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SISTEMA NEFRO-URINÁRIO FUNÇÕES DOS RINS - Converter 1700 litros de sangue por dia em 11 litros de urina - Excretar produtos do catabolismo, como uréia e creatinina - Regular e manter o conteúdo de água e sais do organismo - Manter o equilíbrio ácido-básico - Secretar hormônios, como e eritropoietina (relacionado à produção de hemácias) e renina (relacionado a PA) PRINCIPAIS SÍNDROMES RENAIS: - Síndrome nefrítica - Síndrome nefrótica - Hematúria assintomática - Proteinúria assintomática - IRA (insuficiência renal aguda) - IRC (insuficiência renal crônica) - Infecção urinárias - Uropatia obstrutiva (por neoplasia ou cálculos) - Tumores GRUPOS DE DOENÇAS: - As doenças renais são tão complexas quanto a própria estrutura dos rins, mas seu estudo é facilitado pela divisão do órgão em 3 componentes: 1. Glomérulos (glomerulopatias) 2. Túbulos e Interstício 3. Vasos sanguíneos - Essa clássica abordagem é de grande utilidade, uma vez que as manifestações iniciais das doenças que afetam cada componente tendem a ser distintas - Além disso, algumas estruturas parecem ser mais vulneráveis a formas específicas de lesão renal (por exemplo, doenças glomerulares são em sua maioria imunomediadas, enquanto desordens tubulares e intersticiais são mais frequentemente causadas por agentes tóxicos e infecciosos) - Contudo, algumas desordens afetam mais de uma estrutura devido à interdependência funcional dos componentes renais - Um dano em uma estrutura quase sempre afeta as demais secundariamente - Independentemente da origem há uma tendência para doença renal crônica e, em última análise, para a ocorrência de danos em todos os quatro componentes do rim, culminando na doença renal de estágio final - Existe um outro grupo de doenças renais que fogem à essa regra de compartimentos — são as chamadas Doenças Císticas, vistas a seguir. _______________________________________________________________________________________ DOENÇAS CÍSTICAS: - Características Gerais: • Muitas vezes ocasionadas por doenças congênitas • A marca dessas doenças é a formação de cistos, que muitos vezes são dilatações dos túbulos renais • Esses cistos podem estar tanto na medular quanto na cortical • Prognósticos bastante variáveis • Patogenia = alteração na diferenciação do epitélio ao nível dos túbulos (defeito genético ou adquirido - Esse grupo heterogêneo de doenças é importante por várias razões: • São razoavelmente comuns e geralmente causam dificuldades diagnósticas para clínicos, radiologistas e patologistas • Algumas formas, como a doença policística adulta, constitui uma das maiores causas de doença crônica renal • Cistos simples podem ocasionalmente ser confundidos com tumores malignos DOENÇA RENAL POLICÍSTICA DO ADULTO: - Também denominada “Doença Renal Policística Autossômica Dominante” - Caracterizada por múltiplos cistos expandidos afetando ambos os rins e que, em última análise, destroem o parênquima - É sempre bilateral - Ocorre em, aproximadamente, um a cada 1000 pacientes e corresponde a 10% dos casos de doença crônica renal - Patogenia: • Pode ser causada por herança de 1 ou 2 genes dominantes autossômicos: • Em 85-90% das famílias, o PKD1, no braço do cromossomo 16, é o gene defeituoso • Esse gene codifica uma complexa e grande proteína associada à membrana celular (460 KDa), chamada policistina 1 - Macroscopia: • Rins aumentados (até 4kg) • Facilmente palpados no abdome como massas estendidas na pelve • Superfície externa totalmente irregular • Na secção o rim assume aspecto de colmeia • Massa de cistos com até 3 cm de diâmetro • Conteúdo cístico variável (fluído claro, turvo ou hemorrágico) • Desaparecimento da arquitetura renal normal (cálices, pirâmides, etc) - Microscopia: • Os cistos podem surgir em qualquer parte do néfron, dos túbulos aos ductos coletores; portanto, têm revestimento variável, frequentemente atrófico • A pressão da expansão dos cistos leva a atrofia isquêmica do parênquima renal • Existem néfrons funcionantes dispersos entre os cistos (por isso, a função renal é mantida até a 4ª ou 5ª década de vida) • Depois da 5ª década o paciente começa a apresentar hipertensão de difícil controle - Curso Clínico: • Como já comentado, a doença renal policística em adultos geralmente não produz sintomas até a 4ª década de vida, quando os rins estão bem grandes, embora os pequenos cistos comecem a se desenvolver ainda durante a adolescência • A queixa mais comum apresentada é dor no flanco ou sensação de peso • Distensão aguda de um cisto, quer por hemorragia intracística, quer por obstrução, pode causar dor excruciante • Às vezes, a doença é percebida pela palpação de massa abdominal • Hematúria macroscópica intermitente comumente ocorre • Entretanto, hipertensão e infecção