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131 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Unidade IV 7 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI (PARTE 1) Em nossa trajetória nos caminhos da gestão estratégica, já compreendemos o processo estratégico como um todo no ambiente corporativo. Agora, neste capítulo vamos transportar a ideia concebida anteriormente na organização para dentro da área de TI. Primeiro vamos apresentar os conceitos gerais que circundam o planejamento estratégico de TI. Abordaremos dois modelos de processo para planejamento estratégico de TI, bem como os seus componentes. Depois mencionaremos algumas ferramentas utilizadas no Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti). No último capítulo trataremos de um caminho próprio deste material textual para a construção do plano estratégico de TI. 7.1 Conceitos básicos de planejamento estratégico de TI 7.1.1 Desdobramentos da estratégia de negócio em estratégias de TI As organizações que desejam trabalhar com uma visão estratégica precisam desdobrar essa perspectiva para todas as áreas do ambiente corporativo. Ou seja, além de ter um plano estratégico para a empresa como um todo, é necessário construir e implementar planos estratégicos para a área de recursos humanos, de finanças, de TI, entre outras. Assim, pode-se entender Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti) como o processo de definição de objetivos, metas e ações com relação ao ambiente tecnológico que suportem o planejamento estratégico criado no seio da empresa. Os objetivos e as metas definidos no Peti devem ser de longo prazo e precisam estar intimamente ligados aos objetivos e às metas do planejamento estratégico da organização. Lembrete A visão estratégica sempre nos leva para uma perspectiva de longo prazo, não importa qual seja a área ou o negócio. 132 Unidade IV Segundo Fernandes e Abreu (2014), o Peti é uma das principais consequências do alinhamento estratégico e do processo de planejamento estratégico empresarial. Ele deve suportar as operações de negócio, fazendo com que a TI ofereça novas soluções, aplicativos e serviços que atendam às necessidades da corporação. Observação Antigamente o Peti era também conhecido como Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação. Essa visão derivava do fato de se perceber a área de TI apenas como uma área de sistemas. Assim, um Peti só pode ser iniciado quando ocorre o fim do processo de construção do plano estratégico da organização, ou seja, quando já se tem os objetivos e as estratégias do negócio. O momento em que ocorre a finalização do planejamento estratégico da empresa e o início do Peti é acompanhado pela direção e pela gestão de TI, que normalmente participam dos dois processos. A figura a seguir mostra o Peti dentro dessa realidade de desdobramento do planejamento empresarial. Estratégia corporativa Plano estratégico corporativo Plano estratégico de marketing Plano estratégico de operações Plano estratégico de vendas Plano estratégico de TI Processo de planejamento estratégico empresarial Figura 44 – Planejamento estratégico empresarial e o Peti Adaptada de: Fernandes e Abreu (2014, p. 52). O Peti resulta em um documento que contextualiza as atividades futuras de TI em função dos objetivos de negócio da empresa. Esse documento inclui: os princípios e os valores da TI; o desenho da arquitetura da TI; as necessidades de aplicações para o negócio; o portfólio de projetos e programas relacionados à TI; o portfólio de serviços de TI constantes em um catálogo; as inovações habilitadas por TI que agregam valor ao negócio; o portfólio de investimentos habilitados por TI; entre outros itens que constam do plano estratégico de TI. 133 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Lembrete Planejamento estratégico é um processo. Plano estratégico é um documento resultante do processo de planejamento estratégico. 7.1.2 Modelos de planejamento estratégico de TI Encontramos poucos modelos estruturados para a elaboração do plano estratégico de TI. Um deles é apresentado por Akabane (2012) e consiste em sete etapas distintas, mostradas na figura a seguir. Plano estratégico corporativo Plano de execução da estratégia nas unidades de negócio 1. Fase de lançamento 4. Construção do modelo do processo de negócio 2. Análise do ambiente interno da TI 3. Análise do ambiente externo da TI 5. Formulação do plano estratégico da TI 6. Desdobramento do plano estratégico da TI 7. Conclusão da fase Informações do ambiente interno da TI Informações do ambiente externo da TI Documento do plano estratégico da TI Plano de execução estratégico da TI Figura 45 – Fase da formulação do plano estratégico de TI Fonte: Akabane (2012, p. 127). 134 Unidade IV O quadro a seguir apresenta cada fase, sua respectiva descrição, seus resultados esperados e suas metodologias utilizadas. Quadro 31 – Descrição das fases da formação do plano estratégico da TI Fase Descrição Resultado Metodologia e ferramenta Fase de lançamento do plano Exame dos preparativos iniciais da fase, das questões estratégicas da área de TI, das premissas e restrições do projeto de informatização Estrutura de execução do projeto Propósitos e questões da estratégia de informatização Cobit PMBOK Análise do ambiente interno Levantamento das questões internas da TI, envolvendo recursos, processos e ferramentas Relatórios de análise dos processos, recursos e ferramentas atuais Cobit Análise SWOT Itil Análise do ambiente externo Levantamento das questões externas à área de TI e das tendências de TI Relatório de benchmark Relatórios de tendências em TI Restrições externas Benchmark Análise SWOT Construção do modelo do processo de negócio Construção do ambiente de TI com base no modelo de negócio e no modelo dos processos de negócio Resumo do processo de negócio Resumo do ambiente de TI BPM Itil Cobit Formulação do plano estratégico da TI Estabelecimento das metas de informatização com base no estágio de informatização da empresa e na análise das lacunas Plano estratégico de TI Cobit BSC Desdobramento do plano estratégico da TI Formulação das políticas de execução das fases seguintes com base no documento do plano estratégico da TI Políticas de TI BSC Conclusão da fase Obtenção de autorização para a execução do plano estratégico da TI Confirmação do documento de execução do plano estratégico da TI Fonte: Akabane (2012, p. 130). Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre o modelo proposto anteriormente, leia o capítulo 7 do livro indicado a seguir: AKABANE, G. K. Gestão estratégica da Tecnologia da Informação: conceitos, metodologias, planejamento e avaliações. São Paulo: Atlas, 2012. 