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Laura Costa Imagens FPS MED20 2022.2 Página 1 de 5 Doenças urológicas I (renais não obstrutivas, malformações e tumores) Objetivos: - Malformações do aparelho genitourinário (rim em ferradura, válvula de uretra posterior, estenose de junção pielo-ureteral e uretero- pélvica,) - Doenças císticas renais (cisto simples, Doenças Policísticas do adulto e da infância, Doença Cística adquirida) - Pielonefrite aguda e crônica - Doenças vasculares renais (estenose da artéria renal) - Tumores renais (Carcinoma de células renais; Tumor de Wilms) Estudo da histologia e dos exames de imagem utilizados na prática médica para avaliação anatômica e funcional dos órgãos do Sistema Urinário e Aparelho Genital Masculino e Doenças urológicas I (renais não obstrutivas, malformações e tumores). - Reconhecer as principais anomalias congênitas dos ureteres, correlacionando com seus processos inflamatórios; - Identificar os principais tumores e tipos de lesões do aparelho urinário; - Apontar as principais causas, aspectos morfológicos e tipos de inflamações da bexiga, aplicando a identificação de suas neoplasias em lâminas histológicas. Resumo: Introdução O sistema urinário é formado pelos rins, ureteres (2), bexiga e uretra - Atua na manutenção da homeostase do corpo, produzindo urina. Os rins também produzem hormônios como renina e eritropoetina - O é envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, e seu parênquima é constituído pela zona cortical e pela zona medular; - O néfron e o túbulo coletor. O néfron é constituído pelo corpúsculo renal e uma sequência de túbulos. o túbulo coletor conecta o TCD aos segmentos corticais e medulares dos ductos coletores -Os cálices, pélvis, ureter e bexiga têm a mesma estrutura básica, com paredes mais espessas em direção a bexiga - O ureter atravessa a bexiga obliquamente, de modo que forme uma válvula impedindo refluxo de urina O Rim possui duas regiões: cortical e medular, além da capsula (tecido conjuntivo denso) -Cortical: ocupa a porção periférica do órgão e se prolonga entre as pirâmides, que forma, lobos renais. Lóbulos (subunidades da cortical): ocupado por estriações indistintas, raios medulares, formados por túbulos e grupos de glomérulos. A unidade funcional é o néfron, que são glomérulo (capsula de Bowman, alças de capilares fenestrados e mesângio) e túbulos (proximais, alça de Henle e distais) Dois polos: urinário e visceral Anatomia do rim: Laura Costa Imagens FPS MED20 2022.2 Página 2 de 5 Glomérulo O rim é dividido em quatro componentes: glomérulos, túbulos, interstício e vasos sanguíneos. As doenças podem afetar um só componente como também um conjunto; quando a doença renal crônica progride pro estado mais avançado, estágio final (terminal), em geral todos os 4 componentes já apresentam danos. DOENÇAS UROLÓGICAS não obstrutivas -Rim em ferradura: Fusão dos polos inferior ou superior dos rins produz uma estrutura em forma de ferradura que é contínua através da linha média anterior aos grandes vasos. É comum e é encontrada em cerca de cada 1 em cada 500-1000 necropsias. A maioria é fusionada no pólo inferior (90%). O tipo mais comum de anomalia renal de fusão Geralmente assintomáticos- pode estar associado a nefrolitíase, estenose da junção ureteropélvica, hipertensão renovascular, rins policísticos e fígado policístico. Torna os rins mais susceptíveis ao trauma e ao desenvolvimento de cálculos. Pré-dispõe tumor de wilms/ nefroblastoma, pielonefrite, nefrolitiase, carcinoma de celulas transicionada da pelve Exame de imagens: Pode ser usado USG, TC e RM. Mas para confirmação da hipótese diagnostica realiza uma Urografia Excretora (o contraste desce pelo rim) [A urografia retrograda, o contraste sobre pela uretra e cora a bexiga *O Rim, normalmente, não aparece no RX convencional, pois tem a densidade de muitas estruturas do abdômen -Doenças císticas