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MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 1 Fisiologia da Tireóidea A tireoide, localizada imediatamente abaixo da laringe e ocupando as regiões lateria e anterior da traqueia. Essa glândula secreta dois hormônios principais, a tiroxina e a tri-iodotironina, usualmente chamados de T4 e T3. Ambos ambientam intensamente o metabolismo do organismo. A secreção tireoidiana é controlada, principalmente, pelo hormônio estimulante da tireoide (TSH), secretado pela hipófise anterior. Cerca de 93% dos hormônios metabolicamente ativos consistem em tiroxina e 7% de tri-iodotironina. Entretanto, praticamente, toda a tiroxina é por fim convertida em tri-iodotironina nos tecidos. A tri-iodotironina é cerca de quatro vezes mais potente que a tiroxina, mas está presente no sangue, em menor quantidade, e persiste por tempo menor. A tireoide é comporta por grande número de folículos cheios por substâncias secretora, denominada coloide, e revestido por células epiteliais cuboides que secretam seus produtos para o interior dos folículos. O coloide é constituído pela glicoproteína tireoglobulina. O iodeto ingerido por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal para o sangue. Nas condições normais, maior parte do iodeto é rapidamente excretado pelos rins, mas cerca de ! " é seletivamente removido do sangue circulante pelas células da tireoide e usado para a síntese dos hormônios tireoidianos. Bomba de Iodeto – Captação de Iodo O iodeto é transportado do sangue para as às células e para os folículos glandulares da tireoide. A membrana basal das células tireoidianas tem capacidade específica de bombear, ativamente, iodeto para o interior da célula, ocorrendo pela ação da NIS (simporte de sódio-iodeto), que cotransporta um íon iodeto junto com dois sódios do plasma para a célula. A energia para transportar iodeto contra o gradiente de concentração vem da bomba de sódio-potássio-ATPase. A captação de iodeto pela tireoide é influenciada por diversos fatores, dos quais o mais importante é o TSH; esse hormônio estimula a atividade da bomba de iodeto nas células tireoidianas, enquanto a hipofisectomia a reduz de forma considerável. O iodeto é transportado para fora pela membrana apical para os folículos, por meio de molécula contratransportadora de íons cloreto-iodeto (pendrina). Se a deficiência de iodo é severa durante a gestação, a produção fetal de hormônios tireoidianos é reduzida, ocasionando dano irreparável ao desenvolviemnto do SNC. Isso se manisfesta em graus variáveis de retardo mental, sendo denominado de cretinismo endêmico. Dessa forma, as desordens de deficiência de iodo (DDI), incluindo bócio e cretinismo endêmicos, são as doenças mais comuns relacionadas à tireoide em humanas, sendo, de fato, a alteração endócrina mais frequente em todo o mundo. Formação e Secreção de Tireoglobulina pelas Células Tireoidianas As células da tireoide são típicas células glandulares secretoras de proteínas. O RE e o aparelho de golgi sintetizam e secretam para os folículos grande glicoproteína denominada tireoglobulina. Oxidação de Íon Iodeto Primeiramente, ocorre a conversão dos íons iodeto para forma oxidada de iodo para, então, ser capaz de se combinar diretamente com o aminoácido tirosina. Essa oxidação é provocada pela enzima peroxidase, acompanhada de H2O2. Quando o sistema da peroxidase é bloqueado ou quando está hereditariamente ausente das células, a formação de hormônios tireoidianos é inexistente. Iodização da Tirosina e Formação dos Hormônios Tireoidianos Quando o iodo se liga a molécula de tiroglobulina, chama-se de organização da tireoglobulina. A tirosina é inicialmente iodada para monoiodotirosina e, então, para di- iodotirosina. Então, após um determinado tempo, cada vez mais resíduos de iodotirosina se acoplam uns aos outros. MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 2 O principal produto hormonal da reação de acoplamento é a molécula tiroxina (T4), formando quando duas moléculas de di-iodotirosina se unem; a tiroxina permanece como parte da molécula de tireoglobulina. Liberação de Tiroxina e Tri-iodotironina pela Tireoide Antes de ser liberada na corrente sanguínea, a tireoglobulina é clivada formando tiroxina e tri- iodotironina e esses hormônios livres são liberados. A superfície apical das células da tiroide emite pseudópodos que cercam pequenas porções do coloide, formando vesículas pinocíticas que penetram pelo ápice da célula. Então, lisossomos no citoplasma celular imediatamente se fundem com as