135 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Outro modelo para a elaboração do plano estratégico de TI é apresentado por Fernandes e Abreu (2014). Trata-se de um processo bem mais completo e detalhado, abrangendo diversos domínios da área de TI. A figura a seguir traz este processo de Peti: Análise estratégica da organização Análise e definição das necessidades de negócio Plano de TI – Negócios Plano de TI – Internos Entendimento da dinâmica do negócio Análise e definição da arquitetura de TI Definição da arquitetura de processos de TI e organização Consolidação do portfólio preliminar de TI Definição da estratégia de sourcing Definição da estratégia de segurança da informação Definição do orçamento Priorização de investimentos Portfólio aprovado Análise do portfólio de TI atual Definição da estratégia de serviços Definição de objetivos e metas de TI Figura 46 – Processo de Peti Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 55). Antes de iniciar a elaboração do plano estratégico da TI é necessário determinar os princípios de TI. Segundo Weill e Ross (2006), os princípios de TI são um conjunto de declarações de alto nível sobre o papel da TI no negócio. Eles são uma ferramenta que ajuda a educar os executivos sobrea estratégia de tecnologia, sendo a partir deles que outras decisões fundamentais são tomadas dentro da TI, tais como: arquitetura da TI; infraestrutura da TI; investimentos em TI; necessidades de aplicações de negócios. 136 Unidade IV Observação Caso os princípios de TI já existam na organização, é importante revisitá-los, para que as resoluções do Peti sejam orientadas a partir deles. De posse dos princípios de TI, Fernandes e Abreu (2014) propõem uma estrutura para a elaboração de um Peti, contendo diversas fases. Vamos dividir, para fins didáticos, todo o processo em quatro fases. A primeira é composta das seguintes etapas: • Etapa 1: análise estratégica da organização. • Etapa 2: análise do portfólio de TI atual. • Etapa 3: entendimento da dinâmica do negócio. O processo de elaboração é iniciado com a etapa de análise estratégica da organização, para que os requisitos de negócio que impactam a TI sejam entendidos. Essa etapa abrange quatro tarefas: • Tarefa 1 (entendimento da estrutura do negócio): como o negócio está posicionado em relação às forças competitivas de Porter (poder de barganha dos fornecedores, poder de barganha dos clientes, ameaça de novos entrantes, ameaça de produtos substitutos e concorrentes). • Tarefa 2 (entendimento dos objetivos estratégicos do negócio): entender o foco e os objetivos estratégicos do negócio para desdobrá-los para a área de TI. • Tarefa 3 (entendimento dos fatores críticos de sucesso do negócio): entender os fatores em que a corporação precisa ter bons resultados. • Tarefa 4 (identificação dos requisitos para TI): a partir do foco, objetivos estratégicos e fatores críticos de sucesso, descobrir os requisitos de TI. Lembrete Os fatores críticos de sucesso representam um conjunto de elementos importantes e que cooperam para o êxito nas ações de uma empresa, de uma organização e até de um departamento. O quadro a seguir apresenta um mapeamento de impactos na TI a partir da descoberta de requisitos de negócio para TI alinhados às estratégias empresariais. Esse mapeamento pode e deve ser feito nesta fase. 137 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Quadro 32 – Estratégias de negócios e requisitos de TI Estratégia empresarial Requisito de negócio para TI Impacto em TI Enfoque TI deve apoiar a flexibilização dos processos relacionados a clientes, engenharia de produto, gestão de conhecimento (proprietário), relacionamento com fornecedores e integração dos processos de negócio Implementar arquitetura de aplicações e software, o que permite o rápido desenvolvimento de novos produtos Disponibilizar sistemas e software para engenharia de produto Implantar suporte automatizado a supply-chain Diferenciação TI deve apoiar a implantação de processos de engenharia, desenvolvimento e operação de serviços e produtos únicos, diferenciados, assim como processos robustos de relacionamento com clientes e uso de informações para desenvolvimento de novos produtos. A empresa necessita também ter uma plataforma flexível de produção para mudar rapidamente. O foco em novas tecnologias da TI recai sobre aquelas que vão criar novas oportunidades de negócio para a empresa Implantação de plataformas de desenvolvimento de produtos parametrizáveis Arquitetura de software componentizável CRM Custo TI deve garantir a integração de processos de negócio (desde o pedido até a entrega do produto e serviço) com o mínimo desperdício possível. O foco em novas soluções da TI recai sobre aquelas que vão reduzir custos para a empresa Implantação de sistemas integrados de gestão Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 66). Paralelamente à análise estratégica do negócio, trabalha-se a etapa de análise do portfólio de TI atual, permitindo tomada de decisões importantes sobre o que deve permanecer, ser cancelado, melhorado, suspenso, substituído ou incluído no ambiente de TI. Devem ser verificados alguns itens, tais como: • situação dos projetos de TI; • situação dos serviços de TI; • situação das inovações em TI; • backlog, ou seja, o que foi previsto e não foi realizado; • orçamento atual da TI; • melhorias requisitadas e que já foram registradas; • mudanças no portfólio no período que está sendo analisado. 138 Unidade IV A análise estratégica da organização e a análise do portfólio atual da TI fornecem subsídios para a etapa de entendimento da dinâmica do negócio e planejamento da capacidade da TI, de modo que qualquer mudança acontecida na corporação que gere uma eventual demanda para a TI seja completamente absorvida. Observação Compreender todo o dinamismo do negócio é fundamental para gerenciar de forma efetiva a demanda e a capacidade da TI. A figura a seguir apresenta uma relação entre a dinâmica de negócio e a demanda de serviços de TI. Processo de negócio Central de serviço Atividade do negócio Processo de negócio Plano de capacidade Pessoas envolvidas Solicitação de serviço Requisitos do processo Incidentes de serviço Figura 47 – Dinâmica do negócio × demanda de serviços Adaptada de: Fernandes e Abreu (2014, p. 68). A segunda fase da elaboração do plano adentra ainda mais em questões relacionadas à TI. Ela é formada pelas seguintes etapas: • Etapa 1: definição da estratégia de serviços. • Etapa 2: análise e definição das necessidades de negócios. • Etapa 3: definição de objetivos e metas de TI. A etapa definição da estratégia de serviços tem por base o entendimento da necessidade de negócio e a análise do portfólio atual de TI. É nessa etapa que definimos a oferta de serviços e o valor entregue por eles. 139 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Para encontrar e entender aquilo que gera valor para o cliente é necessário primeiro avaliar a satisfação dele em relação ao catálogo de serviços de TI, no intuito de identificar se há desalinhamentos entre as expectativas e o que foi efetivamente entregue. Havendo o desalinhamento ou um gap, a oferta de serviços tem que ser alinhada às expectativas do cliente, mesmo que isso implique o desenvolvimento de novos serviços. Caso não haja qualquer gap, novos requisitos de negócios são tratados e uma estratégia de melhoria na oferta de serviços tem que ser executada, lembrando que o cliente sempre se interessa por serviços que têm utilidade e garantia. A etapa análise e definição das necessidades de negócios direciona os entendimentos sobre novas aplicações de TI para os negócios, assim como sobre melhorias, reestruturações, substituições e descartes de soluções de TI utilizadas pela organização. A figura a seguir apresenta essa forma de análise. Portfólio de TI Análise de situação Requisitos da estratégia e/ou fatores críticos de sucesso Oportunidades estratégicas com a TI Planos funcionais Necessidades de melhoria Novas soluções Manutenção do legado Soluções a serem desativadas Soluções a serem melhoradas Figura 48 – Análise das necessidades de aplicações Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 83). A etapa definição de objetivos e metas de TI é responsável por gerar as metas e os objetivos específicos alinhados com o negócio para as estratégias de sourcing, de segurança da informação, de arquitetura, de infraestrutura, de relacionamentos, de processos, entre outras. A figura a seguir apresenta a relação entre esses objetivos e metas. 