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UNIDADE II ESTÁGIO SUPERVISIONADO II PEDAGOGIA 2 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4 1 - ESTRUTURANDO O RELATÓRIO PARCIAL........................................................... 5 Projeto Político-Pedagógico ................................................................................................... 13 Planejamento anual da escola ................................................................................................ 14 Planejamento de Ensino .......................................................................................................... 15 3 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD ___________________________________________________________________________ __ Silva, Regina Tarcia. Estágio Supervisionado II - Pedagogia: Unidade 2 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2019. ___________________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 4 ESTÁGIO SUPERVISIONADO II PEDAGOGIA UNIDADE II PARA INÍCIO DE CONVERSA Olá meu querido (a) estudante! Como vai você? Vamos retomar as proposições da organização da disciplina Estágio Supervisionado II nas turmas dos anos Iniciais do Ensino Fundamental. Provavelmente, você já entrou em contato com a escola e entregou a documentação inicial: a entrega da carta de apresentação e o preenchimento da carta de aceite no ambiente virtual. Assim, o tutor junto com a equipe EAD está providenciando a feitura do Termo de Compromisso do Estágio, que após assinado deverá ser entregue uma via na escola, uma via para a instituição de ensino e a outra ficará com você. Também deve ter entregue na escola-campo a Carta de Agradecimento e orientação das atividades que você irá desenvolver. Caso ainda esteja com dúvidas, por favor, entre em contato com o tutor para maiores esclarecimentos. Vamos iniciar essa jornada? Mãos à obra! Muito êxito! ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA 1- ESTRUTURANDO O RELATÓRIO PARCIAL – nesse primeiro item são apresentados os itens que irão compor o seu relatório parcial. 2- A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS MUDANÇAS NAS ÁREAS DO CO- NHECIMENTO – apresenta-se as principais mudanças nos componentes curriculares a partir da homologação da BNCC. 3- A ANÁLISE DOCUMENTAL: UMA POSSIBILIDADE DE CONHECER A ESCOLA – lhe propomos roteiros para a análise de documentos da escola e também do livro didático utilizado numa das turmas do Ensino Médio na disciplina de Língua Portuguesa. Diante do exposto, este Guia II do Estágio Supervisionado II, pretende lhe conduzir para que você desenvolva as atividades de observação de forma tranquila e segura, como um verdadeiro professor (a) reflexivo. Assim, este guia está organizado em três seções, vamos ver? ??? 5 1 - ESTRUTURANDO O RELATÓRIO PARCIAL Está ansioso? Encorajado? Pode ficar tranquilo (a). Nesse guia, trabalharemos para lhe auxiliar na organização do seu relatório parcial, que corresponde a sua primeira nota. Para cada item proposto para o seu relatório parcial iremos orientar o que deve ser observado e registrado. Destacamos que você precisará de um caderno para registro de todos os itens, ou seja, de um diário de campo. O diário é um significativo mecanismo para que você, futuro docente, possa refletir sobre as suas estratégias de ensino-aprendizagem. Zabalza (1994) afirma que: “é uma forma de ‘distanciamento’ reflexivo que nos permite ver em perspectiva nosso modo particular de atuar. É além disso, uma forma de aprender” (ZABALZA, 2004, p.10). Logo, ao registrar através de variadas estratégias, o que vê, ouve, vivencia na escola, você pode posteriormente, refletir sobre a sua ação. VOCÊ SABIA? Você sabia que o diário almeja que você compile através, principalmente da escrita, tanto o que você analisou, quanto as suas percepções sobre o observado e o vivido em todas as situações que você terá a oportunidade de vivenciar? Pois é, nesse sentido, esperamos que você registre mais fatos positivos. Entretanto, é preciso alertá-lo que uma coisa é o planejamento da ação, outra coisa é a vivência da ação. Quando planejamos estamos no campo da hipótese, na vivência, é a vida real, com todos envolvidos. Então, calma!! Pode ser que alguma coisa não saia exatamente como o planejado. E tudo bem, faz parte. É aprendizado. Assim, utilize o seu diário e não perca a oportunidade de registrar as suas conquistas, medos, potencialidades, fragilidade, inquietações, também o dito e o não dito (porque o silêncio e