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Clínica de pequenos animais Agir como se estivessem roubando seus sonhos! Alguém está se esforçando todos os dias para alcançar o lugar que você também quer. Terapêutica Clínica geral Terapêutica - tratamento para uma determinada doença. Medicamentoso ou não. Como prescrever o tratamento? Letra legível, feita por um profissional devidamente gabaritado, para transmissão de instruções ao paciente e o farmacêutico. • A receita é um documento • Escrito com caneta azul ou preta • Validade de 30/10 dias (controlados e antibióticos) • Atualmente, aceita-se a digitalização do texto • A prescrição é uma ordem escrita, então emprega-se o verbo no imperativo. (Dê, tome, passe, aplique...) • Documento de reconhecimento legal • O autor é responsável pela sua exatidão • Deve conter instruções de forma clara, objetiva e concisa Os medicamentos receitados podem ser: medicamentos referência; medicamentos magistrais. Medicamentos de referência Medicamentos fornecidos pela indústria farmacêutica. Fórmulas aprovadas e registrada em órgão governamentais. Medicamentos magistrais Fórmulas confeccionada pelo próprio profissional, com respectivas quantidades dos constituintes, para aquele paciente em particular. Obedece a exigência clínica do paciente. Usada quando não tem um medicamento específico para o peso do paciente. Ex: pinscher de 2kg. Furosemida 2mg/kg - adm 4 mg de furosemida. O comprimido tem 40mg e não tem em suspensão. Manipular furosemida para concentração ideal do paciente. Usada também em associação de medicamento – furosemida + benazepril. Manipular juntos para adm apenas uma capsula. Composição da prescrição Usualmente em papel branco, formato retangular, medindo 14x20cm, composta: Cabeçalho - Encontra-se impresso na porção superior, nome completo, categoria profissional, especialidade, acrescido ou não do CRMV. Superinscrição - Identificação do proprietário e paciente e a colocação do modo de administração devidamente grifado, imediatamente abaixo. Em geral, para definir o modo de administração. (uso interno-uso oral- (enteral), uso externo – via intramuscular, subcutânea, intravenosa (parenteral), uso local, uso tópico, uso nasal. Inscrição - Nome do fármaco, forma farmacêutica (gota, comprimido), concentração. Subscrição - Informações ao farmacêutico, especificando a quantidade total a ser fornecida, embalagem. Ex: frasco, cápsula, ampola, bisnaga Adscrição - Informação para o paciente sobre administração do medicamento: via de administração, quantidade do fármaco, frequência de administração, duração do tratamento. Assinatura/carrimbo/data - Deve-se apresentar assinatura, carimbo profissional e data. Protocolo de tratamento – Usado dentro do âmbito hospitalar. Utilizada na ficha de internação. Cefalexina comprimido (mg/kg) / VO/TID/ 7 dias. Ranitidina xarope/ (mg/kg) / VO /BID/ 5 dias Confecção de receita Cão, fêmea, 6 anos, 5kg, SRD Doxiciclina – 5-10mg/kg, VO, BID, 21 dias; Apresentação - Doxifin comprimidos 50 e 100mg, caixa com 14 comprimidos (veterinário). Doxiciclina comprimido 100mg, caixa com 10 comprimidos (humano) Desequilíbrio hidroeletrolítico Homeostasia - A tendência de os sistemas biológicos resistirem as mudanças e permanecerem em estado de equilíbrio. Importância do equilíbrio hidroeletrolítico na homeostase Ingestão de água, perfeito funcionamento dos órgãos principalmente rim, e boa alimentação. Fontes de água Ingestão de líquidos Água dos alimentos Água metabólica (carboidratos, gorduras, proteínas) Perdas fisiológicas de água Urina Respiração Fezes Secreções Leite Onde está a água nos animais? Intracelular, Extracelular (Intravascular e Intersticial) Os compartimentos são separados pelas membranas capilares e celulares Perda patológica de água Desidratação - deficiência de volume intersticial, intracelular ou ambos. Hipovolemia - diminuição do volume intravascular A queda generalizada do volume do líquido extracelular desencadeia redução do volume e da pressão sanguínea. Mecanismos compensatórios para a regulação da pressão Receptores de estiramento das grandes veias e átrios cardíacos. A hipovolemia leva ao estímulo dos receptores nos vasos, liberando renina. A renina liberada pelas células renais, converte angiotensinogênio em angiotensina I - pulmão (ECA) que converte em angiotensina II, que é um potente vasoconstritor para tentar corrigir a diminuição da pressão arterial. A partir da angiotensina II também tem produção de Aldosterona que aumenta a ingestão de água e retenção de água e sódio. A vasoconstrição e a retenção de sódio a água, vai aumentar o volume de água e sangue no organismo, consequentemente reestabelecendo o volume sanguíneo e pressão arterial. É estimulado também a liberação do hormônio antidiurético que diminui a eliminação de líquido pela urina. Eletrólitos Substâncias que se tornam ionizadas na presença de água. Essenciais para as funções orgânicas. Íons: Representam 95% dos solutos dos líquidos corporais. Cátions: Íons positivos que migram para o eletrodo negativo. (NA, K, Ca, Mg) Íons intracelular - Potássio Íons extracelular - Sódio Bomba de sódio e potássio: 3 Na para dentro, 2 K para fora. Ânions: Íons negativos que migram para o eletrodo positivo (Cloro, bicarbonato, fosforo, sulfato) Íon intracelular – Fosfato Íons extracelular – Cloro Sódio - Principal eletrólito do LEC A concentração osmótica é regulada pela manutenção do balanço de sódio e fornece a pressão osmótica para o equilíbrio da água no compartimento intersticial. Geralmente desequilíbrio de água e sódio ocorrem simultaneamente. Nível de sódio indica balanço geral dos fluidos. Concentração de sódio é regulada pelos rins, por meio da aldosterona e outros fatores relacionados, promovendo maior retenção ou eliminação desse sódio. Osmose na célula animal – Passagem de água do meio (– concentrado para + concentrado). Isotônica - mesma quantidade de água do meio intracelular e extracelular Hipotônico - a osmolaridade do meio é menor que a osmolaridade celular, a água tende a ir do meio menos concentrado para o mais concentrado. Hipertônico - maior osmolaridade do meio comparado ao meio intracelular, a água vai se deslocar para onde tem menos. Hiponatremia (sódio <145mEq/L) Causas: Hiperlipidemia, hiperglobulinemia, diabete melito, tratamento com manitol, hepatopatia grave, síndrome nefrótica, hipoadrenocorticismo, diuréticos, ICC. Sempre secundário a alguma infecção Sinais clínicos: Fraqueza, depressão, vômito, fasciculações musculares, convulsões, coma, sinais SNC (edema) Tratamento: Tratar a causa primária. Reposição de NA (lento) Hipernatremia (sódio > 160mEq/l) Causas: Perda exclusiva de h2o (diabetes insipido), perda de fluídos hipotônicos (fluidos gastrointestinais, IRC poliuria, diabetes melitos) retenção