140 Unidade IV Objetivos do negócio Níveis de serviços Objetivos e metas da estratégia de TI Objetivos e metas para a arquitetura de aplicações Objetivos e metas para a arquitetura tecnológica Objetivos e metas de sourcing Objetivos e metas de segurança da informação Objetivos e metas de implantação e melhoria dos processos de TI Figura 49 – Relacionamento entre objetivos e metas Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 76). Na definição desses objetivos e metas podem ser utilizadas ferramentas do planejamento estratégico corporativo, como o BSC aplicado especificamente para a área de TI. Na terceira fase do processo de construçãodo plano, encontramos questões mais técnicas e específicas do ambiente de TI. As etapas que compõem essa fase são: • análise e definição da arquitetura de TI; • definição e estratégias de sourcing; • definição da arquitetura de processos de TI e organização; • definição da estratégia de segurança da informação. Na etapa análise e definição da arquitetura de TI são tratadas as arquiteturas das aplicações, da infraestrutura de TI, com vistas ao planejamento da mais adequada capacidade para atendimento da demanda gerada pelo negócio para a área de TI. Segundo Weill e Ross (2006, p. 32): A arquitetura de TI é a organização lógica dos dados, aplicações e infraestruturas, definida a partir de um conjunto de políticas, relacionamentos e opções técnicas adotadas para obter a padronização e a integração técnicas e de negócio desejadas. 141 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI A arquitetura de TI também é chamada de projeto estrutural da TI, apresentando plataformas de hardware e software que devem ser utilizadas, além de modelos e padrões diversos de TI. As principais questões que envolvem a arquitetura de TI como um passo que antecede a infraestrutura de TI são: confiabilidade, escalabilidade, desempenho e sustentabilidade. A figura a seguir traz um exemplo de arquitetura de TI definida e desenhada em um Peti. Relacionamento com clientes Produto A Produto B Produto C Produto N Relacionamento com fornecedores Relacionamento com a comunidade Outros Contratos Custos Pedido Crédito CobrançaDistribuiçãoFaturamento Administrativos Finanças Recursos humanos Bases de dados Portais corporativos Sistemas estratégicos Canais Back-office Logística Data marts Figura 50 – Exemplo de arquitetura de TI Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 88). A etapa definição e estratégias de sourcing trata das decisões sobre terceirização de TI. Nessas definições devem-se levar em consideração os seguintes fatores: complexidade da TI; velocidade com que ocorrem as mudanças tecnológicas; alto custo de uma TI completamente internalizada com mão de obra própria; transferência de riscos; imperatividade de maior atenção no negócio principal. 142 Unidade IV Na etapa definição da arquitetura de processos de TI e organização são revisitados e planejados os processos da operação dos serviços de TI, bem como sua organização. Na etapa definição da estratégia de segurança da informação são tratados os riscos que a TI representa para a continuidade dos negócios. Também é nesse item que os requisitos de compliance precisam ser analisados. A quarta fase do Peti abrange o cerne dos entregáveis desse processo. Essa fase é composta por quatro etapas: • consolidação do portfólio preliminar de TI; • definição do orçamento; • priorização de investimentos; • portfólio aprovado. A etapa de consolidação do portfólio preliminar de TI apresenta um resumo das informações de objetivos, metas, serviços, projetos, operações, aplicações, contemplando interdependências entre eles e mostrando como se dá as priorizações a partir de requisitos de negócios. O resultado das estimativas de investimentos em projetos, serviços e inovações de TI é verificado na etapa definição do orçamento, na qual são contemplados estudos sobre todas as despesas e custos. Na etapa priorização de investimentos, cada um dos projetos, serviços, aplicações são considerados e recebem uma determinada prioridade a depender da capacidade de investimento da corporação. A última etapa, não somente dessa fase, é chamada de portfólio aprovado. Nela encontramos um resumo geral de todas as implantações a serem feitas no período de vigência do Peti. Os objetivos desse portfólio são: • comunicar as prioridades de investimentos habilitados por TI; • mapear os riscos associados aos investimentos habilitados por TI; • eliminar redundâncias e otimizar iniciativas de TI; • ser o ponto de ligação entre a estratégia, os objetivos do negócio e as iniciativas habilitadas por TI. A figura a seguir apresenta um exemplo de portfólio de TI. 143 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Escritório do CIO Processos Sistemas Infraestrutura Suporte Segurança da informação Escritório do CIO Processos Sistemas Infraestrutura Suporte Segurança da informação Investimento Aplicações Infraestrutura Serviços Gestão Infraestrutura Fábrica Aplicações Infraestrutura Serviços Gestão Aplicações Funções de negócio Estratégico Aplicações Infraestrutura Serviços Gestão Serviços Obrigatório Aplicações Infraestrutura Serviços Gestão Gestão e processos Nova estratégia Portfólio existente Investimento Portfólio de infraestrutura Portfólio de desenvolvimento de infraestrutura Portfólio de aplicações Portfólio de desenvolvimento e aquisição de aplicações Portfólio de serviços Portfólio de desenvolvimento de serviços Portfólio de gestão e processos Portfólio de gestão e processos Portfólio da perspectiva funcional de TI Portfólio da perspectiva do negócio Figura 51 – Exemplo de portfólio de TI Fonte: Fernandes e Abreu (2014, p. 115). Todas as questões e problemáticas tratadas no Peti encontram-se traduzidas nas ações dos planos de TI, sendo um voltado exclusivamente para os negócios e outro para a própria área interna da TI. Esses planos podem e devem se subdividir em diversos outros, táticos, abrangendo planos específicos. Por exemplo: • plano de sistemas de informações; • plano de segurança da informação; • plano do automação de processos; • plano de infraestrutura de TI; • plano de capacitação de recursos humanos de TI. 144 Unidade IV Saiba mais Para conhecer um pouco mais o modelo de Peti de Fernandes e Abreu, sugerimos a leitura do capítulo 3 do livro indicado a seguir: FERNANDES, A. A.; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. 