vesículas, formando vesículas digestivas que contêm as enzimas digestivas dos lisossomos misturadas com o coloide. O iodo pode clivar pela enzima deiodinase, que disponibiliza praticamente todo o iodo para a reciclagem na glândula e a formação de novas moléculas de hormônios tireoidianos. © Desiodade 1 – realiza a maior parte da conversão de T4 em T3 nos tecidos que tem um alto fluxo sanguíneo e consequentemente rápida troca sanguínea, como nos rins, o fígado e o músculo esquelético. Isso ocorre para que a oferta de T3 aos tecidos nos quais há pouca geração local desse hormônio, seja adequada. Ela também converte a T3 em T2. A atividade da desiodinase tipo I expressa na glândula tireoide aumenta com a produção de AMPc estimulada pelo TSH e exerce uma influência significativa sobre a quantidade de T3 secretada pela tireoide. A propiltiouracila e os agentes de contraste radiológicos iodados, como o ácido iopanoico, inibem a atividade dessa enzima e, consequentemente, a produção de T3 pela tireoide. © Desiodase 2 – mantém a concentração de T3 no cérebro, sendo expressadas nas células da glia do SNC e manter os níveis de T3 constantes mesmo quando o T4 está baixo, por isso ela está aumentada no hipotireoidismo. Acredita-se que seja a principal fonte de T3 no esta- do eutireóideo. Essa enzima desempenha importante papel nos tecidos que produzem uma proporção relativamente alta da T3 ligada ao receptor, mais do que da T3 derivada do plasma. Nesses tecidos, as desiodinases tipo II constituem uma importante fonte de T3 intracelular e respondem por mais de 50% da T3 ligada aos receptores nucleares. O papel fundamental dessas enzimas é ressaltado pelo fato de que a T3 formada na adeno- hipófise é necessária para a inibição da secreção de TSH por retroalimentação negativa. © Desiodade 3 – é expressa no cérebro, na placenta e na pele. Ela possui atividade sobre o anel interno e converte a T4 em rT3 e a T3 em T2, inativando, assim, a T4 e a T3. Esse processo constitui um aspecto importante na proteção placentária do feto. A con- versão placentária de T4 em rT3 e de T3 em T2 diminui o fluxo de T3 (o hormônio da tireoide mais ativo) da mãe para o feto. Pequenas quantidades de T4 materna são trans- feridas ao feto e convertidas em T3, aumentando a concentração de T3 no cérebro fetal e impedindo o desenvolvimento de hipotireoidismo. No cérebro do adulto, a expressão das desiodinases tipo III é aumentada por um excesso de hormônio da tireoide, atuando como mecanismo protetor contra concentrações elevadas dos hormônios tireoidianos. Transporte de Tiroxina e Tri-Iodotironina para os Tecidos Ao serem liberadas no sangue, mais de 99% da tiroxina e tri-iodotironina se combinam em diversas proteínas sintetizadas pelo fígado, principalmente a globulina ligadora de tiroxina e pré-albumina ligadora de tiroxina e a albumina. Ao penetrar as células, a tiroxina e a tri-iodotironina se ligam, novamente, as proteínas intracelulares; a ligação da tiroxina é mias forte que a da tri- iodotironina. Portanto, são de novo armazenadas, mas dessa vez nas próprias células-alvo e são usadas, lentamente, ao longo de dias ou semanas. M.Apical M.Basal MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 3 Efeitos Fisiológicos dos Hormônios Tireoidianos Ativa a transcrição nuclear de grande número de genes, resultando no aumento generalizado da atividade funcional de todo o organismo. Antes de agir sobre osgenes, o átomo de iodo é removido de quase todas as moléculas de tiroxina, formando tri-iodotironina (receptores intracelulares de hormônios tireoidianos terão uma alta afinidade). Logo, mais de 90% das moléculas tireoidianos ligaram-se a T3. Esses receptores estão ligados às fitas genéticas de DNA ou se localizam próximos a elas. Ao se ligarem ao hormônio tireoidiano, os receptores são ativados e iniciam o processo de transcrição. Então, é formado diferentes tipos de RNAm que, após algum tempo, são traduzidos nos ribossomos citoplasmáticos, formando centenas de novas proteínas intracelulares. Ação não genômica do hormônio tireoidiano incluem a regulação de canais iônicos e fosforilação oxidativo e parece envolver a ativação de mensageiros secundários intracelulares, tais como o AMP cíclico ou as cascatas de sinalização das proteinocinases. Efeito do Hormônio Tireoidiano sobre o Crescimento Crianças que apresentam hipotireoidismo, o crescimento fia muito retardado. Já, nas com hipertireoidismo, frequentemente ocorre crescimento esquelético excessivo, tornando a criança consideravelmente alta em idade precoce. Entretanto, os ossos