a ausência também são reveladores de perspectivas teóricas). Dessa forma, ao longo de todo o estágio, você deverá organizar um caderno onde fará o registro dos conhecimentos adquiridos ao longo do estágio, articulando os roteiros dados e a BNCC (2018). A partir do diário de campo, você terá a possibilidade de retomar as experiências vividas e refletir sobre as suas ações, buscando novas aprendizagens. A narração dos fatos no diário permite que posteriormente possamos refletir sobre o porquê das ações, possibilitando que as práticas possam ser revistas e aprimoradas. É uma chance de você, nesse importante momento da sua formação, como estagiário/a, dialogar consigo, com o conhecimento que vem adquirindo ao longo da sua formação, sobre o planejado, o observado, o vivido e as teorias e políticas educacionais, de maneira especial a BNCC. Assim, você pode ao ler o diário, depois do momento na escola, repensar as vivências da sala de aula de forma crítica, se aprofundar sobre os objetos de aprendizagem, aprimorar a relação com os estudantes buscando estratégias que possam refinar a sua prática pedagógica. ??? 6 Conforme Zabalza (2004) “o diário é antes de tudo alguma coisa que alguém escreve de si para si mesmo: o que se conta tem sentido, sentido pleno, unicamente para aquele que é ao mesmo tempo autor e principal destinatário da narração” (2004, p.96). Nesse contexto, o diário só fará sentido para você. É um mecanismo que contribuirá para a sua formação. Dessa forma, a partir dos seus registros no diário de campo, o seu relatório parcial será composto pelos itens abaixo. É importante salientar que, nesse guia, forneceremos os roteiros para a análise documental. 1. INTRODUÇÃO - apresente na sua introdução a contextualização da escola. Para tal, utilize os dados do Formulário para a Caracterização da Instituição de Ensino Fundamental. • Histórico da Unidade Escolar – descreva qual a história da escola e como ela vem se organizando desde a sua inauguração. • Caracterização da comunidade em que a escola está inserida (relate aspectos relacionados ao nível social da comunidade em que a escola está inserida, aspectos culturais, particularidades do bairro ou da região, características da população que frequenta e reside nos arredores da escola). • Estrutura administrativa – detalhe os cargos e funções existentes na Instituição escolar e a forma de atuação de cada agente. Faça uma lista também dos professores da escola com suas respectivas titulações. Detalhe se o professor é efetivo, contratado ou estagiário também. • Descreva o ambiente físico – número de salas, estrutura física, laboratórios, biblioteca, quadra, pátio, área para o recreio, outros espaços. • Participação da comunidade na escola – relate as formas de participação da comunidade na escola (reuniões, órgãos colegiados). • Recursos tecnológicos – mapeie os recursos tecnológicos disponíveis na escola (datashow, lousa digital, computador, tablet, internet,entre outros) e as redes sociais (facebook, WhatsApp, blog, e-mail) utilizadas pela gestão e coordenação da escola para o processo de ensino-aprendizagem ou comunicação com a comunidade. • Descreva também como essas temáticas que são obrigatórias estão sendo trabalhadas na escola: Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997), Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/1999), Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto 7.037/2009), o decreto nº 7.611/2011, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 01/2004). Para isso, converse com a coordenação pedagógica ou com os professores. 2. A ANÁLISE DOCUMENTAL COMO POSSIBILIDADE DE REFLEXÃO DA IDENTIDADE DA ESCOLA-CAMPO – apresente os dados produzidos a partir da análise do Projeto Político-Pedagógico, do Planejamento anual da escola, do Planejamento de Ensino 2.1 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO - de acordo com o roteiro dado nesse guia e das questões propostas para análise, busque exemplos de textos, imagens, questões e apresente-as fazendo uma análise se a abordagem é positiva ou não, relacionando com a política vigente. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS - redija um texto que apresente as suas considerações sobre as primeiras impressões da escola. 4. REFERÊNCIAS - Apresente as referências consultadas para a produção do relatório parcial. 6. ANEXO – escaneie e junte ao relatório a ficha de frequência individual. 