de excesso de sódio (hiperaldosteronismo - retém muito sódio, causas iatrogênicas ) Hipodipsia – sente menos sede, ingere menos água, sangue mais concentrado de eletrólitos (schinauzers) Sinais clínicos: Anorexia, vômito, fraqueza, sede, fasciculações musculares, desorientação, depressão, convulsões, coma. (desidratação SNC) Tratamento: Reposição oral de h2o, fluidoterapia dextrose 5%, lentamente. Tratar a causa. Potássio - principal eletrólito do LIC Principal eletrólito do compartimento intracelular (98% está localizado dentro das células) Garante a força osmótica que mantém o balanço da água no compartimento intracelular. Nível plasmático de potássio pode não refletir o total do corpo (medida indireta do K+ intracelular) Desequilíbrio resultam em alteração da excitabilidade das membranas (coração e SNC) Função renal normal. É necessária para evitar hipercalemia. Hipocalemia (potássio <3,6 mEq/L) Causas: Redução na ingestão de K+ (anorexia, infusão de líquido pobre em K+), Perdas não-renais de K (diarréia, vômitos e anemias), Perdas renais de K (uso dediuréticos, IRC – gatos, vômito -alcalose, doença renal-defeito na reabsorção, hiperadrenocorticismo), Translocação (alcalose metabólica) Sinais clínicos: Constipação- diminui peristaltismo, fraqueza muscular, alterações no ECG (prolongamento do intervalo Q-T, depressão da amplitude de T, contrações prematuras atriais e ventriculares) A depleção crônica de potássio parece ser uma alteração séria e relativamente comum, especialmente nos gatos portadores de doença renal. (20% a 30% de animais com insuficiência renal crônica apresenta hipocalemia) Tratamento: Preferir via de administração oral (se não for grave), Gluconato de potássio, citrato de potássio, fosfato de potássio, bicarbonato de potássio. H+: determina a acidose Bicarbonato: determina alcalose Maior quantidade de H+ relacionada à bicarbonato tem acidose. Maior quantidade de bicarbonato relacionada a H+ tem alcalose. Em alcalemia com grande quantidade de bicarbonato, para neutralizar o bicarbonato precisa do H+, então o H+ sai do meio intracelular p o meio extracelular, e então o sódio e o potássio entram para dentro da célula. Animais com alcalemia tendem a ter hipocalemia por translocação de eletrólitos. Acidemia causa hipercalemia por translocação. Hipercalemia (potássio > 5,5 mEq/L) Causas: Aumento da ingestão iatrogênica (rápida infusão de sais de K, doses altas de Penicilina G potássica, diuréticos -espironolactona), Diminuição da excreção renal (IRA e IRC, ruptura de bexiga, hipoadrenocorticismo), Translocação (acidose metabólica), Pseudo-hipercalemia (trombocitose, leucocitose, sangue armazenado, ou hemólise (akita). Sinais clínicos: Fraqueza e anormalidades de condução cardíaca, bradicardia, músculos se tornam hiperexitáveis, reduz as funções de marcapasso e de condução (parada ventricular e fibrilação) Tratamento: Tratar a causa, terapia sintomática- reverter os efeitos cardiotóxicos 1º passo: fluido- solução fisiológica salina- estimula eliminação de potássio renal. Bicarbonato de sódio por via endovenosa. Gluconato de cálcio a 10% - evita arritmias, estabiliza a membrana o cardiomiócito Diuréticos - furosemida Glicose – insulina leva glicose e K para dentro da célula A aldosterona estimula reabsorção de Na e água, e elimina potássio e H+. Cálcio Íon vital – atividade neuromuscular normal, ritmo e contratilidade cardíaca, função da membrana celular e coagulação sanguínea. Alta capacidade de ligação a proteína O nível de cálcio plasmático total varia de acordo com a quantidade de albumina, entretanto os valores de cálcio ionizado podem permanecer constantes. Cloro Principal ânion do compartimento extracelular Regulação renal da eletro neutralidade, geralmente resulta em relação inversa entre CL- e HCO3- Desequilíbrio do cloro, em geral, não necessitam ser diretamente corrigidos. Bicarbonato São sais que contém o ânion HCO3- É o principal tampão que neutraliza os ácidos provenientes do metabolismo. Principais pontos 1. Os líquidos extracelulares (plasma e interstício) contêm grandes quantidades de sódio e cloro. 2. Os líquidos intracelulares contêm grandes quantidades de potássio e fosforo. 3. A concentração total de cátions é sempre igual a concentração total de ânions em todos os compartimentos corporais. Fluidoterapia A meta da fluidoterapia consiste na restauração do volume e composição dos líquidos corporais à normalidade e (assim que este objetivo tenha sido alcançado) na manutenção do equilíbrio dos eletrólitos e líquidos externos, de modo que a introdução destes componentes através de medidas terapêuticas corrija as perdas de líquidos. Os principais líquidos parenterais podem ser divididos em soluções coloidais, soluções eletrolíticas, e dextrose a 5% em água. A escolha dos líquidos deve basear-se no grau de depleção do volume e na natureza da perda de líquido. Para um animal em choque, a meta terapêutica consiste na restauração do volume intravascular com a maior rapidez possível. Para que este objetivo seja atendido, são preferíveis os líquidos de reposição com volume de distribuição limitado espaço intravascular. Equilíbrio ácido-básico Homeostasia é a constância do meio interno PH x homeostasia - equilíbrio entre a entrada ou produção de íons hidrogênio e a livre remoção desses íons do organismo O organismo dispõe de mecanismos para manter a [H+] e, consequentemente o ph sanguíneo, dentro da normalidade, ou seja, manter a homeostasia. Ph normal – 7,4 Acidose – 7,0 Alcalose – 7,8 Íon hidrogênio Fontes de H+ decorrente dos processos metabólicos (ingestão e metabolismo) • Metabolismo anaeróbico da glicose - ácido lático - produz H+ • Oxidação incompleta de Acidos Graxos – corpos cetônicos ácidos - produz H+ • Hidrólise das fosfoproteínas e nucleoproteinas - ácido fosfórico - produz H+ O que mantém o controle de H+, para não gerar alcalose ou acidose? → Sistemas tampões Sistema bicarbonato - ácido carbônico (LEC). A hemoglobina (LIC) - atua diretamente no LEC. Proteínas (LIC). Fosfatos orgânicos (LIC). → Regulação respiratória do CO2 (PAco2) → Regulação renal do NCO3- Sistema bicarbonato-ácido carbônico Controle pulmonar – controla as concentrações de CO2 Controle renal – excreção de H+ e reabsorção de HCO3 ➢ H2o + co2 ---- h2co2 ------ h+ + Hco3 O pulmão expulsa o co2, se isso não acontecer ocorre a formação de ácido carbônico, que se dissocia em H+ e bicarbonato. O H+ tende a ser eliminado pela urina e o bicarbonato é reabsorvido. Em alteração ácido-básica o rim ajuda a restabelecer. Em condições de acidose a tendencia é eliminar o H+ na urina. A hemoglobina - eritrócitos - funcionam em harmonia com o tampão bicarbonato Proteínas - intracelular Fosfatos orgânicos - intracelular − Com a queda do pH da solução, estas substâncias