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Cássia Mendes Ataide - UFMS Assistência ao trabalho de parto Obstetrícia deriva do verbo latino obstare, que significa “ficar ao lado” ou “em face de” O parto deve ser realizado pela própria parturiente, sob a orientação do obstetra e qualquer desvio de normalidade deve ser diagnosticado e tratado pelo profissional assistente A assistência humanizada veio com objetivo de diminuir a morbimortalidade materna e neonatal. Ela se dá através da capacitação e reciclagem constante dos profissionais, de hospitais preparados para receber as gestantes e seus familiares, da empatia médico- paciente e de uma relação de confiança, além da tomada de condutas quando for identificado alguma anormalidade Violência obstétrica: apropriação do corpo e do processo reprodutivo da mulher por profissional de saúde, que é expressa por tratamento desumano, abuso de medicação e conversão de um processo natural em patológico, com perda de autonomia e da liberdade de decidir de forma libre sobre seu corpo e sexualidade, levando a um impacto negativo na sua qualidade de vida DIRETRIZES DO PARTO HUMANIZADO Valorizar o protagonismo da mulher Reduzir as altas taxas de intervenções desnecessárias no parto e padronizar as práticas mais utilizadas Orientações a profissionais de saúde a mais informações às gestantes Compreender o parto como um momento fundamental e único entre mãe e filho Mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dos locais de parto ✓ Maternidade, centro de parto normal e domicílio Vinculação ao local do parto e visita à maternidade → Lei 11.634/2007 Acolhimento e classificação de risco em todas as maternidades O parto de baixo risco pode ser realizado pelo médico obstetra, enfermeira obstetra e obstetriz (a inclusão das últimas duas apresenta vantagens na redução de intervenções e maior satisfação das mulheres) Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações e serem incluídas na tomada de decião ✓ Elaboração e discussão do Plano de Parto entre a mulher e a equipe da maternidade/pré-natal Profissionais devem estabelecer uma relação com a mulher e perguntar sobre seus desejos e expectativas Todas as gestantes no parto devem ter apoio contínuo e individualizado, incluindo pessoa que não seja membro na maternidade As mulheres devem ter acompanhantes de sua escolha durante o parto (Lei 11.108/2005), além da presença de doulas (parteiras com curso sobre parto humanizado) Desvantagem: as vezes tentam muito e não pensam na possibilidade de não dar certo → quando pede ajuda, é tarde (situação de parto fora de maternidade) Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e ter dieta leve ✓ O jejum não é obrigatório Paciente pode comer depois de entrar em trabalho de parto (TP) → a restrição de ingesta de líquidos e alimentos durante o TP não garante menor conteúdo estomacal e, além disso, pode trazer malefícios para o binômio mãe-feto Há risco de aspiração relacionado ao risco de anestesia geral → risco mínimo no parto de baixo risco - Em situações de anestesia geral, perde-se a contração do esfíncter esofágico e o alimento retorna; com a raque, é quase zero a chance, visto que ela anestesia da cintura para baixo (alguns casos ela pode “subir” e gerar esse problema) Soro não se coloca em pacientes que irão ter um trabalho de parto tranquilo e normal, apenas em situações que precisam ser corrigidas As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições diferentes da deitada Escolher a posição mais confortável: cócoras, de lado, em pé, quatro apoios, ajoelhada... Métodos não farmacológicos de alívio à dor devem ser oferecidos à mulher antes da utilização de fármacos Cássia Mendes Ataide - UFMS ✓ Banhos quentes, massagens, técnicas de relaxamento Sempre que necessário, a analgesia deve ser ofertada Alívio da dor sem perder os movimentos - continua tendo noção da contração Pode ser instaurada a partir de 5 cm de dilatação Desvantagem: sem dor, não há tanta força (no momento final do trabalho, por exemplo) → pode ocorrer distocias Garantir o contato pele a pele imediado da mãe e do bebe após o nascimento e estímulo à amamentação Reconhecer que é um momento sensível para a mulher e seus acompanhantes, assim, deve-se assegurar que a assistência e qualquer intervenção seja baseada na mínima separação entre mãe e filho Restrição às intervenções: Episiotomia: corte no períneo Aceleração do parto Fórceps: uso de instrumento para retirada do bebê Enema: lavagem intestinal Tricotomina pubiana e perineal: lavagem dos pelos Amniotomia precoce (rompimento da bolsa) nas mulheres que estão