Doença Renal policística do adulto Doença Renal policística infantil Doença Cística Renal adquirida Cisto simples -Classificação de Bosniak: Características do Cisto: Calcificação Realce (exceção da infecção) Espessura da parede Septações Hiperdenso -Doença Renal policística do adulto Herança autossômica dominante (bilateralmente, tende a ser menos grave que a infantil, pois é de evolução lenta); Cistos podem aparecer em todas as partes do rim; Laura Costa Imagens FPS MED20 2022.2 Página 3 de 5 Múltiplos cistos expansivos que destroem o parênquima em ambos os rins (insuficiência renal) Manifestação sintomática por volta dos 40-60 anos Os cistos são macroscópicos e possuem interior fluído Os cistos surgem a partir dos túbulos de todo o néfron e, portanto, podem ter revestimentos variados - Aumento do volume renal, rins multicísticos, superfície renal cística, cistos hepáticos (40% dos casos), esplênicos e pancreáticos (casos avançados o rim se torna uma bolsa de cistos, com aumento podendo ficar 2x ou 3x maior do que o normal) -Clínica: hematúria, dor nos flancos, infecção do trato urinário, hipertensão, cálculos renais. (associação aneurisma do polígono de willis 30% dos casos) - A evolução é lenta e crescimento progressivo dos cistos, podendo causar falência renal. Exame de imagens: Pode ser realizado TC, RM, Urografia e USG É usual a USG, pois avalia a presença de líquido (anecoico/escuro) -Doença Policística da Infância Herança autossômica recessiva (Rara) Cistos microscópicos no córtex e na medula renal Tem 4 subcategorias: perinatal, neonatal, infantil e juvenil. (dependem do momento de apresentação) CISTO hepático- doença policística do adulto FIBROSE hepática- doença policística da infância (quanto maior idade mais chance) Na criança os rins são encontrados com a superfície externa lisa, os cistos não chegam na capsula, mas apresenta aspecto esponjoso O rim está aumentado de tamanho (aumentado o volume abdominal Histologicamente as estruturas tubulares estão distendidas, como se existissem cistos dentro dos néfrons. Com a presença desses cistos ele apresenta caráter solido. O diagnostico pode ser intraútero, por ter pouco líquido amniótico (oligodramnion) e é frequente a hipoplasia pulmonar (por faltar lubrificação do sistema e surfactante) Exame de imagens: Rx: ausência de ar nas alças abdominais e presença de massa grande, mas não temos certeza de sãos os rins USG: órgãos heterogêneos, hiperecoicos (por conta da histologia, vários pequenos cistos pequenos sobrepostos) TC: discreta heterogeneidade, devido a presença dos cistos -Cisto Simples Surge do divertículo nos nefrons Tem importância na diferenciação de tumores renais Os pacientes são geralmente assintomáticos São isolados, não progressivos e não necessariamente ameaça a função renal Tem contorno liso, conteúdo líquido Anecoicos na USG Pode estar presente em qualquer região predominantemente presente no córtex Não tem relação com a evolução para carcinoma (não maligniza) Se no interior encontrar outro material (sangue, coágulos, septações, vegetações) em um cisto complexo Exames de imagem: USG cisto anecoico: ausência de septos, ausência de calcificações e projeções solidas, finas paredes (inexpressivas), ausência de fluxo ao Dopple, presença de reforço acústico posterior (claro) [diferente de massas solidas que apresentam sombra acústica e fica escuro] TC o contraste não vai ser captado pelo cisto -Doença cística adquirida “rim terminal” - rins de pacientes em dialise por volta de 5 a 10 anos → diagnostico diferencial Apresenta aspecto multicístico como a doença policística do adulto A diferença é a redução do volume na adquirida Pacientes assintomáticos Os cistos podem vir a sangrar causando hematúria Tem risco de desenvolver carcinoma de células renais. Laura Costa Imagens FPSMED20 2022.2 Página 4 de 5 -Doenças renais vasculares -Nefroesclerose (miccronodular) A microcirculação