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Resumo - Ca de Ovário

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1 
Câncer de Ovário 
I N TRO DU ÇÃ O 
► Lesões mais comuns no ovário incluem os cistos 
benignos ou funcionais e tumores 
► Os distúrbios neoplásicos podem ser divididos a 
partir das células de origem que são: 
▪ Epitélio mulleriano 
− Tumores Epiteliais – Estromais de Superfície 
▪ Células germinativas 
− Tumores de Células Germinativas 
▪ Células estromais dos cordões sexuais 
− Tumores do Estroma e do Cordão Sexual 
► As inflamações primárias do ovário (ooforite) não 
são comuns 
▪ Em raras ocasiões podem ser de base autoimune 
► As reações autoimunes afetam os folículos ovarianos 
e podem levar à infertilidade 
C IS TOS FU NC ION A IS E NÃ O 
N EO PL ÁS IC OS 
Cistos Foliculares e Luteínicos 
► Muito comuns 
► Origem: 
▪ Em Folículos graafianos não rompidos 
▪ Em Folículos que foram rompidos e imediatamente 
fechados 
Morfologia 
► Geralmente são múltiplos 
► Tamanho de até 2cm de diâmetro 
▪ Cistos maiores (foliculares), as vezes, podem ser 
diagnosticados por palpação ou ultrassonografia, 
podendo gerar dor pélvica 
► Preenchidos por um líquido seroso claro e revestidos 
por uma membrana cinza-brilhante 
► Células da camada granulomatosa estarão 
presentes se a pressão intraluminal não tiver sido 
grande o suficiente para causar sua atrofia 
▪ Revestem o cisto 
► Células tecais podem ser proeminentes por > 
quantidade de citoplasma pálido (mudança 
conhecida como luteinização) 
▪ Envolvem o cisto 
▪ Quando alteração é pronunciada (hipertecose) 
pode estar associada a aumento na produção de 
estrogênio e anormalidades endometriais 
► Cistos luteínicos (corpora lutea) estão presentes nos 
ovários normais de mulheres em idade reprodutiva 
▪ São revestidos por uma borda de tecido amarelo-
brilhante 
− Contém células da granulosa luteinizadas 
▪ Ocasionalmente: sofrem ruptura e causam reação 
peritoneal 
▪ Algumas vezes: combinação de hemorragia antiga 
+ fibrose = dificuldade em diferenciar de cistos 
endometrióticos 
Ovários Policísticos 
► A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é um 
distúrbio endócrino complexo 
▪ Caracteriza-se por: 
− Hiperandrogenismo 
− Anormalidades menstruais 
− Ovários policísticos 
− Anovulação crônica 
− Diminuição de fertilidade 
▪ Afeta, no mundo, entre 6 a 10% das mulheres em 
idade reprodutiva 
▪ Associada a: 
− Obesidade 
− Diabetes tipo 2 
− Aterosclerose prematura 
− Condições que podem ser indicadores de um 
distúrbio metabólico adjacente 
▪ Etiologia ainda não toda compreendida 
▪ Marcada por: 
− Desregulação das enzimas envolvidas na 
biossíntese e na produção excessiva de 
andrógenos 
− Resistência a insulina e metabolismo de tecido 
adiposo alterado 
Morfologia 
► Anormalidade central: numerosos folículos císticos, 
ou cistos foliculares, que aumentam os ovários 
▪ Entretanto, ovários policísticos são detectados em 
20% a 30% de todas as mulheres, então este 
achado não é específico 
► Mulheres com SOP tem risco de Hiperplasia 
endometrial e estroma 
▪ Por conta de aumentos nos níveis séricos de estrona 
livre 
Hipertecose es tromal 
► Também chamada de hiperplasia estromal cortical 
► É um distúrbio do estroma ovariano 
► Observado mais em mulheres na pós-menopausa 
▪ Pode ocorrer sobreposição com a SOP nas 
mulheres mais jovens 
► Caracterizado por 
▪ Aumento uniforme do ovário (até 7cm) 
− Apresenta aspecto branco a marrom-claro aos 
cortes 
▪ Envolvimento geralmente bilateral 
▪ Microscopicamente exibe 
− Estroma hipercelular 
− Luteinização das células estromais 
 
 2 
 Visíveis como ninhos nítidos de células com 
citoplasma vacuolado 
► Apresentação clínica 
▪ Parecida com a da SOP 
− Virilização possa ser ainda mais notável 
 
