PCC EDUCAÇÃO ESPECIAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
 GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MARCELA OLIVEIRA MONTALVÃO
 PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL
 Porto Velho – Rondônia
 2021
 PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ENTREVISTA COM APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
INTRODUÇÃO
 A Educação Inclusiva é uma realidade na sociedade brasileira e no mundo, tanto em instituições privadas quanto públicas, visando uma maior inclusão de pessoas com deficiências físicas e intelectuais no convívio social. Essa realidade está sendo vista nos dias atuais como uma tendência, tratando-se de uma mudança histórica, consequência da valorização dos direitos humanos, pretendendo alcançar no futuro, um ambiente livre de intolerância e preconceito.
 Mas afinal, o que é a Educação Inclusiva e quais são os impactos para a sociedade?!
 A Educação Inclusiva visa seguir um princípio importante na Declaração Universal dos Direitos Humanos, buscando garantir o direito de todo ser humano à educação. A Educação Inclusiva pressupõe a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando, assim as diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Para isso implica a transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção.
De acordo com ONOFRE (2019)
 
 “O ensinar e o aprender alcançaram dimensões significativas, pois o processo de Ensino aprendizagem tornou-se uma realidade presente na relação entre os sujeitos aprendentes. Alguém ensina e alguém aprende. Quem ensina aprende e quem aprende tem algo a ensinar. Nessa relação, a educação se constitui numa construção do conhecimento que pautado na busca de novos saberes, novas práticas e significações.”
 (ONOFRE, Joelson Alves. 2017).
 A partir dessa reflexão de Onofre, pode-se perceber a importância de uma escola inclusiva para o desenvolvimento positivo da sociedade. Uma escola inclusiva é considerada líder em relação às demais que não adotam uma postura de inclusão. A escola inclusiva se desvincula do tradicionalismo escolar, onde o professor é a autoridade em sala de aula por ser o detentor do conhecimento científico, enquanto o aluno é somente preparado intelectualmente através do conhecimento exposto, sem interações entre aluno-professor. Desta forma, não é possível que o professor perceba as reais necessidades do aluno no processo ensino-aprendizagem.
 Com essa mudança de postura da instituição escolar frente aos alunos com necessidades específicas, pode-se entender que ela aplica os princípios da educação inclusiva: 
1) Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;
2) Toda pessoa aprende;
3) O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;
4) O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos;
5) A educação inclusiva diz respeito a todos.
 Vale ressaltar que a inclusão escolar, além de assegurar direitos e princípios, também tem um papel importante de auxiliar no desenvolvimento socioemocional do aluno com necessidades especiais. O objetivo maior da instituição escolar é fazer com que todos que façam parte dela – alunos, colaboradores, professores, gestores, familiares – façam parte desse processo de inclusão, valorizando as relações sociais, o respeito e a cooperação.
 A educação inclusiva faz com que os professores se tornem mais próximos dos alunos, percebendo suas maiores dificuldades e a partir disso, buscar adequar o planejamento escolar, juntamente com a equipe técnica da escola, como por exemplos:
· Utilizar materiais e técnicas lúdicas que possam facilitar na compreensão do conteúdo, adaptando-as de acordo com a limitação do aluno;
· Realizar atividades em duplas ou em grupos para garantir a inclusão desses estudantes, criando um ambiente de cooperação e interação entre os alunos, promovendo o respeito e a diversidade;
· Alterar os critérios de avalição para que possam atender às necessidades dos alunos portadores de necessidades especiais.
 É importante ressaltar que os professores precisam de suporte da escola e da família para um bom andamento do processo ensino-aprendizagem do aluno com necessidades especiais, para que assim, tenham sucesso no processo de desenvolvimento do aluno incluso.
 Vale destacar que independente da linha pedagógica adotada pela escola, é essencial para garantir o acesso à educação para todos, cujo foco principal é o bem estar tanto de todos os alunos, em especial àqueles que necessitam de atenções especiais.
DESENVOLVIMENTO
 A partir de uma reflexão acerca da formação do docente para trabalhar com alunos com deficiências, foi feita uma entrevista via Whatsapp com a professora Carolina Solano Augusto, graduanda pela Universidade Estácio de Sá e que, atualmente, exerce a função lecionando em sua escola de reforço escolar, criada por ela e por sua mãe, professora e pedagoga, Rosangela Silva Solano Augusto.