aceitam os íons H+ para entregá- los novamente, quando aumenta o pH dessa maneira, agem contra as modificações abruptas de reação. Regulação respiratória do CO2 (PaCO2) A excreção pulmonar do íon H+ é indireta; o pulmão só excreta substâncias voláteis, isto é, substâncias que podem ser convertidas em gases; Hipoventilação, no sentido de poupar H+ não é um mecanismo tão eficiente quanto hiperventilação que elimina este mesmo íon de maneira eficiente, no início de um quadro acidótico. Controle da regulação respiratória do CO2 (PaCO2) Volume corrente respiratório da FR são controlados por: • Receptores bulbares • Quimiorreceptores do corpo carotídeo (sensíveis à PC02 (hipóxia, hipercarbia) a ao ph do LCR Regulação renal do NCO3 Rim normal – quase todo filtrado HCO3 é reabsorvido A função renal, pela excreção de H+ e eletrólitos, influencia o estado acidobásico do LEC, porém um período de horas é necessário para que esta influência seja significante. Lei fisiológica do equilíbrio acidobásico Afirma que o organismo tende a manter o pH do sangue em torno de um valor normal. Em relação a esta lei, um fato importante é a interação entre o K+ e o H+ em relação ao intra e extracelular. No caso de uma acidose, na tentativa de manter o pH do sangue, o K+ sai da célula com a entrada do H+, ocorrendo o contrário na alcalose, ou seja, saída do H+ e entrada do K+ para o compartimento intracelular. Excesso de H+ - tempo da regulação do pH H+ + tampão no LEC (instantâneo) Difusão para as células (2 a 4 horas) Excreção de ácidos pelos rins (horas a dias) Excreção pelos pulmões (minutos) Alterações no pH Pulmão – compensa os transtornos respiratórios Rim – compensa os transtornos metabólicos Mecanismos naturais de defesa contra a acidose Características próprias de função renal que elimina o H+ e reabsorve o HCO3 A hiperventilação com alcalose respiratória, desviando a reação do CO2 com a água para a esquerda, é um mecanismo natural de compensação da acidose metabólica, que pode ocorrer normalmente, por exemplo, no exercício físico. A ocorrência do fenômeno inverso é possível na teoria, mas adepressão respiratória, produzindo uma acidose respiratória para compensar uma alcalose metabólica é difícil. Diagnóstico dos distúrbios do EAB Análise gasométrica - vê a quantidade de gás diluído no sangue. [] CO2 e O2. Dosa o componente básico no sangue. Componentes respiratório (pulmão) O2 ↑ e CO2 ↓ - hiperventilação -- alcalose respiratória. O2 ↓ e CO2 ↑ - hipoventilação -- acidose respiratória. Componentes não respiratórios (rins) HCO3 ↓ e BE < 3,5 -- acidose metabólica HCO3 ↑ e BE > 3,5 -- alcalose metabólica Acidose metabólica Concentração de HCO3 plasmático diminuído e pH plasmático baixo Causas: Adição de um ácido forte ao LEC Perda de HCO3 Expansão do LEC com solução pobre em bicarbonato Sinais clínicos: Diarréia Cetoacidose diabética (corpos cetônicos) Acidose tubular renal Acidose láctia Medicamentos Parada cardíaca Azotemia (IRA e IRC) Choque/ hipoxemia Sinais da causa – renal Taquipnéia - respiração rápida e profunda Alterações laboratórias: Acidose (diminui pH urinário) PH plasmático < 7,4 Baixo nível plasmático de HCO3 Mecanismos compensatórios Aumento da frequência ventilatória, diminuição da pCo2 Aumento da excreção renal de H+ (aumento da reabsorção de HCO3 filtrado) Aumento da excreção de amônia (aumento da produção de novo HCO3) Tratamento Causa primária - diabete Acidose moderada: fluidoterapia – ringer lactato Acidose grave (pH < 7,1) administração de bicarbonato Acidose respiratória Aumento da pCO2 e diminuição do ph plasmáticos Redução na ventilação alveolar efetiva (↓ eliminação de co2) Mecanismo compensatórios O tamponamento ocorre principalmente no LIC (fase aguda) - proteínas, fosfatos orgânicos e hemoglobina. O ↑ da pCO2 e a ↓ de pH, estimulam a reabsorção renal HCO3 e a excreção de amônia. Compensação renal ocorre dentro de vários dias (fase crônica) Ambas respostas combinadas aumentam a excreção de ácido e geram HCO3. Causas: Ventilação insuficiente (depressão respiratória) Alteração da difusão gasosa Depressão do SNC (drogas, inflamação/infecção) Pneumopatia primária (pneumotórax, broncoespasmo, derrame pleural, edema pulmonar) Sinais clínicos: Dispnéia e taquipnéia Intranquilidade Sinais neurológicos - estupor, coma Alterações laboratoriais: Ph sanguíneo <7,4 Nível plasmático alto de bicarbonato/cloretos Acidúria Tratamento: Tratar a causa básica Hiperventilação mecânica NaHCo3 somente se houver acidose metabólica concomitante e com controle das condições ventilatórias. Alcalose metabólica HCO3 e ph plasmáticos elevados Compensação respiratória - o ↑ do ph inibe os centros respiratórios, diminui a frequência respiratória e a pCO2. Correção renal – aumento da excreção de HCO3 Causas: Perda de líquido gástrico Vômito profuso Síndrome de Cushing Corticoterapia prolongada Excesso de NaHo3 Condições que espoliem K+ (furosemida) Sinais clínicos: Bradipnéia Excitação do SNC (convulsões, tetanias, espasmos) Alterações eletrocardiográficas - arritmias ventriculares Alterações laboratorias PH sanguíneo e urinário altos Bicarbonato plasmático alto Frequente redução de K+ e Cl- Tratamento: Tratar a causa básica Administração de solução salina normal Condições renais para excretar excesso de NaHCo3 (aporte adequado de cloreto, Na+, K+) Alcalose respiratório Diminuição da pCo2 e aumento do ph plasmático O tamponamento é principalmente intracelular O ↑ do ph e a ↓ pCO2 inibem a reabsorção de HCO3 pelo néfron e reduz a excreção de amônia. Causas: Hiperventilação e eliminação excessiva de CO2 Aumento da ventilação por estímulo de centros respiratórios (fármacos e transtornos do SNC) Alterações do SNC (encefalite, meningite) Resposta a ansiedade, dor e medo Raramente ocorre na med vet Sinais clínicos: Vômitos Desorientação Alterações laboratoriais Ph sanguíneo altos Bicarbonato plasmático reduzido Frequente elevação Cl Tratamento: Eliminar ou minimizar a causa básica - hiperventilação Se houver hipercarbia (hiperbicarbonatemia) - acetazolamida (diurético inibidor da anidrase carbônica - diurese de HCO3) Desidratação e Fluidoterapia Desidratação É uma alteração no equilíbrio hídrico, caracterizada pela diminuição da porcentagem fisiológica de água. Raramente aparece sozinha, estando quase sempre acompanhada de um desequilíbrio hidroeletrolítico ou ácido-básico. Principais pontos: 1. Os líquidos extracelulares (plasma e interstício) contêm grandes quantidades de sódio e cloro. 2. Os líquidos intracelulares contêm grandes quantidades de potássio e fosforo. 