também maturam com mais velocidade e as epífises se fecham precocemente, de modo que a duração do crescimento e a altura final do adulto podem ser reduzidos. Importante efeito do hormônio tireoidiano é a promoção do crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e nos primeiros anos de vida pós- natal. Se o feto não secretar quantidade suficiente de hormônio tireoidiano, o crescimento e a maturação do cérebro permanecem menor que o normal. Sem o tratamento específico dentro de dias ou semanas, após o nascimento, a criança que não tem a glândula tireoide permanece mentalmente deficiente para o resto da vida. Efeitos Sobre Mecanismos Corporais Específicos Estímulo do Metabolismo de Carboidratos. Estimula a captação rápida de glicose pelas células, aumento da glicólise, da gliconeogênese, da absorção pelo trato gastrointestinal e, até mesmo, da secreção de insulina, com seus efeitos secundários. Figura. Ativação de células-alvo por hormônios tireoidiano. T4 e a T3 difunde-se rapidamente pela membrana celular. Uma grande parte da T4 é desiodada para T3, que interage como o receptor do hormônio tireoidiano, ligado como um heterodímero ao receptor do hormônio tireoidiano, ligado como um heterodímero ao receptor de retinoide X, do elemento de resposta genético ao hormônio tireoidiano. Isso aumenta ou reduz a transcrição de genes que levam à formação de proteínas, produzindo assim a resposta celular ao hormônio tireoidiano. São demonstradas as ações dos hormônios tireoidianos sobre as células de diferentes sistemas. RNAm, ácido ribonucleico mensageiro; TMB, taxa metabólica basal. MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 4 Estímulo do Metabolismo de Lipídeos. Os lipídeos são rapidamente mobilizados do tecido adiposo, o que reduz os acúmulos de gordura do organismo, de modo mais acentuado que os de qualquer outro elemento tecidual. Isso também aumenta a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acelera sua oxidação pelas células. Efeito sobre os Lipídeos Plasmáticos e Hepáticos. O aumento desses hormônios reduz a concentração de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma, embora aumente a de ácidos graxos livres. Ao contrário, sua redução provoca o depósito excessivo de lipídeos no fígado. Um dos mecanismos pelos quais esse hormônio reduz a concentração plasmática de colesterol é pelo aumento significativo da secreção de colesterol na bile e, consequentemente, sua perda nas fezes. Efeito sobre a Motilidade Gastrointestinal: maior apetite e da ingestão alimentar; esse hormônio também aumenta tanto a produção de secreções digestivas como a motilidade do trato gastrointestinal. Efeito sobre Função Sexual. Em homens, a falta desse hormônio frequentemente causa perda da libido; grande excesso, entretanto, pode causar impotência. Em algumas mulheres, a falta desse hormônio frequentemente causa menorragia e polimenorreia – isto é, o sangramento menstrual excessivo e frequente, respectivamente; entretanto, em algumas mulheres a ausência da tireoide pode causar ciclos menstruais irregulares e, até mesmo, ocasionar, amenorreia. Efeito no SNC. Atua na velocidade de transmissão neural.’ Efeitos sobre o Sistema Cardiovascular Os hormônios da tireoide exercem efeitos cardíacos inotróficos (aumento da contratilidade cardíaca, miosinas cardíacas) e cronotróficos (ações receptoras 𝛽- adrenéricos e aumento da FC), aumentam o débito cardíaco e o volume sanguíneo, bem como diminuem a resistência vascular sistêmica. Essas respostas são mediadas por alterações, produzidas pelos hormônios tireoidianos, na transcrição gênica de várias proteínas, incluindo Ca2+-ATPase, fosfolambana, miosina, receptores 𝛽- adrenérgicos, adenilil-ciclase, proteínas de ligação de nucleotídeos de guanina, trocador Na+/Ca2+, Na+/ K+-ATPase e canais de potássio regulados por voltagem. Efeitos sobre o Sistema Musculoesquelético Atividade Mitocondrial © Atividade enzimática do metabolismo aeróbico e anaeróbico da glicose Fluxo Sanguíneo Tecidual e Oferta de oxigênio © HIPOTIREOIDISMO: intolerância ao exercício físico. HT → Contração Lenta (fibras tipo I) Fadiga Muscular © Hipotireoidismo → deficiência da ação do HT © Hipertireoidismo → depleção do estado energético por alta demanda Hormônios Tireoidianos © Essencial no crescimento e desenvolvimento dos ossos © Ativação de Osteoclastos e Osteoblastos © Adultos © Excesso de HT → Osteoporose secundária Efeitos sobre a Gordura Os hormônios da tireoide induzem a diferenciação do tecido adiposo branco, as enzimas lipogênicas e o acúmulo intracelular de