 Obs: Hiperplasia da teca luteínica da gravidez 
▪ Condição fisiológica 
▪ Mimetiza SOP e Hipertecose 
▪ Em resposta aos hormônios da gravidez 
(gonadotrofinas), ocorre proliferação das células 
da teca + expansão da zona perifolicular 
▪ Conforme os folículos regridem, a forma 
concêntrica pode parecer nodular 
▪ Alteração não pode ser confundida com os 
verdadeiros luteomas da gravidez 
T U MOR ES O VARI A NOS 
► 80% são benignos 
▪ Mulheres jovens entre os 20 a 45 anos de idade 
▪ Borderline com idade um pouco mais avançada 
► 20% malignos 
▪ Mulheres entre 45 a 65 anos 
► Câncer de Ovário 
▪ 3% de todos os tipos de câncer em mulheres 
▪ Quinta causa mais comum de morte por Ca nos 
USA 
▪ Por maioria detectada pós disseminação além 
ovariana → representam número desproporcional 
de mortes decorrentes de Ca do Trato Genital 
Feminino 
Classificação 
► Atualmente, acredita-se que a maioria dos tumores 
de ovário surja, em última análise, de um dos três 
componentes ovarianos: 
▪ Epitélio tubário/superfície e endometriose 
▪ Células germinativas, que migram para o ovário a 
partir do saco vitelino e são pluripotenciais. 
▪ Células estromais, incluindo os cordões sexuais, 
que são os precursores do aparato endócrino do 
ovário pós-natal 
▪ Também há um grupo de tumores que desafiam 
essa classificação, e finalmente existem tumores 
secundários ou metastáticos para o ovário 
 
 
► Tumores e seus subtipos 
 
Tumores Epiteliais 
► Maioria das neoplasias ovarianas sugerm do 
epitélio mulleriano 
► Classificação baseada na diferenciação e grau de 
proliferação do epitélio 
► 3 tipos histológicos principais – referentes a 
diferenciação do epitélio: 
1. Serosos 
2. Mucinosos 
3. Endometrioides 
▪ São classificados como benignos, boderline e 
malignos 
− Benignos podem ser subclassificar com base nos 
componentes tumorais que podem incluir 
 Áreas císticas (cistadenomas) 
 Áreas císticas e fibrosas (cistadenofibromas) 
 Áreas predominantemente fibrosas 
(adenofibromas) 
− Boderline e malignos podem apresentar 
componente cístico 
 Quando maligno, podem ser chamados de 
cistoadenocarcinomas 
► Podem ser pequenos ou preencher toda a pelve 
Classificação 
► Estudos clinicopatológicos e moleculares têm 
sugerido que os carcinomas ovarianos podem ser 
amplamente categorizados em dois tipos diferentes, 
chamados tipo I e tipo II 
 
 3 
► Carcinomas Tipo I 
▪ Tumores de baixo grau 
▪ Frequentemente surgem em associação com 
tumores borderline ou endometriose 
▪ Vários subtipos histológicos de baixo grau, 
incluindo 
− Serosos 
− Endometrioides 
− Mucinosos 
► Carcinoma Tipo II 
▪ São mais frequentes carcinomas serosos de alto 
grau que surgem a partir do carcinoma 
intraepitelial seroso 
 
Tumores Serosos 
► Neoplasias císticas 
► Incluem tumores malignos dos ovários mais comuns 
► 40% de todos os Cas de Ovário 
► Aproximadamente 70% são benignos ou borderline 
▪ Mais comuns entre 20 a 45 anos 
► 30% são malignos 
▪ Carcinoma seroso ocorre, em média, mais tarde na 
vida, embora frequentemente um pouco mais cedo 
nos casos familiares 
Patogenia 
► Fatores de risco 
▪ Benignos e limítrofes 
− Pouco se sabe 
▪ Tumores serosos malignos (carcinoma seroso) 
− Não são completamente compreendidos 
− Papel no desenvolvimento tumoral 
 Nuliparidade 
 Históricos familiar 
 Mutações hereditárias 
 Mutações hereditárias germinativas tanto do 
BRCA1 quanto do BRCA2 aumentam a 
suscetibilidade a câncer ovariano 
 BRCA1 – 5% dos pacientes com menos de 70 
anos 
 BRCA1 ou BRCA2 = 20 a 60% aos 70 anos 
− As mulheres entre 40 e 59 anos de idade que 
tomaram contraceptivos orais ou realizaram 
ligação tubária apresentam um risco reduzido 
de desenvolvimento de câncer ovariano 
► Carcinoma ovariano seroso 
▪ Dividido em dois grupos principais: 
1. Carcinoma de baixo grau (bem diferenciado) 
 Podem surgir em associação com tumores 
serosos borderline 
 Mutações nos oncogenes KRAS, BRAF e ERBB2 
 Geralmente têm genes TP53 do tipo selvagem 
2. Carcinoma de alto grau (moderadamente a 
pouco diferenciado) 
 Surgem a partir de lesões in situ nas fímbrias 
das tubas uterinas ou a partir de cistos de 
inclusão serosa no ovário 
 Lesões: carcinomas intraepiteliais tubários 
serosos (CITS) – mais esporádicos Cistos: Uma hipótese alternativa recente é a 
de que os cistos surjam a partir da 
implantação de epitélio desconectado das 
tubas uterinas, em locais onde a ovulação 
rompeu a superfície do ovário 
 Frequência alta de mutações do TP53 
 Sem mutação no KRAS e BRAF 
 Desequilíbrios genômicos são comuns 
 Amplificações de oncogenes (ex: PIK3CA) 
 Deleções de gênese supressores de tumores 
(ex: RB) 
 Mutações BRCA1/2 raras nos esporádicos 
Morfologia 
► O tumor seroso pode se apresentar como uma lesão 
multicística, contendo epitélio papilar dentro de 
poucos cistos com paredes fibrosas (intracístico), ou 
como uma massa se projetando na superfície 
ovariana 
Benignos Parede cística lisa e brilhante, sem 
espessamento epitelial, ou com 
pequenas projeções papilares 
Borderline Maior número de projeções papilares 
Malignos Grandes áreas de massa tumoral sólida 
ou de projeções papilares, 
irregularidades na massa tumoral, e 
fixação ou modularidade da cápsula 
 