3. A concentração total de cátions é sempre igual a concentração total ânions em todos os líquidos corporais. Fase 1 - Desidratação leve: Redução do LEC (interstício, vasos) e perda de sódio. Fase 2 - Desidratação grave: Redução do LIC e perda de potássio. A perda de água determina o grau de desidratação. No animal hidratado a distribuição da água é regulada pelas forças osmóticas dos solutos – 295mOsm/kg (280-310mOsm/kg) Diagnóstico da desidratação • Perda da elasticidade cutânea • Flacidez da pele • Retração do globo ocular • Mucosas ressecadas Laboratorial • Hematócrito alto • Proteínas plasmática totais altas • Albumina alta • Densidade urinária (hiperstenúria) Anamnese: Vômito, diarreia, poliúria, ingestão de água. Elasticidade: Turgor cutâneo - região dorso-lombar (melhor local) Membranas mucosas: ↑ TPC, perda da umidade Globos oculares: Retração Apatia e prostração Choque hipovolêmico Presentes em animais com desidratação superior a 10%, especialmente quando o processo ocorreu de forma aguda. Sinais de choque: • Mucosas pálidas • Pulso débil • Hipotermia • ↑ TPC • Taquicardia Classificação da desidratação De acordo com a concentração de eletrólitos no espaço intercelular. Isotônica, hipertônica ou hipotônica. Desidratação isotônica Perda de líquido isotônico e sódio. Desidratação discreta com hiponatremia. Nesta condição não haverá migração de líquidos entre os meios intra e extra celulares, pois a osmolaridade e tonicidade permanecem constantes (295mOsm/kg) Achados: • Sódio plasmático entre 130-150mEq/L • Osmolaridade plasmática entre 80 e 310 mOsm/L • ↓ LEC, sem alteração da pressão osmótica • Sem alterações do LIC Causas: Vômito, diarreia, sequestro de LEC (peritonite) Tratamento: Fluidoterapia (soluções isotônicas) NaCl 0,9%, ringer com lactato Desidratação hipotônica Perda acentuada de líquido hipertônico e sódio. Desidratação grave com hiponatremia grave. Há perda de líquido hiperosmolar e o compartimento extracelular torna-se hiposmolar e hipotônico em relação ao intracelular, ocorrendo passagem de líquido extracelular para o interior da célula. Ou seja ocorrem perdas tanto para o meio externo quanto para o meio intracelular. Estes pacientes estão mais predispostos ao colapso vascular e requerem terapia agressiva. Causas: Hipoadrenocorticismo – diminui produção de aldosterona, que aumenta a eliminação de sódio e menos água. Uso inadequado de diuréticos, perdas excessivas de suco gástrico. Reposição de perdas isotônicas com glicose a 5% ou água. Achados: Sódio plasmático abaixo de 130mEq/, osmolaridade plasmática menor que 280 mOsm/L, menor perda de eletrólitos do que de água, diminuição de sódio no líquido extracelular (LEC), entrada de água para o líquido intracelular (LIC). Tratamento: Hiponatremia severa (Na+ plasmático <115mEq/L), solução hipertônica, associação com solução isotônica, reposição do volume extracelular. Desidratação hipertônica Perda de água sem perda de sódio. Desidratação discreta. A saída do líquido da célula restabelece o equilíbrio entre os compartimentos. Causas: Baixa ingestão de água, aumento das perdas insensíveis (febre, taquipneia), Administração de soluções muito concentradas, diabetes insipidus. Achados: Sódio plasmático acima de 150mEq/, osmolaridadeplasmática maior que 310mOsm/L, maior perda de água que os eletrólitos, maior concentração de sair no LEC, saída de água do LIC, desidratação intracelular - neurônios. Tratamento – meio muito concentrado, precisa diluir o meio, Soluções cristaloides associada a soluções glicosadas isotônicas. Fluidoterapia Objetivo: • Correção da desidratação • Recuperar o volume vascular • Apoiar o sistema vascular na anestesia • Melhorar o aporte de O2 para os tecidos • Corrigir anormalidades acidobásicas • Veicular drogas • Corrigir anormalidades eletrolíticas - Diferente de soroterapia, o soro contém anticorpos. Usadas em picadas de animais peçonhentos. Compreende 3 etapas: 1. REANIMAÇÂO - choque 2. REIDRATAÇÂO - perdas consideráveis 3. MANUTENÇÂO - não está ingerindo água Cristalóides - Possui substâncias que conseguem atravessar a barreira sanguínea. Passa do vaso para o interstício e consegue entrar na célula. Colóides - Possui moléculas maiores que se mantém dentro do vaso e não conseguem atravessar para o interstício e célula. Cristalóides: soluções isotônicas Farmacocinética Atravessa facilmente a barreira endotelial e tendem a se acumular em maior quantidade no interstício. Após 1 hora: apenas 20-25% do volume infundido permanece no espaço intravascular - Reposição três a quatro vezes maior que a perda estimada. Soro fisiológico Vantagens: • Baixo risco de eventos adversos • Baixo custo • Indicada para pacientes com comprometimento da barreira hemato-encefálica (BHE). Ex: TCE – alcalose metabólica hiperclorêmica e hiponatremia. Desvantagens: • Acidose metabólica hiperclorêmica • Hipernatremia Ringer, Ringer Lactato e Plasma Lyte: Vantagens: • Composição balanceada de eletrólitos • Capacidade tampão • Baixo risco de eventos adversos • Sem distúrbios de coagulação • Efeito diurético • Baixo custo Desvantagens: • Amplas quantidades necessárias • Redução de pressão colóido-osmótica • Risco de super hidratação • Edema e hiponatremia Precauções: • Hipercalemia Ringer Lactato Precauções: • Choque e trauma – capacidade de metabolização do lactato pelos rins e fígado pode estar diminuída - piora da acidose. Cristalóides: soluções hipertônicas Cloreto de sódio 7,5%, 10% e 20% Soluções hiperconcentradas com osmolaridade alta. Pode gerar desidratação celular para compensar o meio hipertônico do vaso. Associar com isotônicas. Pequenos volumes – expandem o volume intravascular, elevam a pressão arterial e o débito cardíaco - favorecem o fluxo de água do interstício para o intravascular. Podem expandir a volemia em até 10 vezes mais do que a solução de Ringer Lactato. Principais indicações: • Choque hemorrágico • Politrauma • Hipertensão intracraniana Soluções coloidais Contém substâncias de alto peso molecular, que ficam restritas ao compartimento vascular; tem influência osmótica, o que se traduz na entrada da água na rede vascular e, consequentemente, aumento da pressão e volemia. Os coloides são os fluidos de eleição para serem administrados no choque hipotensivo e em casos de severa hipoalbuminemia (<1,5g/dl). Colóide: proteicos Albumina 20% Proteína plasmática natural para uso clínico a partir do plasma de vários doadores por cromatografia ou fracionamento por resfriamento. Farmacocinética Extravasamento transcapilar com meia vida de distribuição de 15 horas. Biodisponibilidade rápida e completa. Meia-vida biológica de 19 dias aproximadamente. Volumes de administrações Fluidoterapia 1 - Cálculo do déficit hídrico (o cálculo deve ser baseado na massa magra) Magro --> D= peso x % desidratação / 100 Normal --> D= peso x % desidratação x 0,8 / 100 Obeso --> D= peso x % desidratação x 0,7 / 100 Transformar Litros em ml 2 - Cálculo do requerimento hídrico diário - manutenção Cão - 40-60ml/kg/dia Gato – 60ml/kg/dia 