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A Importância da Tireoide

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fármacos que atuam na tireoide 
Resumo fármaco 2
Monitor: lucas torres
A tireoide é uma glândula em formato de borboleta, localizada na base do pescoço, à frente da traquéia e logo abaixo da cartilagem tireoide (mais conhecida como pomo-de-adão). A glândula tireoide produz três hormônios chamados tri-iodotironina e tiroxina, mais conhecidos como T3 e T4, respectivamente e a Calcitonina. Esses hormônios são os responsáveis pelo metabolismo do corpo, ou seja, o modo como o organismo armazena e gasta energia e com o metabolismo ósseo. 
Todos os principais órgãos do corpo são afetados por alterações nos níveis de hormônio da tireoide. O hormônio da tireoide desempenha duas funções principais: aumenta o metabolismo e a síntese de proteínas e é necessário para o crescimento e o desenvolvimento em crianças, incluindo o desenvolvimento mental e o processo de maturidade sexual. Essas ações são principalmente mediadas pelo T3. 
Tireoide
A tireoide é composta de milhares de folículos tireoidianos, que são pequenas esferas de 0,2 a O, 9 mm de diâmetro. Histologicamente o corte de uma tireoide mostra os folículos cuja parede é formada por um epitélio simples cubico de células foliculares (setas), que corresponde a região em que é formado os hormônios T3 e T4. Os folículos são preenchidos por um material amorfo - o coloide (A), que consiste em grande parte, em um complexo de glicoproteína-iodo denominado tireoglobulina, que é rica em Tirosina – essencial na síntese dos hormônios. Essa região (coloide) geralmente armazenam os hormônios tireoidianos e liberam quando há estimulo. Células parafolículares (B), produtoras de calcitonina, se situam entre folículos.
A tireoide exibe uma notável eficiência no uso do iodeto, assim, uma absorção diária de 150 a 200 µg de iodeto da dieta é suficiente para formar quantidades normais de hormônio da tireoide. O iodo ingerido é reduzido a iodeto no trato digestivo e absorvido pelo intestino delgado. Estando no sangue, o iodeto é bombeado para dentro das células foliculares contra um gradiente de concentração. É transportado através da membrana por simportador (cotransportador) de Na/I. Uma vez no interior do folículo o iodeto é oxidado, formando monoiodotirosina (MIT) e, a seguir, di-iodotirosina (DIT). Dois resíduos de di-iodotirosina são acoplados para formar a tiroxina (T4), ou uma monoiodotironina e uma di-iodotirosina são acopladas para formar tri-iodotironina (T3). Após essa formação T4 (90%) e T3 (10%) são liberados na circulação. O T3 é a forma ativa do hormônio e o T4 é convertido em T3 para ter ação fisiológica nos tecidos periféricos. Os hormônios da tireoide ligam-se à globulina de ligação da tiroxina (TGB) e a outras proteínas (albumina e transtiretina - TBPA) para o seu transporte no sangue, pois são hidrofóbicas, logo precisam de transportadores. Apenas o hormônio livre penetra nas células e regula o metabolismo de retroalimentação da hipófise, ou seja, quanto mais hormônios na forma livre, maior penetração nos tecidos, maior a inibição de liberação de TRH no Hipotálamo (vou explicar em outro slide a regulação). Mais de 99% da T4 e da T3 é transportada na forma ligada. 0,025% estão livres na forma de T4 e 0,5% livres na forma de T3.T4: 68% ligado a TGB, 20% ligado a albumina e 11% ligado a transtiretina (TBPA).T3: 80% ligado a TBG, 11% ligado a albumina e 9% ligado a transtiretina. 
Imagem no próximo slide
Síntese de T3 e T4
Célula folicular
Ligação do Iodo com a Tireoglobulina
Nesse sistema, o hormônio de liberação da tireotrofina (TRH), que é produzido pelo hipotálamo, controla a liberação de hormônio estimulante da tireoide (TSH) da adeno-hipófise. O TSH aumenta a atividade global da glândula tireoide através de aumento da degradação da tireoglobulina e liberação de hormônio da tireoide dos folículos na corrente sanguínea, ativando a bomba de iodeto, aumentando a oxidação do iodeto e o acoplamento do iodeto à tirosina e aumentando o número e o tamanho das células foliculares. Os níveis elevados de hormônio da tireoide atuam na inibição do TRH ou TSH por retroalimentação. Por estímulo do TSH, ocorre liberação de T3 e T4 pela glândula tireoide. Esses hormônios em altas concentrações, por feedback negativo, atua na adeno-hipófise e no hipotálamo inibindo a produção de TRH e TSH. 
