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Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Neoplasia mamária Objetivos: 1. Entender o ciclo celular 2. Compreender as alterações do ciclo celular que geram a neoplasia mamária (marcadores tumorais) 3. Conhecer os fatores desencadeadores da neoplasia mamária (fatores endógenos e exógenos) * fatores familiares. 4. Relacionar a mastite com a neoplasia 5. Entender o câncer de mama (sinais, sintomas, epidemiologia e tipos mais comuns) 6. Conhecer os exames de diagnóstico, complementares e os protocolos de prevenção da neoplasia mamária. Entender o ciclo celular CONCEITO: O ciclo celular compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua divisão em duas células-filhas, iguais entre si. → Processo de crescimento de um tecido, de um órgão ou de todo um organismo pluricelular se dá basicamente pela multiplicação do número de suas células → Responsável pela reposição de células mortas e pela regeneração de partes danificadas Ciclo: Acontece uma sequência de eventos, crescimento celular, replicação do material genético (DNA), distribuição do material genético para as células-filhas e divisão celular. → Processo completo em 24h → Dividido em 2 fases, mitose e interfase Mitose: separação dos cromossomos e normalmente finalizando com a divisão celular. Das 24h gasta aproximadamente apenas 1h Interfase: (período entre as mitoses) ocorre de maneira ordenada, o crescimento celular e a replicação do DNA. 3 fases: → G1 e G2 representam intervalos entre a fase S e a fase M o G1 a célula é metabolicamente ativa e continua crescendo, MAS não duplica seu DNA o G2 o crescimento celular continua e as proteínas são sintetizadas em preparação para a mitose → S (Síntese) duplicação do material genético Durante essas fases de intervalo, a célula monitora o ambiente interno e externo a fim de assegurar que as condições são adequadas e os preparativos são completados. PONTOS DE CHECAGEM: → No final de G1, permite que a célula confirme que o meio é favorável para a proliferação antes de entrar na fase S e se há dano no DNA o Regulada principalmente por fatores de crescimentos extracelulares que sinalizam a proliferação celular e pela disponibilidade de nutrientes o Células bloqueadas entram em G0, podem permanecer por dias ou até mesmo todo o tempo de vida do organismo ▪ Células metabolicamente ativas o Mecanismo para regulação da quantidade de células no corpo ▪ Se preciso, estímulo o ponto G1 ▪ Se não preciso, a divisão é bloqueada Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Por exemplo, fibroblastos da pele ficam bloqueados em G0 até que sejam estimulados a se dividirem para reparar danos resultantes de um ferimento. → 2º ponto de checagem é na transição de G2 para a fase M, assegura que as células não entrem em mitose até que um DNA danificado possa ser reparado e a replicação de DNA esteja completa → 3º ponto, durante a mitose, entre a metáfase/anáfase, assegura que os cromossomos replicados estejam ligados apropriadamente a uma maquinaria citoesquelética (fuso mitótico), antes que seja separado os cromossomos e os distribua para as duas células filhas O sistema de controle do ciclo celular ativa e desativa nos momentos corretos por meio de componentes proteicos que operam uma série de mudanças bioquímicas em uma determinada sequência. REGULADORES DO CICLO CELULAR: Proteínas – cinase dependentes de ciclinas (Cdks) → Componentes centrais do sistema de controle do ciclo celular → Ativadas apenas em determinados momentos do ciclo (rapidamente desativadas de novo) → Ciclinas são proteínas reguladoras das Cdks → Proteínas inibidoras de Cdk, ajudam a manter as cinases em um estado inativo durante a fase G1, atrasando a progressão para a fase S, essa parada da a célula mais tempo para crescer, ou espere até condições favoráveis. Supressor tumoral (p53) → Protege o genoma e garante que o DNA danificado não seja repassado na divisão; → Ativa enzimas de reparo do DNA; → Ativa a apoptose quando o erro não é reparado; → É a molécula mutada com maior frequência nos canceres. Complexo promotor de anáfase/ciclossomo (APC/C) → Ajuda a célula a sair da mitose e entrar no G1; → Atua na separação das cromátides irmãs pela destruição da coesina. FASES DO CICLO: Interfase: → Intensa atividade metabólica → Crescimento e preparação para a divisão celular → 3 fases: G1, S e G2 G1: → Continua crescendo → Maior taxa de síntese de RNA → A maioria das proteínas são sintetizadas nesta fase → Principal ponto de checagem. A célula continua se proliferando ou entra em estado de quiescência (G0) Avalia-se: tamanho, nutrientes, sinais moleculares e integridade do DNA → Sinal de parada é dado