lipídeos; estimulam a proliferação dos adipócitos; estimulam as proteínas de desacoplamento, e desacoplam a fosforilação oxidativa. O hipertireoidismo aumenta a lipólise, enquanto o hipotireoidismo a diminui por diferentes mecanismos. A indução da lipólise pelos hormônios tireoidianos, mediada pelas catecolaminas, decorre de aumento no número de receptores b-adrenérgicos e diminuição da atividade da fosfodiesterase, resultando em aumento dos níveis de AMPc e da atividade da lipase sensível a hormônio. MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 5 Efeitos sobre o Fígado Os hormônios da tireoide regulam o metabolismo dos triglicerídeos e do colesterol, bem como a homeostasia das lipoproteínas. Eles também modulam a proli- feração celular e a respiração mitocondrial. Efeitos sobre a Hipófise Os hormônios da tireoide regulam a síntese dos hormônios hipofisários, estimulam a produção do hormônio do crescimento e inibem o TSH. Efeitos sobre o Cerebro Os hormônios tireoidianos controlam a expressão de genes envolvidos na mielinização, na diferenciação celular, na migração e na sinalização. Esses hormônios são necessários para o crescimento e o desenvolvimento dos axônios. Regulação do Metabolismo Energético O TSH Aumenta a Secreção Tireoidiana Hormônio da hipófise anterior, que aumenta a secreção de tiroxina e tri- iodotironina pela tireoide. Seus principais efeito são: I. Aumento da proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos, com o resultante aumento da liberação dos hormônios tireoidianos para o sangue circulante e diminuição da própria substância folicular. II. Aumento da atividade da bomba de iodeto que aumente a “captação de iodeto” pelas células glandulares. III. Aumento da iodização da tirosina, formando os hormônios tireoidianos. IV. Aumento do tamanho e atividade secretória das células tireoidianas. Tireoglobulina → Pode armazenar até 30 moléculas de T4 e algumas T3 MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 6 V. Aumento do número de células tireoidianas, além da transformação de células cuboides em colunas e grande pregueamento do epitélio tireoidianonos folículos. Tireoglobulina Coloide → 30% massa da tireoide Tireoglobulina © Principal componente do coloide © Glicoproteína © Múltiplos resíduos de Tirosina © Armazenamento dos hormônios Tireoidianos © Pode ser liberada na circulação sistêmica © Níveis elevados: Doença de Graves, tireoidites © Marcador de seguimento do Câncer de Tireoide Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tireoide Controlado por retroalimentação por retroalimentação. A secreção de TSH pela hipófise anterior é controlada pelo hormônio hipotalâmico, o hormônio liberador de tireotropina (TRH), secretado por terminações nervosas na eminência mediana do hipotálamo. A partir da eminência, o TRH é transportado para a hipófise anterior pelo sangue porta hipotâlamico-hipofisário. O TSH já foi isolado em sua forma pura. É substância simples, um tripeptídeo- amida – piroglutamil-histidil-prolinamida. O TRH afeta diretamente as células da hipófise anterior, aumentando sua secreção de TSH. Quando o sistema porta sanguíneo do hipotálamo para a hipófise anterior é bloqueado, a secreção de TSH, pela hipófise anterior, fica bastante reduzida, mas não completamente. O mecanismo molecular pelo qual o TSH provoca a produção de TSH pelas células secretoras da hipófise anterior, consiste na ligação com receptores de TSH na membrana das células hipofisárias. Isso ativa o sistema de segundo mensageiro da fosfolipase no seu interior, produzindo grande quantidade de fosfolipase C, o que é seguindo por cascata de outros segundos mensageiros, incluindo íons cálcio e diacilglicerol que, finalmente, provocam a liberação de TSH. Efeito de Feedback do Hormônio Tireoidiano para Reduzir a Secreção de TSH pela Hipófise Anterior TSH – TSHr (repecetor transmembrana acoplado a proteína G) © Ativa via segundo mensageiro Adenilato Ciclase (AC) o ATP → AMPc → Fosforilação de proteínas intracelulares © Ativa via segundo mensageiro Fosfolipase C → IP3(Ca++) + DAG (PKC) Estímulo a transcrição gênica dos seguintes fatores: © Simportador Na+/I- →proteína envolvida no captação/transporte do iodeto nas células foliculares. © Tireoglobulina (TG) → glicoproteína que atua no suporte a iodação dos resíduos de tirosina e na síntese dos hormônios tireoidianos. © Tireoperoxidase (TPO) → enzima envolvida na catálise da oxidação do iodeto e na sua incorporação aos resíduos de tirosina © Síntese dos Hormônios Tireoidianos (T4 e T3) Crescimento da Glândula © Aumento de