é a estrutura primeiramente lesada A diabetes (deposito de hialina) pode causar arteriosclerose renal A hipertensão arterial sistêmica (com deposito de hialina +hiperplasia da camada interna) pode induzir o aparecimento da nefrosclerose benigna O rim tende a ta com volume reduzido, com superfície externa fina e difusamente granulosa Apresenta alterações vasculares, glomerulares e túbulo-intersticiais A alteração mais precoce é o colapso das alças capilares, com o espessamento da membrana basal glomerular -Estenose da artéria renal Causa comum (70% dos casos) é o estreitamento por placa de ateroma Frequentemente em homens, com fator de risco aumento da idade e diabetes melito O 2° tipo que leva à estenose é a displasia fibromuscular da artéria renal (espessamento fibroso ou fibromuscular, que pode envolver a intima, média e a adventícia camada arterial) Mais comum em mulheres jovens Pode ser uma única constrição ou uma serie de estreitamentos, geralmente na região média ou distal da artéria renal O rim isquêmico tem tamanho reduzido e mostra sinal de atrofia isquêmica difusa, muitos glomérulos amontoados envolto por túbulos atróficos, fibrose intersticial e infiltrados focais. *as pequenas arteríolas estão protegidas pela elevada pressão arterial, com pouca ou nenhuma alteração A oferta de sangue é menor do que a necessária para o órgão O rim não isquêmico (contralateral) pode apresentar lesões da nefroesclerose vascular Hiperplasia do aparelho justaglomerular e aumento da granulação as celulas, com aumento da secreção de renina e produção do vasoconstrictor angiotensina II. Fatores clínicos associados: PA elevada, rápida elevação da pressão arterial sistêmica, hipertensão de difícil controle, insuficiência ventricular esquerda, retinopatia hipertensiva, idade precoce ou tardia, dor em flanco Tratamento, preferencialmente, cirúrgico Exames de imagem: Principais exames de imagens para avaliar estenose da artéria renal são: cintilografia, USG com doopler, angiografia, TC e RM com contraste -Infarto renal Ocorre pelo desbalanço entre oferta e uso de O2 nos tecidos Maioria dos infartos é decorrente de embolismo Sendo o infarto isquêmico (branco), o mais comum As alterações morfologias não aparecem logo após o infarto ocorrer, a área morta e necrosada tende a ter forma triangular/cuneiforme. Exames de imagem: USG com Doppler, TC ou RM com contraste. NEOPLASIAS -Renais Os tumores benignos do rim são frequentes, com pouca importância clínica, exceto para diagnostico diferencial de tumores malignos, O carcinoma de celulas renais é o mais comum dentre os tumores malignos (85% das neoplasias malignas renais em adultos), sendo do tipo células claras -Predomina em homens -Prevalente dentre 60 e 70 ano, sendo raro antes dos 20 anos -Pode ter caráter familiar, com forte associação com síndromes genéticas -O tabagismo é o principal fator de risco -Terapia com estrogênio -A inversão intravascular é característica do carcinoma renal (50% dos casos com acometimento da veia renal; 25% dos casos metástase estão presentes no diagnostico) *célula clara- microscopia ‘celulas claras’/macroscopia brilhante → geralmente unilateral/ mais comum nos polos renais *papilar- formato de crescimento da célula Laura Costa Imagens FPS MED20 2022.2 Página 5 de 5 Nefroblastoma /Tumor de Wilms Neoplasia renal mais comum em Crianças de 6 meses e 6 anos O tumor tem elementos mesenquimais, epiteliais e blastomatosos (trifásico) Diagnostico histológico e tratamento retirada cirúrgica Comum haver necrose Comum em crianças pelo caráter de tumor embrionário (comumente indolor) *maior indecência em indivíduos de cor negra A manifestação clinicamente, muitas vezes, é apenas o abaulamentoe a massa palpável no abdome Exame de imagem: não visualiza a borda renal na TC, e a massa envolve o rim (sinal do cálice), Rx? Com massa radiopaca
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