7.2 Ferramentas utilizadas na elaboração do plano estratégico de TI Diversas ferramentas podem e devem ser utilizadas na elaboração do Peti, inclusive algumas do planejamento estratégico da corporação podem ser aproveitadas e desdobradas para adaptação e uso na área da TI. Entre as ferramentas, cita-se: diagrama de maturidade; matriz de relacionamento para a TI; método AHP para tomada de decisão; BSC adaptado para uso na TI. 7.2.1 Diagrama de maturidade O diagrama de maturidade é uma ferramenta que pode ser utilizada para analisar a maturidade no uso da Tecnologia da Informação de cada área específica da corporação ou da empresa como um todo. A ideia é determinar em que nível de maturidade se está e qual nível deverá ser alcançado. No uso do diagrama de maturidade, Foina (2013) apresenta quatro estágios comuns na análise. São eles: • Estágio de contágio: a corporação ou área específica não enxerga a TI como uma solução para os seus problemas. O uso de ferramentas de TI é individualizado, redundante e sem qualquer integração de aplicativos e processos de negócios. • Estágio de controle: há a percepção de que é necessário organizar o uso da TI e o entendimento que as ferramentas tecnológicas podem ser utilizadas de modo mais estratégico, no entanto ainda não existe uma padronização e integração de sistemas. Nesse estágio criam-se os controles para a TI. • Estágio de integração: inicia-se o uso de sistemas integrados de gestão, e a TI já é utilizada para suportar vantagens competitivas do negócio. Aqui ocorre também a padronização de processos e o uso de sistemas de suporte à decisão, e a TI inicia um alinhamento com o negócio. • Estágio de e-business: o negócio e a TI estão estrategicamente alinhados. A TI, nesse caso, é a própria vantagem competitiva, mesmo que ela não seja o negócio. A internet é utilizada como meio para vendas, e os benefícios da ubiquidade da tecnologia são colhidos pela corporação. Após analisar o estágio atual da maturidade de cada um dos setores ou da empresa como um todo, determina-se o estágio desejado para o futuro e constrói-se o diagrama de maturidade, conformeobservado no quadro a seguir. 145 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Quadro 33 – Exemplo de diagrama de maturidade em TI Setores Estágio de contágio Estágio de controle Estágio de integração Estágio de e-business Área de produção Atual Futuro Área de vendas Atual Futuro Área de marketing Atual Futuro Área financeira Atual/Futuro Área de recursos humanos Atual Futuro Corporação Atual Futuro Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre o diagrama de maturidade, recomendamos a leitura do capítulo 4 do livro indicado a seguir: FOINA, P. R. Tecnologia da Informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas, 2013. 7.2.2 Matriz de relacionamentos para TI Assim como o planejamento estratégico empresarial utiliza a matriz de relacionamentos para analisar os relacionamentos com os seus parceiros, visando identificar os equilíbrios e os desequilíbrios existentes, também a TI pode usar a mesma ferramenta para examinar a sua relação com os seus prestadores de serviços ou terceirizados. A adaptação ocorre nos eixos vertical e horizontal, onde teremos uma ligação entre fornecedores e terceirizados (vertical) e a área de TI (horizontal), conforme visto na figura a seguir. I m po rt ân ci a at rib uí da p el os fo rn ec ed or es te rc ei riz ad os + – – Importância atribuída pela área de TI + Quadrante de oportunidades Fornecedor A Terceirizado B Quadrante de conveniência Quadrante de parcerias Quadrante de riscos Figura 52 – Matriz de relacionamento adaptada para TI 146 Unidade IV Quando os fornecedores e terceirizados são lançados no gráfico, se enquadram em um dos seguintes campos: • Oportunidades: são os relacionamentos mais importantes para a área de TI e necessitam ser preservados. • Parcerias: relacionamentos equilibrados, em que tanto a área de TI quanto o fornecedor ou terceirizado ganham; também conhecidos como relação ganha-ganha. • Conveniência: relacionamentos pouco importantes, mas que é necessário manter. • Riscos: relacionamentos de risco muito alto para a área de TI. 7.2.3 Métodos AHP para a tomada de decisão No processo do Peti é comum a tomada de decisões na qual a priorização de iniciativas habilitadas por TI precisa ser corretamente feita, sob pena de prejudicar todo o alinhamento estratégico entre TI e negócio. Segundo Kenneth Laudon e Jane Laudon (2013), um modelo racional de tomada de decisão preconiza quatro etapas: • Inteligência: consiste em descobrir e identificar os problemas. • Concepção: envolve a identificação e investigação das várias soluções. • Seleção: consiste em escolher a melhor solução. • Implementação: envolve fazer a alternativa escolhida funcionar e continuar monitorando o seu desempenho. O ideal é que nesse processo de escolha de alternativas sejam aplicados métodos e ferramentas que auxiliem a alta direção ou gerência. Observação O método AHP é muito utilizado nos meios acadêmicos para análise e decisão em pesquisas nas ciências exatas e sociais. Saaty (1990) propôs uma técnica de escolha baseada na lógica da comparação pareada, denominada Analytic Hierarchy Process (AHP). A aplicação do método consiste em organizar hierarquicamente problemas complexos, envolvendo vários critérios decisores, sendo um processo flexível que usa a lógica e ao mesmo tempo a intuição. 147 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Segundo Costa Neto (2007), diversas empresas no Brasil utilizam esse método para julgamento de licitações e planejamento estratégico, entre elas a Embratel. Os passos para a construção do modelo são os seguintes: • identificação e estruturação dos objetivos estratégicos; • estabelecimento de pesos e critérios de avaliação para os objetivos estratégicos, mensurando seu grau de importância e impactos; • agrupamento das alternativas e otimização das soluções; • alocação de recursos; • comunicação dos resultados. Saiba mais Para conhecer mais sobre o método AHP para tomada de decisão, leia o capítulo 10 do livro indicado a seguir: COSTA NETO, P. L. O. (coord.). Qualidade e competência nas decisões. São Paulo: Blucher, 2007. 8 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI (PARTE 2) Chegamos ao último capítulo da nossa jornada nas estratégias de TI. Tendo abordado toda a fundamentação teórica e prática do planejamento estratégico empresarial, além dos conceitos e modelos de planejamento estratégico de TI, apresentaremos um caminho próprio no nosso material textual para a construção das estratégias de TI. Neste capítulo, traremos um passo a passo para a construção e elaboração de um plano estratégico, semelhante àquele que descrevemos nos capítulos 5 e 6 para as organizações como um todo. A ideia é ser fiel nos desdobramentos das estratégias de negócios para dentro da área de TI. 8.1 Preparação para o Peti 8.1.1 Preparativos para o processo de planejamento estratégico de TI A sequência de tarefas que objetiva criar um plano estratégico específico para a área de TI só deve ser iniciada após a conclusão do processo que construiu o plano estratégico da organização como um todo. A justificativa reside na ideia de que o plano estratégico da organização é o principal balizador das estratégias de TI. 148 Unidade IV Observação Não há