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Mapa Mental Estatuto do Desarmamento

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Material de Apoio | LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
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Lei n. 10.826/03 – Estatuto do Desarmamento 
Definições e Conceitos 
Os conceitos utilizados no estatuto do desarmamento são regulamentados em grande parte pelos decretos 
de n° 5123/04 e n° 3665/00. 
 
 
Alterações de Acordo com o pacote ANTI-CRIME 
As alterações foram voltadas ao endurecimento de penas e à criação de um novo crime. (todos assuntos 
exauridos ao longo de seus artigos mais abaixo). 
1. Elevação da pena do crime de comércio ilegal de arma de fogo (6 a 12 anos de reclusão e multa), 
além de criar uma figura equiparada: vender ou entregar arma de fogo irregular a agente policial 
disfarçado, quando houver provas suficientes da preexistência da conduta; 
2. Elevação da pena do crime de tráfico internacional de arma de fogo (6 a 12 anos de reclusão e multa); 
• Engenho primário ou secundário que suplementa um artigo principal para possibilitar ou 
melhorar o seu emprego;
ACESSÓRIO
• Artefato que, acoplado a uma arma, possibilita a melhoria do desempenho do atirador, a 
modificação de um efeito secundário do tiro ou a modificação do aspecto visual da arma;
ACESSÓRIO DE ARMA
• Arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos gases gerados pela 
combustão de um propelente confinado em uma câmara que, normalmente, está 
solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à combustão do 
propelente, além de direção e estabilidade ao projétil;
ARMA DE FOGO
• Arma cuja utilização é permitida a pessoas físicas em geral, bem como a pessoas 
jurídicas, de acordo com a legislação normativa do Exército;
ARMA DE USO PERMITIDO
• Arma que só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por algumas instituições de 
segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo 
Exército, de acordo com legislação específica;
ARMA DE USO RESTRITO
• Artefato completo, pronto para carregamento e disparo de uma arma, cujo efeito 
desejado pode ser: destruição, iluminação ou ocultamento do alvo; efeito moral sobre 
pessoal; exercício; manejo; outros efeitos especiais
MUNIÇÃO
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Material de Apoio | LEGISLAÇÃO ESPECIAL 
 
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3. Estabeleceu a reincidência específica como causa de aumento da pena de determinados crimes do 
Estatuto; 
4. Criação de uma qualificadora do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 
16): se a conduta envolver arma de fogo de uso proibido (como as armas dissimuladas com aparência 
de objetos inofensivos), a pena em abstrato passa a ser de 4 a 12 anos 
5. Perceberemos também ao longo de nossa apostila a introdução de algumas figuras consideradas de 
natureza hedionda (artigos 16, 17 e 18). 
6. Criação do Banco Nacional de Perfis Balísticos. 
 
Do Objetivo Jurídico da Lei 
Segurança/Incolumidade Pública. 
 
Sujeitos Ativo e Passivo da Lei de Armas 
Sujeito Ativo: Em regra comum 
Sujeito Passivo: Sociedade/Coletividade 
 
Competência 
Em regra, Justiça Estadual, salvo quando houver um interesse da União vinculado. (Exemplo – Bordo de uma 
aeronave, Tráfico Internacional de Armas, Em locais de interesse da União). 
 
Norma Penal em Branco 
Percebemos que a lei 10826/03 é uma norma penal em branco heterogênea, buscando suas definições em 
decretos regulamentadores (decreto 5123/04 e decreto 3665/00), por exemplo, nos artigos 10 e 11 do 
decreto 5123/04 traz a definição de arma de fogo de uso permitido e arma de fogo de uso restrito. Termos 
esses que utilizaremos mais a frente para tipificar corretamente os crimes em espécie dessa lei. 
 
Do Registro de Arma de Fogo 
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. 
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na forma do 
regulamento desta Lei. 
 
 
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Questão do Policial Aposentado 
O STJ em relação ao porte de armas para policiais aposentados, julgou o seguinte: 
O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis não se estende aos policiais aposentados. Isso 
porque, de acordo com o art. 33 do Decreto 5.123/2004, que regulamentou o art. 6º da Lei 10.826/2003, 
o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais por parte dos 
policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados. 
STJ. 5ª Turma. HC 267.058-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 4/12/2014 (Info 554). 
 