► Bilateralidade é comum 
▪ 20% dos cistadenomas serosos benignos 
▪ 30% dos tumores serosos borderline 
▪ 66% dos carcinomas serosos 
Microscopia 
► Cistos são revestidos por epitélio colunar 
▪ Possui cílios abundantes nos tumores benignos 
► Podem ser encontradas papilas microscópicas 
► Tumores serosos borderline exibem 
▪ Aumento na complexidade das papilas estromais 
▪ Estratificação do epitélio 
 
 4 
▪ Atipia nuclear leve 
▪ Sem invasão de estroma 
▪ Frequentemente cresce com padrão papilar 
delicado, chamado de “carcinoma micropapilar” 
− Se acredita ser o precursor do carcinoma seroso 
de baixo grau 
► Carcinomas serosos de alto grau 
▪ Diferenciam-se dos de baixo grau por terem 
− Padrão de crescimento mais complexo 
− Infiltração generalizada 
− Evidente apagamento do estroma subjacente 
▪ Nos invasivos podem ser tão indiferenciados que 
nem é possível reconhecer 
► Células tumorais individuais exibem 
▪ Atipia nuclear acentuada 
− Pleomorfismos 
▪ Figuras mitóticas atípicas 
▪ Multinucleação 
► Carcinomas intraepiteliais tubários serosos 
▪ Células morfologicamente iguais aos de alto grau 
porém com ausência de invasão 
► Tumores serosos 
▪ Possuem propensão a disseminação para a 
superfície peritoneal e para o omento 
− Associados a presença de ascite 
− Disseminação fora do ovário determina o 
estádio 
▪ Calcificações concêntricas (corpos de psamoma) 
caracterizam, mas não são específicas para 
neoplasia 
 
Prognóstico 
► A taxa de sobrevida em 5 anos para os tumores 
borderline e malignos confinados ao ovário é, 
respectivamente, de 100% e 70% 
► Taxa de sobrevida em 5 anos para os mesmos 
tumores envolvendo o peritônio é de cerca de 90% 
e 25%, respectivamente 
► Devido à sua evolução prolongada, os tumores 
borderline podem recorrer após muitos anos e a 
sobrevida por 5 anos não é sinônimo de cura 
Tumores Mucinosos 
► 20 a 25% de todas as neoplasias ovarianas 
► Principalmente na vida adulta médias 
▪ Raro antes da puberdade e após a menopausa 
► Maiorias: tumores benignos ou borderline 
▪ Carcinomas mucinosos ovarianos primários são 
raros – menos de 3% de todos os Cas de Ovário 
Patogenia 
► Mutação do proto-oncogene KRAS na maioria 
▪ 58% dos cistadenomas mucinosos benignos 
▪ 75 a 86% de tumores mucinosos borderline 
▪ 85% carcinomas mucinosos ovarianos 
Morfologia 
► Diferem dos serosos por 
▪ Superfície do ovário ser raramente envolvida 
▪ Apenas 5% dos cistadenomas mucinosos e 
carcinomas mucinosos primários são bilaterais 
► Tem tendência de produzir grandes massas císticas 
► Características 
▪ São tumores multiloculados 
▪ Cheios de um fluido gelatinoso e viscoso 
▪ Rico em glicoproteínas 
 
Microscopia 
Benignos • Revestimento de células epiteliais 
colunares altas com mucina apical, 
sem cílios 
• Maioria com diferenciação de tipos 
gástrico ou intestinal 
• Podem ocorrer tumores incomuns 
mostrando diferenciação do tipo 
endocervical 
Borderline • Diferenciados por estratificação 
epitelial: formam tufos celulares 
e/ou crescimento papilar 
intraglandular 
• Aparência similar aos adenomas 
tubulares ou adenomas vilosos do 
intestino 
 
 5 
Malignos • Crescimento glandular confluente – 
forma de invasão “expansível” 
 
 Alguns autores usam o termo “carcinomas 
intraepiteliais” para os tumores com atipia epitelial 
acentuada e que não têm características invasivas. 
As taxas aproximadas de sobrevida em 10 anos 
para os “carcinomas intraepiteliais” não invasivos 
em estádio I e os tumores malignos francamente 
invasivos são maiores do que 95% e 90%, 
respectivamente 
 Os carcinomas mucinosos que se espalham para 
além do ovário são geralmente fatais, mas, 
conforme descrito anteriormente, esses tumores são 
incomuns, e devem ser diferenciados dos 
adenocarcinomas mucinosos metastáticos 
► Pseudomixoma peritoneal 
▪ Condição clínica referida por: 
− Extensa ascite mucinosa 
− Implantes epiteliais císticos na superfície 
peritoneal 
− Aderências 
− Frequente envolvimento dos ovários 
▪ Se extenso: obstrução intestinal e morte 
▪ Fonte como sendo extraovariana, geralmente no 
apêndice, na maioria dos casos 
▪ Já que a maioria dos tumores mucinosos primários 
do ovário é unilateral, a apresentação bilateral 
de tumores mucinosos sempre requer a exclusão 
da origem não ovariana 
 