7 Será necessário ainda, acrescentar ao relatório os elementos pré-textuais (capa, sumário). Podemos continuar? Então vamos juntos. GUARDE ESSA IDEIA! Cada vez que você for à escola deverá registrar a sua frequência e carga horária na Ficha de Frequência Individual de Estágio Supervisionado. Nessa ficha deverá ser registrada a sua carga horária diária referente à sua observação da escola. No final dessa etapa, a ficha deverá apresentar um total de 30 horas. Data Hora de Entrada Hora de Saída Assinatura do (a) Aluno (a) Assinatura do (a) Professor Supervisor Data da observação/ : : Sua assinatura Assinatura do professor da escola Suas primeiras atividades na escola serão para cumprir a etapa de observação 30 horas. Para tal, se faz necessário o registro da carga horária na Ficha de Frequência Individual de Estágio Supervisionado. Antes mesmo de entrar na sala de aula, ou em paralelo a esse momento, você deverá fazer a análise documental. Meu caro (a), nos seus primeiros contatos você irá solicitar o Projeto Político- Pedagógico da escola, o Planejamento anual e o Planejamento de ensino do professor. Mas, antes vamos conversar sobre a Base Nacional Comum Curricular que deve alterar toda essa documentação da escola. 2- A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS MUDANÇAS NAS ÁREAS DO CONHECIMENTO A inserção dos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental ocorre num período em que os estudantes estão vivenciando importantes modificações no seu desenvolvimento, fato que incide na sua percepção e relação com o mundo e também com os outros. O que já pontuamos no Guia anterior. Nesse contexto, pensar o ensino para esses sujeitos significa considerar a vinculação entre essa fase e a Educação Infantil. Pontuar essa questão é de extrema necessidade, porque a organização do tempo e do espaço nos anos iniciais parece romper com as vivências da educação Infantil, situando a criança num universo que mais apresenta rupturas do que continuidade, o que traz para a criança grandes dificuldades de adaptação. 8 Assim, salientamos a importância de se atentar para as vivências lúdicas, tão comuns no cotidiano da Educação Infantil, que conduzem as crianças para significativos processos de aprendizagens, pois estabelecem através de brinquedos e brincadeiras, entre outras possibilidades de ser, estar, ler e conhecer o mundo. Então, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, os estudantes constroem variadas competências que lhes possibilitam a ampliação das suas formas de perceber, apreender e representar o mundo, experiências que os fortalecem para a apreensão do sistema de escrita alfabético-ortográfico, dos signos matemáticos, bem como, se confrontam como uma gama de situações que estão permeados por variados conceitos e habilidades que serão construídos através da observação, análise, síntese, comparação, experimentação e argumentações. Nesse cenário, é preciso também considerar, cada um desses estudantes como sujeito cultural que traz para a escola sua história, memória, seu pertencimento a determinado grupo, sua identidade cultural, socioeconômica, racial, de gênero, religiosa, cabendo a escola potencializar essas vivências no cotidiano escolar para que o estudante possa se sentir acolhido e valorizado. Para o favorecimento de um ambiente que estimule essas vivências, o currículo escolar precisa se organizar a partir das demandas das crianças, considerando seus anseios e curiosidades, para que com base nelas, se possibilite que cada criança amplie seu repertório cultural, agregando novos conhecimentos oriundos das variadas áreas do conhecimento. PALAVRAS DO PROFESSOR Vamos agora conhecer como o currículo ficou organizado em cada componente a partir da Base Nacional Comum Curricular!! A BNCC é um documento norteador do currículo. Logo, é muito significativo que você vá se apropriando dele nesse momento tão significativo da sua formação. LEITURA COMPLEMENTAR A BNCC está disponível no LINK . Nesse momento se detenha na parte referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, do primeiro ao quinto ano. A partir da BNCC (2018), nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, o componente de Língua Portuguesa ficou organizado em quatro eixos: Oralidade, Análise Linguística/ Semiótica, Leitura/Escuta, Produção de Textos. 