Veja trecho da ementa do julgado: 
De acordo com o artigo 33 do Decreto Federal 5.123/2004, que regulamentou o artigo 6º da Lei 
10.826/2003, o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais 
por parte dos policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados. 
 
Das Figuras Típicas 
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido 
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu 
local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
 
Conceito de Posse 
Posse consiste em manter a arma guardada no interior de sua residência ou dependência desta*, ou manter 
o proprietário ou responsável pelo estabelecimento a arma guardada no mesmo. Porte, pressupõe que o 
agente traga a arma fora de sua residência ou das dependências dela. 
 
Análise aos Núcleos do Tipo 
Possuir: Estar na posse, fruir a posse, desfrutar, ter em seu poder com ânimo de propriedade de arma de 
fogo, acessório ou munição. 
Manter sob guarda: Conservar a arma em seu poder e vigilância, em nome próprio. Não se confunde com 
ocultar (esconder) para dificultar sua localização. 
 
Da Aplicação do Princípio da Insignificância 
O STF decidiu de forma singular a aplicação deste princípio em hipótese de quantidade pequena de munição. 
 
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Elemento Normativo Indicativo de Ilicitude 
O termo “Em desacordo com determinação legal ou regulamentar” elenca o elemento normativo indicativo 
de ilicitude. A regulamentação vem por meio dos artigos 3° e 5° da lei 10826/03 e artigo 16 do decreto 
5123/04. 
Percebemos que o artigo 3° da lei 10826/03 trata do registro de arma de fogo e o § 2° do artigo 5° trata da 
renovação do registro, que deve ser de 3 em 3 anos. Como comentamos acima na primeira hipótese, em 
que for verificada uma arma de fogo sem nunca ter sido registrada caracterizará o crime do artigo 12. Já na 
renovação o STJ vem entendendo que não há configuração de crime tratando-se de mera infração 
administrativa, uma vez que o sujeito só não renovou o que não configuraria tipo penal. 
 
Norma Penal em Branco 
Esse tipo penal trata-se de uma norma penal em branco heterogênea, pois precisa de uma norma de menor 
hierarquia para definir o que seria arma de uso permitido. 
 
Abolitio Criminis 
 
 
Bem Jurídico Tutelado 
Segurança e a incolumidade Pública 
 
Sujeitos 
Ativo: Crime comum. 
Passivo: Coletividade 
 
Consumação e tentativa 
Para a corrente majoritária um crime de mera conduta, se consumando na manutenção da arma em casa ou 
nas dependências do estabelecimento ou empresa. Crime permanente, podendo haver prisão a qualquer 
tempo. Inadmissível a tentativa. 
1° período (publicação
da lei dez/03 a out/05),
prazo prorrogado
até dez/08 pela lei 
11706/08 (jun/08)
Lacuna entre as leis 
11.706/08 e 11.922 -
período entre 
31/12/08 a 14/04/09
2° Período -
Lei 11922/09 
(14/04/2009 a 
31/12/2009) 
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Objeto Material 
Arma de fogo, acessórios emunição. 
 
Do Crime de Omissão de Cautela 
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora 
de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: 
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Tipo Subjetivo 
Culpa - modalidade negligência - inobservância do dever de cuidado. 
 
Núcleo 
Deixar de observar – Crime omissivo próprio. 
 
Objeto Material 
Arma de fogo. 
 
Consumação e tentativa 
Crime instantâneo, consuma-se com o efetivo apoderamento da arma pelo inimputável. Sem o 
apoderamento da arma, não há crime. Tentativa é inadmissível. 
 
Sujeitos 
Sujeito Ativo: somente o possuidor ou proprietário 
Sujeito passivo: A sociedade ou o Estado, bem como a pessoa menor de 18 anos ou portadora de deficiência 
mental. 
 