células tireoide (células cuboide → células colunares) MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 7 A elevação desse hormônio nos líquidos corporais, reduz a secreção de TSH pela hipófise anterior. Quando a secreção do hormônio se eleva, a secreção de TSH cai. Quase todo esse efeito depressor por feedback ocorre até mesmo quando a hipófise anterior é separada do hipotálamo. Portanto, é provável que essa inibição ocorra, principalmente, por efeito direto do hormônio tireoidiano sobre a própria hipófise anterior. Independente de onde se dá o controle por feedback, seu efeito consiste em manter concentração quase constante de hormônios tireoidianos nos líquidos corporais circulantes. Excesso de Iodo Efeito Wolff-Chaikoff: inibição da organificação do iodo pelos níveis circulantes elevados de iodeto (15 a 20 acima do normal no plasma). Fenômeno de Escape: diminuição da concentração de iodo intratireoideano leva ao retorno da TPO-H2O2. Fenômeno de Jod-Basedow: hipertireoidismo seguido de administração de suplemento de iodo, contraste iodado ou amiodarona. Ocorre em pacientes com Bócio Endêmico que se mudam para áreas ricas em iodo ou em pacientes com Bócio Multinodular Tóxico /Adenoma Tóxico / Doença de Graves. Figura. Relação log/linear entre o TSH (no eixo vertica) e as concentrações de T4 livres. As concentrações típicas de T4 livre em pacientes hipotireoides, eutireoideos e hipertireoideos são demonstrados. Tireotoxicose DEFINIÇÃO: síndrome clínica associada ao excesso do hormônio tireoidiano circulante. Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide sem HIPERTIREOIDISMO Tireoidites Uso exógeno de LT4 Suplementos Alimentares Produtos com carne processada com HIPERTIREOIDISMO Doença de Graves Bócio Multinodular Tóxico Adenoma Tóxico Exposição ao iodo Struma ovarii Tireotropinoma (TSHoma) MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 8 Doenças da Tireoide Hipertireoidismo A maioria dos efeitos do hipertireoidismo pode ser obviamente deduzida da discussão sobre os diversos efeitos fisiológicos do hormônio tireoidiano. Entretanto, alguns efeitos específicos devem ser mencionados, em especial os relacionados com o desenvolvimento, o diagnóstico e o tratamento do hipertireoidismo. Causas do Hipertireoidismo (Bócio Tóxico, Tireotoxicose Doença de Graves). Na maioria dos pacientes com hipertireoidismo, o tamanho da tireoide aumenta por duas a três vezes acima do normal com enorme hiperplasia e pregueamento do revestimento celular folicular para o interior dos folículos, de modo que o número de células aumenta muito. Além disso, cada célula aumenta sua secreção por muitas vezes; estudos de captação de iodo radioativo indicam que algumas das glândulas hiperplásicas secretam hormônio tireoidiano em quantidades cinco a 15 vezes maiores que o normal. A doença de Graves, a forma mais comum de hipertireoidismo, é doença autoimune, na qual anticorpos chamados de imunoglobulinas estimulantes da tireoide (TSIs) se formam contra o receptor de TSH na glândula tireoide. Esses antibióticos se ligam ao mesmo receptor que liga o TSH e induz a ativação continuados sistemas celulares do AMPc, com desenvolvimento resultante de hipertireoidismo. Os anticorpos TSI têm efeito estimulatório prolongado sobre a secreção da glândula tireoide, durando até 12 horas, em contraste com o curto para o TSH, de pouco mais de 1 hora. O alto nível de secreção do hormônio tireoidiano, causado pelo TSI, por sua vez, suprime a formação de TSH pela hipófise anterior. Portanto, as concentrações de TSH ficam abaixo da normal (muitas vezes, essencial mente zero) em vez de aumentadas em quase todos os pacientes com doença de Graves. Os anticorpos causadores do hipertireoidismo decorrem, quase certamente, do desenvolvimento da autoimunidade contra o tecido tireoidiano. Presume-se que em algum momento da história clínica da pessoa foi liberado excesso de antígenos pelas células tireoidianas, o que resultou na formação de anticorpos contra a própria tireoide. Adenoma Tireoidiano. O hipertireoidismo ocasionalmente resulta de adenoma (tumor) localizado, que se desenvolve no tecido tireoidiano e secreta grande quantidade de hormônio tireoidiano. Essa patologia é diferente da forma mais comum de hipertireoidismo, pois em geral não está associada à evidência de doença autoimune. Efeito interessante do adenoma é que, enquanto ele continuar secretando grande quantidade de hormônio tireoidiano, a função secretória de quase todo o restante da tireoide é quase totalmente inibida porque o hormônio tireoidiano do adenoma