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Exame físico torácico: Antes de iniciar o exame físico do tórax, o médico já deve ter feito o exame físico geral, incluindo cabeça, tronco e membros, para identificar eventuais alterações que possam ser correlacionadas com doenças pulmonares. Inspeção: O paciente é examinado sentado ou deitado. É observado o formato do tórax e suas anomalias estruturais, congênitas e estruturais, localizadas ou difusas, simétricas ou não. Na inspeção dinâmica observam-se os movimentos respiratórios, suas características e alterações. Na pele observam-se a coloração e o grau de hidratação, bem como se há lesões elementares sólidas, correlacionando-as com as doenças pulmonares. O sistema muscular deve ser analisado de maneira comparativa a fim de que se possa visualizar alterações tróficas de grupos musculares. Nas partes ósseas, deve-se procurar retrações e abaulamentos difusos ou localizados. Tipos de Tórax: Tipo Respiratório: Observa-se a movimentação do tórax e do abdome para reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos, ou seja, se há predomínio da respiração torácica ou diafragmática. Ritmo respiratório: A inspiração e expiração, normalmente, sucedem-se com a mesma amplitude e duram quase o mesmo tempo sendo intercaladas por uma pequena pausa. Quando uma dessas características se modifica, surgem os ritmos respiratórios anormais. Exame Físico Torácico Por Jeniffer Bennes Palpação: A palpação complementa a inspeção e permite examinar lesões superficiais quanto à forma, volume e consistência. Pode também avaliar a sensibilidade superficial e profunda, dor provocada e espontânea ou qualquer outra manifestação dolorosa. Deve-se palpar cuidadosamente os linfonodos da região. Expansibilidade: A expansibilidade dos ápices pulmonares é pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares. Para avaliar a expansibilidade das bases pulmonares, apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais. Em ambas as manobras, o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e este deve respirar profunda e pausadamente. Esta técnica é útil na identificação dos processos localizados nas bases e que reduzem a mobilidade da região. Frêmito Toracovocal (FTV): Corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. São mais perceptíveis nos indivíduos de voz grossa. Pede-se ao paciente que ele pronuncie palavras ricas em consoantes. “Trinta e três”. A maneira correta de pesquisa-lo é colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando-se intensidade das vibrações em regiões homólogas. O FTV é mais acentuado à direita e nas bases, e melhor sensação se obtém quando se coloca apenas a face palmar correspondente ao 2º, 3º e 4º quirodáctilos. Percussão: Inicia-se pela face posterior, de cima para baixo, ficando o médico à esquerda do paciente. Percute-se, primeiro, cada hemitórax separadamente e, posteriormente, percute- se comparativa e simetricamente as regiões. A mão esquerda, com os dedos ligeiramente separados, deve apoiar-se suavemente sobre a parede, e o dedo médio, sobre o qual se percute, exerce apenas uma leve pressão sobre o tórax. Quatro tonalidades são obtidas: Som claro pulmonar (na área de projeção dos pulmões). Som timpânico (no espaço de Traube) Som submaciço (na região inferior ao esterno e região precordial). Som maciço (na região infra mamária direita). Ausculta: Muito importante no exame físico dos pulmões. Para sua realização é necessário o máximo de silencio e comodidade ao médico e ao paciente. O médico posiciona-se atrás do paciente, que deve estar com o tórax despido e pede- se que o mesmo respire profunda e pausadamente, com a boca aberta, sem fazer ruído. Os sons pleuropulmonares podem ser classificados em: SONS NORMAIS: o Som traqueal o Som brônquico o Murmúrio vesicular o Som broncovesicular SONS ANORMAIS: o Sopros o Atrito pleural (som de duração maior e baixa frequência) o Descontínuos: estertores finos e grossos o Contínuos: roncos (constituídos por sons graves e de baixa frequência), sibilos (sons agudos e de alta frequência), estridor (é produzido pela semiobstrução da laringe ou traqueia. SONS VOCAIS: o Broncofonia (ausculta-se a voz sem nitidez). o Egofonia o Pectorilóquia fônica (ausculta-se a voz nitidamente). o Pectorilóquia afônica (ausculta-se a voz mesmo se cochichada).
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