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TUT 05 – M02 @gabrielholandac Imunodeficiência e hipersensibilidade Brainstorm Imunodeficiência ➥ O que é? ➥ Quais? Subclassificações? ➥ Caráter genético? ➥ Adquirida? (AIDS) ➥ Pode ser desencadeada por tratamentos ou doenças (vírus e outros agentes)? Rebote, homeostasia prejudicada a longo prazo ➥ Imunodeficiência primária e secundária ➥ Quatro tipos? ➥ Ex: Psoríase, Lúpus, Líquen Plano, Neoplasia, AIDS, artrite reumatoide, vitiligo, síndrome de joguen, doença celíaca............. Alergia (hipersensibilidade) ➥ Tipos ➥ Provável alergia, reação demasiada, desencadeada ➥ Causadores de alergia (alimentos, substancias, condições) ➥ Limiar de alergia? ➥ Acontece quando há exposição Resposta imune ➥ Exposição ➥ Produção de IgE ➥ Mastócito produz histamina, bradicinina... ➥ Influencia de Eosinófilo ➥ Resposta diferente de infecções? Objetivos ➥ Entender as imunodeficiências primária e secundária ➥ Compreender o que é e como ocorre a resposta de hipersensibilidade ➥ Conhecer os tipos de hipersensibilidade Resumo Imunodeficiências (IDF) ➥ Classificadas em primária e secundária ➥ Primárias ou congênitas são defeitos genéticos, que geralmente se manifestam nas fases de lactação e início da infância, mas podem ser diagnosticadas mais tarde ➥ Secundárias ou adquiridas não são hereditárias, mas podem se desenvolver por causa de desnutrição, câncer disseminado, uso de medicamentos imunossupressores ou infecção de células do sistema imune, principalmente por HIV ➥ A principal consequência das imunodeficiências é aumento da susceptibilidade a infecções ➥ Imunidade humoral defeituosa resulta em infecção por bactérias encapsuladas formadoras de pus e alguns vírus ➥ Imunidade mediada por células levam à infecção por vírus e outros microrganismos intracelulares ou à reativação de infecções latentes ➥ Deficiências combinadas fazem com que os pacientes fiquem suscetíveis a infecções de todos os tipos ➥ Defeitos na imunidade inata podem causar infecções por diferentes tipos de microrganismos, dependendo da via ou do tipo celular afetados ➥ Muitas imunodeficiências causadas por mutações de genes únicos tornam os indivíduos suscetíveis a um grupo muito restrito de infecções ➥ Mecanismos diferentes são essenciais para a defesa contra diferentes patógenos, de forma que defeitos em qualquer um desses mecanismos torna os pacientes suscetíveis a apenas algumas infecções ➥ Pacientes com IDF também são suscetíveis a certos tipos de câncer ➥ Esses cânceres podem ser causados por vírus oncogênicos, como o Epstein-Barr (EBV) e os papilomavírus humanos (HPVs) ➥ O aumento de câncer é mais notado na IDF de células T, já que elas têm papel na vigilância de tumores malignos ➥ Algumas IDF estão associadas a uma maior incidência de autoimunidade ➥ Geralmente se observa autoimunidade em IDFs que há uma perda incompleta de uma população ou função imune decorrente de mutação hipomórfica, que causa atenuação de algum mecanismo regulador ➥ A perda parcial de componentes enzimáticos ativadores da recombinação, RAG-1 ou RAG-2, podem causar a redução do desenvolvimento dos linfócitos (IDF), mas também causa um defeito na edição do receptor, resultado na falha de um mecanismo de tolerância de células B, havendo a autoimunidade ➥ Também é possível que infecções persistentes causem a ativação da imunidade inata e lesão tecidual, além de promover ativação de linfócitos autorreativos ➥ A IDF pode resultar de defeitos do desenvolvimento ou na ativação dos linfócitos, ou de defeitos nos mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa ➥ As doenças por