urinária são as complicações mais importantes, pelo seu efeito deletério na função renal já marginal • Hipertensão de variado grau se desenvolve em cerca de 75% das pessoas com essa desordem • Aneurismas saculares do círculo de Willis estão presentes em 10-30% dos pacientes e associados com alta incidência de hemorragia subaracnoide • Embora a doença seja, em última análise, fatal, a perspectiva é geralmente melhor que a da maioria das doenças renais crônicas • A condição tende a ser relativamente estável e lentamente progressiva • Doença renal de estágio final ocorre em pessoas por volta dos 50 anos de idade, mas há grande variação no curso dessa desordem, e a expectativa de vida quase normal é relatada • Pacientes com doença renal progredindo para falência renal são tratados mediante transplante • A morte geralmente é resultante de uremia ou de complicações hipertensivas DOENÇA RENAL POLICÍSTICA DA INFÂNCIA: - Também denominada “Doença Renal Policística Autossômica Recessiva” - É uma desordem autossômica recessiva rara que é geneticamente distinta da doença renal policística de adultos - Ocorre em aproximadamente um a cada 20.000 nascimentos - Também é sempre bilateral - Subtipos de acordo com a idade de manifestações: • Perinatal: • Forma mais comum • Neonatal: • Prognóstico mais reservado • Em geral, evolui para insuficiência renal na infância • Infantil • Juvenil - Patogenia: • Todos os tipos resultam de mutações no gene PKHD1, que codifica uma proteína putativa, receptora de membrana chamada fibrocistina, localizada no braço curto do cromossomo 6 (6p) • A fibrocistina é encontrada nos cílios das células epiteliais tubulares, mas sua função permanece desconhecida - Macroscopia: • O rim também encontra-se aumentado de tamanho • No entanto, diferente da doença policística do adulto, os cistos são menores e o rim mantém seu formato geral, não havendo distorção arquitetural importante • Os cistos são formados por dilatação cilíndrica dos ductos coletores • Na secção, o rim assume aspecto esponjoso - Microscopia: • Dilatação cilíndrica ou secular de múltiplos ductos coletores • Os cistos possuem um revestimento uniforme de células cuboides, refletindo a sua origem nos túbulos coletore • Em quase todos os casos, os achados incluem cistos hepáticos formados por mais de uma camada epitelial e proliferação de ductos biliares portais - Curso Clínico: • As formas neonatais e perinatais são as mais comuns e mais severas • Em geral, os subtipos infantil e juvenil sobrevivem à infância • Manifestações graves estão geralmente presentes ao nascimento, e crianças lactentes podem morrer rapidamente de insuficiência renal ou hepática. • Associação com fibrose hepática congênita: • Pode evoluir para fígado policístico • Pode também causar fibrose no pulmão e subsequente fibrose pulmonar • Quando se utiliza o termo global doença policística refere-se à cistos nos rins, pulmões e fígado • Pacientes que sobrevivem à infância desenvolvem cirrose hepática (fibrose hepática congênita CISTO RENAL SIMPLES - Os cistos simplessão geralmente lesões inócuas e assintomáticas que ocorrem como espaços císticos múltiplos ou simples, de tamanhos variáveis - Macroscopia: • Comumente, apresentam 1-5 cm de diâmetro, aspecto translúcido, sendo revestidos por uma cápsula acinzentada, fina e brilhante, preenchida por um líquido claro • Os cistos usualmente estão mais presentes no córtex • Raramente, cistos maiores que 10 cm são encontrados - Microscopia: • Ao microscópio, essas cápsulas são compostas por uma camada epitelial cuboide ou achatada, que pode estar completamente atrofiada em determinados momentos - Aspectos Clínicos: • Os cistos simples constituem um dos mais comuns achados post-mortem sem significância clínica • Ainda que a grande maioria dos cistos seja assintomática, podem causar dor lombar quando há hemorragia em seu interior • A importância dos cistos se aplica na diferenciação de tumores renais, quando são encontrados de maneira acidental ou durante avaliação de hemorragia e dor • Estudos radiográficos mostram que, ao contrário dos tumores renais, os cistos apresentam contornos lisos, quase avasculares, e na ultrassonografia apresentam fluido, em vez de tecido sólido • Cistos adquiridos associados a diálise ocorrem nos rins de pacientes com doença renal na fase terminal, submetidos a longos períodos de diálise. Estão presentes tanto no córtex quanto na medula, podendo sangrar, causando hematúria. _______________________________________________________________________________________ DOENÇAS TÚBULO-INTERSTICIAIS: - São altamente relevantes do ponto de vista clínico - Principais: 1. Pielonefrite 2. Necrose tubular aguda 3. Nefrites Intersticiais PIELONEFRITES: - É a doença túbulo-intersticial mais frequente - São inflamações