3 - Cálculo das perdas digestivas Vômito - 40ml/kg/dia Diarreia – 50ml/kg/dia Ambos – 60ml/kg/dia Volume total a ser infundido dentro de 24 horas Total = reposição + manutenção + perdas Limite renal máximo 10ml/kg/hora Quando o volume total exceder o LRM, aumentar o número de horas de infusão, diminuir o volume diário. Exemplo prático Cão magro 5kg 8% de desidratação Vômito - Paciente vomitando tende a perder muito ácido suco gástrico, tende a ficar com o ph alcalino, tendo uma alcalose, deve escolher uma fluidoterapia mais ácida, como o soro fisiológico, que tem um ph menor. - Um paciente com diarreia perde componente alcalino, organismo tende a ter uma acidose, precisa fazer uma reposição de fluido mais alcalina, como a solução de Ringer com lactato. A solução de Ringer com lactato, quando o lactato é metabolizado tende a ter um ph mais alto Equipo microgotas – em gatos usa o microgotas, o intervalo tem que ser o mínimo possível, evitando a formação de trombos. Terapia transfusional hemoterapia veterinária Conceito Tipo de transplante, no qual o sangue, com suas hemácias transportadoras de oxigênio, proteínas da coagulação e plaquetas, é transferido de um doador para o receptor, visando corrigir temporariamente uma deficiência ou disfunção. Hemocomponente – Produtos sanguíneos preparados por centrifugação ou aférese. Hemoderivados – Produtos proteicos sanguíneos preparados por métodos bioquímicos (processamento industrial do plasma). Albumina sintética e imunoglobulinas intravenosas Pré-requisito para doadores Cães • Ter de 1 a 8 anos • Vacinados • Pesar mais de 25kg • Ter hematócrito superior a 40% • Estar clinicamente sadios, deverão passar por exame físico de rotina, bem como exames hematológicos • Ser negativos a Anaplasmose, Erliquiose, Doença de Lyme, Dirofilariose, Leishmaniose e Brucelose. Gatos • Pesar no mínimo 4 kg • Ter hematócrito de 35% • Estar clinicamente sadios, deverão passar por exame físico de rotina, bem como exames hematológicos • Ser negativos para Toxoplasmose, Micoplasmose, FelV e FIV Coleta − Decúbito lateral – veia jugular, assepsia − Coloração das mucosas, pulso, frequência respiratória − Bolsa de sangue – homogeneizada durante a doação − Duração de 5 – 15 minutos − Bolsa de sangue contendo CPDA-1 como anticoagulante − Animal em jejum de 12 horas − Observar o animal após a doação por 15 a 3 minutos (pode ter hipotensão após doação) − Realizar soroterapia (a mesma quantidade que foi retirada de sangue, evita a hipotensão) − Em felinos sedação com Butorfanol, ou midazolam + cetamina Grupos sanguíneos Os antígenos (Ag) de grupos sanguíneos são marcadores de superfície celular, que foram herdados e localizados sobre a superfície das hemácias. Cães 06 antígenos eritrocitários caninos (DEA) DEA 1.1 e 1.2 DEA 3* DEA 4 (doador universal) DEA 5* DEA 7* *mais importantes em reação transfusional Ocorrência de anticorpos naturais não foi identificada. Reações imunológicas são raras em uma primeira transfusão no cão. Se uma segunda transfusão de um sangue DEA 1.1 positivo for administrada em um cão DEA 1.1 negativo, uma reação imunomediada hemolítica aguda poderá destruir todas as hemácias transfundidas em menos de 12 horas. Gatos Possuem três tipos sanguíneos: A, B e AB Possuem anticorpos naturais a partir de 6 a 8 semanas de vida Não há doador universal Risco de reação hemolítica na primeira transfusão Teste de compatibilidade Detecta os anticorpos presentes entre o paciente e o doador (reação de aglutinação) Resultado compatível: Não significa necessariamente que o doador e o receptor possuem o mesmo tipo sanguíneo. Indica que não detectados anticorpos no soro do receptor contra as hemácias do doador. TESTE: as células do doador são incubadas junto ao soro do receptor - aglutinação Produtos sanguíneo • Sangue total fresco • Sangue total estocado • Concentrado de hemácias • Concentrada de plaquetas • Plasma fresco congelado • CriopreciptadoSangue total fresco − Preserva suas propriedades até 8 horas após colheita (não refrigerar) − Preservar todos os componentes: − Hemácias − Proteínas − Fatores de coagulação − Plaquetas Indicações: − Anemia − Coagulação − Trombocitopenia com anemia Sangue total estocado Refrigerado Período de estocagem 35 dias (2 a 6 C°) Não contém os fatores de coagulação lábeis e nem plaquetas Indicações: Anemia Pacientes hipovolêmicos Manter 30 a 60 minutos em temperatura ambiente antes do uso. Concentrado de hemácias Obtido a partir da centrifugação do sangue total Sobrevida: 35 dias (CPDA – I) Armazenamento a 4 °C Hit da bolsa em torno 75 a 80% Reconstituição com NaCl 0,9 % (10 ml para cada 30 a 40 ml de CH) Indicações: Anemias normovolêmicas (não desidratados) Anemias hemolíticas Insuficiência hepática Cardiopatas Hemoparasitose Neoplasia Reações transfusionais Sangue total Reação hemolítica aguda Hipersensibilidade Concentrado de hemácias: Reação hemolítica aguda Hipersensibilidade – mais rara Concentrado de plaquetas Indicado no tratamento de trombocitopenia ou trombocitopatia Volume: 50 a 70 ml Validade: 5 dias Temperatura ambiente (20-24°C) Sob agitação constante Não refrigerar Não usar equipo de látex (aglutina plaquetas) 1 unidade de concentrado de plaquetas para cada 10 kg de peso Baixo incremento plaquetário (mensurar 1 e 24 horas após a Concentrado de plaquetas Transfusão terapêutica Trombocitopenia com sangramento ativo Transfusão profilática Contagem plaquetária inferior a 10.000 plaquetas Paciente cirúrgico em torno de 50.000-100.000 plaquetas Plasma fresco congelado Constituintes terapêuticos: proteinas, albumina, imunoglobulinas, fatores de coagulação Mantido de –20 a –30 °C Fresco: até 6 a 8 horas após a coleta Viável por um período de 1 ano Administração: descongelar em banho maria (cuidado com contaminação) Indicações Coagulopatias hereditárias (hemofilia A e B) • Controle de sangramento • Profilaxia pré-operatória • Doença de vonWillebrand Coagulopatias adquiridas • Hepatopatias • Neoplasias • Intoxicações por dicumarínicos (II, VII, IX e X) • Acidentes com animais peçonhentos • CID Controlar hemorragias ativa ou como profilaxia Hipoalbuminemia Crioprecipitado Rico com fator VIII, de vomWillibrand e em fibrinogênio Indicado para o tratamento suporte da doença de von Willebrand, hemofilia A, hipo/disfibrinogemias, deficiência de fator XIII 1 UI/ 10 kg de peso vivo Mantido a -20°C Validade: 1 ano Reações tranfusionais Qualquer efeito colateral decorrente da transfusão, durante ou após sua administração. Tipagem sanguínea e teste de compatibilidade diminuem o risco de reações Monitoramento transfusional • Aumento de temperatura corpórea em mais de 1 °C • Tremores • Êmese • Salivação • Alterações no comportamento • Alterações no estado de consciência Imunológicas Aguda: Reação hemolítica aguda Reação não