Crime Equiparado 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança 
e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, 
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furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, 
nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. 
Análise ao tipo Penal 
Esse tipo só é punido na modalidade dolosa, quando o proprietário ou diretor responsável de empresa de 
segurança e transpor de valores não tomarem as providências (Registro de ocorrência + Comunicação a PF) 
no prazo de 24 horas (o controle de armas tem que ser diário). 
 
Sujeito Ativo: Somente os proprietários ou diretores responsáveis de empresas de segurança e de transporte 
de valores. 
 
Consumação e Tentativa 
Crime instantâneo, consuma-se com a omissão no decurso do prazo. 
Inadmissível a tentativa. 
 
Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido 
Crime misto alternativo, de conduta múltipla, temos 18 núcleos. Quando diversos núcleos são praticados 
dentro de um mesmo contexto fático caracterizará somente um crime. 
Esse tipo penal derroga o artigo 19, “caput”, da lei de contravenções penais, passando esse ter somente 
aplicação para armas brancas que necessitem de autorização. 
Portar: trazer a arma consigo sem a licença da autoridade. 
Deter: reter, conservar a arma em seu poder ou trazê-la consigo. 
Adquirir: obter a arma em desacordo com as normas legais, por meio de uma compra ou gratuitamente, 
com o ânimo de tornar-se dono; conseguir, alcançar, conquistar. 
Fornecer: entregar gratuita ou onerosamente, abastecer, prover, dar, ser fornecedor clandestino de armas. 
Receber: tomar ou entrar na posse, aceitar ou acolher arma de fogo. 
Ter em depósito: armazenar, ter um estoque de e conservar a arma em estoque. 
Ceder, ainda que gratuitamente: transferir a posse da arma para outra pessoa, sem qualquer ônus para 
esta, colocar à disposição. 
Transportar: conduzir a arma de um lugar para outro (sem a guia de tráfego). 
Emprestar: confiar a alguém gratuitamente o uso da arma, a qual será depois restituída ao seu possuidor; 
denota auxílio recíproco; se houver objetivo de lucro é aluguel (art. 17). 
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Remeter: expedir, enviar, encaminhar a arma de fogo. 
Empregar: fazer efetivo uso da arma 
Manter sob guarda: defender, preservar, proteger ou conservar a arma em local seguro, preservá-la, fora 
das situações previstas no art. 12. 
Ocultar - encobrir, disfarçar, dissimular, esconder a arma de fogo. 
 
Sujeitos 
Sujeito Ativo: Comum 
Sujeito Passivo: Estado/Coletividade 
 
Porte de mais de uma arma 
Arma de uso permitido + Arma de uso permitido = Quando em um mesmo contexto, não revela pluralidade 
de crimes (o número de armas serve apenas para circunstância judicial a ser considerada pelo magistrado 
na fixação da pena). 
Arma de uso permitido + Arma de uso restrito = STJ vem adotando concurso formal de crimes. 
 
Consumação e Tentativa 
Crime de mera conduta, o agente consuma o delito no momento em que realiza um dos verbos do tipo penal 
em questão. 
Tentativa: por se tratar de crime permanente, na maioria das condutas descritas, é inadmissível a forma 
tentada. Em tese, admite-se a tentativa nas condutas de fornecer, receber, emprestar, ceder, pois exigem a 
tradição da arma (instantâneos e materiais). 
 
Objeto material 
Arma de fogo, acessório ou munição - somente de uso permitido. 
 