progredindo bem Corte precoce do cordão umbilical → aguardar de 1-5 minutos ou até cessar a pulsação Aspiração de secreções do recém-nascido saudável PARTO NORMAL É ESSENCIAL PARA A SAÚDE DA MULHER E DO BEBÊ É um fenômeno neuroendócrino - As endorfinas aliviam a dor e as catecolaminas têm importância no amadurecimento pulmonar do bebê e na sua transição para a vida extrauterina Ativa a imunidade do bebê e fortalece seu organismo Menor risco de infeção, hemorragia e acidentes anestésicos no parto Relaciona-se com menor risco de prematuridade, baixo peso, internação em UTI e desenvolvimento de problemas respiratórios A recuperação é mais rápida, com maior facilidade na amamentação e reduz o risco de uma futura gestação TRABALHO DE PARTO Processo através do qual um útero gravídico, por meio da atividade contrátil, expulsa o feto com idade gestacional maior ou igual a 20 semanas e/ou peso maior ou igual a 500g e/ou tamanho igual ou maior que 25cm ✓ Pré-termo: 20-36 semanas ✓ Termo: 37-41 semanas e 6 dias ✓ Pós-termo: 42 semanas Antes ou contrário a isso: aborto Média de gestação: 40s/280d EVENTOS QUE ANTECEDEM O TP Formação da bolsa das águas: facilita a força de pressão causada pela contração uterina, distribuindo de maneira uniforma as contrações, sendo o colo dilatado por igual Modificação da posição do colo: a ação das contrações uterinas leva o colo à posição anterior, facilitando o eixo do trajeto a ser percorrido pelo feto Ao final da gestação, quando há redução da progesterona, inicia-se a liberação de ocitocina, que desencadeará o TP. Passam a ser formadas correntes elétricas na musculatura uterina, que estimulam a contração - Contrações de Braxton-Hicks: não são suficientes, não faz com que o colo dilate → são contrações em focos separados no útero Formação do tríplice gradiente descendente: origem das contrações uterinas em um dos cornos uterinos (marcapasso) dirige ao corno contralateral posterior e anteriormente para depois descer até o colo. Desta forma, o TGDP leva o vetor resultante da contração a ter ação na cérvice uterina - Contrações eficientes A avaliação do TGDP é a resposta efetiva da contração, causando a modificação, dilatação e esvaecimento do colo Trabalho de parto: caracterizado por contrações eficientes que levarão à dilatação e esvaecimento do colo uterino As contrações uterinas podem ser avaliadas através da fórmula da atividade uterina medida (AU) multiplicada pela frequência → AU = intensidade x frequência Considera-se início do trabalho de parto quando a AU é maior que 60UM, ou seja, 2 contrações de 20-30 segundos ✓ Esvaecimento: afinamento do colo (colo: 5-8 cm; no trabalho de parto: vai a 0 cm) ✓ Dilatação: abertura • SINAIS DE TRABALHO DE PARTO 10 minutos: 3 contrações, com cada durando 50s → fase ativa do trabalho de parto Fases do trabalho de parto é diferente dos períodos do trabalho de parto (fase ativa) Fases funcionais de Friedman I. Fase latente: ✓ Amadurecimento cervical Cássia Mendes Ataide - UFMS ✓ Contrações de baixa frequência e intensidade ✓ Dilatação abaixo de 0,6- 1 cm/hr ✓ Mínima descida II. Fase ativa: ✓ Dilatação ✓ Expulsão ✓ Dequitação ✓ Observação Orientar paciente a procurar a maternidade na fase ativa (orientar pelas contrações) • CURVA DE FRIEDMAN A fase latente pode demorar bastante tempo, mas há aceleração quando entra na ativa I. Fase latente: início da dilatação até atingir 6cm Corresponde a 2/3 do trabalho de parto Caracterizado por amadurecimento cervical Possui contrações de baixa frequência e baixa intensidade Ritmo de dilatação: 0,6 - 1 cm/h Mínima decida da apresentação fetal II. Fase ativa: início com aproximadamente 6 cm, vai até a dilatação completa do colo Presença de 3 contrações de forte intensidade, que duram de 30-90s em 10 minutos Corresponde a 1/3 do período de dilatação, podendo durar de 6 a 12 horas Termina quando inicia o período expulsivo Essa fase tem duração variável para cada parturiente: nas primíparas, a dilatação ocorre aproximadamente 1 cm/h, com tempo total em torno de 10-12h; nas multíparas, a dilatação ocorre na velocidade de 1,5 cm/h, com tempo total em torno de 6-8h A descida fetal e o esvaecimento do colo também variam: nas primíparas, o colo uterino esvaece completamente num primeiro momento e em seguida inicia a dilatação e descida do polo cefálico; nas multíparas, o colo uterino dilata e esvaece junto e a descida do concepto se da no final da dilatação, quase no período expulsivo Esvaecimento nas primíparas e esvaecimento + dilatação nas multíparas • ASSISTÊNCIA AO PRIMEIRO PERÍODO Partograma e monitoramento fetal Monitoramento: ver