IDF são clínica e patologicamente heterógenas porque doenças diferentes envolvem partes diferentes do sistema imune ➥ Anormalidades no desenvolvimento dos linfócitos podem ser causadas por mutações em genes codificadores de enzimas, adaptadores, proteínas transportadoras e fatores de transcrição IDF primárias (congênitas) ➥ A anormalidade pode estar em componentes do sistema imune inato, ou nos estágios do desenvolvimento dos linfócitos, ou nas respostas dos linfócitos aos estímulos antigênicos ➥ Normalmente são identificadas em função de um histórico clínico de infecções de repetição ➥ Alguns diagnósticos são relativamente fáceis de se realizar por meio da determinação dos níveis séricos de imunoglobulinas (Ig), da citometria de fluxo de células imunes ou da avaliação da função dos neutrófilos in vitro ➥ Investigações mais detalhadas frequentemente são necessárias para a obtenção de um diagnóstico preciso Defeitos na imunidade inata ➥ Afetam os fagócitos e o complemento ➥ Defeitos nos fagócitos geralmente resultam em infecções de pele e do trato respiratório por bactérias ou fungos, normalmente Cândida e Aspergillus ➥ Também se encontram abscessos profundos e estomatite oral ➥ Defeitos na sinalização de TRL e IFN do tipo I podem contribuir para infecções piogênicas (produtoras de pus) recorrentes e infecções virais graves ➥ Defeitos na via de IL-12 e IFN-y aumentam a susceptibilidade a patógenos intracelulares, particularmente infecções micobacterianas Doença granulomatosa crônica ➥ Defeitos na produção de espécies reativas do oxigênio pelos fagócitos ➥ Infecções intracelulares bacterianas e fúngicas recorrentes ➥ Mutação nos genes que codificam proteínas do complexo oxidase dos fagócitos; phox91 (subunidade α do citocromo b558) está mutada na forma ligada ao X (mulher) Deficiência de adesão leucocitária tipo 1 ➥ Defeito na adesão dos leucócitos às células endoteliais e na migração para os tecidos associado à diminuição ou ausência da expressão de β2 integrinas ➥ Infecções bacterianas e fúngicas recorrentes ➥ Mutação no gene que codifica a cadeia β (CD18) das β2 integrinas Deficiência de adesão leucocitária tipo 2 ➥ Defeito no rolamento e migração dos leucócitos para os tecidos associado à diminuição ou ausência da expressão de ligantes leucocitários para as E- e Pselectinas endoteliais ➥ Causando falha na migração de leucócitos para os tecidos ➥ Infecções bacterianas e fúngicas recorrentes ➥ Mutações no gene que codifica o transportador-1 GDPfucose, necessário para o transporte de fucose no Golgi e sua incorporação ao sialil Lewis X Deficiência de adesão leucocitária tipo 3 ➥ Defeito na adesão e migração dos leucócitos para os tecidos associado à ativação deficiente de integrinas estimulada por quimiocinas ➥ Mutação no gene que codifica KINDLIN-3, uma proteína do citoesqueleto associada à ativação da integrina Síndrome ChédiakHigashi ➥ Defeito na fusão das vesículas e função lisossômica dos neutrófilos, macrófagos, células dendríticas, células NK, células T citotóxicas e muitos outros tipos celulares ➥ Infecções recorrentes por bactérias piogênicas ➥ Mutação no gene LYST que causa defeito na exocitose dos grânulos secretores e função lisossômica Deficiências de células NK ➥ Redução ou ausência de células NK ➥ Mutações no gene que codifica o fator de transcrição GATA-2 e no gene que codifica a DNA helicase MCM-4 Defeitos na sinalização do receptor do tipo Toll (TLR) ➥ Infecções recorrentes causadas por deficiência na sinalização de TLR e CD40 e defeitos na produção de interferon do tipo I ➥ Mutações nos genes TLR3, TRIF, TBK1, NEMO, UNC93B, MyD88, IκBα e