hemolítica febril (leucócitos e plaquetas) Tardia: Hemólise Isoerirólise neonatal Imunossupressão Não imunológicas Aguda: Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia) Embolia (ar ou coagulo) Contaminação bacteriana da seringa Sobrecarga circulatoria Coagulopatia Tardias: Transmissão de doença infecciosa Hemosiderase Afecções do sangue Manifestações clínicas Mucosas pálidas ou ictéricas Letargia Petéquias, equimoses Linfadenopatia Hepatomegalia e esplenomegalia Taquicardia, sopro Tratamento Erliquiose • Doxiciclina: 5mg/kg/BID ou 10mg/kg SID ou BID (21 dias) • Tratamento suporte Babesiose • Imidicarb: 5mg/kg ou Sc repetir após 14 dias • Diminazeno: 3-5/kg/IM Atropinizar Leishmaniose Reduzir a carga parasitária Restaurar resposta imunitária adequada Promover cura clínica Prevenir recaídas Tratamento Drogas imunomoduladoras – Domperidona – 0,5 – 1mg/kg, VO, 30 dias Drogas leishmaniostáticas - Alopurinol - 10-20 mg/kg 12h, VO indeterminado Drogas leishmanicidas – Miltelfosina – 2mg/kg/dia, VO 28 dias Terapia suporte – imunoterapia Mecanismo de resposta imune celular na leshmaniose Resposta celular e humoral A resposta celular é mais eficiente, a resposta humoral ocorre a formação de imunocomplexos, que acarreta em vários sinais clínicos (IRC, amenia arregenerativa). O corticoide diminui a resposta humoral, reduz a deposição de imunocomplexo. Leishmanicids associadas a imunomoduladores. Afecções do trato gastrointestinal em cães e gatos – Parte I Estomatites - inflamação da mucosa bucal Causas: Primárias/secundarias, imunomediadas, infecciosa, metabólica Resposta da mucosa oral Vasodilatação - hiperemia Atrofia/hipertrofia Ruptura capilar – hemorragia/ulceração/necrose Sinais clínicos Halitose Ptialismo Disfagia Inapetência ou anorexia Perda de peso Tratamento: combater infecção (antibiótico) dor e inflamação, facilitar a nutrição, tratar a causa. Estomatite ulcerativa Estomatite auto-imune Estomatite traumática Estomatite uremica (doente renal- azotemia) Estomatite viral (fiv e felv) Gengivite linfoplasmocítica felina/faringite Granuloma eosinofílico felino Mucocele - afecção das glândulas salivares Acumulo de saliva no tecido subcutâneo Etiologia: traumatismos (complexo ducto-glândula) Glândulas cervical, sublingual, faríngea, zigomática Diagnóstico diferencial – neoplasias, abcessos (infecção) Tratamento – drenagem, remoção, cauterização química Neoplasias bucais Comuns em cães e gatos Benignas • Papiloma • Epúlide - estroma ligamento periodontal • Fibroma • Lipoma • Condroma • Hemangioma Malignas • Melanoma – tumor infiltrativo agressivo, invasão de gengiva • Carcinoma de células escamosas - lesão proliferativa, infiltrativo e ulcerativo • Fibrossarcoma - nódulos ulcerados, invasivo localmente Afecções do periodonto Periodontite – placa bacteriana Cálculo dentário - tártato Afecções do esôfago Megaesôfago - regurgitação Esofagite - inflamação da parede esofágica Corpos estranhos esofágica - obstrução total ou parcial Afecções do estômago Aspecstos clínicos Vômitos Hematêmese (sangue vivo) Melena (sangue digerido) fezes enegrecido Distensão abdominal Dor a palpação abdominal Gastrite aguda Vômito - bile e sangue Perda de apetite Gastrite eosinofílica Alergia alimentar Doença eosinofílica felina Estenose pilórica - obstrução do fluxo gástrico Gastrite por corpo estranho Dilatação/vôlvulo gástrico - estômago dilata Afecções intestinais Infecções por protozoários Coccidiose – Isospora Criptosporidiose Giardíase Tricomoníase Sintomas graves - óbito Diarréia com rajas de sangue Diarréia sanguinolentas Presença de muco Tratamento Sulfas + metronidazol Metronidazol + espiramicina Fembendazol – 50 mg/kg/VO/ 5 dias (cães) Azitromicina Dificuldades do tratamento Reinfecção fácil - cistos resistentes Imunodeficiencia Tratar contactantes Limpeza do ambiente com amônia quartenaria Higiene individual - região perianal Alergia alimentar/ intolerância alimentar Vômitos/diarreia Dermatopatia alérgica (AA) Gastroenterocolite eosinofílica Salucite anal - infecção da glândula adanal Tratamento – manejo, medicamentos, cirúrgico. Afecções pancreáticas Pâncreas endócrino e exócrino Pancreatite Aguda ou crônica Tripsina autoativa - autodigestão Causas: Obesidade Doenças endócrinas Doenças hepatobiliares Icterícia, bilirrubimenia, bilirrubinúria e mudança na coloração fecal. Bilirrubina – produto da degradação da proteína heme (hemácias) biliverdina – bilirrubina – ligada a albumina – sinusóides hepáticos – conjugação com carboidratos – canalículos biliares – duoreno – urobilinogênio – reabsorção enterro-hepática – rins – fezes. Lipidose hepática Ocorre primária ou secundária a outras doenças, e apresenta alto índice de mortalidade. A lipidoser é uma hapatopatia aguda, com acúmulo de gorduranos hepatócitos e consequente perda da função. A mobilização de gordura periférica ocorre após longos períodos de anorexia ou estresse em gatos obesos. Colangite Mais comum em gatos, Ducto pancreático e biliares se fundem antes desembocar no duodeno. Bactérias ascendentes do intestino, pode evoluir para hepatite. Hepatite Consequência da colangite Toxoplasmose Peritonite infecciosa felina (PIF) – corona vírus Tratamento – tratar causa, tratamento suporte, tratamento igual da colangite e lipipose hepática. Prognóstiico – depende das afecções associadas (PIV) Afecções do sistema urinário 1 - Anomalias congênitas e hereditárias Agenesia renal unilateral Displasia e hipoplasia renais Rins policísticos ou cistos únicos Ureter ectópico Anomalias mistas 2 – Doenças infecciosas do sistema urinário Cistite Nefrite Pielonefrite Nefrite intersticial – leptospirose 3 – Doenças não infecciosas do sistema urinário Distúrbios da micção Doenças obstrutivas Doenças neoplásicas Glomerulonefrite Amiloidose Lesões tubulares – Doenças tóxicas / isquêmicas Defeitos tubulares renais Doença renal --- insuficiência renal Glomerulonefrite É a inflamação do glomérulo – geralmente causada pela deposição de complexos imunológicos. Principal causa da insuficiência renal crônica Causas: Infecciosas – leishmaniose, Erliquiose, piometra,, felv, dilofilariose Inflamatórias – amiloidose, lúpus, pancreatite, piodermatite. Neoplásicas – linfoma, mastocitoma Sintomas: Proteinuria persistente, hipoalbuminemia, ascite, edema. Tratamento: eliminar a causa e na redução da resposta glomerular aos imunocomplexos, drogas imunossupressoras. Não deve usar Aines, inibem as prostaglandinas renoprotetores, diminui a taxa de filtração glomerular. Insuficiência renal – perda da função do órgão - IRA ou IRC Excretora = azotemia Reguladora = densidade Biosintética = renina / angiotensina IRA pré renal - redução da taxa de filtração glomerular resultado da hipoperfusão renal (hipotensão ou desidratação) IRA renal – principal causa é necrose