Tumores Ovarianos Endometrioides 
► Carcinoma endometrioide - 10 a 15% de todos os 
Cas de Ovário 
▪ Tumores endometrioides benignos (adenofibromas 
endometrioides) e Tumores endometrioides 
borderline são raros 
▪ Podem surgir no contexto de endometriose 
▪ Ocasionalmente associados a áreas de tumor 
borderline 
► São caracterizados pela presença de glândulas 
tubulares semelhantes ao endométrio benigno ou 
maligno 
► 15% a 30% dos carcinomas endometrioides de 
ovário são acompanhados por carcinoma do 
endométrio, e o prognóstico relativamente bom 
nesses casos sugere que os dois tumores surjam 
independentemente um do outro, em vez de 
surgirem por disseminação metastática 
Patogenia 
► Em cerca de 15% a 20% dos casos, o carcinoma 
endometrioide coexiste com a endometriose 
▪ O pico de incidência dos tumores associados com 
a endometriose ocorre 1 década mais cedo do 
que o pico dos carcinomas endometrioides não 
associados com endometriose 
► Estudos moleculares têm encontrado semelhanças 
impressionantes com o carcinoma endometrioide 
endometrial 
► As características compartilhadas incluem 
▪ Alterações relativamente frequentes que 
aumentam a sinalização da via PI3K/AKT 
(mutações no PTEN, PIK3CA, ARID1A e KRAS) 
▪ Mutações nos genes reparadores de erro de DNA 
e no CTNNB1 (β-catenina) 
▪ As mutações no PTEN também foram encontradas 
na endometriose atípica, sugerindo que ela ocorre 
no início da patogenia do carcinoma 
endometrioide dos ovários, como também 
acontece no carcinoma endometrioide do 
endométrio 
▪ Semelhantemente aos carcinomas endometrioides 
do endométrio, as mutações no TP53 são comuns 
em tumores mal diferenciados 
Morfologia 
► Áreas de crescimento sólidas e císticas 
► 40% cursam com bilateralidade 
▪ Neoplasia se extender além do trato genital 
► Tumores de baixo grau 
▪ Padrões glandulares semelhantes aos de origem 
endometrial 
► Sobrevida em 5 anos para tumores de estádio I 
(corresponde a 75%) 
Carcinoma de células claras 
► Benignos e Borderline são raros + carcinomas pouco 
comuns 
► Células epiteliais grandes com citoplasma claro 
abundante 
▪ Aspecto semelhante ao do endométrio gestacional 
hipersecretor 
► Às vezes ocorrem em associação com a 
endometriose ou carcinoma endometrioide do 
ovário, e se assemelham ao carcinoma de células 
claras do endométrio, acredita-se agora que sejam 
variantes do adenocarcinoma endometrioide 
▪ Aberrações genéticas mais comuns (PIK3CA, 
ARID1A, KRAS, PTEN e TP53) são compartilhadas, 
com frequências um tanto diferentes 
► Podem ser 
▪ Sólidos 
− Células claras dispostas na forma de lençóis ou 
túbulos 
▪ Císticos 
− Células revestem os espaços6 
Cistadenofibroma 
► Tumores benignos 
► Variantes pouco comuns 
► Ocorre proliferação pronunciada do estroma 
fibroso subjacente ao epitélio de revestimento 
colunar 
► Geralmente pequenos e multiloculares 
► Possuem processos papilares simples que não se 
tornam tão complexos e ramificados como aqueles 
encontrados no cistadenoma comum 
► Contém epitélio mucinosos, seroso, endometrioide e 
transicional (Tumores de Brenner) 
► Ocorrem lesões borderline com atipias celulares e, 
raramente, tumores com carcinoma focal, porém a 
disseminação metastática de qualquer um deles é 
extremamente rara 
Tumores de células transicionais 
► Contém células epiteliais neoplásicas que se 
assemelham ao urotélio 
► São geralmente benignos 
► Também chamados de Tumores de Brenner 
► 10% dos tumores epiteliais ovarianos 
► Na maioria: detectados incidentalmente 
▪ Mesmo quando grande, mantém forma benigna 
▪ Ocorrem raros carcinomas de células transicionais 
− São considerados equivalentes aos carcinomas 
dos ovários de grau alto (tipo II) 
− Geralmente se apresentam em estágio 
avançado, e são tratados como os carcinomas 
serosos de grau alto 
▪ Os tumores de Brenner malignos geralmente 
apresentam-se no estádio I, e para fins de 
prognóstico, são considerados equivalentes aos 
carcinomas de baixo grau (tipo I) 
Morfologia 
► Sólidas ou císticas 
► Maioria unilateral 
► Variam de lesões pequenas a grandes 
► Estroma fibroso 
▪ Semelhante ao do estroma do ovário normal 
▪ Apresenta ninhos bem demarcados de células 
epiteliais que lembram o epitélio do trato urinário 
▪ Frequente a presença de glândulas mucinosas no 
centro 
► Raras vezes, o estroma é composto por fibroblastos 
com citoplasma amplo, semelhantes às células da 
teca 
► Podem ter atividade hormonal 
► Os tumores com ninhos de Brenner benignos 
misturados com células tumorais malignas são 
denominados tumores de Brenner malignos, 
enquanto os tumores com mais de 50% de epitélio 
do tipo transicional são considerados carcinoma de 
células transicionais do ovário 
 