como o feto está O partograma é recomendado pela OMS para acompanhar o trabalho de parto A construção se dá em um papel quadriculado: - As ordenadas correspondem à dilatação e descida e cada quadrado representa 1cm - O tempo é representado pela abscissa e cada quadrado representa 1h - As linhas de alerta e ação são construídas a partir de 1h e 4h, respectivamente, a frente do ponto de registro. Elas vão dividir o partograma em 3 zonas que representarão anormalidades na evolução do trabalho de parto ✓ Ultrapassou a linha de alerta: tem algo errado, procure e faça algo ✓ Ultrapassou linha de ação: tome uma atitude e intervenha! Cássia Mendes Ataide - UFMS Como utilizar o partograma Inicia-se o registro quando a mulher está na fase ativa do TP Realizar exame de toque vaginal a cada 2h e anotar no gráfico - No exame de toque vaginal, várias informações podem ser obtidas, com ênfase na dilatação do colo uterino, na condição das membranas ovulares, no tipo de apresentação, na variedade de posição e na descida da apresentação fetal A dilatação é expressa por um triângulo e a descida por um circulo O trabalho de parto deve evoluir dentro da zona I, sem ultrapassar a linha de alerta Exemplo: Está normal porque quando ultrapassou a linha de ação, não aconteceu parada, o bebê nasceu Monitoramento fetal: serve como triagem (screening) para o diagnóstico de sofrimento fetal ✓ Ausculta fetal intermitente ✓ Cardiotocografia Ausculta intermitente: realizado com sonar doppler ou pinard (não indicado pelo Zugaib durante as contrações) - Primeiro período: fazer nas gestantes de baixo risco a cada 30 min e em gestantes de alto risco, a cada 15 min - Segundo período: a cada 5 min, independente do risco Cardiotocografia: monitoramento eletrônico da frequência cardíaca fetal - Interna (locais com tecnologia): fixa eletrodos no couro cabeludo fetal → é limitado, pois só é possível com colo dilatado 3cm e com amniotomia; contraindicado em portadoras de HIV, Hep B e infecção cérvico-vaginal - Externa: baseia-se na detecção do BCF associado ao monitoramento das contrações uterinas através de transdutores colocados sobre o abdome materno → paciente deve estar em posição de semi-fowler (cabeceira elevada a 45°) ou em decúbito lateral esquerdo para evitar hipotensão supina Cássia Mendes Ataide - UFMS Paciente deitada: diminui retorno venoso pela compressão da veia cava - pode alterar o batimento do feto Parâmetros analisados na cardiotocografia: linha de base, variabilidade, aceleração transitória e desacelerações Linha de base: traçada no valor médio dos segmentos de FCF mais horizontais e menos oscilatórios; estimada em períodos de 10 min “Traçada na média dos batimentos cardíacos, ou seja, maior e menor frequência” FCF: normal de 110 a 160 bpm Deve ficar entre 110 e 160 (dentro da FCF normal) Parte de baixo: contração uterina → “intensidade de contração” - Quando não tem: intensidade da corrente elétrica é baixa - Contração: faz pico Variabilidade: oscilação da linha de base, visualizando a amplitude ✓ Normal: entre 6-25 bpm ✓ Ausente: quando a amplitude não é detectável (errado) ✓ Mínima ou comprimido: amplitude entre indetectável a 5 bpm ✓ Sinusoidal A diminuição ou perda da variabilidade pode ocorrer nos seguintes casos: imaturidade do SNC, período de sono fetal, utilização de drogas sedativas à mãe, anestesia geral, hipóxia ou anoxia fetal Variabilidade mínima: Padrão sinusoidal: Variabilidade mais crítica Acelerações: tem linha de base, do nada acelera e logo já volta (transitória) → sinal de boa vitalidade fetal Quer dizer que o feto está respondendo a estímulos (ex toque na mãe, barulho) Ascensão abrupta, com acme igual ou superior a 15bpm em relação à linha de base, com duração entre 15s e 2min Obs - quando a duração é superior a 2min, considera-se mudança na linha de base Desaceleração: queda rápida da FCF associada à contração uterina ✓ Precoce ✓ Tardia ✓ Variável Precoce ou DIP I: imagem em espelho da contração uterina Queda rápida e com baixa amplitude da FCF Compressão do polo cefálico durante a contração Fisiológico no TP com BR, no final da dilatação e no período expulsivo Na CTG basal é associada a oligoâmnio Não são acompanhadas de hipoxia ou acidose fetal (não implica na necessidade de parto imediato) Cássia Mendes Ataide - UFMS Tardia: queda gradual da FCF com retorno lento à linha de base, que inicia após 20s/+ do início da contração uterina O nadir da desaceleração encontra-se após o pico da contração É causada por hipóxia fetal devido à redução do fluxo uteroplacentário Sinônimo de sofrimento fetal agudo Quanto mais frequentes, maior