REGULAÇÃO de T3 e T4
Esses são alguns fatores que irão aumentar ou diminuir a ligação dos hormônios com sua proteína transportadora. Recordando fármaco 1, quando se tem um aumento da ligação, teremos uma diminuição da forma livre agindo nos tecidos, logo, menos efeito intrínseco, seja do fármaco, hormônio, etc. Por outro lado, fatores que diminuirão essa afinidade vão aumentar a ação, nesse caso, dos hormônios tireoidianos. 
(Não precisa decorar isso, é só para fazer uma associação com aumento ou diminuição da ligação e os efeitos hormonais – recordando fármaco 1).
Como já foi dito, a única forma ativa é o T3, logo, T4 sofre um processo de deiodinação e se transforma em T3. A interação do T3 com seus receptores nucleares leva, portanto, à ativação ou inibição da expressão desses genes-alvo, o que implica no estímulo ou bloqueio da síntese de proteínas específicas, mecanismo pelo qual o HT exerce os seus efeitos biológicos nas células. Esses efeitos estão ligados diretamente ao crescimento, desenvolvimento normal – seja físico ou mental, Metabolismo basal ( que é o que a gente aprende no ensino médio/cursinho, toda vez que falar de T3 e T4 é metabolismo basal rs), Temperatura corporal, remodelagem óssea, etc. Os resultados do aumento (hipertireoidismo) ou diminuição 
(hipotireoidismo) desses hormônios serão tratados nos próximos slides.
MECANISMO DE AÇÃO T3 e T4
O hipotireoidismo é uma síndrome clínica resultante da produção ou ação deficiente dos hormônios tireoidianos, resultando em lentificação dos processos metabólicos. Pode ocorrer em todas as faixas etárias - na idade adulta acomete 2% das mulheres e 0,2% dos homens - e nos indivíduos com mais de 65 anos, a prevalência é de 6% em mulheres e de 2% nos homens. 
Cerca de 95% dos casos de hipotireoidismo são de origem tireoidiana (hipotireoidismo primário), sendo a tireoidite de Hashimoto (tireoidite crônica autoimune) a causa mais comum. Outras causas de hipotireoidismo primário são o tratamento do hipertireodismo com radioiodo, tireoidectomia, deficiência grave de iodo, drogas interferentes com a síntese / liberação de hormônios tireoidianos (antitireoidianos, amiodarona, iodo, lítio, contrastes iodados, interferon alfa, sunitinibe, sorafenibe, valproato de sódio). Menos frequentemente, o hipotireoidismo pode ter origem na hipófise [tumor, trauma, cirurgia, radioterapia hipofisária, etc...
Praticamente todos os órgãos e sistemas podem ser comprometidos pela deficiência de hormônios tireoidianos, sendo as manifestações mais referidas: fadiga, letargia, déficits cognitivos (concentração, memória, raciocínio), sonolência, depressão, fraqueza muscular, mialgias e artralgias, intolerância ao frio, rouquidão, aumento de peso, palidez cutânea, apneia do sono, etc.. Ou seja, tudo relacionado a uma diminuição da taxa de metabolismo basal.
HIPOTIREOIDISMO
Hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide. A tireotoxicose refere-se à síndrome clínica decorrente do excesso de hormônios tireoidianos circulantes, secundário à hiperfunção da glândula tireoide ou não. As principais causas de hipertireoidismo/tireotoxicose são: doença de Graves, bócio uni ou multinodular tóxico, liberação excessiva de T3 e T4 (por destruição dos folículos) como nas tireoidites subagudas, ingestão excessiva de T3 ou T4 ou de iodo ou amiodarona. As causas menos frequentes são: produção ectópica de T3 e T4 (struma ovarii ou metástase funcionante de carcinoma folicular), carcinoma folicular tóxico, produção excessiva de TSH (tumor hipofisário – tireotropinoma), resistência hipofisária a T3/T4 e estimulação anormal da tireoide pela gonadotrofina coriônica humana (mola hidatiforme,coriocarcinoma). A doença de Graves (de origem autoimune) é a causa mais comum (80% dos casos), afetando cerca de 0,4% a 1% da população; 5 a 10 vezes mais comum em mulheres, com pico de incidência entre 20 e 40 anos.
As manifestações clínicas comumente encontradas no hipertireoidismo (cerca de 100% a 65% dos casos) são: taquicardia, nervosismo, bócio, tremor, sudorese excessiva, pele quente e úmida, intolerância ao calor, palpitação, fadiga, perda de peso, sopro na tireoide, dispneia, queixas / alterações oculares (olhar fixo, retração palpebral), fraqueza e aumento do apetite. Ou seja, tudo relacionado a um aumento da taxa de metabolismo basal.
