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Aula 3 - Nervos cranianos

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Nervos cranianos 
 São 12 pares, 10 deles ligados ao tronco 
(exceção I e II) 
 I → Olfatório (telen) 
 II → Óptico (dien) 
 III → Oculomotor 
 IV → Troclear 
 V → Trigêmio 
 VI → Abducente 
 VII → Facial 
 VIII → Vestibulococlear 
 IX → Glossofaríngeo 
 X → Vago 
 XI → Acessório (medula) 
 XII → Hipoglosso 
 
DIVISÃO FUNCIONAL DO SNP AO SNC 
 Sistema nervoso somático (relaciona 
organismo com o meio) 
Porção eferente: envia respostas de controle 
voluntário, ou seja, para os músculos estriados 
esqueléticos 
 Sistema nervoso visceral (mantém a 
homeostase) 
Porção eferente: envia respostas de controle 
involuntário, ou seja, para a musculatura lisa, 
musculatura estriada cardíaca e glândulas 
 
 Porção aferente: conduz estímulos 
provenientes dos anbientes interno e externo 
ao organismo (vísceras, pele, fáscias, 
articulações, músculos esqueléticos e órgãos 
dos sentidos) 
 
 A porção EFERENTE do sistema nervoso visceral 
também é conhecida como Sistema Nervoso 
Autônomo. É ela que se divide em simpático e 
parassimpático 
 
DIVISÃO FUNCIONAL (SNA) 
 Nervos simpáticos: região torácica e lombar 
(solta norapinefrina) 
 Nervos parassimpáticos solta acetilcolina no 
órgão alvo 
 A maioria dos órgãos têm inervação simpática 
e parassimpática, mas alguns têm só simpática 
(glândulas sudoríparas, músculo eretor dos 
pêlos e parede de vasos) 
 Ambos os sistemas exercem controle 
fisiológico contínuo, com predomínio de um 
deles em dadas situações 
 
NERVOS CRANIANOS 
 Sensórios: I, II, VIII 
 Motores: III, IV, VI, XI, XII 
 Mistos: V, VII, IX, X 
 Os nervos III, VII, IX e X possuem porção 
parassimpática 
Manobra Nervos testados 
Estímulo olfatório 
(comida x álcool) 
NCI 
Resposta de ameaça NC II, córtex, 
cerebelo, NC VII 
Reflexo pupilar à luz (RPL) NC II, NC III 
Tamanho e simetria 
pupilar 
NC III, ramo 
simpático 
Estrabismo/ reflexo 
oculocefálico 
NC III, IV, VI, VIII 
Sensibilidade nasal / 
facial 
NC V, córtex 
Reflexo palpebral NC V, VII 
Simetria dos músculos 
mastigatórios 
NC V 
Simetria e expressão 
facial 
NC VII 
Nistagmo, head tilt NC VIII, cerebelo 
Disfonia, disfagia, 
dispneia 
NC IX, X 
Simetria da língua NC XII 
 
ESTÍMULO OLFATÓRIO 
 Não testar com álcool, pois o animal pode 
reagir sem estar sentindo o cheiro 
 
RESPOSTA DE AMEAÇA E RPL 
 Resposta de ameaça tem sinapse no 
telencéfalo 
 Pode-se ter resposta de ameaça mesmo o 
animal tendo um tumor no telencéfalo 
 Não jogar vento no rosto do animal 
 O nervo optico leva a informação, decussa 
e vai para o córtex do lado oposto, para o lobo 
occipital (momento em que o animal enxerga), 
faz outra sinapse e vai para o frontal (córtex motor) 
para determinar a resposta, seguindo em direção 
ao cerebelo decussando para o lado ipsilateral ao 
estímulo, vai para o tronco e faz sinapse com o 
núcleo do n. facial (inerva as pálpebras) fazendo 
com que o animal pisque 
 Lesões cerebelares podem fazer com que 
o animal não responda ao estímulo de ameaça 
 
 
REFLEXO PUPILAR À LUZ 
 
 75% das fibras do nervo óptico determinam 
a miose ou midríase do olho estimulado enquanto 
que as 25% restantes são responsáveis pela 
resposta consensual 
 Em gatos o percentual é de 65% 
 Todo reflexo pupilar à luz ocorre em 
estruturas subcorticais, não ascendendo ao 
telencéfalo 
 
TAMANHO E SIMETRIA PUPILAR - MIOSE 
 
 Miose (nervo oculomotor): possui duas 
porções. A parte parassimpática inerva o m. 
constritor da pupila 
 O oculomotor emite dois ramos nos gatos, 
fazendo com que essa espécie tenha miose em 
fenda 
 O oculomotor emite cinco projeções nos 
cães, fazendo constrição em várias direções e 
causando miose puntiforme 
 Nervo nasal e nervo Malar (gatos com 
pupila em D são comuns em gatos com PIF, FIV e 
FeLV) 
 