9 No eixo de oralidade, dar-se maior ênfase ao conhecimento e ao uso da língua oral. No eixo de Análise Linguística/Semiótica trabalha-se com a análise das regularidades e do funcionamento da nossa língua. É importante salientar que a semiótica atenta para o estudo de textos em múltiplas linguagens, incluindo as digitais. O eixo Leitura/Escuta tem a perspectiva de estender o letramento, ampliando as estratégias de leitura de modo progressivo, e no eixo Produção de Textos também são incorporados de formal gradual diferentes gêneros textuais. No componente curricular de Língua Portuguesa, a BNCC não apresenta a abordagem que deve ser utilizada para o processo de alfabetização, mas salienta a apropriação do sistema de escrita alfabético como meta da organização pedagógica nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, a BNCC realça que a linguagem como uma atividade humana, logo possibilita a interação entre os indivíduos. Nesse cenário, a BNCC indica a importância de valorizar a função social dos textos, considerando a relevância de se trabalhar com textos reais. Meu caro (a), a BNCC evidencia ainda a importância de se alternar práticas pedagógicas que consideram as práticas sociais de leitura e escrita, com atividades que visem a apropriação do sistema de escrita alfabético. Há também uma outra mudança significativa que se refere a antecipação do processo de alfabetização que passa a ser concluído no segundo ano. O foco do terceiro ano passa a ser o trabalho com a ortografia. Outra importante questão no componente é a divisão em campos de atuação. Em Língua Portuguesa, nos anos iniciais eles são: vida cotidiana, artístico-literário, práticas de estudo e pesquisa e vida pública. As competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental são: 1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a comomeio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. 2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. 3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo. 4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos. 5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao (s) interlocutor (es) e ao gênero do discurso/gênero textual. 6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 10 7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores e ideologias. 8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.). 9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura. 10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para expan- dir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais (BNCC, 2018, p. 87). LEITURA COMPLEMENTAR Para saber mais sobre o processo de alfabetização no contexto da BNCC, acesse o LINK e conheça as novas proposições. Aluno (a), nos anos Iniciais do Ensino Fundamental em Matemática, com a BNCC diversos conteúdos foram reestruturados e outros foram acrescidos. As unidades nos anos iniciais do Ensino Fundamental estão organizadas em: Números, Geometria e Grandezas e Medidas e aparecem duas novas: Álgebra e Probabilidade e Estatística, bem como habilidades associadas as áreas de tecnologia e robótica incorporam o conteúdo. A BNCC evidencia no componente de Matemática que a ênfase está em o estudante pensar a partir dos dados recebidos, analisá-los para responder as questões dadas de forma ativa. Também observa-se que os objetos de conhecimentos são apresentados de maneira progressiva. Assim, um determinado conceito pode ser apresentado em vários anos com expectativas de aprendizagens mais complexas. A BNCC estabelece também que o estudante precisa compreender que a Matemática pode ser utilizada em diferentes contextos tanto dentro como fora da escola. LEITURA COMPLEMENTAR Quer saber mais sobre as mudanças em Matemática, acesse o LINK a e obtenha maiores esclarecimentos. Em Ciências, a BNCC aponta como principal objetivo do componente curricular proporcionar aos estudantes a familiaridade com os processos, práticas e procedimentos que visam a investigação científica, para 11 que dessa maneira, eles sejam capazes de atuar na sociedade. Ganha grande realce a perspectiva do letramento científico que almeja a aproximação do estudante com variados conhecimentos científicos, visando a compreensão, interpretação e formulação de ideias científicas. Ciências está organizado em três unidades temáticas: Matéria e Energia, Vida e Evolução e Terra e Universo. LEITURA COMPLEMENTAR Quer ter mais informações sobre o letramento científico. Acesse o LINK Em História, a BNCC enfatiza a importância do diálogo entre o passado e o presente. Nesse contexto, os estudantes devem ser incentivados a fazer questionamentos sobre o passado e o presente. A BNCC propõe ainda que os conhecimentos históricos sejam abordados através de cinco processos: identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise. A identificação