 Carolina Solano Augusto atualmente cursa o último período de Pedagogia pela Universidade Estácio de Sá, porém quando cursava o Ensino Médio fez curso de formação de professores, com habilitação na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, EJA e Educação Especial.
 Na sua visão de educadora, os alunos com necessidades especiais precisam de uma mediação para facilitar seu processo de ensino-aprendizagem, acompanhando suas evoluções e necessidades. Para que possa facilitar esse processo de ensino-aprendizagem, a professora busca adaptar seu planejamento de aula, para que seja compatível também com os alunos que não possuem necessidades especificas, com o intuito de ter uma relação de proximidade entre aluno com necessidades especificas – professor e também com os demais alunos da sala, com atividades dinâmicas envolvendo tecnologias, jogos com letras de madeira, atividades em grupo, alfabeto e números emborrachados, entre outros recursos. Desta forma, o aluno consegue participar da aula, interagir com o conteúdo aprendido dentro do tempo estabelecido, bem como com os demais alunos de forma positiva, com o objetivo de ter toda sua turma participando ativamente de maneira coletiva sem distinguir diferenças físicas ou intelectuais de alunos.
 Para ela, a parceria entre aluno – professor – escola – família deve ser constante, visto que um precisa do outro para que o desenvolvimento pleno e significativo do aluno incluso seja feito de maneira adequada, visando o seu bem estar físico, intelectual e psicológico. A avalição de aprendizagem do aluno incluso é feita através de relatórios, diários, anotações e registro das evoluções diárias que o mesmo demostra.
 Sobre os maiores desafios encontrados pela professora na construção de uma proposta educadora inclusiva é relatado a falta de recursos vindo da instituição de ensino e em alguns casos, falta de suporte dos pais no progresso do aluno com necessidades especificas. Em sua visão, os professores muitas vezes precisam se desdobrar para fazer um trabalho com excelência sem apoio de recursos da instituição, como por exemplo, um mediador para auxiliar no acompanhamento durante a aula, sem material especifico para se trabalhar com aluno, sem estrutura física adequada que facilite a acessibilidade.
 Em alguns casos, também é possível ver a dificuldade das famílias em participar desse trabalho pedagógico-social, já que é a primeira responsável pela educação desses alunos. Em muitos casos a família não aceita que o aluno incluso possui determinada deficiência e sempre cobra uma atitude do professor e da instituição de ensino para que aquele aluno aprenda de maneira igual dos demais alunos, não auxiliando no desenvolvimentointelectual e físico do aluno, bem como do trabalho pedagógico da escola. Outras situações se remetem às questões financeiras e sociais, onde as famílias não possuem recursos financeiros e estruturas adequadas em casa para poder dar continuidade no trabalho feito em sala de aula, sendo para professora um ponto muito importante que não deve ser descartado.
CONCLUSÃO
 Apesar das dificuldades encontradas para uma melhor inclusão educacional e social de pessoas com deficiências, é importante destacar que a família – parceira essencial que no processo de inclusão na escola - do aluno não está sozinha nesse processo. O professor, a escola e família devem estabelecer um relacionamento estreito, com diálogos amplos e constantes, para que possam promover um tratamento sócio - emocional e um processo educacional de excelência, adequado às limitações e realidades de cada aluno incluso. Somente assim é possível garantir aos estudantes com necessidades especiais o direito à educação.
REFERÊNCIAS
Educação Inclusiva: o que é e os desafios no Brasil. 
Disponível em: https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/
Acesso em: 2 de junho de 2021
O que é Educação Inclusiva?
Disponível em: https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva/
Acesso em: 2 de junho de 2021	
O que é uma Escola Inclusiva?
Disponível em: http://www.amoraonline.com.br/o-que-e-uma-escola-inclusiva/
Acesso em: 2 de junho de 2021
ONOFRE, Joelson Alves. Educar para uma sociedade inclusiva. 
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educar-para-uma-sociedade-inclusiva.htm
Acesso em: 3 de junho de 2021
Práticas Pedagógicas: Qual é o papel da escola na inclusão?
Disponível em:https://www.sistemapoliedro.com.br/blog/qual-e-o-papel-da-escola-na-inclusao/
Acesso em: 3 de junho de 2021