tubular, com redução de TFG – efeitos tubulares e vasculares. IRA pós renal - obstrução do trato urinário com elevação da pressão hidráulica da via urinária. Causas: Nefrotóxicas, isquemia renal, nefrite. Azotemia X Uremia Azotemia - é o excesso de componentes nitrogenados no sangue (aumento de uréia e creatinina sérica) Uremia - é a síndrome clínica da insuficiência renal que cursa com azotemia e sinais clínicos multissistêmicos. Acidose Limitada capacidade renal de excreção dos íons H+ e de recuperação do bicarbonato pelos rins – diminui pH. Ocorre inibição da síntese proteica, aceleração da proteólise, perda de peso. Estomatite Causa: Uréia na saliva – urease é transformada em amônia - causando lesões. Sinais: Hálito urêmico, estomatite, úlceras e erosões - mucosa oral e língua. Gastrite Aumenta secreção de pepsina e do HCL, aumenta níveis de gastrina. Sinais: ulcerações, hemorragias, anorexia, náuseas e vômitos. Vômito Multifatorial - Ação central mediada por toxinas urêmicas, ação local mediada pela gastrite urêmica. Tratamento da IR 1. Fluidoterapia – Iniciar com fluidos EV isotônicos - salina 0,45 e de xtrose 2,5%. Salina 0,9%. Desequilíbrios ácido-básico - acidose ringer + lactato 2. Correção do balanço do potássio 3. Tratamento da acidose metabólica - bicarbonato de sódio por via oral 4. Correção da hipertensão renal – banzepril/lisinopril 5. Tratamento das complicações gastrointestinais – omeprazol, antieméticos, protetores de mucosa. 6. Prevenção da infecção - enrofloxacina, amoxicilina, trimetoprim, cirpofloxacina. 7. Tratamento da anemia e/ou hemorragia 8. Tratamento da hiperfosfatemia - alimentação com restrição de fósforo. 9. Manejo alimentar Ração para cães com IRA – rica em carboidratos, gorduras, e pobre em proteína. Omega 3, antioxidantes, vitaminas do complexo B. Ração para gatos – mesma característica do cão. Maio quantidade de potássio, proteina 3,3 – 3,5 g/kg Prostatite bacteriana Machos sexualmente inativos > ativos Infecção da prostata – geral ou abscessos Febre, letargia, dor, desidratação, vômitos e diarréia, tenesmo – choque séptico Doença do trato urinário inferior felino (DTUIF) Qualquer desordem da bexiga e uretra Maioria das vezes associada a obstrução uretral Tratamento Manejo de obstrução Massagem uretral distal Tentativas de indução de micção pela palpação suave da bexiga Cistocentese Desobstrução por hidropropulsão - cateter, sonda (esse) Manter cateter por 24-48h (esse) Exames de imagem - diagnóstico Cirurgia Tratar infecções - antibiótico Analgésicoa - butorfanos 0,3mg/kg 8 – 12h 4 dias\ Espasmos uretrais – diazepan 0,5mg /kg 12-24hr Afecções oftalmologicas Alterações dos cílios Cílio ectópico: cílio adicional emergindo através da conjuntiva a partir das glândulas de meibômio. Distiquíase: cílios adicionais emergindo das aberturas das glândulas de meibômio. Triquíase: cílios e/ou pêlos faciais (localização normal) direcionados à córnea e conjuntiva. Alterações da pálpebra Coloboma palpebral – desenvolvimento incompleto d margem palpebral Entrópio - pálpebras, superior ou inferior apresentam introversão (viradas para dentro) Espastico ou adquirido Entrópio de prega nasal Ectrópio - eversão das margens palpebrais (olhos caidos) Blefarites - inflamação das palpebras Causas: doenças infecciosas, parasitárias, seborreicas, alérgicas, imunomediadas. Blefarites bacterianas, micóticas, sarnas, virais e protozoários. Calázio - inflamação das glândulas tarsais Massa amarelado-acinzentada, firme e não dolorosa á palpação. Hódéolo - inflamação, infecção e abscesso das glândulas de zeis ou das glandulas tarsais. Dolorosa a palpação. Conjuntiva hiperemica e discreto aumento de volume palpebral. Protusão da glândula da terceira pálpebra Conjuntivite em cães - primária: bacterias, viral, cinomose Secundária: traumática, alérgicas, parasitárias, deficiência de lágrima Ceratite – opacidade de córnea, ceratite ulcerativa Conjuntivite em gatos Complexo respiratório felino (herpes vírus, clamídia e micoplasma) Sinais clínicos de afecções respiratórias e oftálmicas Alterações da córnea Ceratite ulcerativa Ulceração corneal – perda de uma ou mais camadas da córnea Teste de fluocerina – se tiver marcação é ulcera de córnea Úlceras - Descementocele (ulcera profunda) Erniações da córnea Ceratoconjuntivite seca Causa: disfunção na dinâmica de secreção, retenção, distribuição e drenagem do filme lacrimal. Baixa produção de lágrima - aquosa Irritação mecânica contínua - inflamação - ceratite - úlceras Fator – imunomediada, infecciosa, traumática (pêlos) Sinais clinicos – falta de brilho na cornea, secreção espessa, opacidade, pigmentação, neovascularização, superfície corneal irregular. Dermóide - presença de pêlos na córnea. Tratamento é remoção cirúrgica. Uveíte - inflamação da íris Causas: traumas, ulceras de córnea, infecciosa, neoplasias. Sinais: dor, fotofobia, vermelhidão, cornea azul ou branca, déficit visual. Insuficiência cardíaca e tratamento Doença cardíaca crônica Resultado final de uma doença cardíaca na qual os mecanismos compensatórios foram subjugados e o coração não consegue realizar suas funções, causando ICC onde ja tem acumulo de liquido edema em algumas regiões. Paciente cardiopata ainda não é insuficiente, a função cardíaca ainda está preservada, quando há uma evolução pode ter uma insuficiência, quando evolui para um acumulo de liquido ICC. Quais funções? Manter o DC (volume sistólico x FC) Manter a pressão arterial sistêmica Manter a perfusão adequada aos tecidos Manter a pressão venosa e capilar Causas da ICC Afecções congênitas Insuficiência valvar Insuficiência miocárdica Disfunções sistólica e diastólica Mecanismos compensatórios - manter o animal estávelsem sinais clínicos • Mecanismo de Frank- Sterling – capacidade do coração de se adaptar a variações do volume sanguíneo modificando sua contratilidade. Modifica a sua contratilidade de acordo com o volume recebido. A ideia é: quanto mais o musculo cardíaco for distendido durante o enchimento, maior será a sua contração, e, portanto, maior volume de sangue ele irá ejetar (volume sistólico). • Remodelamento cardíaco - refere-se as alterações no tamanho, forma e rigidez no miocárdio em resposta a sinais mecânicos e bioquímicos. A hipertrofia começa a desenvolver muito antes a ICC. O remodelamento ocorre pela hipertrofia e fibrose dos miócitos de forma: Hipertrofia excêntrica - sobrecarga de volume (dilatação pra fora – cardiomiopatia dilatada) Hipertrofia concêntrica - sobrecarga de pressão (maior resistência, mais força p manter funções, parede hipertrofiada, lúmen menor) Não reversível, fibrose dos miócitos. • Mecanismo neuro-hormonais Atuam no remodelamento assim como promovem efeitos mais amplos, e com o passar do tempo, esses mecanismos levam a ICC. De forma crônica aceleram