suprime a produção de TSH p ela hipófise. Sintomas do Hipertireoidismo Os sintomas do hipertireoidismo podem ser facilmente deduzidos pela discussão anterior sobre a fisiologia dos hormônios tireoidianos: (1) estado de alta excitabilidade, (2) intolerância a o calor, (3) redução da sudorese, (4) perda de peso ligeira a extrema (às vezes, até 50 kg), (5) graus variáveis de diarreia, (6) fraqueza muscular, (7) nervosismo ou outros transtornos psíquicos, (8)fadiga extrema, acompanhada de insônia e (9) tremor nas mãos. Exoftalmia. A maior parte das pessoas com hipertireoidismo desenvolve algum grau de protrusão dos globos oculares. Essa condição é chamada de exoftalmia. Grau importante de exoftalmia ocorre em cerca de um terço dos pacientes com hipertireoidismo e a condição, às vezes, se torna tão grave que a protrusão do globo ocular provoca estiramentodo nervo óptico, suficiente para causar danos à visão. Com muito mais frequência, os olhos são lesados porque as pálpebras não se fecham completamente quando a pessoa pisca os olhos ou dorme. Como resulta do, as superfícies epiteliais dos olhos ficam ressecadas, irritadas e frequentemente infectadas, resultando em ulceração da córnea. A causa da protrusão ocular é o edema dos tecidos retro-orbitais e alterações degenerativas nos músculos extraoculares. Na maioria dos pacientes, encontram-se imunoglobulinas sanguíneas que reagem com os músculos oculares. Além disso, a concentração dessas imunoglobulinas é, em geral, maior em pacientes com altas concentrações de TSIs. Portanto, existem muitas razões para se acreditar que a exoftalmia, bem como o próprio hipertireoidismo, seja processo autoimune. A exoftalmia, em geral, regride acentuadamente com o trata mento do hipertireoidismo. Exames Diagnósticos para o Hipertireoidismo. Para o caso usual de hipertireoidismo, o exame diagnóstico mais preciso é a medida direta da concentração de tiroxina “livre” (e, às vezes, tri-iodotironina) no plasma, usando procedimentos apropriados de radioimunoensaio. Outros exames ocasionalmente usados são: MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 9 I. O metabolismo basal está geralmente aumentado para +30 a +60, no hipertireoidismo grave. II. A concentração de TSH no plasma é medida por radioimunoensaio. No tipo habitual de tireotoxicose, a secreção de TSH pela hipófise anterior está tão completamente suprimida pela grande quantidade de tiroxina e tri iodotironina circulantes, que o TSH plasmático é praticamente nulo. III. A concentração de TSI é medida por radioimunoensaio. Seu valor é em geral alto na tireotoxicose, porém baixo no adenoma tireoidiano. Fisiologia do Tratamento do Hipertireoidismo. O tratamento mais direto para o hipertireoidismo é a remoção cirúrgica da maior parte da tireoide. Em geral, é preferível preparar o paciente para a remoção cirúrgica da glândula, antes da operação. Isso é feito pela administração de propiltiouracil, em geral por diversas semanas, até que o metabolismo basal do paciente tenha retornado ao normal. Então, é administrada alta concentração de iodeto durante 1 a 2 semanas imediatamente antes da operação, o que provoca a redução do tamanho e da irrigação sanguínea da glândula. Com o uso desses procedimentos pré-operatórios, a mortalidade cirúrgica é menor que uma em 1.000, nos melhores hospitais, antes do desenvolvimento de procedimentos modernos, a mortalidade era de uma em 25. Tratamento da Tireoide Hiperplásica com lodo Radioativo 80-90% de dose injetada de iodeto são absorvidos pela tireoide hiperplásica tóxica, 1 dia após a injeção. Se essa dose injetada for radioativa, poderá destruir a maior parte das células secretórias da tireoide. Geralmente, 5 milicuries de iodo radioativo são administrados a o paciente, cuja condição é reavaliada várias semanas depois. Se o paciente ainda apresentar hipertireoidismo, doses adicionais são administradas, até que o estado normal da tireoide seja atingido. Hipotireoidismo Os efeitos do hipotireoidismo, em geral, são opostos aos do hipertireoidismo, mas alguns mecanismos fisiológicos são específicos dessa patologia. O hipotireoidismo, assim como o hipertireoidismo, é provavelmente iniciado por autoimunidade contra a tireoide (doença de Hashimoto), mas imunidade que destrói a glândula em vez de estimulá-la. A tireoide da maioria desses pacientes a presenta “tireoidite” autoimune, que significa inflamação da tireoide. Isso causa deterioração progressiva e, por fim, fibrose da glândula, resultando em diminuição ou ausência da secreção do hormônio tireoidiano. Muitos outros