e infecções que acometem os setores túbulo-intersticiais - Responsáveis por 20% das bacteremias em mulheres - Quando não adequadamente tratada pode evoluir para insuficiência renal - Subdividida em: • Pielonefrite aguda • Pielonefrite crônica - Obs: Os quadros agudo e crônico são distintos tanto do ponto de vista morfológico quanto clínico - Pielonefrite Aguda (PNA): • É sempre causada por infecção bacteriana • A grande maioria dos casos de pielonefrite está associada a infecção do trato urinário inferior • Possui duas formas de inoculação: • Infecção ascendente: • Refluxo vesicoureteral através de um orifício incopetente, por defeitos na porção intravesical do ureter • 85% dos casos • Inoculação hematogênica: • Quando a bactéria chega via sanguínea (bacteremia) • Agentes: • Via ascendente: • Mnemônico KEEPS: • K - klebsiella • E = E coli (mais frequente) • E = enterobacter • P = proteus • S = serratia • Via hematogênica: • Bactérias gram positivas piogênicas • Condições predisponentes: • Obstrução da bexiga • Cistite crônica • Cálculos urinários • Refluxo vesiureteral • Gravidez (aumento da pressão intra-abdominal e gestante possui altos níveis de progesterona, que é relaxante muscular, o que favorece o relaxamento da bexiga e aumenta a chance de refluxo) • Doenças renais preexistentes • DM • CX que leva à instrumentação do trato urinário • Macroscopia • Um ou ambos os rins podem ser envolvidos • Formato e peso do rim mantidos • Presença de pontos purulentos na superfície do rim (com presença de halo hiperêmico) • Se não tratado, há uma tendência desses pontos coalescerem a formarem placas de pus • Quando a lesão é ascendente, os pontos purulentos predominam na medular (uma vez que, na via ascendente, a medular é a 1ª estrutura renal que a bactéria encontra) • Quando a lesão é de origem hematogênica, os pontos purulentos predominam na cortical (uma vez que o córtex é mais vascularizado) • Microscopia • Quadro variável, indo desde pequenos focos inflamatórios até quadros extensos • A característica histológica marcante da pielonefrite aguda é a necrose liquefativa com formação de abscessos no parênquima renal • Massas grandes de neutrófilos intratubulares frequentemente estendem-se envolvendo néfrons dos ductos coletores, dando origem a cilindros leucocitários característicos lançados na urina • Geralmente, o glomérulo não é afetado • Focos inflamatórios • Células inflamatórias na luz dos túbulos • Quando a obstrução é proeminente, o pus pode não ser drenado e em seguida preencher pelve renal, cálice e ureter, produzindo pionefrose • Curso Clínico: • No início da pielonefrite aguda sem complicações, em geral, é súbita, com dor no ângulo costovertebral e evidências sistêmicas de infecção, como: • Calafrios • Febre • Mal-estar • Sinais do trato uruinários de disúria, frequência e urgência localizados • A urina se apresenta turva devido à presença de pus (piúria) • Mesmo sem tratamento com antibióticos, a doença tende a se tornar autolimitante • A fase sintomática da doença dura, tipicamente, não mais que uma semana, entretanto a bacteriúria pode persistir por mais tempo • A doença usualmente é unilateral, e não causa sinais de falência renal porque ainda existe um rim não afetado • Em casos nos quais os fatores predisponentes estão presentes, a doença pode vir a se tornar recorrente ou crônica, particularmente quando há envolvimento bilateral • Geralmente, o desenvolvimento de necrose papilar está associado a prognóstico ruim • Aspectos Laboratoriais: • Leucocitose (neutrofilia) • Bacteriúria (pelo menos 1000 colônias bacterianas/ml de urina) • Presença de cilindros leucocitários na urina (quando os leucócitos ficam nos túbulos, assumindo o contorno tubular) - a presença de cilindros sempre indica lesão alta, nos rins • Complicações: • Papilite necrotizante: • Existem três condições predisponentes para a sua ocorrência: • Diabetes • Obstrução do trato urinário • Uso abusivo de analgésicos • Essa lesão resulta de uma combinação das necroses isquêmica e supurativa dos ápices das pirâmides renais (papilas renais) • A característica patognomônica principal é a presença de necrose, que varia de cinza a amarelada bem definida em 2/3 da região apical das pirâmides • Uma papila, muitas ou mesmo todas as papilas podem ser afetadas • Microscopicamente, as extremidades papilares apresentam necrose com características coagulativas, cercadas por infiltrado neutrofílico - Pielonefrite Crônica (PNC): • Inflamação tubulo-intersticial que provoca fibroses corticomedulares focais, sobrejacentes a cálices deformados, rombos e dilatados • É uma uma entidade morfológica na qual a inflamação intersticial e as cicatrizes do parênquima renal estão predominantemente associadas a cicatrizes macroscopicamente visíveis e