pela proteína p53 → P53 é um regulador transcricional que ativa a transcrição de um gene que codifica a p21 → P21 se liga as Cdks prevenindo que elas conduzam a célula para a fase S precocemente → Se a célula tenha um dano muito severo para ser reparado a p53 induz a apoptose → Caso de p53 inexistente ou defeituosa, a replicação do DNA danificado conduz a uma alta taxa de mutações (células cancerosas) S: → Início da síntese do DNA → Ponto de não retorno, leva a divisão celular (irreversível) Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs → Replicação do DNA G2: → Reabastece a energia da célula e sintetiza as proteínas necessárias para a manipulação e movimentação dos cromossomos → Aumento no tamanho da célula Fase M: divisão nuclear → Mais complexo e importante do ciclo → Reorganização dos componentes celulares e distribuição para as duas células filhas → Dividida em 6 estágios o Prófase Condensação gradual das fibras de cromatina, formando cromossomos. Torna os cromossomos individualizados, compostos por as cromátides-irmãs. Os centrossomos separam-se e movem-se para lados opostos do núcleo, onde atuarão como os polos do fuso mitótico. Nucléolo desaparece, núcleo prestes a se romper. o Pró-metáfase Os cromossomos se condensam ainda mais, de maneira a ficarem bem compactos. O envoltório nuclear se rompe, liberando os cromossomos. O fuso mitótico cresce mais, e alguns microtúbulos começam a "capturar" os cromossomos. Os microtúbulos têm acesso aos cromossomos replicados e se ligam a eles. Terminam ligados aos cromossomos pelo cinetócoro, complexo de proteínas especializadas. Ligados aos microtúbulos por meio do cinetócoro, os cromossomos são arrastados para trás e para frente até finalmente se alinharem na placa metafásica no centro do fuso. o Metáfase O fuso já capturou todos os cromossomos e os alinhou no meio da célula, que está pronta para a divisão. Todos os cromossomos estão alinhados na placa metafásica. Nesta fase, os dois cinetócoros de cada cromossomo devem se ligar a microtúbulos de pólos opostos do fuso. Ponto de checagem do fuso, garante que as cromátides irmãs se dividam uniformemente entre as duas células-filhas, se não estiver de acordo a divisão para. o Anáfase As cromátides irmãs se separam uma da outra e são empurradas em direção às extremidades opostas da célula. Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs A proteína "cola" que mantém as cromátides irmãs unidas é quebrada, permitindo que elas se separem. Cada uma é agora um cromossomo único. Os cromossomos de cada par são empurrados em direção aos pólos opostos da célula. Os microtúbulos não ligados aos cromossomos se alongam e se empurram separando os pólos da celula, tornando-a mais longa. o Telófase A célula está quase completamentedividida e começa a reestabelecer sua estrutura normal a medida que a citocinese (divisão dos conteúdos da célula) toma lugar. O fuso mitótico é dividido em seus "blocos de construção". Dois novos núcleos são formados, um para cada conjunto de cromossomos. As membranas nucleares e os nucléolos reaparecem. Os cromossomos começam a se descondensar e voltam a sua forma "filamentosa" o Citocinese Divisão do citoplasma para formar duas células novas com cromossomos idênticos aos da célula-mãe É contrátil, apertando a célula em duas, como uma bolsinha de moedas com um cordão. O "cordão" é um conjunto de filamentos feitos de uma proteína chamada actina e o vinco formado pelo aperto é conhecido como sulco de clivagem. Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Meiose: A meiose é um tipo especial de divisão celular, essencial para a reprodução sexuada, e que ocorre apenas nas células germinativas. A meiose é responsável pela formação de gametas haploides, ou seja, com a metade do número de cromossomos das células somáticas, ditas diploides. Ao final da meiose, quatro células-filhas haploides são geradas a partir de uma única célula mãe, em duas divisões celulares sequenciais. Durante a meiose I, os cromossomos homólogos primeiramente pareiam um como outro e então segregam para diferentes células filhas. As cromátides-irmãs permanecem juntas, de forma que a conclusão da meiose I resulta na formação de células-filhas contendo um único membro de cada par de cromossomos (constituído de duas cromátides- irmãs). A meiose I é seguida pela meiose II, que se assemelha à mitose porque as cromátides-irmãs se separam. Compreender as alterações do ciclo celular que geram a neoplasia mamária (marcadores tumorais) Defeitos na regulação do ciclo celular são uma causa usual da proliferação anormal de células cancerosas. A origem das células cancerosas está associada a anomalias na regulação do ciclo celular e