IRAK4 comprometem a ativação de NF-κB downstream ao TLR Suscetibilidade mendeliana a doenças micobacterianas ➥ Doença grave causada por micobactérias ambientais não tuberculosas, BCG e outras bactérias intracelulares ➥ Mutação nos genes IL12p40, IL12RB, IFNGR1, IFNGR2, STAT1, NEMO e ISG15 IDF combinadas graves ➥ Afetam tanto a imunidade humoral como a imunidade mediada por células são chamadas imunodeficiências combinadasgraves (SCID) ➥ Consequência do desenvolvimento comprometido de linfócitos T associado ou não a defeitos na maturação de células B ➥ Quando não há bloqueio no desenvolvimento das células B, o defeito na imunidade humoral deve-se à ausência da ajuda de células T ➥ Pacientes com SCID sofrem de graves infecções que podem ser fatais, incluindo pneumonia, meningite e bacteremia ➥ A catapora (varicela) normalmente permanece limitada à pele e membranas mucosas em crianças imunologicamente normais e tipicamente se resolve em dias, ao passo que nos pacientes com SCID a infecção pode progredir e envolver os pulmões, fígado e cérebro. ➥ Crianças com SCID frequentemente desenvolvem infecções gastrintestinais normalmente causadas por rotavírus, por CMV ou pelos protozoários Crytosporidium e Giardia lamblia, provocando diarreia persistente e má absorção ➥ Crianças com SCID também podem desenvolver infecções causadas por vacinas vivas atenuadas, as quais não são prejudiciais em crianças que apresentam imunidade normal ➥ As vacinas para varicela, sarampo, caxumba, rubéola e rotavírus são vacinas de vírus vivos e as crianças com SCID podem contrair as infecções a partir dessas vacinas ➥ Alguns pacientes com SCID desenvolvem uma erupção cutânea crônica que é frequentemente confundida com infecção. A erupção é causada por uma reação enxerto- versus-hospedeiro na qual as células T maternas entram no feto, mas não são rejeitadas (porque o feto não apresenta um sistema imune competente) e reagem contra os tecidos do bebê ➥ Mutações em genes envolvidos em diferentes etapas do desenvolvimento de linfócitos podem causar SCID ➥ A maturação dos linfócitos T e B a partir de células-tronco hematopoéticas em linfócitos maduros funcionalmente competentes envolve a proliferação dos progenitores de linfócitos, rearranjo dos genes do receptor antigênico, seguido pela seleção de células com especificidades úteis ➥ Existem defeitos em muitas dessas etapas nas várias formas de SCID, incluindo no desenvolvimento tímico, no metabolismo de purinas e na sinalização de citocinas ➥ Cerca de 50% das SCID são autossômicas recessivas, o restante é ligado ao X Desenvolvimento Tímico Defeituoso Defeito no ponto de controle do pré-TCR ➥ Células T reduzidas, células B normais ou reduzidas, Ig sérica reduzida ➥ Mutação nos genes CD45, CD3D, CD3E, ORAI1 (componente do canal CRAC), STIM1 Síndrome DiGeorge ➥ Células T reduzidas; células B normais; Ig sérica normal ou reduzida ➥ Deleção em 22q11; mutações no fator de transcrição T- box 1 (TBX1) Deficiência de FoxN1 ➥ Aplasia tímica com desenvolvimento defeituoso de células T ➥ Mutação recessiva em FoxN1 Deficiência da cadeia α do TCR ➥ Ausência de células T αβ; células T γδ normais ➥ Infecções recorrentes e autoimunidade ➥ Deleção autossômica recessiva na região C da cadeia α do TCR Deficiência no egresso de células T tímicas e sinalização de células T ➥ Redução acentuada de todas as células T periféricas ➥ Mutações nos genes RHOH e MST1 Perda seletiva de células T CD4 + e deficiência da sinalização de células T ➥ Células T CD4 + reduzidas ➥ Mutações nos genes LCK e UNC119 Síndrome do linfócito nu ➥ Expressão defeituosa do MHC de classe II e