deformidades do sistema pielocalicial • É uma importante causa de falência renal crônica • Mecanismos de desenvolvimento da PNC: • PNC obstrutiva: • Obstrução crônica que predispõe infecções • Infecções recorrentes sobrepostas em lesões obstrutivas difusas ou localizadas levam a surtos recorrentes de inflamação e fibrose renal, que podem eventualmente causar pielonefrite crônica • Essa doença pode ser bilateral, juntamente com anormalidades congênitas da uretra, resultando em insuficiência renal fatal, a menos que a anormalidade seja corrigida, ou unilateral, como ocorre no caso de cálculos e lesões obstrutivas unilaterais do ureter • Geralmente causado por bactérias entérica (E coli mais frequente) • Nefropatia de refluxo associada a PNC: • Quando há quebra nos mecanismos de proteção que evitam refluxo vesico-ureteral • Causa mais comum de PNC • Pode ser uni ou bilateral • Início na infância • Aspectos Clínicos: • É um quadro surdo, ou seja, brando: • Perda gradual de função renal (acúmulo de uréia e creatinina) • Dor no flanco • Sinais de infecção brandos ou ausentes • Hipertensão arterial • Existem duas formas de papila: • Simples: compõem a maior parte do parênquima renal. Possui formato cônico • Compostos: presente nospolos renais. Possui superfície plana • O refluxo de urina irá se comportar de forma diferente dependendo do tipo de papila: • Refluxo em papila simples: • Devido ao formato cônico da papila, a urina escorre e não adentra ao parênquima • Refluxo em papila composta: • Devido ao formato de platô da papila, a urina se acumula e adentra ao parênquima • De mesma forma, dependendo da causa da PNC diferentes papilas serão afetadas: • PNC por refluxo: • Esse processo ocorre mais a noite, quando o paciente está deitado • Devido à gravidade, as papilas mais afetadas são as compostas, que estão nos polos renais • PNC por obstrução do trato urinário: • Todas as papilas são afetadas • É um quadro difuso • Microscopia: • Fibrose (pode se disseminar para os vasos, obliterando a vasculatura e causando hipertensão arterial) • Dilatação ou contração dos túbulos, com atrofia do epitélio de revestimento PNC por refluxo vesicoureteral PNC por obstrução • A maioria dos túbulos dilatados contém material róseo, com aspecto vítreo e PAS positiva, conhecidos como cilindros coloidais, que têm aparência de tecido da tireoide, daí o termo descritivo tireoidização • Geralmente, são vistos neutrófilos nos túbulos • Infiltrado MMN • Calcificações • Hidronefrose: • É o rim com PNC que possui uma dilatação pielo-calicial importante, assumindo um aspecto líquido • Pionefrose: • Presença de pus associada à PNC • Tratamento: • Na maioria das vezes é cirúrgico NECROSE TUBULAR AGUDA (NTA): - São perturbações metabólicas ou tóxicas que causam necrose das células epiteliais tubulares - Quadro bastante frequente - Caracterizada clinicamente pelo declínio aguda da função renal - Pode cursar com insuficiência renal aguda (IRA) - A regeneração é possível, uma vez que a lesão ocorre em tecido epitelial (diferente da papilite necrotizante, que é um quadro irreversível) - Dado a reversibilidade do quadro, não é necessário realizar biópsia - Causas: • Isquêmicas: • Provocado por insuficiência da perfusão renal: • CX de grande porte • Queimaduras graves • Hemorragias • Choque hemodinâmico Tireoidização • Tóxicas: • Produtos endógenos (hemoglobinúria e mioglobinúria — comum em pacientes que sofrem trauma com esmagamento de grande território muscular) • Metais pesados (chumbo e mercúrio) • Solventes orgânicos (clorofórmio, tetracloreto de carbono) • Drogas (ATBs, AINEs e ciclosporina) • Outras toxinas (paraquat, fenol, etileno glicol, fungos venosos, acidentes ofídicos) - Macroscopia: • É um quadro mais inespecífico • Apresenta congestão vascular - Microscopia: • Existem áreas de túbulos necróticos intercaladas com áreas de túbulos saudáveis NEFRITE INTERSTICIAL INDUZIDA POR DROGAS: - Nesta época de amplo uso de antibióticos e analgésicos, essas drogas se revelaram importantes causas de lesões renais - A nefrite tubulointersticial induzida por drogas ocorre como reação adversa a grande número de drogas - Essa doença está associada mais frequentemente com as: • Penicilinas sintéticas (meticilina, ampicilina) • Outros antibióticos sintéticos (rinfamicina) • Diuréticos (tiazidas) • Agentes inflamatórios não esteroidais • Numerosas outras drogas (fenindiona, cimetidina) - Ocasiona inflamação do interstício associada a atrofia ou dano tubular - Nefrite intersticial Aguda: • Normalmente 2 a 3 semanas após exposição ao agente há: • Febre, mal estar, hematúria, proteinúria e níveis elevados de uréia • Pode evoluir para IRA • É possível a recuperação quando há retirada do agente causal • Não é necessária fazer biópsia, uma vez que o quadro é reversível - Nefrite intersticial Crônica: • Ocorre fibrose intersticial, inflamação crônica e atrofia tubular • Quadro mais grave que o agudo • Desenvolve insuficiência renal crônica após exposição ao agente • Muitos casos são idiopáticos • É indicado a realização de biópsia _______________________________________________________________________________________ NEOPLASIAS RENAIS: ANALISAR: 1. Idade • O raciocínio da neoplasia na criança e no adulto são muito distintos) 2. Topografia da lesão • A frequência da neoplasia varia de acordo com o sítio da lesão TUMORES RENAIS MAIS IMPORTANTES: - Neoplasias do Parênquima Renal: • Carcinoma de células renais (adultos) • Tumor de Wilms (crianças) - Neoplasia da Pelvis Renal: • Carcinoma de células transicionais (adultos) TUMOR DE WILMS (NEFROBLASTOMA): - Neoplasia maligna característica da infância - É o tumor renal primário mais comum em crianças - Mais frequente entre o 2º e 4º ano de vida - Ainda que seja um tumor bem agressivo para a criança, o prognóstico é positivo, com sobrevida geral de 90% - Patogenia: • Origem = alteração no cromossomo 11 • Pode cursar com outras malformações de trato urinário - Composto por: • O tumor de Wilms é composto por 3 componentes básicos: 1. Epitélio • Túbulos renais primitivos e glomérulos abortivos 2. Blastema • Células linfocitóides (blastema primitivo renal) • Células pequenas e azuis 3. Mesênquima (estroma) • Células fusiformes semelhantes a fibroblastos • Obs: eventualmente, pode apresentar elementos heterólogos (ossos, tecido muscular estriado, etc) - Macroscopia: • Ao exame macroscópico, o tumor de Wilms é tipicamente uma massa grande, solitária e de margens bem circunscritas • Aos cortes, o tumor é mole, homogêneo e de coloração bege a cinza, com focos ocasionais de hemorragia, degeneração cística e necrose, de forma que assemelha-se ao tecido cerebral e, por isso, recebe a designação de aspecto encefalóide - Microscopia: • Os tumores de Wilms são caracterizados pela presença de diferentes estágios de nefrogênese • Tendo isso em vista, ocorre a clássica combinação trifásica dos tipos celulares: • Blastema • Estroma • Epitélio • Essa combinação trifásica é observada na maioria das lesões, embora a porcentagem de cada componente seja variável - Clínica: • As queixas dos pacientes em geral são referentes ao tamanho enorme do tumor • É comum haver uma massa abdominal facilmente palpável, que pode se estender através da linha média e na direção da pelve • Menos frequentemente, o paciente apresenta-se com febre e dor abdominal, com hematúria e, ocasionalmente, obstrução intestinal em virtude da pressão do tumor • Resultados excelentes são obtidos com uma combinação de nefrectomia e quimioterapia - Prognóstico: • O prognóstico para o tumor de Wilms em geral é muito bom • Fatores importantes: • Idade do paciente (quanto mais velha a criança, mais agressiva é a lesão) • A extensão da neoplasia no momento do diagnóstico • Presença de necrose e mitoses no blastema (quanto mais, pior o prognóstico) - Componente familiar: • Quantos tumores de Wilms são familiares? • 90% são esporádicos • Apenas 5 a 10% são familiares • Os casos familiares podem estar associadas com supressão dos genes supressores tumorais WT1 e WT2 CARCINOMAS RENAIS: - Os carcinomas de células renais são derivados do epitélio tubular renal e, por isso, estão localizados predominantemente no córtex - Esses tumores representam 80-85% de todas as neoplasias malignas primárias dos rins - Os carcinomas renais ocorrem mais comumente entre a sexta e a sétima década de vida, e os homens são duas vezes mais afetados que as mulheres - Fatores de risco para carcinoma renal: • Tabagismo • Hipertensos • Obesos • Atividade ocupacional com exposição ao cádmio • O risco de desenvolvimento de câncer de células renais é aumentado 30 vezes em pessoas que adquirem doença policística como complicação da diálise crônica - As neoplasias de células renais são classificadas com base nos padrões de morfologia e crescimento - As três formas mais comuns são: 1. Carcinoma de células claras (80%) 2. Carcinoma papilífero renal (15%) 3. Carcinoma renal cromófobo (5%) - Carcinoma Papilífero:• Responsáveis por 10 a 15% de todas as neoplasias malignas renais • Como indicado em seu nome, ele apresenta um padrão papilar de crescimento • Essas neoplasias são frequentemente multifocais ou bilaterais e aparecem como tumores em estágio inicial • Ocorrem sob as formas familiar e esporádica • Origem = protoncogen MET e cromossoma 7 • Acomete túbulos proximais - Carcinoma Cromófobo: • São os menos comuns, representando 5% de todos os carcinomas de células renais • Surgem das células intercaladas dos ductos coletores • Seu nome deriva da observação de que a coloração das células tumorais é mais escura (menos