o risco de acidose metabólica Variável ou umbilical: não apresentam relação temporal, de forma fixa, com as contrações uterinas Início e término abruptos, podendo ser precedidas ou seguidas por pequenas acelerações resultantes de compressão transitória do cordão umbilical (compressão da veia umbilical) e denominadas acelerações-ombro A oclusão dos vasos umbilicais leva a um aumento da resistência vascular periférica e aumento transitório da PA → mecanismo reflexo estimula barorreceptores levando à redução da FCF Pode ser instalada acidose fetal mista na dependência da frequência e duração dos episódios de compressão do cordão Interpretação da cardiotocografia Padrão normal ou categoria I: a. Linha de base: variação de 10-25 bpm b. FCF normal: 110 a 160 bpm c. Ausência de desaceleração d. Variabilidade normal: 6-25 bpm e. Presença de aceleração transitória: acme superior a 15 bpm em relação à linha de base, com duração mínima de 15s e menor que 2min Microanálise do sangue fetal: detecta as condições de oxigenação fetal, através da análise do sangue do couro cabeludo - Realizada em “grandes centros” - Exige dilatação de 3cm e amniotomia PRIMEIRO PERÍODO: inicia com o começo do trabalho de parto → termina com a dilatação completa • ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO SEGUNDO PERÍODO: expulsão → inicia com a dilatação completa e termina com a expulsão do feto - Duração variável:50min para nulíparas e 20min para multíparas Incentivar os esforços da mãe Proteção perineal Episiotomia somente se necessário Auxiliar e orientar a deflexão do polo cefálico Auxiliar na expulsão dos ombros, tracionando levemente para baixo o ombro anterior e depois para cima o posterior, facilitando o desprendimento Clampeamento do cordão umbilical - geralmente ocorre de 30s a 3min após o nascimento Colocar o RN sobre o tórax da mãe, incentivando o afeto Incentivar o aleitamento materno • ASSITÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO TERCEIRO PERÍODO: dequitação ou secundamento → inicia após a expulsão do concepto e termina com a expulsão total da placenta - Duração de 15-30min Não precisa puxar o cordão/placenta → útero mesmo contrai e expulsa Sinais de descolamento da placenta: elevação do fundo uterino em 2-3cm com desvio para a direita (sinal de Cássia Mendes Ataide - UFMS Schrõeder); forma discoide e globosa do útero quando avaliado em sentido anteroposterior (sinal de Calkins); a não transmissão da tração do cordão à mão que palpa o fundo do útero (sinal de Fabre); ausência de propagação da percussão do fundo do útero até o cordão umbilical (sinal de Strassmann) e a elevação do útero por meio de palpação abdominal não acompanhada da movimentação do cordão umbilical (sinal de Küstner) Na expulsão da placenta, notam-se: a descida progressiva do cordão umbilical (sinal de Ahlfeld) com rotação deste (sinal de Hochenbichler); sensação de peso retal conhecida como sinal da placenta (sinal de Calman ou sinal de Mickulicz-Radecki); ao toque vaginal, a identificação da presença de placenta em fórnice vaginal posterior (sinal de Garber) ✓ Baudeloque Schultz (mais comum): desprendimento pela face fetal (que estava ligada ao feto) - “formato de guarda-chuva” ✓ Baudeloque Dunkan: face materna (ligada ao útero) Após a expulsão total: revisão do canal de parto e suturas se necessário Interações processadas no útero durante o 3° período. À esquerda – preto (traço cheio): logo após o parto do feto; traço cinza: desceu a placenta e ocupa o segmento inferior; traço pontilhado: secundamento completado. Observar a correspondência com os esquemas da direita • ASSISTÊNCIA AO QUARTO PERÍODO QUARTO PERÍODO: inicia após a dequitação completa e termina 1h após Um dos períodos mais importantes para a mãe, nele que ocorrem as complicações, os sangramentos ... Observação da contratilidade uterina → útero contraído é palpável em um ponto intermediário entre o umbigo e o púbis Formação das pinças de Pnard - Útero gravídico: artérias espiraladas bastante dilatadas → quando o útero está contraindo, as fibras musculares comprimem essas artérias, fazendo um pinçamento dos vasos - “Pinças de Pnard” Observar sangramento volumoso Útero que estava na altura do esterno vai para o nível da cicatriz umbilical • CONDUTA ATIVA NO TRABALHO DE PARTO Amniotomia: reservado apenas para pacientes com evolução anormal do trabalho de parto Benefício: redução do tempo do TP Riscos: amniorrexe prolongada (rotura da bolsa por muito tempo) e prolapso de cordão (uma das emergências obstétricas mais sérias → feto morre por hipóxia) Contraindicado: feto alto, HIV, vasa prévia