refere-se ao procedimento de reconhecimento de uma determinada questão. A comparação tange o conhecimento do outro e a busca de similaridades e distanciamentos. A contextualização relaciona-se com a localização de tempos, períodos, momentos específicos, bem como lugares em que um certo fato histórico aconteceu, atribuindo a esses sentidos e significados. A interpretação remete a ação de olhar com criticidade o conteúdo, o fato histórico estudado. E, por fim, a análise reporta a problematização da escrita da história. São competências específicas de História para o ensino fundamental: 1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo. 2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os significados das lógicas de organização cronológica. 3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, a cooperação e o respeito. 4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. 5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as diferentes populações. 12 6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da produção historiográfica. 7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos ou estratos sociais (BNCC, 2018, p. 402). LEITURA COMPLEMENTAR Para saber mais sobre os objetivos de aprendizagem em História, acesse o LINK e aprenda mais sobre a BNCC. A partir da BNCC, a ênfase do componente curricular de Geografia são as questões do pensamento espacial e o raciocínio geográfico. O componente está organizado em cinco unidades temáticas: O sujeito e seu lugar no mundo; Conexões e escalas; Mundo do trabalho; Formas de representação e pensamento espacial; Natureza, ambientes e qualidade de vida. São competências específicas de Geografia no Ensino Fundamental: 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resoluçãode problemas que envolvam informações geográficas. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. 13 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários (BNCC, 2018, p. 366). LEITURA COMPLEMENTAR Para entender melhor as cinco unidades temáticas de Geografia, conecte-se com o LINK Agora, que você já se apropriou um pouco mais da BNCC, vamos lhe orientar na análise dos documentos que norteiam a prática pedagógica. 3- A ANÁLISE DOCUMENTAL: UMA POSSIBILIDADE DE CONHECER A ESCOLA Ao longo da sua observação em uma turma de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano, você utilizará variadas técnicas. Entre elas destacamos, nesse momento, a análise documental. Assim, destacamos algumas orientações para que você perceba como em cada momento da sua observação ela estará sendo utilizada. A análise documental tem como objeto de investigação o documento, ou seja, na escola ao analisar livros, diários de classe, atividades, você estará fazendo análise documental. É importante entender que documento não se restringe a textos escritos e/ou impressos, também se referem a filmes, vídeos, slides, as imagens, fotografias. Vamos aos documentos que você deve analisar: Projeto Político-Pedagógico É um documento que registra os objetivos que a escola deseja alcançar, as metas a serem cumpridas, bem como, as aspirações. Esses desejos e os meios para efetivá-los é o que dá concretude ao que denominamos de Projeto Político-Pedagógico. Dessa maneira, acesse o referido documento para conhecer a missão da escola, aspectos referentes à clientela, a relação da escola com a família, os recursos disponíveis, as diretrizes pedagógicas e o plano de ação. A partir dessa leitura, elabore uma análise crítica do mesmo, a partir dos seguintes pressupostos: • Como foi organizado o processo de construção? Aconteceram reuniões, seminários, enquetes? • Quais foram os segmentos que participaram? 14 • Como ele está organizado (detalhe as seções do documento)? • Quais as concepções de educação e de sujeito norteiam o documento? • Tem objetivos? Quais são? • Esses objetivos estão em andamento? • Esses objetivos estão sendo avaliados? • Com que periodicidade? • Que resultados já foram alcançados? • Que adequações serão propostas a partir da BNCC? A partir do levantamento e registro desses dados, apresente uma ação que poderia contribuir para a implementação do PPP. Se a escola ainda não tem Projeto Político Pedagógico, pesquise sobre a importância desse documento, bem como, modelos e estratégias para a sua composição e divulgue com os representantes de todos os segmentos da escola (equipe dirigente, professores, estudantes, famílias, funcionários). Coloque também esse conjunto de dados no seu relatório parcial. Planejamento anual da escola