Considerações finais 
► Todos os carcinomas ovarianos produzem 
manifestações clínicas semelhantes, mais comumente 
dor na parte inferior do abdome e aumento 
abdominal 
▪ Outras queixas: 
− Gastrointestinais 
− Frequência urinária 
− Disúria 
− Pressão pélvica 
► Lesões benignas 
▪ Facilmente ressecadas e curadas 
► Formas malignas 
▪ Causam fraqueza progressiva + perda de peso + 
caquexia 
▪ Se extensão pela cápsula do tumor + 
disseminação pela cavidade peritoneal = ascite 
significativa 
− Liquído ascético com células tumorais esfoliadas 
− Padrão peritoneal característico: todas as 
superfícies serosas exibem, difusamente, vários 
nódulos de tumor de 0,1 a 0,5 cm, os quais 
apenas raramente penetram profundamente no 
parênquima subjacente 
 
Tumores de Células 
Germinativas 
► 15 a 20% de todos os tumores ovarianos 
► A maioria é de teratomas císticos benignos, mas 
outros, encontrados principalmente em crianças e 
adultos jovens, podem mostrar comportamento 
maligno e dificultar o diagnóstico histológico e a 
terapia 
► Parecidos com os tumores de células germinativas 
dos testículos dos homens 
▪ Surgem de maneira semelhante 
 
 7 
 
Teratomas 
► Divididos em 3 categorias: maduros (benignos), 
imaturos (malignos) e monodérmicos ou altamente 
especializados 
Teratomas maduros (Benignos) 
► Maioria é cística 
► Geralmente chamados de cistos dermoides 
▪ Quase sempre revestidos por estruturas parecidas 
com a pele 
► Ocorrem mais em mulheres jovens durante a idade 
reprodutiva 
► Podem ser descobertos por acaso 
▪ Algumas vezes estão associados a síndromes 
paraneoplásicas clinicamente importantes, como a 
encefalite límbica inflamatória 
− Podem entrar em remissão após a remoção do 
tumor 
Morfologia 
► > Unilateral 
▪ Bilaterais em 10% a 15% dos casos 
► Cistos uniloculares contendo pelos e material 
sebáceo 
► Seccionamento revela uma fina parede revestida 
de uma epiderme opaca, branco-acinzentada e 
enrugada 
▪ Frequentemente com pelos 
▪ Interior da parede pode conter dentárias e áreas 
de calcificação 
 
► Parede do cisto composta por epitélio escamoso 
estratificados com glândulas sebáceas subjacentes, 
pelos e outras estruturas de anexos cutâneos 
▪ Pode-se identificar estruturas de outras camadas 
germinativas como cartilagem, osso, tecido 
tireoidiano e tecidos neurais 
► Algumas vezes os cistos dermoides são incorporados 
na parede de um cistadenoma mucinoso 
▪ Cerca de 1% dos cistos dermoides passa por uma 
transformação maligna, mais comumente para o 
carcinoma de células escamosas, mas também 
para outros cânceres (p. ex., carcinoma da 
tireoide, melanoma) 
 
► Em raros casos, é sólido e composto inteiramente por 
coleções heterogêneas de aspecto benigno de 
tecidos e estruturas organizadas, derivadas das três 
camadas germinativas 
▪ Esses tumores supostamente têm a mesma origem 
histogenética, mas não apresentam uma 
diferenciação preponderante em derivados 
ectodérmicos 
▪ Pode ser difícil diferenciar essas neoplasias, na 
inspeção macroscópica, dos teratomas imaturos 
malignos 
► O cariótipo de quase todos os teratomas ovarianos 
benignos é 46, XX 
► Análises genéticas indicam que a maioria dos 
teratomas surge a partir de um ovócito depois da 
primeira divisão meiótica, enquanto uma minoria 
surge antes da primeira divisão 
Teratomas Monodérmicos ou Especializados 
► Grupo de tumores raros 
► Mais comuns são: struma ovarrii e o carcinoide 
► Sempre unilaterais 
▪ Teratoma contralateral pode ser encontrado 
► Struma ovarii 
▪ Inteiramente composto por tecido tireóideo 
maduro, que pode ser funcional e causar 
hipertireoidismo 
► Carcinoide ovariano 
▪ Aparentemente surge a partir do tecido intestinal 
encontrado em teratomas 
▪ Pode também ser funcional 
− Particularmente se for grande (>7 cm) 
▪ Pode produzir 5-hidroxitriptamina o suficiente 
para causar a síndrome carcinoide, mesmo na 
ausência de metástase hepática 
− Já que as veias dos ovários são diretamente 
ligadas à circulação sistêmica 
 