HIPERTIREOIDISMO
Consiste na reposição de levotiroxina (LT4), que na grande maioria dos casos precisa ser mantida indefinidamente (exceto nos casos de hipotireoidismo transitório que pode ocorrer nas tireoidites). A normalização do TSH em níveis entre 0,45 a 4,5µUI/mL define a compensação do quadro no hipotireoidismo primário.
A preparação mais apropriada para reposição é a Levotiroxina (T4). Tem meia vida mais prolongada comparado ao Liotironina (T3), o que permite uma única administração ao dia.
A Liotironina (T3) é mais ativa que a Levotiroxina, mas apresenta uma meia vida muito curta, sendo usada basicamente para a supressão a curto prazo do TSH em situações que não há produção de T3 e T4 ( ex: tireoidite de Hashimoto), evitando assim a hiperplasia que é estimulada por TSH.
TRATAMENTO - HIPOTIREOIDISMO
Tratamento do Hipertireoidismo 
Agentes antitireoidianos
Tireoidectomia cirúrgica
Destruição da glândula com Iodo radioativo
Agentes antitireoidianos
Recomendado para pacientes jovens, com glândulas pequenas e doença leve.
Alguns compostos usados clinicamente:
Tionamidas
Iodetos
Iodo radioativo
Inibidores Aniônicos
Tionamidas : Drogas que bloqueiam a síntese hormonal: metimazol (tapazol) e propiltiouracil estão indicadas como opção terapêutica nos casos de hiperfunção glandular (mais comum: doença de Graves) e na terapia inicial de bócios nodulares tóxicos. 
Mecanismo de ação: Inibem a tireoide peroxidase, que é uma enzima responsável pela iodação das Tirosinas e acoplamento MIT e DIT, diminuindo assim a produção do hormônio, mas sem interferir na liberação dos hormônios (cobrada em provas). A diminuição de T3 e T4 pode estimular a secreção de TSH e ação desta pode gerar o bócio por aumento glândula – cuidado.
Inibidores Aniônicos
O perclorato de Potássio é o principal representante.
Mecanismo de ação: Vai se ligar ao transportador de Iodeto e inibi-lo, ou seja, vai bloquear a entrada de Iodeto e inviabilizar a produção de T3 e T4. É raramente utilizado por conta de alto risco de anemia aplásica, sendo recomendado apenas quando o paciente tiver feito uso de Amiodarona – hipertireoidismo induzido por Amiodarona.
Iodetos
 - Raramente utilizados.
Seu mecanismo de ação está relacionado com o feedback negativo, ou seja, o excesso de iodeto vai inibir a iodação/organificação e também inibir a liberação de T3 e T4. Seu uso tem se restringido a preparação pré Tireoidectomia pois os Iodetos vão reduzir o tamanho e a vascularização da tireoide.
Não deve ser utilizado como monoterapia por conta do risco de provocar tireotoxicose.
Os b-bloqueadores podem atuar como adjuvantes para reduzir os sintomas da tireotoxicose, principalmente os sintomas de estimulação simpática, como: sudorese, tremor, taquicardia, etc. O principal utilizado é o propanolol
Iodo radioativo
O Iodo radioativo 131 é administrado por via oral, rapidamente absorvido e armazenado nos folículos. Por conta da sua característica radioativa, o Iodo vai causar a destruição do parênquima tireoidiano, diminuindo então a síntese dos hormonios tireoidianos. 
Tem vantagens como o baixo custo, boa eficácia, fácil administração e ausência de dor.
Não pode ser administrada em gestantes e lanctantes, e tem como risco o desenvolvimento de hipotireoidismo.
Tratado inicialmente com medicamentos que inibem a função da tireoide e depois por meio da iodoterapia, e mesmo assim não obteve resultado, a retirada da tireoide pode ser indicada. As complicações cirúrgicas decorrentes da tireoidectomia são muito raras. Em geral, os pacientes apresentam uma recuperação muito boa após o procedimento, e a alta hospitalar pode ser dada até mesmo no dia seguinte.
Tireoidectomia cirúrgica
REFERENCIAS:
PROTOCOLO DE HIPERTIREOIDISMO/TIREOTOXICOSE (NO ADULTO)
E
PROTOCOLO DE HIPOTIREOIDISMO (NO ADULTO) 
UFSCAR 
Espero que ajude durante a revisão, qualquer duvida estou a disposição. 
Lucas Torres - Monitor

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