lógica em construir um plano estratégico de TI se não há um plano estratégico do negócio. Estratégias de TI partem das estratégias do negócio. Assim, de posse dos norteadores estratégicos do negócio, do posicionamento estratégico da organização e dos objetivos estratégicos estabelecidos, é possível começar a preparar o Peti. No entanto, é importante mencionar que o conteúdo do plano estratégico do negócio não é a única entrada (input) utilizada no delinear das estratégias de TI. É necessário também considerar outras questões, que receberão destaque mais adiante em nossa jornada. Lembrete Os norteadores estratégicos em um plano estratégico de uma organização são: negócio, missão, visão, valores e fatores-chave de sucesso. Todo o processo deve ser responsabilidade do diretor de TI ou daquele a quem for delegada a administração das Tecnologias da Informação da empresa. Dessa forma, esse líder deve exercer o papel de facilitador do Peti ou delegá-lo a outra pessoa, que pode ser inclusive de fora da área de TI. O mais importante é que o papel seja exercido por alguém que tenha conhecimento em estratégia e que trabalhe com independência e imparcialidade, uma vez que é de grande importância para a efetividade do processo. As etapas que compõem o Peti são: • Etapa 1: levantamento e preparação dos recursos. • Etapa 2: construção do plano estratégico da TI. • Etapa 3: controle e monitoramento da estratégia de TI. Um detalhe importante a ser considerado antes da construção do plano é o horizonte temporal do plano estratégico de TI, que deve seguir rigorosamente o horizonte temporal do plano estratégico de negócio. Por exemplo, se a organização definiu que o plano estratégico de negócio deve obrigatoriamente ser executado em 3 anos, o plano estratégico de TI também deve ser realizado em 3 anos. 8.1.2 Etapa 1 (levantamento e preparação dos recursos) O levantamento e a preparação dos recursos é a primeira etapa na construção do Peti. Nesse momento, o facilitador deve iniciar os seus trabalhos recebendo da alta direção todo o conteúdo que consta no plano estratégico da organização e começando um diálogo com os responsáveis da TI a fim de selecionar os participantes do Peti. 149 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Caso a área de TI tenha um corpo de colaboradores extremamente grande (por exemplo, em uma empresa de grande porte), deve-se tomar cuidado para não contemplar um número de participantes em excesso, que podem mais atrapalhar do que ajudar no processo. Para as empresas de médio e pequeno porte, são poucos os funcionários da área de TI e o ideal é que todos participem. Seja qual for o porte da empresa, é necessário que a seleção contemple os profissionais ligados à gestão, mas também especialistas técnicoscom considerável know-how. A presença de profissionais de TI que conhecem o negócio da empresa também é de suma importância e pretende contribuir com o alinhamento estratégico entre a TI e a organização. Observação Os colaboradores da TI que participaram da construção do plano estratégico do negócio devem participar do Peti. Tendo selecionado de forma adequada os participantes do Peti, o facilitador deve trabalhar na busca das informações internas da TI importantes para a efetividade do processo. Esse trabalho ocorre com a ajuda de profissionais-chave da TI, que conhecem bem a rotina diária do ambiente tecnológico. No rol de informações, devemos encontrar: • Estrutura organizacional da TI: detalhamento das estruturas de papéis e responsabilidades encontradas dentro da área da TI. • Serviços de TI: detalhamento dos serviços entregues pela TI, incluindo acordo de nível de serviço, catálogo, backlog de atendimento, entre outros. • Projetos de TI: relatório completo dos projetos de TI em andamento e do resultado dos projetos executados no último ano. • Arquitetura da TI: desenho completo da arquitetura de TI, incluindo aplicações, sistemas, redes, entre outros detalhes. • Infraestrutura de TI: detalhamento da infraestrutura atual da TI, incluindo recursos de hardware, software, banco de dados, redes de computadores, entre outros. • Fornecedores de TI: relatório completo de fornecedores e parceiros utilizados pela área de TI. • Orçamento da TI: detalhamento do budget previsto à área de TI para o longo prazo (horizonte temporal de execução do plano estratégico). O facilitador deve, ainda, juntamente com algum funcionário da TI que tenha bom trânsito nas áreas de negócios, colher informações externas à TI (porém internas à organização) igualmente importantes para a execução do Peti. A ideia aqui é se informar sobre: a dinâmica atual do negócio; as estruturas 150 Unidade IV de negócio; as percepções que o negócio tem acerca da área de TI; o conhecimento sobre o perfil de clientes atendidos pelo negócio; entre outras informações relevantes. Encerrando essa etapa, o facilitador delega para um participante uma pesquisa externa sobre tendências em TI e eventuais oportunidades externas à empresa e que mantêm relação com o ambiente tecnológico. O quadro a seguir apresenta um resumo com as informações que devem ser colhidas e precisam estar em poder do facilitador antes da construção do plano estratégico da TI. Quadro 34 – Resumo de informações prévias do Peti Informações Origem Responsável Conteúdo do plano estratégico de negócio Alta direção da empresa Facilitador Informações internas da TI Áreas internas da TI Facilitador, especialistas de TI e gestores de TI Informações do negócio Áreas de negócios Facilitador e profissionais de TI com trânsito nas áreas de negócio Tendências e oportunidades externas Ambiente externo à empresa Facilitador e profissionais de TI atentos às tendências de mercado 8.2 Construção, controle e monitoramento da estratégia de TI 8.2.1 Etapa 2 (construção do plano estratégico de TI) Diferentemente da construção do plano estratégico de negócio, o Peti não deve ser executado em dois ou três dias. Ele leva um pouco mais de tempo, chegando a durar quase um mês. As fases que compõem a construção do plano estratégico de TI são: • Fase 1: apresentação dos inputs do Peti. • Fase 2: definição dos princípios da TI. • Fase 3: diagnóstico estratégico da TI. • Fase 4: definições dos objetivos estratégicos da TI. • Fase 5: criação dos projetos estratégicos de TI. A primeira fase da etapa de construção do plano estratégico de TI consiste na apresentação dos seguintes dados: o conteúdo do plano estratégico de negócio; as informações internas da TI; as informações do negócio; as tendências e oportunidades externas. O objetivo principal dessa fase é trazer os participantes para o mesmo nível de conhecimento dos ambientes interno e externo da TI, bem como das considerações importantes contidas no plano estratégico do negócio. 