claras) que a das células dos carcinomas de células claras • São únicos, pois suas células apresentam múltiplas perdas de cromossomos inteiros, incluindo os cromossomos 1, 2, 6, 10, 13, 17 e 21 • Assim, eles mostram hipodiploidia extrema • Em geral, os cânceres renais cromófobos têm bom prognóstico - Carcinoma de Células Claras: • É o tipo mais comum, contabilizando 65% dos cânceres de células renais • Histologicamente, são compostos por células com citoplasma claro • Embora a maioria seja esporádica, também ocorrem em formas familiares ou em associação com a doença de Von Hippel-Lindau (VHL) • Acomete mais homens na proporção 3:1 • Origem = alterações no cromossomo 3 • Macroscopia: • Destaca-se a coloração amarelada • Massas arredondadas solitária e grande (3 a 15cm) • Podem surgir em qualquer lugar do córtex • Pode apresentar hemorragias focais, necrose e formação de cistos com conteúdo hemorrágico (dx diferencial com cistos simples) • Presença de vasos anômalos (presença de fatores angiogênicos) — esses vasos anômalos podem ser percebidos nos exames de imagem (principalmente angiografia) • Com o aumento do tumor, ele pode infiltrar através das paredes do sistema coletor, estendendo-se pelos dois cálices e pelve até o ureter • Com mais frequência, o tumor invade a veia renal e cresce como uma coluna sólida no interior do vaso, às vezes estendendo-se em forma de serpentina, tanto para a veia cava inferior como para o lado direito do coração • Ocasionalmente, pode ser vista invasão direta na glândula suprarrenal ou na gordura perinéfrica Apresentação como massa amarelada Apresentação como cisto hemorrágico • Microscopia: • Origem nos túbulos contorcidos • Apresenta túbulos, papilas ou cordões neoplásicos de células poligonais • Presença de células claras (concentração de glicogênio e lipídios — citoplasma claro) • Clínica: • Mimetiza vários quadros clínicos, podendo desviar o diagnóstico • Pode apresentar: febre, sintomas constitucionais, síndromes paraneoplásicas, síndrome de Cushing, reação leucemóide, amiloidose, etc • Pode invadir veia renal ou cava inferior, realizando metástase vascular a distância (principalmente para ossos, fígado e pulmões) • Não incomum, as primeiras manifestações são fraturas ósseas • Tríade clássica (em 10% dos casos): • Hematúria (90%) • Dor em flanco • Aumento de volume de loja renal • Diagnóstico difíci l devido as múltiplas facetas de manifestação • Produz amplas metástases antes de qualquer sintomas local • Tratamento = nefrectomia. Não responde a radioterapia nem a quimioterapia • Sistema de Graduação de Fuhrman: • Estadiamento patológico: • Estágio I: menor que 7 cm • Estágio II: maior que 7cm • Estágio III: ultrapassa a loja renal mas não invade a fáscia de Gerota. Pode fazer metástase para veia cava • Estágio IV: invade a fáscia de Gerota e pode fazer metástase tanto hematogênica quanto linfática Grau I Grau II Grau III Grau IV _______________________________________________________________________________________ NEOPLASIAS UROTELIAIS (UROTELIOMAS): - Se originam no urotélio (epitélio transicional) - Podem se originar desde os pequenos cálices até a uretra (bexiga é o mais comum) QUEM SÃO? - Benignas: • Papilomas - Malignas: • Carcinomas transicionais • Baixo grau (exofítico) • Alto grau (infiltrativo) - Fatores de risco para uroteliomas: • Exposição a arilaminas • Abuso de analgésicos • Ciclofosfamida • Tabagismo • Infecção por Schistosoma hematobium • Utilização de ciclamato (adoçante) CARCINOMAS UROTELIAIS DA PELVE RENAL: - Morfologia: • Pode assumir 2 aspectos: • Lesões irregulares, frondosas, com aspecto papiliforme (aspecto papilar) • Áreas sólidas e infiltrativas, com pior prognóstico (aspecto infiltrativo) - Microscopia: • Há infiltração de células uroteliais com diferentes graus de atipia Aspecto papilar Aspecto infiltrativo - Clínica: • O tumor vai se fragmentando com o tempo, causando hematúria intermitente (principal sintoma) • Cólica renal também pode surgir pela fragmentação do tumor • Complicações: • São complicações secundárias à obstrução do trato urinário: • Hidronefrose • Pielonefrite • Litíase PAPILOMA DA BEXIGA: - Benigno - São multifocais - Apresentam elevado índice de recidiva (quanto maior o número de recidiva, maior a chance de malignização) - Morfologia: • Lesões que formam papilas digitiformes • Variante: • Papiloma invertido: mesma característica histológica só que crescem para dentro da papila - Microscopia: • Papilas que contém núcleo fibrovascular central revestido por células de transição de aspecto normal • As células de transição não podem ultrapassar 7 camadas (mais de 7 camadas indica malignidade e não papiloma) - Clínica: • Tratamento: • Ressecção endoscópica CARCINOMA DE BEXIGA: - Maior ocorrência entre os 50 e 80 anos - Afeta