à perda de controle da mitose. Alterações do funcionamento de genes controladores do ciclo celular, em decorrência de mutações, são relacionados ao surgimento de um câncer. Duas classes de genes são mais diretamente relacionadas a regulação do ciclo celular: 1. Proto-oncogenes São responsáveis pela produção de proteínas que atuam na estimulação do ciclo celular. Quando ativos estimulam a ocorrência de divisão celular. São reguladores positivos do ciclo celular, podem ser superativados no câncer. Mutações nos proto-oncogenes os transformam em oncogenes (genes causadores de câncer). Mutações que transformam podem ter diferentes formas, algumas mudam a sequencia de aminoácidos da proteína, outras podem amplificar e fabricar proteínas demais. 2. Genes supressores de tumor Responsáveis pela produção de proteínas que atuam inibindo o ciclo celular. Quando ativos, inibem a ocorrência de divisão celular. Previnem a formação de tumores cancerosos quando estão funcionando corretamente, e tumores podem se formar quando eles sofrem mutações de modo que não funcionem mais. As mutações que afetam os genes supressores de tumor perturbam o sistema inibidor e o ciclo celular fica desregulado, promovendo a ocorrência desordenada de divisões celulares e o surgimento de células cancerosas. Um dos mais importantes supressores de tumor é a proteína p53, que desempenha um papel-chave na resposta celular ao dano no DNA. A p53 age primeiramente ao final de G1 (controlando a transição de G1 para S), onde ela bloqueia a progressão do ciclo celular em resposta a um DNA danificado e a outras condições desfavoráveis. Em células cancerosas, a p53 geralmente está ausente, não funcional ou menos ativa que o normal. Por exemplo, muitos tumores cancerosos têm uma forma mutante da p53 que não consegue mais se ligar ao DNA. Como a p53 age ligando-se a genes-alvo e ativando sua transcrição, a proteína mutante não ligante é incapaz de realizar o seu trabalho. Células cancerosas que possuem as seguintes características: → são indiferenciadas, não contribuindo para a formação natural dos tecidos, → seus núcleos são volumosos e com um número anormal de cromossomos; → empilham-se sobre a outras em várias camadas, originando um aglomerado de células que forma um tumor. Se ficar restrito ao local de origem e for encapsulado, diz-se que o tumor é benigno, podendo ser removido; Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs → nos tumores malignos, ocorre a metástase, ou seja, as células cancerosas abandonam o local de origem, espalham-se por via sanguínea ou linfática, e invadem outros órgãos. Esse processo é acompanhado por uma angiogênese, que é a formação de inúmeros vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição das células cancerosas. Outra ocorrência envolvendo alterações do ciclo celular é relativa aos telômeros, que são segmentos de moléculas de DNA com repetições de bases que atuam como “capas protetoras” da extremidade dos cromossomos. Em células humanas normais, a cada ciclo celular os telômeros são progressivamente encurtados, as extremidades dos cromossomos ficam cada vez mais curtas, até atingir um limite mínimo de tamanho incompatível com a vida da célula, paralisando-se as divisões celulares e sinalizando o fim da vida da célula. Em células cancerosas esse limite é transposto graças a atividade de uma enzima , a telomerase, que atua na reposição constante dos telômeros, mantendo-os sempre com o tamanho original, permitindo assim, que as células se dividam continuamente e se tornem praticamente “imortais”. Conhecer os fatores desencadeadores da neoplasia mamária (fatores endógenos e exógenos) * fatores familiares. INCA (2012) – risco de câncer de acordo com as condições ambientais, políticas e econômicas + características biológicas. OMS – 40% das mortes por câncer poderiam ser evitadas. Agentes facilitadores: → Fatores exógenos: geográfico, cultural, dietético e profissional → Fatores endógenos: hormonal, imunológico e genético. Agentes carcinogênicos: químicos, físicos e biológicos. Fatores modificáveis: → Exposição ocupacional o Substâncias perigosas o Ex: asbesto, sílica, arsênico... → Poluição ambiental o Subprodutos da queima incompleta de combustíveis fosseis → Comportamento sexual o Exposição a vírus carcinogênicos sexualmente transmissíveis o Início precoce, falta de higiene, múltiplos parceiros → Alimentação inadequada o Alta densidade energética e bebidas açucaradas o Alimentação rica em gordura → Falta de atividade física o Fator protetor contra CA de mama o Trabalho muscular, reduz insulina → Obesidade o Tecido adiposo-maior produção de estrógeno → Uso de tabaco → Consumo excessivo de bebidas alcoólicas → Agentes infecciosos → Radiação ultravioleta → Menacme longo o Menarca precoce e menopausa tardia → Nuliparidade (nunca pariu) → Último parto tardio → Traumas recorrentes o Processo de inflamação e cicatrização constantes pode levar a formação tumoral Fatores NÃO modificáveis: → História familiar de 1º grau o Mais de 2 parentes de 1º graus com CA de mama o Risco de 5-6x maior → Idade >40 → Alterações genéticas o Mutação BRCA 1 e 2 → Carcinoma lobular in situ o 25x maior o risco de desenvolver carcinoma invasivo → AP de CA de mama ou ovário Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Relacionar a mastite com a neoplasia Mastite – processo infeccioso no tecido mamário, no período da gravidez, puerpério ou não puerperal. Etiologia: espécie de estafilococos são as causas mais comuns. Fisiopatologia: pode evoluir para abscessos mamários e sepse. TIPOSEPIDÊMICA: Causada por cepas altamente virulentas de Staphylococcus aureus produtor de penicilinase, aparecimento precoce (4º dia pós-parto), menos frequente, associada a piodermite do recém- nascido. ENDÊMICA: Staphylococcus aureus é o principal agente, presente em 60% das vezes, mas também podemos encontrar: Staphylococcus epidermides, Streptococcus, Escherichia coli, entre outros, geralmente mais tardia, 2ª semana ou no desmame. Segundo a American Cancer Society, o câncer de mama inflamatório tem sintomas semelhantes à mastite e pode ser confundido com a doença. Porém, são condições diferentes. Além disso, é importante destacar que ter mastite não aumenta o risco de desenvolver câncer de mama. Agentes químicos do próprio sistema imunológico podem causar mutações e levar ao processo de carcinogênese. - Inflamação crônica – inibe a imunidade do organismo, impossibilita o reconhecimento do câncer como corpo estranho. Entender o câncer de mama (sinais, sintomas, epidemiologia e tipos mais comuns) O câncer de mama é um tumor maligno que acontece devido a alterações genéticas nas células da glândula mamária. Tais células tornam-se defeituosas e se proliferam de maneira desordenada, levando assim à formação de nódulo (caroço) na mama, em tecidos vizinhos (nódulos na axila) ou em outras partes do corpo (metástases à distância). Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) no ano de 2014, o câncer de mama foi o tipo mais frequente de câncer em mulheres no Brasil e no mundo. O câncer de mama é, nos países desenvolvidos do hemisfério ocidental, a neoplasia maligna mais frequente na mulher. EPIDEMIOLOGIA: O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, com aproximadamente 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres. É também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população, com 684.996 óbitos estimados para esse ano (15,5% dos óbitos por câncer em mulheres) (IARC, 2020) A mortalidade por câncer de mama é a mais alta de todas as neoplasias malignas da mulher. Tem-se observado, ao longo dos anos, um marcado aumento das taxas de incidência e de mortalidade por câncer de mama. Pacientes de alto risco: → Antecedente familiar (AF) de 1º grau com CA de mama > 50 anos → AF de 1º grau com CA de mama bilateral → AF de CA de mama em homem → AF de CA de ovário → Mutações genéticas BRCA, PTEN ou p53 SINAIS E SINTOMAS: → Mudanças no tamanho ou no formato da mama; → Vermelhidão ou irritação; → Inchaço; → Sensação de calor; → Dor na pele da mama; → Escurecimento na pele da mama; Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs → Descamação do mamilo; → Nódulo, inchaço ou caroço na mama; → Assimetria; → Sulco na mama; → Endurecimento ou enrugamento da pele da mama; → Coceira na mama ou no mamilo; → Formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo; → Retração ou inversão do mamilo; → Veia facilmente observada e crescente. O tratamento do câncer de mama envolve terapia clínica (quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia) e cirúrgica (retirada conservadora do tumor ou retirada de toda a mama). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial de cura. Quando há evidências de metástases (doença disseminada), o tratamento tem por objetivo melhorar a qualidade de vida da paciente. TIPO HISTOLÓGICO: Mais incidentes: 1. Carcinoma ductal in situ – 20% dos casos, maligno porem não faz metástase; 2. CA de mama invasivo – dois tipos mais comuns carcinoma ductal invasivo e carcinoma lobular invasivo; 3. CA de mama triplo negativo – um dos tipos mais agressivos, dissemina rapidamente, chance de recidiva alta; 4. CA de mama inflamatório – carcinoma ductal invasivo com características atípicas, raro, diagnostico costuma ocorrer em fase já avançada; 5. Doença de Paget – carcinomas do tipo invasivo, raro. Unilateral; 6. Angiossarcoma – tipo raro, atinge as células dos vasos sanguíneos ou do sistema linfático. Rápida disseminação. Define o tipo de câncer de mama em relação ao local onde o tumor surgiu e o modo como se desenvolve: → Carcinoma Ductal In Situ: afeta os ductos da mama, que são os canais que levam o leite. Esse tipo de câncer de mama não atinge outros tecidos. Entretanto, pode haver mais de um foco desse câncer dentro da mesma mama. Pode existir a presença de receptores hormonais e tem potencial para se transformar em invasivo. É o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. → Carcinoma Ductal Invasivo: caracteriza-se por iniciar-se nos ductos de leite, rompendo esses ductos e se desenvolvendo nos tecidos próximos. Esse câncer pode crescer localmente ou atingir outros órgãos do corpo, sendo conduzido através de veias e/ou vasos linfáticos. Possui pelo menos um receptor hormonal na superfície das suas células. Representa entre 65 a 85% dos casos de câncer de mama invasivo. → Carcinoma Lobular In Situ: é originário nos lóbulos da mama (glândulas produtoras de leite) e não atinge outros tecidos adjacentes, não rompendo suas paredes. Pode ser multifocal, quando há outros focos dentro da mesma mama. Representa apenas de 2 a 6% dos casos. → Carcinoma Lobular Invasivo: nasce também nos lóbulos mamários, podendo atingir outros tecidos. Nesse caso, o tumor também pode se desenvolver localmente ou atingir outros órgãos. Possui receptores de estrogênio e progesterona em suas células, mas não expressa a proteína HER2. É o segundo tipo de câncer de mama mais incidente. Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Conhecer os exames de diagnóstico, complementares e os protocolos de prevenção da neoplasia mamária. Exame clínico, exame de imagem (MMG ou/e USG), biopsia e imuno-histoquímica (receptores hormonais e HER2) Teste triplo: → Exame clínico + exame de imagem + biopsia → Concordante benigno – 99% de acurácia (nódulos devem ser acompanhados a cada 6 meses) → Se 1 dos 3 der suspeita de malignidade nódulo deve ser excisionado BI-RADS: CLASSIFICA exames de imagem Para uniformizar as conclusões da mamografia pelo Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) EXAMES: → Autoexame o Alguns trabalhos, no entanto, questionam a validade do autoexame, por não comprovarem sua eficácia; → Mamografia o Exame complementar básico em mama, usado também no rastreamento o É referida a possibilidade de encontrar um câncer muito pequeno, dois a três anos antes do achado clínico → Mamografia digital o Sensibilidade de 93% contra 77% da mamografia convencional; o redução nas taxas de falso-negativo de 23% para 7%; o aumento no valor preditivo positivo para biópsias, com 20% na detecção dos cânceres, sendo 5% nos cânceres iniciais. → USG o É útil associado ao exame clínico e à mamografia, sendo especialmente proveitoso quando as mamas são densas e na presença de mastopatia funcional com cistos. o É, ainda, indicada em pacientes jovens, com menos de 35 anos, quando se deseja esclarecer algum sintoma ou alteração do exame clínico. → Ressonância magnética o É um exame adicional, não rotineiro, mas pode distinguir melhor as lesões benignas das malignas. o Alto custo o Sensibilidade entre 88% a 100% RASTREAMENTO: → CA de mama representa 20-25% dos canceres em mulheres → Pelo INCA rastreamento por mamografia a cada 2 anos, para mulheres de 50 a 69 anos → Sociedade americana, preconiza a partir dos 40 anos → Mulheres de alto risco, mamografia e RM 10 anos antes do ano em que a pessoa da família teve, sendo idade mínima 30 anos → SUS – a partir de 35 anos, MMF ou/eUSG anual para mulheres de alto risco ESTADIAMENTO Tumores malignos – sistema TNM → T = tamanho do tumor (Tumor primário) → N = nódulo regional comprometido, linfonodos → M = metástases Medicina | 4º período | 1º modulo | Problema 1 – Neoplasia mamaria @study.sarahs Estágios: → Estágio 0: Carcinoma in situ, ou seja, restritos a área inicial. É um tipo de displasia. → Estágio I: Tumor restrito a uma parte do corpo, sem comprometimento linfático. → Estágio II: Localmente avançando com comprometimento do sistema linfático ou espalhado por mais de um tecido. → Estágio III: Localmente avançado, espalhado por mais de um tecido e causando comprometimento linfático. → Estágio IV: Metástase a distância, ou seja, espalhando para outros órgãos ou todo o corpo. PREVENÇÃO A prevenção, em geral, atua sobre os fatores de risco modificáveis, portanto inclui mudanças de hábito que envolvem evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar, praticar atividades físicas, ter uma alimentação saudável e evitar exposição aos riscos ambientais
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