 8 
▪ O carcinoide ovariano primário pode ser distinto 
do carcinoide intestinal metastático, que é 
praticamente sempre bilateral 
► Ainda mais raro é o carcinoide estrumatoso, uma 
combinação de struma ovarii e carcinoide no mesmo 
ovário 
► Somente cerca de 2% dos carcinoides em teratomas 
sofrem metástase 
Tumores Imaturos Malignos 
► Tumores raros 
► Diferem do Benignos pelos tecidos lebrarem o 
tecido embrionário ou imaturo 
► Encontrado + em adolescentes pré-púberes e 
mulheres jovens – idade média de 18 anos 
Morfologia 
► Volumosos 
► Superfície externa lisa 
► Tendem a ter aparência sólidas aos cortes 
► Podem apresentar 
▪ Pelos 
▪ Material sebáceo 
▪ Cartilagem 
▪ Osso calcificação 
▪ Junto com áreas de necrose e hemorragia 
Microscopia 
► Quantidades variáveis de elementos imaturos de 
neuroepitélio, cartilagem, osso, músculo e outros 
► Risco importante para subsequente disseminação 
extraovariana 
▪ Grau histológico do tumor (I a III) 
− Se baseia na proporção de tecido contendo 
neuroepitélio imaturo 
 
► Crescem rapidamente 
▪ Frequente penetração na cápsula e disseminação 
local ou a distância 
► Tumores de estádio I (histologia de baixo grau) tem 
prognóstico excelente 
▪ Maiores graus: tratados com quimioterapia 
profilática 
► A maioria das recorrências se desenvolve nos 
primeiros 2 anos, e a ausência de doença além 
desse período indica uma excelente possibilidade 
de cura 
Disgerminoma 
► Equivalente ovariano do seminoma dos testículos 
► 2% de todos os Cas do ovário e 50% dos tumores 
malignos de células germinativas ovarianas 
► Maioria ocorre na 2ª e 3ª década de vida 
▪ Podem ocorrer na infância também 
► Alguns ocorrem em pacientes com disgenesia 
gonadal (incluindo pseudo-hermafroditismo) 
► Maioria sem função endócrina 
▪ Alguns poucos produzem níveis elevados de 
gonadotrofina coriônica, um achado que se 
correlaciona com a presençade células gigantes 
sinciciotrofoblásticas 
► Expressam 
▪ OCT-3, o OCT-4 e o NANOG 
− Fatores de transmissão envolvidos na 
manutenção da pluripotencialidade 
− Também presentes nos seminomas 
▪ Receptor tirosina-cinase KIT 
− 1/3 tem mutações ativadoras do gene KIT 
▪ Essas proteínas são marcadores diagnósticos úteis 
e, no caso de KIT, também podem servir como um 
alvo terapêutico 
Morfologia 
► Maioria são unilaterais de tamanhos variados 
▪ De nódulos pouco visíveis até massas que 
preenchem todo o abdome 
► Na superfície de corte 
▪ Se apresentam branco-amarelados a rosa-
acizentados 
▪ Frequentemente macios e carnosos 
► Composto por grandes células vesiculares 
▪ Citoplasma claro 
▪ Limites celulares bem definidos 
▪ Núcleos regulares de localização central 
▪ Crescem em lençóis ou cordões separados por 
escasso estroma fibroso 
− Infiltrado por linfócitos maduros e contém 
granulomas ocasionais 
► Às vezes, pequenos nódulos de disgerminoma são 
encontrados na parede do que seria, de outra 
maneira, apenas um teratoma cístico benigno 
▪ Inversamente, um tumor predominantemente 
disgerminomatoso pode conter um pequeno 
teratoma cístico 
 
 
 9 
► Todos são malignos 
▪ Porém grau de atipia histológica é variável 
− Apenas 1/3 é agressivo 
► Prognóstico 
▪ Um tumor unilateral que não tenha ultrapassado a 
cápsula e se espalhado para fora do ovário 
apresenta um excelente prognóstico (taxa de cura 
de até 96%) após uma salpingo-ooforectomia 
simples 
▪ Essas neoplasias são sensíveis à quimioterapia, e 
mesmo aquelas que se estenderam além do ovário 
frequentemente podem ser curadas 
▪ Em geral, a sobrevida ultrapassa 80% 
Tumor do Saco Vitelino 
► Também conhecido como tumor do seio 
endodérmico 
► Raro, mas classificado como segundo tumor maligno 
mais comum de origem germinativa 
► Derivado da diferenciação de células germinativas 
malignas ao longo da linhagem extraembrionária 
do saco vitelino 
► Células tumorais produzem α-fetoproteína 
▪ Semelhante ao saco vitelino normal 
► Aspecto histológico 
▪ Estrutura semelhante a um glomérulo 
− Composta por um vaso sanguíneo central 
 Envolvido por células tumorais dentro de um 
espaço também revestido por células tumorais 
(corpo de Schiller-Duval) 
 