151 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Observação Essa primeira fase ocorre em praticamente um dia inteiro de reuniões e explicações para todos os participantes, que levam como lição de casa estudar e conhecer mais acerca das informações apresentadas. A fase 2 consiste no estabelecimento dos princípios de TI. Eles são criados a partir dos norteadores estratégicos definidos no plano estratégico dos negócios e representam os direcionadores estratégicos para as ações de TI e outras decisões de TI que precisam ser tomadas (WEILL; ROSS, 2006). Segundo Weill e Ross (2006), as escolhas estratégicas relacionadas à TI são orientadas por esses princípios, que devem ser claros e não podem ser construídos em grandes quantidades. Por exemplo, a área de TI de uma empresa que adota como princípio “O uso de uma TI verde (sustentável)” sempre vai optar por escolhas que visem um menor consumo de energia. Para fazer outra exemplificação, poderíamos mencionar uma área de TI que tem por princípio “Comprar em vez de desenvolver”, que, por sua vez, sempre vai optar por contratar um software em vez de desenvolvê-lo. A construção desses princípios de TI é mediada pelo facilitador, que revisita junto com o grupo de participantes a missão, a visão e os valores da empresa. Esse trabalho colaborativo cria o conjunto de princípios de TI, que deverá estar diante de todos durante o tempo em que estiverem construindo o plano estratégico de TI. A fase 3 consiste em um diagnóstico estratégico da TI, no qual os participantes vão exaustivamente discutir e buscar as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças da organização. A ideia aqui é construir uma matriz SWOT para TI e relacionar cada item a um domínio específico interno da TI. Entre os domínios a serem considerados, podemos citar: recursos humanos da TI; serviços de TI; projetos de TI; arquitetura da TI; infraestrutura de TI; fornecedores de TI; segurança da informação; processos de TI; gestão da TI; aplicações de negócios. Outros domínios podem ser trabalhados, de acordo com a percepção da importância deles para a TI e a organização. Lembrete A análise SWOT é uma ferramenta que facilita o diagnóstico estratégico a partir da construção de uma matriz, na qual relacionamos aspectos internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças), além dos aspectos positivos (forças e oportunidades) e negativos (fraquezas e ameaças). A ideia de relacionar cada item da análise SWOT da TI a um domínio de TI é forçar uma reflexão sobre a importância de cada uma dessas perspectivas internas da TI na análise estratégica. Por exemplo, ao fazer a análise SWOT para TI em um Peti descobriu-se que uma das fraquezas é a “falta de uma 152 Unidade IV contingência no fornecimento de energia elétrica para o data center da empresa”. Essa fraqueza pode estar relacionada ao domínio infraestrutura de TI. Ainda na fase 3 é feita uma priorização dos itens da matriz SWOT da TI por meio da análise GUT, de forma semelhante àquela que foi executada no processo de planejamento estratégico do negócio. Lembrete A análise GUT consiste em uma análise estratégica considerando a gravidade, a urgência e a tendência em determinados fatores, contextos e aspectos. É interessante destacar que, como cada item da análise SWOT da TI está associado a um domínio, ao utilizar a análise GUT perceberemos os domínios mais prioritários. Observação Deve-se reservar um grande espaço de tempo para as discussões que cercam a análise SWOT e a análise GUT, a fim de alcançar alta qualidade no diagnóstico estratégico. Caso os participantes do Peti sejam em número relativamente grande, aconselha-se o processo de separação em grupos pequenos de trabalho com discussão prévia e logo após apresentação e discussão na assembleia, mediada pelo facilitador. A fase 4 consiste na definição dos objetivos estratégicos de TI, que deve se dar não só a partir dos itens da análise SWOT, mas também dosobjetivos estratégicos de negócio. Ou seja, ao observarmos um item da análise SWOT de TI e determinarmos um objetivo estratégico de TI, precisaremos encontrar um objetivo estratégico de negócio que esteja relacionado a ele. Para melhor exemplificar, tomemos a fraqueza “falta de uma contingência no fornecimento de energia elétrica para o data center da empresa”. A partir dessa fraqueza é possível estabelecermos o seguinte objetivo estratégico da TI: “promover a migração do data center para a nuvem”. Não há qualquer dúvida de que ao atingir esse objetivo não apresentaremos essa fraqueza. No entanto, se não há um objetivo estratégico de negócio que lastreie ou se relacione a um objetivo estratégico de TI, ele precisa ser descartado ou reformulado. Consideremos agora a mesma fraqueza (falta de uma contingência no fornecimento de energia elétrica para o data center da empresa), o mesmo objetivo estratégico de TI (promover a migração do data center para a nuvem) e a existência de um objetivo estratégico de negócio que se apresente como: maximização da transformação de Capex (capital expenditure) em Opex (operational expenditure). Assim, podemos afirmar que os objetivos estratégicos de TI e de negócio estão alinhados. 153 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Observação Gastos como Capex são associados a despesas e investimentos em bens de capital. Já os gastos Opex estão relacionados a despesas e investimentos em serviços de operação. A fase 5 consiste na construção dos projetos estratégicos de TI, de forma similar à construção feita no ambiente do planejamento estratégico da organização. Os projetos estratégicos devem conter: • Nome do projeto: deve remeter ao motivo da sua criação. • Gerente do projeto: responsável direto pelo sucesso do projeto. • Objetivo estratégico de TI: objetivo relacionado à área de TI que motivou o surgimento desse projeto. • Objetivo estratégico do negócio: objetivo criado na etapa de construção do plano estratégico do negócio e que está relacionado ao objetivo estratégico da TI. • Fatores relacionados na matriz SWOT: força, fraqueza, oportunidade ou ameaça que motivou o estabelecimento do objetivo estratégico. • Domínio: subárea de TI relacionada à força, fraqueza, oportunidade ou ameaça. • Descrição do escopo do projeto: descrição detalhada das atividades do projeto. • Equipe: participantes ativos na execução do projeto. • Descrição de custos e investimentos: descrição detalhada dos aspectos financeiros do projeto. • Indicadores: métricas que auxiliam a medir o desempenho do projeto. • Meta: quantificação do projeto estratégico estabelecido. • Cronograma: detalhamento dos marcos temporais do projeto. Ao final da elaboração, todos os projetos estratégicos de TI são submetidos à apreciação da alta direção, que poderá aprovar o projeto, reprová-lo ou solicitar alterações em quaisquer dos seus itens. 