Elemento normativo do tipo 
Contido na expressão "sem a autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar". 
Arma Desmuniciada: O crime de porte ilegal de arma, previsto no art. 14 da Lei n. 10.826/2003, é de perigo 
abstrato, sendo irrelevante para a configuração do tipo penal que esteja ou não municiado o artefato. (...) 
é indiferente para a consumação do delito a demonstração de que a arma estaria apta para efetuar disparos, 
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motivo pelo qual se torna inócua qualquer discussão acerca da validade do laudo pericial, desnecessário 
para a adequação. (STJ, 3ª Seção, AgRg no REsp 1316918/RS, DJe 01/02/2013) 
Arma Desmontada: Em voto proferido no HC n° 81.057, o relator, Ministro Sepúlveda Pertence, citou a 
questão da arma desmontada, entendendo-se que, se a operação de montagem puder ser feita com certa 
facilidade, dever-se-á reconhece-la como objeto idôneo à caracterização do crime em estudo. 
Arma quebrada, danificada e obsoleta: por ser objeto absolutamente impróprio, não caracterizam o crime. 
Arma Enferrujada: Não caracteriza o delito, por falta de potencialidade lesiva. 
Condutor que transporta arma com registro de uso permitido sem a guia de tráfico responde pelo artigo 14, 
mesma analogia para o transporte da arma municiada, uma vez que a guia de tráfego só autoriza o 
transporte de arma desmuniciada. 
 
Norma Penal em Branco heterogênea 
Depende de complementação de decreto regulamentador (decreto 5123/04). 
 
Da Aplicação do Princípio da Insignificância 
Os julgados recentes do STF não entende pela aplicação do princípio da insignificância. 
 
Concurso de Crimes 
Porte de arma + crime mais grave (desde que seja para unicamente a prática do delito) = Roubo + porte de 
arma, nesta hipótese só teremos o crime de roubo, aplicando o principio da consunção. 
Porte de arma + disparo em via pública = só configurará o crime do artigo 15. 
Porte de arma + crime menos grave = concurso formal de crimes (corrente majoritária). 
 
Disparo de Arma de Fogo 
 Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em 
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: 
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Consumação e Tentativa 
O crime se consuma no momento do disparo da arma de fogo. É admissível a tentativa, quando o disparo 
não for efetuado por motivo alheio a sua vontade. 
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Tipo Subjetivo 
O crime só é punido na modalidade dolosa. Não admitindo a modalidade culposa, logo, se alguém efetua 
disparo de forma culposa, por negligência, não configura crime. 
 
Sujeito do Crime 
Sujeito Ativo: Crime Comum. 
Sujeito Passivo: Coletividade/Sociedade. 
 
Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito 
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou 
munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação 
dada pela Lei nº13.964, de 2019) 
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. 
 
Análise do Tipo Objetivo 
As mesmas analogias feitas nos artigos 12 e 14 são válidas aqui, com a diferença que aqui o objeto material 
é a arma de fogo de uso restrito. 
 
Alteração do Pacote Anticrime: 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena 
é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019). 
 A mudança aqui foi referente ao desmembramento do tipo penal. Pois antes posse/porte de uso 
restrito/proibido eram tipificados todos no “caput” do artigo 16, sem qualquer diferenciação para ambas as 
condutas. Destarte o legislador não se atentou que a conduta de posse/porte de arma de fogo de uso 
proibido possui um maior potencial lesivo. Portanto, para diferenciar essas condutas o legislador 
desmembrou da seguinte forma: 
POSSE/PORTE DE ARMA DE FOGO DE 
USO RESTRITO 
POSSE/PORTE DE ARMA DE FOGO DE 
USO PROIBIDO 
Posse/porte de arma de fogo de uso 
restrito continua sendo previsto no artigo 
16, “caput” do Estatuto do 
Desarmamento. 
Posse/Porte de arma de fogo de uso 
proibido agora desmembrado do tipo 
penal, sendo agora prevista no § 2° do 
artigo 16. 
http://www.ronaldobandeira.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art9
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Pena continua sendo de reclusão, de 3 
(três) a 6 (seis) anos, e multa. 
Pena majorada para reclusão, de 4 
(quatro) a 12 (doze) anos. 
Da Natureza dos Crimes hediondos no Estatuto de Desarmamento de acordo com Pacote 
Anticrime: 
Atualmente vale observar que o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido é 
considerado de natureza hedionda de forma expressa no artigo 1°, parágrafo único, II. Vale instar que antes 
essa figura já constava anteriormente como crime hediondo previsão expressa no artigo 1°, parágrafo único 
da lei de crimes hediondos, entretanto, após desmembramento o legislador passa a incluir de forma 
expressa a posse/porte de arma de fogo de uso proibido. 
Perceba que atualmente o legislador, na lei de crimes hediondos, prevê expressamente somente a figura do 
crime de porte/posse de arma de fogo de uso proibido, logo como houve o desmembramento, 
recrudescimento da pena para essa figura e ainda por previsão expressa na letra da lei (artigo 1°, Parágrafo 
único, II, da lei de crimes hediondos), logo nosso entendimento é que somente será considerado de natureza 
hedionda a figura de posse/porte de arma de fogo de uso proibido, não se incluindo, portanto a de uso 
restrito como outrora. 
 