a deterioração da função cardíaca. Aumentam o volume vascular, aumentam a retenção de sódio, água e tônus vascular. Edemas e efusões Estimulação simpática - os barorreceptores arteriais e atriais percebem oscilações de volume circulatório, queda do debito cardíaco e liberam substancia que levam a maior contratilidade cardíaca, aumento da FC e retorno venoso, são mediadas pelas catecolaminas e tônus simpático. Sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) O paciente com doença cardíaca, leva a diminuição ao debito cardíaco, consequentemente diminuía a pressão arterial o cérebro percebe e leva a uma estimulação simpática, aumenta FC, contratilidade e vasoconstrição. Quando ocorre a vasoconstrição as artériolas renais percebem a diminuição de volume e leva a diminuição da taxa de filtração glomerular, o rim produz renina, que leva o rim a reabsorver mais sódio, água e estimula o centro da sede para aumentar o volume circulatório. A renina atua convertendo angiotensinogio em angiotensina 1, a ECA converte em AGT 2. A AGT 2 e vasoconstritora que leva a produção de aldosterona que retem sódio, água e elimina potássio aumentando o volume circulatório. Produz vasopresina que diminui a formação de urina, aumentando o volume circulatório, e diminui a queda do debito cardíaco. Sinais clínicos da ICC ICCE – edema pulmonar ICCD – ascite, hepatomegalia, edema periférico, efusão pleural Tratamento da IC e ICC • Diminuir as pressões de preenchimento ventricular • Aumentar o débito cardíaco • Não diminuir a pressão arterial • Aumentar a contractilidade • Não aumentar o consumo de oxigênio pelo miocárdio • Não ser arritmogênica Não ter estresse Atividade física moderada Não pode ter sobrepeso – demanda metabólica de oxigênio, capacidade ventilatória, alterações hemodinâmicas (hipoventilação) hipertrofia miocárdica (aumentar o DC) infiltração gordurosas, arritmias. Dieta Restrição de sódio - diminuir sódio aos poucos Deficiência de taurina Deficiência de L-carnitina Rações equilibradas Diuréticos Atua: excreção, filtração e reabsorção renal Eliminação de água e sódio Aumento volume urinário Diminui a PA, congestão venosa e sobrecarga de volume (em casos de edema, congestão) Uso prolongado - depleção de potássio Associações Classificação Diuréticos de alça: Furosemida e torsemida Tiazidas (túbulos distais): hidroclorotiazida Diuréticos de ação no túbulo contornado distal ou poupadores de potássio: espironolactona Furosemida Principal diurético utilizado na ICC Agente natriurético mais potente Inibe a reabsorção de Na+, K+ e Cl- Venodilatador (IV) Dosagem de eletrólitos Espironolactona Similar à aldosterona Compete com seu sítio no túbulo distal (bloqueia a entrada de Na+) Ação cardio protetora Aldosterona: promove fibrose do miocárdio e do endotélio vascular - ação deletéria na doença cardíaca. Poupador de K Tiazídicos Elimina Na+, Cl-, K+ Leve a moderado aumento do volume urinário (Na+) Diuréticos - efeitos adversos Distúrbios eletrolíticos (Hipocalemia Hiponatremia) monitorar potássio Desidratação Hipovolemia Intolerância gastrointestinal – raro Incontinência urinária - raro Vasodilatadores Reduzir edema e efusões Arteiais, venosos e mistos Efeito colateral - hipotensão - taquicardia Arteriais – Hidralazina Venosos – Nitroglicerina Mistos – ECA – Inalapril, benazepril, lisinopril(inibe vasoconstrição e reabsorção de sódio e água) Bloqueadores dos canis de cálcio Bloqueadores adrenérgicos - antiarrítmicos - beta bloqueadores Simpatomiméticos Liberadores de óxido nítrico Insuficiência valvar mitral Causas: afecções congênitas; neoplasias; endocardite; endocardiose mitral ou doença mixomatosa valar. Definição: degeneração da valva mitral, processo crônico em pacientes mais idosos. Causa mais comum de ICC. Cães > gatos Cães de pequeno porte Idade > 8 anos Patologia Espessamento das válvulas - borda de coaptação Lesão progressiva Falha na coaptação - regurgitação para o átrio Alterações cardiovasculares - pressão e volume Estimulam os mecanismos compensatórios Jato regurgitante para dentro do atrio esquerdo, auscultado como sopro. Mecanismos compensatórios Regurgitação valvar mitral – ocorre uma dilatação do atrio esquerdo, diminui o débito cardíaco porque não esta indo sangue suficiente. Ativa sistema nervoso simpático aumentando a FC e vasoconstrição para melhorar o débito cardíaco e manter a PA. Ativação do SRSS, retenção o NA+ e H2o, vasoconstrição e dilatação VE. Sinais clínicos • Intolerandia a exercícios • Tosse • Fraqueza ou síncope • Cianose • Traquipnéia • Dispnéia - ortopnéia • Angústia respiratória Diagnóstico diferencial • Colapso de traquéia • Bronquite crônica • Pneumonia, fibrose e neoplasia pulmonares • Faringite • CMD – cardiomiopatia dilatada • Endocardite bacteriana Tratamento Medicamento – melhor qualidade de vida, diminuir os sinais clínicos Grau de ICC Dieta hipossódica Atividade física controlada Controle da obesidade Fatores complicantes Arritmias Ruptura de cordas tendíneas Medicação inapropriada ou insufuciente Aumento esforço cardíaco - exercícios Alta ingestão de sal Cardiomiopatias felinas Hipertrofia ventricular esquerda Doença primária Genética e fenotipicamente heterogênea Diatação atrial esquerd, formação de trombos, comprometimento valvular mitral. VE maior rigidez e diminui relaxamento. Apresentação clinica Assintomáticos - sopro e ritmo de galope Sinais inespecíficos IC – Apatia, cianose, síncope, intolerância ao exercício, taquicardia, cansaço fácil, ofegação, dispnéia. Doença respiratória Estresse pode levar ao aparecimento dos sinais clínicos Morte súbita → Doença tromboembólica - dor, vocalização e taquipneia Obstrução do fluxo arterial de membros - Paresia/paralisia aguda dos posteriores - Pulso fraco (trombo órtico/ilíaco o femoral - Extremidades frias, cianóticas, dor Doenças do trato respiratório inferior Dispnéia - Dificuldade respiratória Dispnéia respiratória - TRS Dispnéia inspiratória - TRI Adoção de posição ortopnéica - caso extremo de dispnéia - adotado em casos de necessidade extrema de alívio respiratório. Região do esterno mais próximo do chão. Diagnóstico diferencial – carcinoma de células escamosas (CCE) ou granuloma eosinofílico ou leishmaniose felina. Hemoptise Tosse eliminando sangue pela boca e narinas, provenientes do trato inferior. Causas: - ICC - Hemoparasitoses – erliquia - Dirofilariose - Neoplasias - Inflamação Intolerância ao exercício Dispnéia Fraqueza Codeína - tem reflexo no sistema nervoso central Traqueia –parte cartilaginosa e parte membranosa. Aspecto clínico - ruídos de ganso Distúrbios endócrinos Hipotireoidismo Mixedema – face caída Ração úmida - A ração de gato contém goitrogênicos que podem causar hipertireoidismo. Distúrbios do pâncreas
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