Solicite também o planejamento escolar, ou seja, o planejamento anual da escola. Ele está proposto como uma ação que visa à elaboração de estratégias para um ano letivo. Nele são propostos o que, para que, como, com que, e quando vivenciar na escola. Ele envolve o trabalho que antecede o início das aulas, assim como, o durante e o depois, dando dinamicidade ao exercício de formação da prática docente reflexiva. Em geral, este documento é organizado durante a Semana Pedagógica e tem a intenção de reunir diferentes atores, como gestores, coordenadores e corpo docente para a organização do planejamento dos 200 dias letivos. GUARDE ESSA IDEIA! Ao ter acesso a esse documento, analise como as ações do ano letivo estão propostas. Há articulação entre as propostas da escola e a realidade? Existem proposições interdisciplinares? Há momentos de formação de professores? De estudos com os professores? Esses estudos atentam para a BNCC? Há projetos? Quais? Como eles são propostos e vivenciados? Se houver algum projeto descreva sobre o que ele versa, os objetivos de aprendizagem, os componentes envolvidos, as ações propostas e produto final. Que elementos desse planejamento lhe chamou mais atenção? Registre para a composição do seu relatório parcial. 15 Planejamento de Ensino O planejamento de ensino é uma ação concreta que materializa as ações e situações de aprendizagens propostas pelos professores. Ele articula a interação entre educadores e educandos. Nesse sentido, é um processo de decisões que objetivam refletir sobre as atividades do professor e do estudante no processo de ensino-aprendizagem. O planejamento de ensino deve considerar que: Os objetivos específicos propostos e as habilidades devem ser organizados em consonância com os objetivos educacionais propostos; Os objetos de conhecimentos a serem trabalhados com os estudantes também devem atentar aos objetivos selecionados; Os procedimentos e recursos utilizados no processo de ensino-aprendizagem devem estimular, orientar e favorecer este processo; O processo avaliativo deve ser utilizado com função diagnóstica e para reorganizar o planejamento de ensino. O resultado desse planejamento é o plano de ensino! Assim, solicite o plano de ensino do professor da turma que você irá desenvolver o estágio e registre: Se ele organiza sua proposta de trabalho para o ano letivo, semestre ou bimestre; Já está em consonância com a BNCC; A maior ênfase dada no planejamento; As formas de avaliação utilizadas pelo professor. Por fim, faça um texto sobre essa questão também. Ele também deve ter no mínimo uma lauda. É importante atentar para a organização da BNCC já exposta no GUIA 1, identificando a organização do componente curricular em unidades, objetos de conhecimento e habilidades. Ao observar o plano de uma aula, descreva: Objetos de conhecimento (conteúdo): Os objetos de conhecimento são propostos de maneira interdisciplinar? Há trabalhos com projetos ou sequência didática? Estão articulados a cultura do estudante? Consideram as realidades sociais dos discentes? Suprem as necessidades e interesses dos discentes? Ajudam os educandos a desenvolver suas habilidades cognitivas? Contém informações sequencialmente organizadas? Auxiliam a compreender e a propor mudanças na realidade? Métodos de ensino: Quais os métodos utilizados para a vivência dos objetos de conhecimento? Há interação na hora da explanação do objeto de conhecimento? A explicação do objeto de conhecimento parte da realidade do estudante? Os alunos participam da exposição do objeto de conhecimento ou 16 apenas são expectadores? Há participação do alunado no processo de ensino-aprendizagem? Que tipo de participação? O professor utiliza estratégias para acessar os conhecimentos prévios dos alunos? Como? Como o professor exercita a construção do objeto de conhecimento? O professor é facilitador do processo? De que maneira ele facilita ou dificulta? Ele cria espaços de promoção da reflexão e análise crítica? Há atividades grupais que promovam a busca de soluções de maneira coletiva? Há atividades individuais? O professor estimula a leitura? Promove a educação ambiental? Promove o respeito à diversidade? Exemplifique situações que foram observadas. Relação professor-aluno: como a relação professor e aluno pode ser classificada? Como age o professor em caso de conflito? E frente às crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem? Como se dá o comportamentodos alunos durante a aula? Como o professor intervém quando o aluno manifesta suas dúvidas? O professor promove um clima de relacionamento pessoal autêntico? Como promove esse clima? Existe uma relação horizontal ou vertical professor/aluno? Como esta questão pode ser observada? O professor utiliza recursos metodológicos para que a aula ocorra num clima de tranquilidade e seja propiciadora de bom aprendizado? Recursos Materiais: Quais os instrumentos utilizados pelo professor para enriquecer a aula? Há livros, textos, folhas de exercício, instrumentos audiovisuais (vídeos, computadores, projetores de slide, Datashow, gravadores, micro system, etc.)