154 Unidade IV Exemplo de aplicação Considere uma empresa que você conhece e mapeie forças e fraquezas internas à área de TI. Depois, tente estabelecer objetivos estratégicos de TI. 8.2.2 Planos táticos O plano estratégico de TI, que é concebido em longo prazo, pode e deve ser desdobrado em planos de médio prazo. Esses planos são chamados de planos táticos. Segundo o IT Governance Institute (2007, p. 32): Um portfólio de planos táticos de TI tem que ser derivado do plano estratégico de TI. Esses planos táticos devem descrever quais são as iniciativas de TI requeridas, quais os recursos necessários e como o uso de recursos e os benefícios alcançados serão monitorados e administrados. Os planos táticos devem ser suficientemente detalhados de forma a permitir o desenvolvimento de planos de projetos. É necessário gerenciar ativamente o conjunto de planos e iniciativas táticas de TI através de análise do portfólio de projetos e serviços, contemplando o acompanhamento frequente de requisitos e recursos, comparando-os ao alcance de metas estratégicas e táticas e os benefícios esperados, e tomando-se as ações apropriadas em caso de desvios. De acordo com Foina (2013), os principais planos táticos que precisam ser produzidos na área de TI são: • Plano tático de informação: estão incluídas as ações adotadas para a implementação do fluxo eficaz e eficiente de informações na corporação – como elas serão coletadas, armazenadas e distribuídas. Também integram essa tática as ações relativas aos mecanismos de acesso à informação aos usuários finais. • Plano tático de sistemas de informação: esse é um dos principais planos táticos da área de TI. É nele que acontece a tradução dos objetivos estratégicos em iniciativas de desenvolvimento de sistemas. • Plano tático de tecnologia: esse plano é voltado para as questões de equipamentos e dispositivos e como eles suportarão os sistemas de informação, ou seja, é um plano tático exclusivo para hardware que suporta o plano tático de sistema de informação. • Plano tático de organização e recursos humanos: tem o objetivo de tratar questões de reorganização de setores da TI, de treinamento e capacitação dos profissionais de TI, de retenção de talentos e quaisquer outras questões relativas a recursos humanos dentro da área de TI. 155 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI • Plano tático de segurança da informação e dos riscos: as ações desse plano podem estar segmentadas nos outros planos táticos, mas também podem estar separadas num plano específico. O plano trata das iniciativas voltadas para o estabelecimento de políticas de segurança da informação e de gestão do risco da TI. Esses planos devem ser executados de modo integrado, suportando-se mutuamente para o atendimento da estratégia da TI e, por fim, da corporação. 8.2.3 Etapa 3 (controle e monitoramento da estratégia de TI) Trabalhar um processo de planejamento estratégico de TI com os seus desdobramentos em planejamentos táticos, usando todas as metodologias e ferramentas mencionadas, não é algo fácil. O resultado dos esforços é um plano estratégico de TI com os seus planos táticos. Isso por si só já é sinal de sucesso na busca pelo sonhado alinhamento estratégico entre TI e negócio. No entanto, embora se pense que o trabalho está encerrado, uma nova etapa se inicia: o controle e monitoramento da estratégia de TI. É nessa etapa que os planos são acompanhados, controlados e medidos, e os indicadores são continuamente revisitados, assim como os objetivos e as metas que foram anteriormente planejados. O papel desempenhado pela função de controle e monitoramento é comparar as situações alcançadas e as previstas, e providenciar ajustes no plano ou até novos planos de ações. A figura a seguir apresenta um fluxograma básico de controle e monitoramento da estratégia de TI. Início do processo Coleta de indicadores de desempenho Plano de ação para melhoria do indicador Problema corrigido Fim do processo Reformular metas previstas Comparação realizado × previsto Alterar meta prevista? Há desvios? Sim Sim Sim Não Não Figura 53 – Controle e monitoramento da estratégia de TI O desempenho do plano estratégico de TI pode ser medido de acordo com dois tipos de métricas: • Métricas de desempenho para a TI: demonstram o desempenho dos processos, das operações e dos projetos de TI, bem como os seus níveis de serviço. 156 Unidade IV • Métricas de desempenho para o negócio: demonstram os impactos dos resultados da TI no valor entregue ao negócio. As métricas de desempenho fornecem subsídios para a melhoria nos processos e serviços, assim como sinalizam a proximidade ou distância dos resultados esperados e traçados no plano. Sob outra perspectiva, essas métricas podem ajudar a identificar por que ocorreram desvios do realizado em relação ao planejado, além de gerar ações proativas no intuito de mitigar riscos que podem ser produzidos para os negócios. Fernandes e Abreu (2014) acreditam que a boa gestão de desempenho deve ser executada através do desenvolvimento de um sistema que considere: • um processode medição e análise; • um método para a criação de indicadores; • um projeto para sua implantação; • comunicação eficiente; • ética no trato com os resultados. O BSC é uma ferramenta que pode ser utilizada na gestão de indicadores e métricas que foram anteriormente associados aos objetivos estratégicos. É justamente o mapa estratégico do BSC, o qual tem uma porção trazida no quadro a seguir, que pode ser empregado para acompanhamento dos planos estratégico e tático. Para cada objetivo estratégico podem ser determinados indicadores de resultados com os seus indicadores de desempenho, sempre sinalizando que um indicador de desempenho aponta uma tendência para o resultado. Quadro 35 – Metas de resultado e desempenho de um objetivo estratégico em um BSC Objetivo estratégico Iniciativa Meta de resultado Meta de desempenho Atender aos usuários de acordo com o nível de serviço acordado Implantar novo sistema de gestão de chamados técnicos 95% dos usuários com os seus chamados sendo tratados pelo sistema de gestão de chamados técnicos até o final do ano 95% dos usuários com os seus chamados sendo tratados pelo sistema de gestão de chamados técnicos até o final do primeiro semestre Capacitar técnicos de campo que atendem ao usuário 100% de técnicos capacitados até o final do ano 60% de técnicos capacitados até o final do primeiro semestre Implantar boas práticas do framework Itil 70% dos processos do Itil implantados até o final do ano 50% dos processos do Itil implantados até o final do primeiro semestre 157 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Qualquer métrica que expresse resultado para o negócio tem que ser atrelada à entrega de valor da TI para o negócio. Segundo o IT Governance Institute (2007, p. 8): Entrega de valor é uma das áreas de foco da governança de TI que expressa a execução da proposta de valor de TI através do ciclo de entrega, garantindo que TI entregue os prometidos benefícios previstos na estratégia da organização, concentrando-se em otimizar custos e prover o valor intrínseco de TI. O valor de TI para o negócio é percebido em diversos casos, entre eles: • aplicações e sistemas demonstram disponibilidade; • aplicações e sistemas estão de acordo com as necessidades do negócio; • projetos e serviços de TI com qualidade, entregues no prazo e dentro do escopo; • inovações são oferecidas pela área de TI. As principais funções do controle e do monitoramento da estratégia de TI são: • identificar problemas que se transformam em desvios do planejado, com o propósito de corrigir erros, evitando reincidências; • fazer com que os resultados obtidos estejam em conformidade com os resultados esperados; • averiguar se as estratégias e políticas estão proporcionando os resultados esperados; • entregar informações gerenciais periódicas para rápidas intervenções no plano. Para que o controle e a avaliação sejam eficazes e eficientes é necessário que o tipo de informação colhido e interpretado através dos indicadores contemple alguns aspectos, como: tipo da informação; frequência das informações; qualidade das informações; fontes das informações. 