tipos de hipotireoidismo podem ocorrer, frequentemente, associados ao aumento da glândula, chamado de bócio. Bócio Coloide Endêmico Causado por Deficiência Dietética de Iodeto. O termo “bócio” significa o grande aumento da tireoide. Conforme ressaltado na discussão sobre o metabolismo d o iodo, cerca de 50 miligramas de iodo por ano são necessários para a formação de quantidade adequada de hormônio tireoidiano. Em certas regiões do mundo, como nos Alpes Suíços, nos Andes e na região dos Grandes Lagos nos Estados Unidos, existe quantidade insuficiente de iodo no solo, de modo que os alimentos não possuem se quer essa minúscula quantidade. Portanto, nos tempos anteriores ao sal de cozinha iodado, muitas pessoas que viviam nessas áreas desenvolviam tireoides extremamente aumentadas, chamadas de bócios endêmicos. O mecanismo de desenvolvimento de grandes bócios endêmicos é o seguinte: a falta de iodo impede a produção tanto de tiroxina quanto de tri-iodotironina. Como resultado, não há hormônios disponíveis para inibir a produção de TSH pela hipófise anterior, que passa a secretar quantidade excessiva desse hormônio. O TSH, então, estimula as células tireoidianas a secretar grande quantidade de coloide de tireoglobulina nos folículos e a glândula torna-se cada vez maior. Entretanto, devido à falta de iodo, a produção de tiroxina e tri-iodotironina não ocorre na molécula de tireoglobulina e, portanto, não causa a supressão normal da produção de TSH pela hipófise anterior. Os folículos adquirem um enorme tamanho e a tireoide pode aumentar até 10 a 20 vezes. Bócio Coloide Atóxico Idiopático. O aumento da tireoide, semelhante ao que ocorre no bócio coloide endêmico, pode também ocorrer em pessoas que não apresentam deficiência de iodo. Essas glândulas aumentadas podem secretar quantidade normal de hormônios tireoidianos; entre tanto, com mais frequência, sua secreção é reduz ida, como no bócio coloide endêmico. A causa exata do aumento da tireoide em pacientes com bócio coloide idiopático não é conhecida, mas a maioria desses pacientes apresenta sinais de tireoidite leve; portanto, sugeriu-se que a tireoidite provoca ligeiro hipotireoidismo que leva então ao aumento da secreção de TSH e ao crescimento progressivo das porções não inflamadas da glândula. Isso poderia explicar por que essas glândulas são em geral nodulares, com o crescimento de algumas porções da glândula, enquanto outras são destruídas pela tireoidite. Em algumas pessoas com bócio coloide, a tireoide apresenta anormalidade no sistema enzimático necessário para a formação dos hormônios tireoidianos. Entre as anormalidades encontradas frequentemente podem ser citadas: MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 10 I. Deficiência do mecanismo de captação de iodeto, na qual o iodeto não é bombeado adequadamente para as células tireoidianas II. Deficiência do sistema da peroxidase, na qual os iodetos não são oxidados para o estado de iodo III. Deficiência da conjugação de tirosinas iodadas na molécula de tireoglobulina, de modo que os hormônios tireoidianos finais não podem ser formados. IV. Deficiência da enzima deiodinase, que impede a recuperação do iodo das tirosinas iodadas que não são conjugadas para formar os hormônios tireoidianos (que representam cerca de dois terços do iodo), levando à deficiência de iodo Finalmente, alguns alimentos contêm substâncias bociogênicas com atividade antitireoidiana, semelhante ao propiltiouracil, levando ao aumento da tireoide estimula do pelo TSH. Tais substâncias bociogênicas são encontradas especialmente em algumas variedades do nabo e do repolho. Características Fisiológicas do Hipotireoidismo. O hipotireoidismo causado por tireoidite, bócio coloide endêmico, bócio coloide idiopático, destruição da tireoide por radiação ou remoção cirúrgica da glândula, provoca os mesmos efeitos fisiológicos. Incluem fadiga e sonolência extrema, provocando 12 a 14 horas de sono por dia, extrema lentidão muscular, redução da frequência cardíaca, do débito cardíaco e do volume sanguíneo, ocasionalmente aumento de peso, constipação, lentidão mental, insuficiência de muitas funções tróficas do organismo, evidenciada por redução do crescimento do cabelo e descamação dapele, desenvolvimento de rouquidão e, em casos graves, de aparência edematosa em todo o corpo, chamada de mixedema. Mixedema. O mixedema se desenvolve no paciente com ausência quase total da função do hormônio tireoidiano. A Figura 76-9 mostra um desses casos, demonstrando a flacidez sob os olhos e o inchaço da face. Nessa condição, por