deficiência em células T CD4+ ➥ Imunidade mediada por células e respostas imunes humorais T-dependentes defeituosas ➥ Defeitos nos fatores de transcrição que regulam a expressão gênica do MHC de classe II, incluindo os genes CIITA, RFXANK, RFX5 e RFXAP Deficiência do MHC de classe I ➥ Níveis do MHC de classe I diminuídos ➥ Células T CD8 + reduzidas ➥ Mutações nos genes TAP1, TAP2 e TAPASINA Disgenesia reticular ➥ Células T, células B e células mieloides reduzidas ➥ Mutação no gene AK2 Defeitos em Vias de Salvamento de Nucleotídeos Deficiência de ADA ➥ Diminuição progressiva de células T, células B e células NK ➥ Ig sérica reduzida ➥ Mutação no gene ADA, levando ao acúmulo de metabólitos tóxicos em linfócitos Deficiência de PNP ➥ Diminuição progressiva de células T, células B e células NK ➥ Ig sérica reduzida ➥ Mutação no gene PNP, levando ao acúmulo de metabólitos tóxicos em linfócitos Defeitos na Sinalização de Citocinas SCID ligado ao X ➥ Diminuição acentuada de células T; células B normais ou aumentadas ➥ Ig sérica reduzida ➥ Mutações na cadeia γ comum do receptor de citocinas ➥ Desenvolvimento defeituoso de células T devido à ausência de sinais derivados de IL-7 Formas autossômicas recessivas ➥ Diminuição acentuada de células T; células B normais ou aumentadas ➥ Ig sérica reduzida ➥ Mutações nos genes IL2RA, IL7RA, JAK3 Defeitos na Recombinação V(D)J Defeitos na recombinação mediada por RAG1 ou RAG2 * ➥ Células T e B reduzidas ➥ Ig sérica reduzida ➥ Ausência ou deficiência de células T e B ➥ Clivagem defeituosa durante recombinação V(D)J; mutações nos genes RAG1 ou RAG2 ➥ Mutações hipomórficas nos genes RAG e em ARTEMIS podem contribuir para a Síndrome de Omenn. Reparo na quebra da dupla-fita e ponto de controle ➥ Células T e B reduzidas ➥ Ig sérica reduzida ➥ Ausência ou deficiência de células T e B ➥ Falha em resolver grampos durante a recombinação V(D)J; mutações nos genes ARTEMIS, DNA-PKcs, CERNUNNOS, LIG4, NBS1, MRE11, ATM Deficiências de Anticorpos: Defeitos no Desenvolvimento e Ativação das Células B ➥ Defeitos mais restritos às células B resultam em doenças nas quais a anormalidade primária está na produção de anticorpos ➥ Causadas por defeitos no desenvolvimento das células B e outras são causadas por anormalidades na ativação da célula B e da síntese de anticorpos ➥ Deficiências de anticorpos também podem ser acompanhadas por defeitos na ativação de macrófagos e APCs, o que, por sua vez, resulta em atenuação da imunidade mediada por células (Síndromes de hiper-IgM) Agamaglobulinemias Ligada ao X ➥ Diminuição de todos os isótipos de Ig sérica ➥ Redução do número de células B ➥ Defeito no ponto de controle do receptor pré-B; mutação no gene BTK Formas autossômicas recessivas ➥ Diminuição de todos os isotipos de Ig sérica ➥ Redução do número de células B ➥ Defeito no ponto de controle do receptor pré-B; mutações na cadeia pesada IgM (µ), cadeia leve substituta (λ5), Igα, BLNK, P13K p85α Hipogamaglobulinemias / Defeitos de isotipos Deficiência seletiva de IgA ➥ Diminuição de IgA ➥ Pode estar associada ao aumento da susceptibilidade a infecções bacterianas e a protozoários, tais como Giardia lamblia ➥ Mutações no gene TACI em alguns pacientes Deficiência seletiva de IgG2 ➥ Aumento da susceptibilidade a infecções bacterianas ➥ Pequena subpopulação apresenta deleção no locus IgH γ2 Imunodeficiência comum variável ➥ Hipogamaglobulinemia ➥ Número de células B normal ou reduzido ➥ Mutação nos genes ICOS e TACI em alguns pacientes Síndrome ICF ➥ Hipogamaglobulinemia ➥ Defeitos leves ocasionais nas células T ➥ Mutação no gene DNMT3B Síndromes de hiper-IgM