158 Unidade IV Resumo Nesta unidade tivemos como foco a construção do plano estratégico de TI. Iniciamos o capítulo 7 trabalhando conceitos básicos de planejamento estratégico de TI e dois modelos utilizados para o delineamento da estratégia de TI. Abordamos, ainda, o planejamento estratégico da TI como uma das principais consequências do alinhamento estratégico e do processo de planejamento estratégico empresarial. Comentamos também que ele deve suportar as operações de negócio, fazendo com que a TI ofereça novas soluções, aplicativos e serviços que atendam às necessidades da corporação. No capítulo 8, apresentamos uma proposta de execução do processo de planejamento estratégico de TI dividida em três etapas distintas: levantamento e preparação dos recursos; construção do plano estratégico da TI; controle e monitoramento da estratégia de TI. Na primeira etapa discorremos sobre a importância do trabalho do facilitador e do levantamento de informações cruciais para a construção do plano estratégico de TI. Na segunda etapa exploramos o processo de construção do plano em cinco fases: apresentação dos inputs do Peti; definição dos princípios da TI; diagnóstico estratégico da TI; definições dos objetivos estratégicos da TI; criação dos projetos estratégicos de TI. Finalizamos esta unidade do nosso material textual abordando a necessidade de controle e monitoramento do plano estratégico de TI, de forma a entregar o valor desejado pelas áreas de negócio. 159 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Exercícios Questão 1. Leia o texto a seguir: O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti) tem por objetivo assegurar que as metas e os objetivos da Tecnologia da Informação (TI) estejam fortemente vinculados às metas e aos objetivos do negócio e da estratégia da instituição e, portanto, alinhado com seu planejamento estratégico. Trata-se de um processo dinâmico e iterativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente os sistemas de informação e a infraestrutura de TI. O Peti estabelece metas para o futuro que visam dar suporte a decisões e organizar prioritariamente as atividades necessárias para a execução do planejamento institucional. É lastreado nos objetivos estratégicos, visando organizar e planejar os projetos, as ações e os serviços, de maneira a potencializar sua contribuição para o uso eficiente dos recursos em prol da sociedade. Adaptado de: https://cutt.ly/4TExe8t. Acesso em: 18 nov. 2021. Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I – O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti) é um processo contínuo, dinâmico e iterativo que dissocia os sistemas de informação e a infraestrutura de TI de uma organização. porque II – O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti) define objetivos que oferecem apoio e subsídios aos processos decisórios e auxiliam no estabelecimento das ações que viabilizam a realização da missão da organização. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I. B) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I. C) A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. D) A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. E) As asserções I e II são falsas. Resposta correta: alternativa D. 160 Unidade IV Análise das asserções I – Asserção falsa. Justificativa: segundo o texto, “o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti) tem por objetivo assegurar que as metas e os objetivos da Tecnologia da Informação (TI) estejam fortemente vinculados às metas e aos objetivos do negócio e da estratégia da instituição e, portanto, alinhado com seu planejamento estratégico”. Além disso, “trata-se de um processo dinâmico e iterativo para estruturar estratégica, tática e operacionalmente os sistemas de informação e a infraestrutura de TI”. II – Asserção verdadeira. Justificativa: segundo o texto, “o Peti estabelece metas para o futuro que visam dar suporte a decisões e organizar prioritariamente as atividades necessárias para a execução do planejamento institucional”. Questão 2. Leia o texto a seguir: O mapa estratégico de TI constitui uma representação gráfica do conjunto de objetivos a serem alcançados e visa facilitar o entendimento da estratégia, garantir coerência e colaborar com todo o processo de comunicação, divulgação e apresentação dos objetivos que devem ser cumpridos para o alcance da visão de futuro e para a realização da missão. Para a construção dos objetivos estratégicos de TI alinhados ao mapa estratégico institucional, podemos empregar o método information technology balanced scorecard (IT-BSC), com base nas perspectivas que se interligam e formam uma relação de causa e efeito. Isso possibilita a adoçãode ações coordenadas para viabilizar as iniciativas estratégicas de TI. 3 1 2IT-BSC4 Legenda 1 – Orientação ao usuário: baseada na forma como os usuários veem o departamento de TI. 2 – Orientação operacional: baseada no quão eficientes e eficazes são os processos de TI. 3 – Orientação futura: baseada no quanto a TI está preparada para atender às necessidades futuras. 4 – Contribuição corporativa: baseada em como as áreas de negócio (clientes) veem a área de TI. Figura 54 – Information technology balanced scorecard Adaptado de: https://cutt.ly/4TEnPgD. Acesso em: 18 nov. 2021. 161 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TI Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I – O método conhecido como information technology balanced scorecard (IT-BSC) indica ações que, se adequadamente encadeadas e coordenadas, possibilitam a efetivação das estratégias de TI da organização. porque II – Os processos operacionais de TI adotados por uma organização têm independência e supremacia sobre as questões estratégicas a serem implementadas. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I. B) As asserções I e II são verdadeiras, e a II não justifica a I. C) A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. D) A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. E) As asserções I e II são falsas. Resposta correta: alternativa C. Análise das asserções I – Asserção verdadeira. Justificativa: segundo o texto, “para a construção dos objetivos estratégicos de TI alinhados ao mapa estratégico institucional, podemos empregar o método information technology balanced scorecard (IT-BSC), com base nas perspectivas que se interligam e formam uma relação de causa e efeito”. Além disso, “isso possibilita a adoção de ações coordenadas para viabilizar as iniciativas estratégicas de TI”. II – Asserção falsa. Justificativa: os processos operacionais de TI adotados por uma organização devem ser coerentes com as questões estratégicas a serem implementadas. 162 REFERÊNCIAS Textuais ABDALLA, M. M.; CONEJERO, M. A.; OLIVEIRA, M. A. Administração estratégica: da teoria à prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 2019. ABNT. ABNT NBR ISO/IEC 38500: Tecnologia da Informação: governança da TI para a organização. Rio de Janeiro: ABNT, 2018. AKABANE, G. K. Gestão estratégica da Tecnologia da Informação: conceitos, metodologias, planejamento e avaliações. São Paulo: Atlas, 2012. 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