Comércio ilegal de arma de fogo 
Este tipo penal em questão possui 14 verbos, os quais estão ligados a atividade comercial ou industrial, não 
necessariamente de armas de fogo, bastando que o agente no exercício da atividade comercial, industrial, 
ainda que irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência ou prestação de serviços (na forma do 
parágrafo único), realize uma das condutas previstas em lei. 
É necessário para a configuração do delito em questão a prova da permanência da atividade comercial, 
industrial ou prestação de serviços, não podendo estar serem esporádicas, já que a lei exige que seja no 
exercício. 
Assim, violam este dispositivo, por exemplo, os responsáveis por empresas de segurança, transportadoras, 
comerciantes e industriais que adquirem armas, sem autorização ou em desacordo com a determinação 
legal ou regulamentar. 
 
Da Natureza dos Crimes hediondos no Estatuto de Desarmamento de acordo com Pacote 
Anticrime: 
Mais uma figura prevista expressamente após advento do pacote anticrime como crime de natureza 
hedionda. Atualmente, essa figura está expressa no artigo 1°, parágrafo único, inciso III, da lei de crimes 
hediondos. Ou seja, resumindo e concluindo, podemos afirmar que o tráfico internacional de arma de fogo 
é considerado hediondo. 
 
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Tráfico internacional de arma de fogo 
Na hipótese do objeto material ser simulacro – o agente que comercializa responde pelo crime de 
contrabando. Já o funcionário público que facilita, violando seu dever funcional, favorece a entrada e saída 
desses objetos responderá pelo crime do artigo 318 do CP. Tratando-se de arma de fogo o funcionário 
público incorrerá no artigo 18 desta lei, na modalidade “facilitar a entrada ou saída do território nacional, a 
qualquer título”. 
Não admite a aplicação do princípio da insignificância (tráfico internacional de munição). 
Este crime em comento trata de uma figura especial ao crime de contrabando. 
Existindo mais de uma arma (pluralidade de armas) continuamos na singularidade do crime, sendo essa 
pluralidade usada na fixação da pena posteriormente. 
Se a arma tratar de uso proibido aplicaremos o crime com aumento previsto no artigo 19, transcrito abaixo. 
 
Da Natureza dos Crimes hediondos no Estatuto de Desarmamento de acordo com Pacote 
Anticrime: 
Perceba que aqui o legislador também considera um crime de natureza hedionda, conforme previsão legal 
do artigo 1°, parágrafo único, IV da lei de crimes hediondos. 
 
Causas de Aumento de Pena 
Outra mudança após advento do pacote anticrime, no que tange a análise do artigo 20, II, incluído por sua 
vez pela lei 13964/19. Para fins legais, atualmente, a reincidência nos artigo 14, 15, 16, 17, 18 é considerada 
específica de acordo com a previsão legal. Entretanto, a reincidência poderá ser em qualquer um destes 
artigos profetizados no caput do artigo 20. 
 
Banco Nacional de Perfis Balísticos 
Com o objetivo de aperfeiçoar a apuração de crimes relacionados com o estatuto do desarmamento, 
concentrando informações sobre projeteis que auxiliarão numa futura investigação (subsidiar). Se você 
estudou LEP (Lei de execução penal) neste momento deve estar passando na sua cabecinha a pergunta: 
“então esse banco Nacional de perfis balísticos teriam a mesma finalidade da identificação do perfil genético 
previsto no artigo 9-A da LEP?”. A resposta é positiva podemos sim equipar e fazer uma analogia com este 
banco previsto na lei 7210/84. 
 
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