► Gotículas hialinas intra e extracelulares evidentes 
estão presentes em todos os tumores, algumas das 
quais são marcadas para α-fetoproteína por 
técnicas de imunoperoxidase 
► Maioria das pacientes é de crianças ou mulheres 
jovens que apresentam dor abdominal e uma massa 
pélvica de crescimento rápido que parece envolver 
um único ovário 
► Em combinação com quimioterapia, há mais de 80% 
de chance de sobrevida, independentemente do 
estágio da doença 
Coriocarcinoma 
► Mais comum de origem placentária 
► Junto com o de Saco Vitelino representam exemplos 
de diferenciação extraembrionária de células 
germinativas malignas 
► Considera-se, geralmente, que uma origem a partir 
de células germinativas só pode ser confirmada em 
meninas pré-púberes, porque após essa idade não 
é possível excluir uma origem proveniente de uma 
gravidez ectópica ovariana 
► Maioria existe em combinação 
▪ Coriocarcinomas puros são raros 
► Histologia 
▪ Idênticos às lesões placentárias mais comuns 
▪ São agressivos 
▪ Geralmente já sofreram metástases hematógena 
para os pulmões, fígado, ossos e outros locais, no 
momento do diagnóstico 
► Elaboram altos níveis de gonadotrofinas coriônicas 
▪ Ajuda a estabelecer diagnóstico ou detectar 
recorrências 
► Em contraste aos coriocarcinomas derivados do 
tecido placentário, aqueles que se originam no 
ovário em geral são insensíveis à quimioterapia e 
frequentemente são fatais 
Outros 
► Carcinoma embrionário 
▪ Altamente maligno de elementos embrionários 
primitivos 
▪ Histologicamente semelhante aos tumores 
originados nos testículos 
► Poliembrioma 
▪ Maligno contendo os assim chamados corpos 
embrioides 
► Tumor de células germinativas misto 
▪ Contendo várias combinações de disgerminoma, 
teratoma, tumor do saco vitelino e coriocarcinoma 
 
Tumores do Estroma e dos 
Cordões Sexuais 
► O estroma do ovário é derivado dos cordões 
sexuais da gônada embrionário 
▪ Essas neoplasias são derivadas desse estroma 
► Mesênquima gonadal sem diferenciação 
▪ Produz tipos específicos de células nas gônadas 
− De homens (Sertoli e Leydig) 
 Secretam andrógenos - masculinizantes 
− De mulheres (granulosa e teca) 
 Secretam estrógenos – tumores são 
feminilizantes 
Tumores de Células da Granulosa 
► Compostos por células que lembram as células da 
granulosa de um folículo ovariano em 
desenvolvimento 
► Divididos em tipo adulto e tipo juvenil 
 
 10 
▪ 2/3 ocorrem em mulheres na pós-menopausa 
Morfologia 
► Unilaterais 
► Variam de focos microscópicos a grandes massas 
encapsuladas, sólidas e císticas 
► Quando hormonalmente ativos exibem coloração 
amarela nas suas superfícies de corte, devido aos 
lipídios intracelulares 
► Vários padrões histológicos 
▪ As células pequenas, cuboides a poligonais, 
crescem em cordões, lençóis ou faixas 
anastomosantes 
▪ Ocasionalmente, pequenas estruturas bem nítidas, 
semelhantes a glândulas, preenchidas com um 
material acidófilo, lembram folículos imaturos 
(corpos de Call-Exner) 
− Quando essas estruturas são evidentes, o 
diagnóstico é simples 
▪ Por vezes, há um predomínio de componente de 
tecoma, que consiste em grupamentos ou lençóis 
de células que variam de cuboides a poligonais 
▪ Em alguns tumores, as células da granulosa ou da 
teca mostram-se mais arredondadas e 
apresentam um citoplasma amplo, característico 
de luteinização (i.e., tumores de células da teca-
granulosa luteinizadas) 
 
Clínica 
► Importância 
▪ Elaboram grande quantidade de estrogênio 
▪ Comportam-se com malignidade de baixo grau 
► Tipo juvenil pode induzir ao desenvolvimento sexual 
precoce em meninas 
► Em mulheres adultas – associados a doença 
proliferativa das mamas, hiperplasia endometrial e 
carcinoma endometrial 
▪ Se desenvolvem em cerca de 10 a 15% das 
mulheres com tumores produtores de esteroides 
► Ocasionalmente, os tumores de células da granulosa 
produzem andrógenos, masculinizando a paciente 
► Todos são potencialmente malignos 
▪ Em geral, seguem um curso indolente, no qual as 
recorrências locais podem ser passíveis de terapia 
cirúrgica 
▪ Recorrências na pelve e no abdome podem 
aparecer 10 a 20 anos após a remoção do tumor 
original 
▪ A taxa de sobrevida em 10 anos corresponde a 
aproximadamente 85% 
▪ Tumores compostos predominantemente por 
células da teca quase nunca são malignos 
► Associação com elevação de níveis séricos e 
tissulares de inibina (produto das células da 
granulosa) 
▪ Marcador biológico útil na identificação e 
monitorização de tratamento 
Fibromas, Tecomas e Fibrotecomas 
► Originados do estroma ovariano 
► Fibromas – compostos por fibroblastos 
▪ Hormonalmente inativos 
► Tecomas – compostos por células fusiformes amplas 
com gotículas lipídicas 
▪ Puros são raros 
▪ Quando misto e com predomínio dessa: 
hormonalmente ativos 
► Mistura dos dois - Fibrotecomas 
► São relativamente comuns, 4% de todos tumores de 
ovário 
 
