legislador do CDC estabeleceu a possibilidade do consumidor, sempre que encon-
trar inexatidão nos seus dados e cadastros, exigir sua imediata correção, devendo 
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o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais des-
tinatários das informações incorretas. Trata-se de importante direito conferido ao 
consumidor, expresso no § 3º do art. 43 do CDC.
Dada a importância dos direitos de personalidade, a retificação pelo fato de não 
mais existir a dívida que originou a inscrição já foi objeto de manifestação por parte 
do Superior Tribunal de Justiça, por meio do Informativo n. 501, segundo o qual a 
contagem do prazo para retificação é contado a partir da quitação da dívida. Além 
disso, o informativo dispõe que a obrigação de comunicar a quitação é do credor, 
uma vez que são eles os responsáveis por manter a atualização dos dados cadas-
trados, vejamos:
O credor é responsável pelo pedido de baixa da inscrição do devedor em cadastro de 
inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, contados da efetiva quitação do débito, sob 
pena de incorrer em negligência e consequente responsabilização por danos morais. 
Isso porque o credor tem o dever de manter os cadastros dos serviços de proteção ao 
crédito atualizados.
A respeito desse tema, a banca organizadora de um concurso para a carreira de 
defensor público apresentou uma situação hipotética para julgamento de assertiva 
com base nas regras previstas no CDC e no entendimento do STJ a respeito de co-
brança de dívidas, bancos de dados e cadastros de consumidores:
A fim de promover a exclusão de seu nome do banco de dados de órgão de proteção ao 
crédito, Fernando pagou integralmente o montante da dívida inscrita no referido banco 
de dados. Nessa situação, a obrigação de promover a baixa do registro será do órgão 
mantenedor e o prazo para a efetivação dessa obrigação será de cinco dias úteis, a con-
tar do primeiro dia útil subsequente à completa disponibilização do numerário necessá-
rio à quitação do débito vencido.
A assertiva está incorreta, eis que aponta a obrigação de retificação para o órgão 
mantenedor do registro, enquanto sabemos que é do credor essa responsabilidade.
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Mais recentemente, em 2015, o Superior Tribunal de Justiça confirmou esse en-
tendimento por meio da edição da Súmula n. 548, pela qual “incumbe ao credor a 
exclusão do registro da dívida em nome do devedor no cadastro de inadimplentes 
no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito”.
Outra hipótese importante de utilização do disposto no § 3º do art. 43 decorre 
da situação de inscrição do nome do consumidor por meio de utilização fraudulen-
ta do seu CPF. Nesse caso, deve o consumidor procurar juntar ao requerimento os 
documentos que indiquem que houve fraude, utilização indevida do seu nome, tais 
como boletim de ocorrência policial, declarações de pessoas que conhecem o fato, 
dentre outros.
A respeito disso, o Superior Tribunal de Justiça também se pronunciou incutindo 
ao fornecedor a responsabilidade pelos danos causados ao consumidor em relação 
à inscrição indevida em bancos de dados de proteção ao crédito, vejamos:
RESPONSABILIDADE CIVIL. Dano moral. SPC. CPF. Documento falso. Estelionato. A em-
presa vendedora que levou ao SPC o número de CPF do autor, usado pelo estelionatário 
no documento falso com que obteve o financiamento concedido pela vendedora, deve 
indenizar o dano moral que decorreu do registro indevido do nome do autor no cadastro 
de inadimplentes, pois o descuido da vendedora foi a causa do fato lesivo que atingiu o 
autor, terceiro alheio ao negócio. Recurso conhecido e provido. (REsp 404778/MG, Rel. 
Ministro Ruy Rosado de Aguiar, julgado em 18.06.2002, DJ 12.08.2002).
A importância do direito à retificação também motivou o legislador a criar um 
tipo penal punível com detenção de um a seis meses ou multa a quem “deixar de 
corrigir imediatamente informações sobre consumidor constante de cadastro, ban-
co de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata”, nos termos 
do art. 73 do CDC.
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O habeas data é instrumento constitucional de grande relevo para a retificação 
das informações, uma vez que é o meio adequado de se exigir o cumprimento da 
obrigação do direito de acesso e do direito de retificação. Conforme art. 5º, LXXII, 
da CF/1988:
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, ju-
dicial ou administrativo;
Assim, por meio do habeas data, o impetrante pode tanto pedir o acesso quanto a 
retificação de dados, resguardando-se seu

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