TAMANHO E SIMETRIA PUPILAR – MIDRÍASE 
 
 Midríase (ramo simpático): diencéfalo → 
medula espinhal → 
ascende pelos tecidos 
moles e inervação do 
olho passando por 
dentro da bula 
timpâmica 
 
Síndrome de Horner 
 Se dá por lesões ocorridas em qualquer 
lugar por onde essa inervação simpática passe 
 Ramo simpático, vindo da região torácica, 
inerva a pálpebra superior, mantém a retração da 
terceira pálpebra, o tônus rostral dos olhos e as 
pupilas dilatadas. A lesão inverte isso: 
 Ptose (queda da pálpebra superior) 
 Protusão da terceira pálpebra 
 Enoftalmia 
 Miose 
 Animais em estupor ou coma com pupilas 
mioticas (lesão pode estar em diencéfalo). Se 
esse animal progredir para pupilas dilatadas 
pode indicar que a lesão está passando para 
o tronco encefálico (prognóstico ruim) – pode 
ser indicativo que o encéfalo está herniando 
de tanto aumento de pressão intracraniana 
 
 Via simpática (responsável pela midríase) 
 Via parassimpática (responsável pela miose) 
ESTRABISMO 
 O Oculomotor inerva o m. reto-superior, o m. 
reto-medial, e m. reto-inferior 
 N. abducente inerva o 
músculo reto-lateral 
 O n. troclear inerva o 
músculo oblíquo 
 Todos sob a influência do n. 
vestibulococlear 
 
REFLEXO OCULOCEFÁLICO 
 Dado pelo oculomotor – quando a 
cabeça do animal é virada ele tende a continuar 
olhando para o mesmo local e depois o olho vira 
conforme a cabeça é virada 
 
NERVO TRIGÊMIO 
 
 Nervo com três 
ramos sensórios 
 Dá sensibilidade 
para a face inteira do 
animal com exceção da 
face interna do pavilhão auricular 
 A porção motora inerva os músculos 
mastigatórios, m. temporal, m. masseter, m. 
digástrico. 
 Sensibilidade facial e tônus dos músculos 
mastigatórios 
 
SENSIBILIDADE NASAL / FACIAL 
 
 Pinçar no lábio 
superior, próximo ao 
canino para que haja 
retração dos músculos 
 Encostar o 
cotonete no focinho do 
animal – é esperado que o 
animal recue a cabeça 
 Ausência de sensibilidade nasal pode ser 
deficit de trigêmio assim como lesão telecenfálica 
 
 
 
Regra n°8: A resposta de ameaça e sensibilidade 
nasal são testes que podem estar alterados em 
problemas corticais 
 
SIMETRIA DOS MÚSCULOS MASTIGATÓRIOS 
 
 Atrofia de temporal e masseter 
 Animais com lesão unilateral são sugestivos 
de tumor de trigêmio na origem do nervo ou ao 
longo do nervo (rápida) 
 Atrofia bilateral: sugestivo de doença 
sistêmica (uso crônico de corticoides, crônico) 
 
SIMETRIA E EXPRESSÃO FACIAL 
 
 Porção sensorial: face interna do pavilhão 
auricular e terço caudal da língua 
 Porção motora: face inteira 
 Lesões: observar base da orelha, canto do 
olho, cartilagem alar e canto da boca (tendêndia 
de uma das linhas cair) 
 
 
NISTAGMO E HEAD TILT 
 
 Nistagmo: movimento involuntário do olho 
 Indicam alteração cerebelar ou do VIII par 
de nervos cranianos 
 A fase rápida do nistagmo foge da lesão 
 
NERVO HIPOGLOSSO 
 
 Testar molhando o focinho do animal 
 
 
Regra n°9: É pequena a chance de uma afecção 
em tronco afetar um único par de nervos 
cranianos (se só um par estiver alterado o nervo 
provavelmente está alterado fora do tronco 
encefálico) 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
 
 Sistema DINAMITE (VITAMIND) 
 Lesão vascular: pico de manifestação 
clínica no começo, depois as manifestações 
clínicas só diminuem ao longo do tempo 
 Lesão traumática: tem o pior momento no 
começo, depois diminuem 
 Lesão degenerativa ou neoplásica: 
começam com manifestações clínicas leves e 
pioram ao longo do tempo 
 Lesões congênitas: manifestações estáveis 
ao longo do tempo 
 
Regra n°10: A manifestação clínica é neurológica, 
mas o problema pode estar em muitos locais, por 
isso, não dê prognóstico sem fechar o diagnóstico 
 
 
COMO FECHAR O DIAGNÓSTICO? 
 
 Hemograma, bioquímicos, eletrólitos 
 RX, US encefálico/abdominal 
 TC, RM, líquor, líquido sinovial 
 Estimulação ACTH, supressão com dexa 
 Insulina / glicemia 
 TSH / T4 livre 
 Exame de urina 
 Eletromiografia Biópsia muscular

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