► Fibromas do ovário 
▪ Unilaterais (90%) 
▪ Massas sólidas, esféricas ou discretamente 
lobuladas 
− Encapsuladas 
− Duras 
− Cinza-esbranquiçadas 
− Cobertas por serosa ovariana intacta e brilhante 
▪ Compostos por fibroblastos bem diferenciados, 
entremeados por escasso estroma colagenoso 
▪ Áreas focais de diferenciação tecal podem ser 
identificadas 
Clínica 
► Massa pélvica, algumas vezes acompanhada 
▪ Dor 
► Síndrome de Meigs 
▪ Essa combinação de achados (tumor ovariano, 
hidrotórax e ascite) 
▪ Ascite (40% dos casos) 
− Tumores medem mais de 6 cm de diâmetro 
▪ Hidrotórax, em geral somente no lado direito 
▪ Sua gênese é desconhecida 
► Síndrome de nevos de células basais 
► A grande maioria dos fibromas, fibrotecomas e 
tecomas é benigna 
► Raramente, são identificadosfibromas celulares 
com atividade mitótica e maior razão núcleo-
citoplasma 
► Uma vez que podem seguir um curso maligno, são 
chamados de fibrossarcomas 
Tumores de Células de Sertoli-Leydig 
► Geralmente funcionais, e comumente produzem 
masculinização ou defeminilização 
▪ Alguns têm efeitos estrogênicos 
► Incidência máxima entre a 2ª e 3ª década de vida 
► Mutações no DICER1 (gene codificante da 
endonuclease) 
 
 11 
▪ Essencial para o processamento correto de micro-
RNAs 
− Mutação sugere que a gênese das células 
estromais com tendência a ser masculinas 
envolvem anormalidades da expressão genética 
relacionadas à desregulação de micro-RNAs 
▪ Mais da metade dos casos 
Morfologia 
► São unilaterais 
► Podem lembrar, macroscopicamente, tumores de 
células granulosas 
► Superfície de corte 
▪ Sólida 
▪ Varia de cinza a castanho-dourado 
Microscopia 
► Diferentes graus de diferenciação visíveis 
► Bem diferenciados 
▪ Túbulos compostos por células de Sertoli ou de 
Leydig 
− Intercalados com estroma 
► Formas intermediárias 
▪ Esboços de túbulos imaturos 
▪ Grandes células de Leydig eosinófilas 
► Pouco diferenciados 
▪ Padrão sarcomatoso 
− Disposição desordenada de cordões de células 
epiteliais 
− Células de Leydig podem estar ausentes 
− Presença de elementos heterólogos 
 Glândulas mucinosas 
 Ossos 
 Cartilagem 
 
► A incidência de recorrência ou metástase dos 
tumores de células de Sertoli-Leydig é inferior a 5% 
► Essas neoplasias bloqueiam o desenvolvimento 
sexual feminino normal em crianças e causam 
defeminilização em mulheres 
▪ Manifestada por atrofia das mamas, amenorreia, 
esterilidade e perda de cabelo 
▪ A síndrome pode progredir para uma notável 
virilização (hirsutismo) associada à distribuição 
masculina dos pelos, hipertrofia do clitóris e 
alterações da voz 
Outros 
► Os tumores de células do hilo (tumores de Leydig 
puros) 
▪ Derivam de grupos de células poligonais dispostas 
em torno de vasos hilares 
▪ Unilaterais raros 
▪ Compostos por grandes células de Leydig 
carregadas de lipídios, com limites nítidos e 
estruturas citoplasmáticas características 
chamadas cristaloides de Reinke 
▪ As mulheres geralmente apresentam-se com 
evidências de masculinização na forma de 
hirsutismo 
− Mais leves do que as de Sertoli-Leydig 
▪ Produzem predominantemente testosterona 
▪ O tratamento consiste na excisão cirúrgica 
▪ Quase sempre são benignos 
► O luteoma de gravidez 
▪ Tumor raro que lembra bastante o corpo lúteo da 
gravidez 
▪ Associados à virilização em pacientes grávidas e 
em seus respectivos bebês do sexo feminino 
► O gonadoblastoma 
▪ Tumor incomum composto por células germinativas 
e derivados do estroma do cordão sexual 
semelhantes a células de Sertoli e da granulosa 
imaturas 
▪ Ocorre em indivíduos com desenvolvimento sexual 
anormal e em gônadas de natureza 
indeterminada 
▪ 80% dos pacientes têm fenótipo feminino e 20% 
têm fenótipo masculino, com testículos 
criptorquídicos e órgãos secundários internos 
femininos 
▪ Um disgerminoma coexistente ocorre em 50% dos 
casos 
▪ O prognóstico é excelente se o tumor for 
completamente removido 
 
Tumores Metas táticos 
► Mais comuns são derivados de tumores origem 
mulleriana: 
▪ Útero 
▪ Tuba uterina 
▪ Ovário contralateral 
▪ Peritônio pélvico 
► Os tumores extramüllerianos metastáticos para o 
ovário mais comuns são os 
▪ Carcinomas da mama e do trato gastrointestinal, 
incluindo cólon, estômago, trato biliar e pâncreas 
▪ Esse grupo também inclui os raros casos de 
pseudomixoma peritonei, derivados de tumores do 
apêndice 
▪ Um exemplo clássico de carcinoma gastrointestinal 
metastático envolvendo os ovários é chamado de 
tumor de Krukenberg, caracterizado por 
metástases bilaterais compostas por células em 
anel de sinete produtoras de mucina, na maioria 
das vezes de origem gástrica

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