mais homens na proporção de 3:1 - Morfologia: • Pode ser papilar ou infiltrativo - Microscopia: • Também apresenta eixo fibrovascular • Mais de 7 camadas de células transicionais • Células transicionais com variados estágios de atipia - Clínica: • Hematúria indolor (principal sintoma) • Frequência e urgência urinária • Disúria • Tratamento: • Cistectomia em lesões grandes • CX endoscópica em lesões localizadas • Esvaziamento de linfonodos • Dependendo da extensão da lesão, é possível associar radio ou quimioterapia - Prognóstico: • Depende do grau e estadio do 1º diagnóstico _______________________________________________________________________________________ GLOMERULOPATIAS (antigamente referidas como GLOMERULONEFRITES): ASPECTO DE UM RIM NORMAL: - Barreira de filtração glomerular: 1. Endotélio 2. Membrana basal 3. Rara interna 4. Lâmina densa 5. Rara externa 6. Pedicelos 7. Carga polianiônica CARACTERÍSTICAS: - É a principal doença renal - A maioria são lesões crônicas - Compõe uma das indicações mais frequentes de biópsia renal CLASSIFICAÇÃO: - Quanto à origem: • Primárias: • Rim é o principal órgão envolvido • Maioria (97%) • Secundária: • Doenças sistêmica que lesa vários órgãos, incluindo os rins (ex: lúpus e diabetes) - Quanto à apresentação clínica: • Assintomáticas • Hematúria • Síndrome nefrítica • Síndrome nefrótica • Doença rapidamente progressiva • Doença crônica - Quanto à evolução: • Aguda • Rapidamente progressiva • Crônica SÍNDROME NEFRÓTICA X SÍNDROME NEFRÍTICA: - Essas duas síndromes são as principais manifestações clínicas das glomerulopatias - Síndrome Nefrótica: • A principal marca é a proteinúria maciça (>3,5g/dia) • Pode cursar com: • Hipoalbuminemia • Edema generalizado • Hiperlipidemia • Lipidúria • Depósitos de colágenos no glomérulo (quadro irreversível) • Em geral, as lesões são mais severas e permanentes - Síndrome Nefrítica: • A principal marca é a hematúria de início súbito • Pode cursar com: • Proteinúria leve à moderada • Edema localizado • Hipertensão arterial • Leucócitos na urina • Em geral, as lesões são mais brandas e passíveis de recuperação MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO DAS GLOMERULOPATIAS: - As glomérulopatias são mediadas pelo sistema imune: 1. Deposição de complexos imunes circulantes que atingem o glomérulo2. Antígenos circulantes que atingem o glomérulo 3. Anticorpos anti-membrana basal glomerular ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS CAUSADAS PELAS GLOMERULOPATIAS: - Hipercelularidade tecidual (proliferação das células do glomérulo e atração de leucócitos) - Espessamento da membrana basal - Hialinização e esclerose (depósito de colágeno, ou seja, formação de cicatrizes) - Desaparecimento dos pés dos podócitos (pedicelos) TIPOS DE GLOMERULOPATIAS: - Quanto à extensão da lesão no glomérulo: 1. Global: • Acomete todo o glomérulo • A lesão se extende para todas as alças capilares 2. Segmentar: • Acomete apenas algumas alças capilares - Quanto à extensão da lesão na amostra: 1. Difusa: • Quando todos os glomérulos analisados estão afetados 2. Focal • Quando apenas alguns glomérulos analisados estão afetados • O grande problema das lesões focais é que eles podem vir normais na biópsia - Obs: essas classificações se associam (ex: glomerulopatia global e difusa) _______________________________________________________________________________________ PRINCIPAIS GLOMERULOPATIAS: - Glomerulopatia Pós-Estreptocócica (Glomerulopatia Proliferativa Aguda): • Ocorre 1 a 4 semanas após a infecção estreptocócica de garganta • Acomete principalmente crianças • É importante ficar claro que não é o estreptococo que causam a glomerulopatia, mas sim a resposta imune à sua infecção • Causa síndrome nefrítica • Achados da biópsia: • Glomerulopatia difusa • Hipercelularidade global • Achados da imunofluorescência: • Padrão granular (Ig e sistema complemento na membrana basal) • Reação de hipersensibilidade tipo III • Microscopia: • Tufo glomerular alargado • Espaço de Bowman alargado • Aumento da celularidade (proliferativa) • Presença de neutrófilos • Apresenta ótimos resultados com tratamento (98% resolvem totalmente) • Apenas 2% dos casos complicam e se tornam processos crônicos _______________________________________________________________________________________ - Glomerulopatia Rapidamente Progressiva (Crescêntica): • Causa síndrome nefrítica + falência renal rapidamente progressiva • Características: • Proliferação de células no espaço de Bowman (na forma de “lua crescente”) • Esse padrão crescêntico ocorre devido ao extravasamento de fibrina para o espaço de Bowman Glomerulopatia Pós-Estreptocócica - Hipercelularidade glomerular - Luz tubular preenchida por cilindro de hemácia • Causas: • Pós-infecção • Doença sistêmica (LES e