Ligado ao X ➥ Defeitos na ativação de células B, macrófagos e células dendríticas mediada por células T ➥ Defeitos na mutação somática, troca de classe e formação do centro germinativo ➥ Imunidade mediada por células defeituosas ➥ Mutação no gene CD40L Autossômica recessiva com defeitos imunes mediados por células ➥ Defeitos na ativação de células B, macrófagos e células dendríticas mediada por células T ➥ Defeitos na mutação somática, troca de classe e formação do centro germinativo ➥ Imunidade mediada por células defeituosas ➥ Mutações nos genes CD40 e NEMO Autossômica recessiva com defeito de anticorpos somente ➥ Defeitos na mutação somática e troca de isotipos ➥ Mutações nos genes AID e UNG Defeitos na Ativação e Função dos Linfócitos T ➥ Incluem-se nessa ampla categoria alguns distúrbios de composição dos grânulos ou de exocitose do CTL e da célula NK ➥ Doenças associadas à expressão defeituosa doMHC estejam classificadas como distúrbios ligados ao desenvolvimento de células T, essas anormalidades também resultam em defeitos na ativação das células T que amadurecem e emergem do timo Defeitos na Sinalização das Células T Defeitos na sinalização proximal do TCR ➥ Defeitos na imunidade mediada por célula e imunidade humoral dependente de células T ➥ Mutação nos genes CD3, CD45, STIM1, ORAI1 Síndrome de Wisko- Aldrich ➥ Doença autossômica recessiva do tipo WAS ➥ Deficiência na ativação das células T e na mobilidade de leucócitos ➥ Rearranjos do citoesqueleto de actina dependente do TCR estão defeituosos em razão das mutações no gene WASP, ou menos frequentemente no gene WIP que codifica a proteína de interação com WASP Síndromes de hiper-IgE ➥ Defeitos nas células Th17 e ILC3 ➥ Mutações nos genes STAT3 e DOCK8 Linfo-histiocitose Hemofagocítica Familiar Síndrome linfoproliferativa ligada ao X ➥ Proliferação de células B descontrolada induzida por EBV, ativação descontrolada de macrófagos e CTLs, defeitos nas células NK e função de CTLs ➥ Mutações no gene SAP e X-IAP Síndrome de imunodeficiência ligada ao X com defeitos de magnésioinfecção por EBV-neoplasia ➥ Viremia de EBV descontrolada e linfoma ➥ Mutações no gene MAGT1 Deficiências de perforinas ➥ Ativação descontrolada de macrófagos e ativação de CTL, defeitos na função de células NK e de CTLs ➥ Mutações no gene PERFORIN Fusão de grânulos ➥ Ativação descontrolada de macrófagos e ativação de CTL, defeitos na função de células NK e de CTLs ➥ Exocitose defeituosa dos grânulos citotóxicos; mutações nos genes RAB27A, MUNC13-4, SYNTAXIN, AP3 (e no gene LYST na síndrome de Chédiak-Higashi) IDF secundárias (adquiridas) ➥ Se desenvolvem em decorrência de normalidades que não são genéticas, mas adquiridas ao longo da vida ➥ Mais comuns do que as imunodeficiências congênitas e são causadas por uma variedade de mecanismos patogênicos ➥ Imunossupressão pode ocorrer como uma complicação biológica de outro processo patológico ➥ Imunodeficiências iatrogênicas podem se desenvolver como complicações da terapia de outras doenças ➥ Imunodeficiência pode resultar de uma infecção que tem como alvo as células do sistema imune. A mais importante destas é a infecção pelo HIV ➥ Pessoas com IDF são mais afetadas por desnutrição, neoplasias e infecções Desnutrição proteico-calórica ➥ A desnutrição proteico-calórica é comum nos países em desenvolvimento e está associada à imunidade celular e humoral debilitada aos microrganismos ➥ Razoável presumir que os distúrbios metabólicos globais nesses indivíduos, causados pela ingestão deficiente de proteína, gordura, vitaminas e minerais afetarão de forma adversa a maturação e a função