? Por que usar tal instrumento? Os instrumentos facilitam e enriquecem o processo de aprendizagem? O que para você pareceu mais inovador? Avaliação: Quais os tipos de avaliação são utilizados pelo professor (diagnóstica, formativa, somativa)? Em quais momentos são realizadas as avaliações? Quais os instrumentos utilizados na avaliação? Livro didático: Ao analisar o livro didático de vários componentes observe como ele aborda as questões abaixo, busque exemplos de textos, imagens e atividades. Faça a leitura das normativas propostas para observação e analise as abordagens presentes nos livros didáticos. • Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) - Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997) - como a abordagem sobre a questão é apresentada? • Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/1999) - que temáticas são abordadas? Em que componentes? • Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) - há personagens idosos, dados estatísticos sobre esse grupo? Como a saúde desse grupo é apresentada? • O decreto nº 7.611/2011, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE)? Há imagens de pessoas com necessidades especiais nos livros? Como eles integram as questões apresentadas? • Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto 7.037/2009) - como as questões da diversidade e da diferença são abordadas? • Atendimento as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/ CP nº 01/2004) - há personagens negros/as? Eles são apresentados de maneira que valorizam essa população? Há história de heróis/heroínas negros/as? Histórias do Continente Africano? 17 GUARDE ESSA IDEIA! Pronto! Acabou uma etapa, da observação. Ainda terá a observação das aulas. Para concluir o seu relatório parcial da disciplina, acrescente a ele capa e sumário, bem como as referências e, se houver anexos acrescente também depois dos relatórios. Poste a atividade em arquivo único no ambiente. Capriche no seu relatório parcial da unidade. PARA RESUMIR Estamos encerrando o segundo guia da nossa disciplina “Estágio Supervisionado II – Anos Iniciais do Ensino Fundamental”. Vamos revisar alguns aspectos importantes que estudamos nessa unidade: • Cada um de acordo com a sua disponibilidade deverá cumprir essa carga horária de observação. • A cada observação, cada ida a escola, os estudantes deverão preencher a frequência individual de estágio supervisionado e solicitar a assinatura do professor da sala de aula. A ficha de acompanhamento está no ambiente e também no Guia 4. • No final das observações, vocês deverão solicitar o carimbo e a assinatura de alguém da equipe gestora da escola nas fichas de frequência individual de estágio supervisio- nado e postá-las no ambiente. • Registre em seu caderno (um caderno específico para os registros) as informações ob- servadas na sala de aula a partir do roteiro dado, mas sem se limitar a ele. • A partir do roteiro dado você deverá organizar o seu relatório parcial que corresponde a sua primeira nota. • Acrescente ao seu relatório parcial da disciplina, os elementos pré-textuais solicitados (capa e sumário), a conclusão da observação, as referências e se quiser anexos poste no ambiente. Sucesso!! Boas reflexões!! 18 PALAVRAS FINAIS Prezado (a) aluno(a), Quanta aprendizagem, hein? Já está pensando em como organizar as observações das aulas e as regências? Lembre-se que é muito importante contribuir para o espaço escolar em que você está fazendo a pesquisa e que o professor é um profissional em constante processo de aprendizagem. Então, a grande questão é: como eu posso contribuir pedagogicamente para essa turma e com essa professora que eu vou realizar o estágio? Suas observações certamente irão lhe ajudar a encontrar a resposta. Boa produção de relatório! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Brasília, Ministério da Educação, 2018. ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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