Síndrome de Goodpasture - Anticorpos antimembrana glomerular + anticorpos antimembrana dos alvéolos - óbito em >99% dos casos) • Doença primária do rim • Microscopia: • Áreas de necrose com ruptura de alças capilares (setas) • Destruição de estruturas glomerulares normais • Massa em formato de crescentes • Uma minoria de casos consegue voltar para a normalidade • A maioria evolui para fibrose _______________________________________________________________________________________ - Glomerulopatia Membranosa: • É a principal causa de síndrome nefrótica em adultos • Características: • Depósitos eletrondensos contendo Ig ao longo do lado subepitelial da membrana basal glomerular (entre os pés dos podócitos e a membrana basal) • Idiopática em 85% dos pacientes (principalmente idosos) • 15% pode ser pós quadros infecciosos ou em LES • Macroscopia: • Rim aumentando de volume, edematoso, pálido e, as vezes, com petéquias • Microscopia: • Espessamento das alças capilares • Enrijecimento da parede dos capilares • Depósitos subepiteliais (spikes, corcovas ou espículas): irregularidades formadas por depósitos de Ig _______________________________________________________________________________________ - Glomeruloesclerose Segmentar Focal (GSF): • Causa síndrome nefrótica • Características: • Esclerose de alguns glomérulos (focal) • Apenas uma porção do tufo capilar está envolvida (segmentar) • Afeta principalmente adolescentes e adultos jovens • Início nos glomérulos justamedulares (a biópsia deve conter parte da cortical e da medular) • Semelhante à nefrose lipoídica, mas tem alterações ao MO e prognóstico ruim (não responde a corticóides) • É uma doença eminentemente progressiva • Microscopia: • Glomeruloesclerose focal e segmentar • Deposição cicatricial (colágeno) obliterando a luz capilar • Acúmulo de matriz preenchendo uma porção do glomérulo • Apenas alguns glomérulos afetados e apenas uma porção dentro do glomérulo _______________________________________________________________________________________ - Doença de Lesão Mínima (Nefrose Lipoídica): • É a principal causa de síndrome nefrótica em crianças (nos adultos é GP membranosa) • Características: • Glomérulos normais à microscopia óptica, mas com apagamento uniforme e difuso dos pedicelos das células epiteliais à microscopia eletrônica • O prognóstico a longo prazo é excelente (responde bem à corticoide) Pedicelos normais Doença de lesão mínima _______________________________________________________________________________________ - Nefropatia por IgA (Doença de Berger): • É a principal causa de hematúria glomerular recorrente (pode cursar com síndrome nefrótica e/ou nefrítica) • Características: • Frequentemente afeta adultos jovens • Histologicamente os glomérulos estão normais (no máximo apresentam hipercelularidade do mesângio) • No entanto, há deposição mesangial exclusiva de IgA, sugestivo de aprisionamento de agregado circulantes de IgA (DX só é fechado com imunofluorescência) _______________________________________________________________________________________ GLOMERULOPATIAS SECUNDÁRIAS: - LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES): • A insuficiência renal é a principal morbo-mortalidade em paciente com lúpus • Tamanho e propriedade químicas dos complexos imunes circulantes (CICs) determinam o local de depósito • Classificação da Nefrite Lúpica (segundo OMS): • Padrão I - padrão normal • Padrão II - GN mesangial • Padrão III - GN proliferativa focal • Padrão IV - GN proliferativa difusa (mais frequente e mais destrutiva) • Padrão V - GN membranosa - DIABETES MELLITUS: • Caracterizada por deposição de materiais glicosilados na membrana basal glomerular • Doença de Kimmelsvtiel-Wilson: • É um quadro patognomônico de DM • Caracterizado por deposição locular + material glicosilado • Clinica: • Proteinúria • Função renal diminuída _______________________________________________________________________________________ GLOMERULOPATIA CRÔNICA: - Independe de qual tipo de glomerulopatia (primária ou secundária), o paciente pode evoluir para glomerulopatia crônica (em maior ou menor grau) - Caracterizada por lesões bem estabelecidas que levam à insuficiência renal crônica - Quando o paciente já é diagnosticado com glomerulopatia crônica, não é possível saber qual foi o quadro inicial - Em média, 50% das GN evoluem para cronicidade - Índice de progressão para GN crônica: 1. GN pós estreptocócica = 1 a 2% 2. GN rapidamente progressiva = 90% 3. GN membranosa = 40% 4. GN segmentar focal = 50 a 80% 5. GN proliferativa = 50% 6. Nefropatia por IgA = 30 a 50% - Aspectos Microscópicos: • Fibrose do interstício • Túbulos afastados e atróficos • Hialinização dos glomérulos • Infiltrado inflamatório
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