das células do sistema imune Metástases do câncer e leucemia envolvendo a medula óssea ➥ Pacientes com câncer generalizado avançado são normalmente suscetíveis à infecção em decorrência do comprometimento da resposta imune celular e humoral a vários microrganismos ➥ Tumores da medula óssea podem interferir no crescimento e desenvolvimento de linfócitos normais e de outros leucócitos ➥ Os tumores podem produzir substâncias que interferem no desenvolvimento ou na função dos linfócitos Infecção pelo HIV e outros vírus ➥ Alguns vírus, além do HIV, são conhecidos por prejudicar as respostas imunes ➥ O vírus do sarampo e o vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1). Ambos os vírus podem infectar os linfócitos, o que pode ser a base para os seus efeitos imunossupressores ➥ Assim como o HIV, o HTLV-1 é um retrovírus com tropismo para as células T CD4 +, mas em vez de matar as células T auxiliares, esse vírus induz uma transformação que produz uma neoplasia maligna agressiva chamada leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL) ➥ Pacientes com ATL normalmente desenvolvem uma imunossupressão grave com múltiplas infecções oportunistas Imunossupressão por transplantes, doenças autoimunes ➥ A imunossupressão iatrogênica é mais frequentemente causada por terapias com fármacos que eliminam ou inativam funcionalmente os linfócitos, ou bloqueiam a função de citocinas produzidas pelas células imunes inatas e pelos linfócitos ➥ Fármacos anti-inflamatórios e imunossupressores mais comumente usados são os corticosteroides e a ciclosporina, respectivamente, mas muitos outros, incluindo anticorpos e anticitocinas, são amplamente utilizados agora Irradiação e quimioterapia para o câncer ➥ Fármacos quimioterápicos são administrados a pacientes com câncer, e esses medicamentos geralmente são citotóxicos para células em proliferação Perda do baço ➥ Outra forma de imunodeficiência adquirida resulta da ausência do baço causada pela remoção cirúrgica do órgão após um trauma, ou pelo tratamento de certas doenças hematológicas ➥ Essa susceptibilidade aumentada deve-se, em parte, ao defeito da eliminação fagocitária de microrganismos no sangue, uma importante função do baço, e em parte, às respostas defeituosas de anticorpos resultantes da ausência de células B da zona marginal. Hipersensibilidade ➥ Resposta humana definida que causa mais prejuízo no hospedeiro do que proteção contra a doença ➥ Quatro tipos baseadas no mecanismo e na habilidade de transferir passivamente a resposta por anticorpos ou linfócitos T ➥ Respostas antigênica inapropriada, de magnitude excessiva, duração prolongada e efeitos inocentes de reações de espera causando dano tissular Tipo I – mediada por IgE ➥ Hipersensibilidade imediata ➥ Produção aberrante e ativação de IgE contra antígenos geralmente não patogênicos (alérgenos) ➥ IgE se liga aos mastócitos ou basófilos por receptores de alta afinidade ➥ A exposição subsequente a antígenos causa uma reação cruzada de células ligadas à IgE com ativação (degranulação) dos mastócitos ou basófilos para liberar mediadores pré-formados e sintetizar novos ➥ Aminas vasoativas, histamina, leucotrienos, prostaglandina D2 / quimiotaxinas e citocinas ➥ Esses mediadores são responsáveis pelos sinais e sintomas das alergias ➥ Choque anafilático é caracterizado por uma queda súbita de PA, urticária e dispneia causadas por exposição a uma substancia estranha (ex.: veneno de abelhas ou drogas) ➥ Tratamento emergencial é feito com adrenalina Tipo II – mediada por Ac ➥ Decorrentes de Ac direcionados contra Ag associados a membrana celular ➥ Causa citólise ➥ Pode envolver o complemento ou linfócitos efetores que se ligam a Ac associados a células-alvo e causam a citólise por uma via independente de complemento ➥ Quando é mediada por complemento, o reconhecimento de epítopos de superfície celular pelos Ac causa a montagem do complexo de ataque a membrana do complemento, e depois a lise celular ➥ Essa reação é o mecanismo subjacente em vários estados de doenças; anemia hemolítica auto-imune, síndrome de Goodpasture e eritroblastose fetal pela incompatibilidade de Rh ➥ Raramente alguns fármacos (penicilina e clorpromazina) podem se ligar as células, formando um novo complexo antigênico de superfície que causa a produção de Ac e reações citotóxicas tipo II ➥ O segundo mecanismo é caracterizado por citotoxicidade celular anticorpo-dependente (ADCC) mediada por NK ao reconhecer a IgG ligada as células-alvo com Ag ➥ A parte constante do Ac (região Fc) se liga aos receptores Fc nas NK, causando a liberação de perforinas e lise mediada por células NK ➥ Neutrófilos, eosinófilos e macrófagos também podem participar da ADCC ➥ Ela pode estar envolvida na fisiopatologia de algumas doenças imunes induzidas por vírus, como na resposta ativa à infecção retroviral Tipo III – mediada por imunocomplexos ➥ Resulta de imunocomplexos Ag-Ac solúveis que ativam o complemento ➥ Os Ag podem ser do próprio corpo ou estranhos ➥ Esses complexos se depositam em superfícies de membranas de vários órgãos ➥ O subproduto da ativação do complemento(C3a e C5a) são quimiotaxinas para células inflamatórias agudas, causando infiltração por polimorfonucleares ➥ São liberadas enzimas lisossomais causando dano tecidual ➥ Ocorre agregação plaquetária, causando a formação de microtrombos na vasculatura ➥ Esse tipo de hipersensibilidade é chamado de reação de Arthus, caracterizada pelo alto grau de infiltração de polimorfonucleares, liberação de aminas vasoativas, eritema e edema em resposta a injeção intradérmica de Ag ➥ Reações do tipo III juntas de injuria inflamatória são vistas em artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e artrite pós infecciosa Tipo IV – tardia mediada por células ➥ HTT ou DTH ➥ Envolve interações entre células T e Ag que causam ativação, secreção de citocinas e potencial de formação de granulomas ➥ Precisa de linfócitos sensibilizados que respondem 24 a 48h após a exposição ao Ag solúvel ➥ As reações podem envolver células Th CD4+ ou T CD8+ ➥ Ex.: tuberculose, hanseníase e sarcoidose são doenças que o dano tecidual é consequência mais da resposta imune do que do patógeno ➥ A liberação sustentada de Ag e contínua ativação de células T sensibilizadas causam dano tecidual amplificado ➥ A liberação contínua de Ag decorrente de infecção persistente pode provocar ativação de macrófagos e resposta granulomatosa, causando fibrose extensa e necrose do tecido ➥ Em situações de infecções virais as células CD8+ reagem a antígenos apresentados via moléculas MHC classe I ➥ Células citotóxicas reconhecem o antígeno apresentado e lisam o alvo infectado ➥ A destruição de células vizinhas pode ocorrer pela força da resposta imune ➥ Reação clássica do tipo tardia é mostrada com o teste cutâneo de tuberculina ➥ Uma pessoa sensibilizada a tuberculose pela exposição ou infecção desenvolve linfócitos CD4+ específicos para o Ag ➥ Os testes cutâneos com injeção intradérmica de proteínas purificadas vindas de micobactérias (PPD), causam a ativação de células T CD4+ sensibilizadas ➥ Seguido pela liberação de citocinas que causam recrutamento e ativação de macrófagos ➥ Causa uma atividade localizada, manifestada por eritema e endurecimento em 48h