motivos não explicados, quantidade muito aumentada de ácido hialurônico e sulfato de condroitina, ligados a proteínas, forma excesso de gel tecidual nos espaços intersticiais, aumentando a quantidade total do líquido intersticial. Como o líquido em excesso é um gel, é essencialmente imóvel e o edema é deprimível. Aterosclerose no Hipotireoidismo. Como ressaltado antes, a falta de hormônio tireoidiano aumenta a concentração sanguínea de colesterol, devido à alteração do metabolismo dos lipídios e do colesterol e à redução de sua excreção hepática na bile. A elevação do colesterol sanguíneo está geralmente as sociada ao aumento da aterosclerose. Portanto, muitos pacientes com hipotireoidismo, particularmente os com mixedema, desenvolvem aterosclerose, que por sua vez resulta em doença vascular periférica, surdez e doença arterial coronariana, com a consequente redução da expectativa de vida. Exames Diagnósticos no Hipotireoidismo. Os exames já descritos para o diagnóstico do hipertireoidismo apresentam resultados opostos no hipotireoidismo. A concentração sanguínea de tiroxina livre é baixa. O metabolismo basal no mixedema, varia entre -30 e -50 e a secreção de TSH pela hipófise anterior, quando se administra dose de TRH, fica em geral muito aumentada (exceto nos raros casos de hipotireoidismo causado por redução da resposta da hipófise ao TRH). Cretinismo O cretinismo é causado por hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças. Essa condição se caracteriza, especialmente, pela deficiência do crescimento corporal e por retardo mental. O cretinismo resulta da ausência congênita da tireoide (cretinismo congênito), de sua incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido a defeito genético, ou da ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico). A gravida de do cretinismo endêmico varia muito, conforme o grau de iodo na dieta; populações inteiras de região geográfica endêmica de solo deficiente em iodo, apresentaram tendências cretinoides. Neonato sem tireoide pode ter aparência e função normais, por haver recebido alguma quantidade (embora geralmente insuficiente) de hormônio tireoidiano materno, durante a vida uterina. Entretanto, algumas semanas após o nascimento, os movimentos do neonato passam a ser lentos e o seu desenvolvimento físico e o mental ficam bastante retardados. O tratamento, em qual quer momento, do neonato com cretinismo por meio de quantidades adequadas de iodo ou tiroxina, geralmente provoca a normalização do crescimento físico; entretanto, a menos que o cretinismo seja tratado a partir de algumas semanas após o nascimento, o desenvolvimento mental permanece retardado de forma permanente. Isso ocorre devido a o retardo no crescimento, ramificação e mielinização das células neuronais do sistema nervoso central nesse momento crítico do desenvolvimento das capacidades mentais. MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 11 O crescimento esquelético da criança com cretinismo está caracteristicamente mais inibido que o do tecido mole. Como resultado dessa desproporcionalidade do crescimento, os tecidos moles apresentam probabilidade de crescer excessivamente, dando à criança aparência obesa, estrutura brevilínea e baixa estatura. Ocasionalmente, a língua se torna tão grande em relação ao crescimento esquelético, que obstrui a deglutição e a respiração, induzindo respiração gutural característica, que às vezes sufoca a criança. Caso Clínico Paciente sexo feminino, 54 anos, procedente de Osasco. Pacientes com diagnóstico de Câncer de Tireoide realizou Tireodectomia total há 3 meses. Retorna em consulta para avaliação clínica e chegar resultado de exame anatomopatológico. Em uso de levotiroxina 125 mcg/dia. Exame Anátomo Patologico LOBO DIREITO Carcinoma Papiliféro, variante clássica Tamanho 3,5 cm Invasão Angiolinfática: ausente Invasão Perineural: ausente Extensão extra-tireoideana: presente (metástase) Linfonodos: 3/6 em nível VI LOBO ESQUERDO + ISTMO: Bócio coloide + tireoidite linfocítica Exames Laboratoriais/ Complementares Pós Op. TSH: 3,1 mUI/L (VR 0,5-4,5) T4 livre: 1,2 ng/dL (VR 0,9-1,7) Tireoglobulina (TG): 2,8 (VR=1,1-130) Anti-Tireoglobulina (Anti-TG): negativo USG região cervical: ausência cirúrgica de tireoide + ausência de linfonodos atípicos Estadiamento: T2N1aMx Conduta: Encaminhamento para Radioiodoterapia com I131 150mCi Recomendações © Suspender levotiroxina por 3 semanas © Dieta pobre em iodo © Coleta de exames antes da terapia com Iodo: o Dosagem de TSH, T4 livre, Tireoglobulina, Anti-TG, dosagem urinária de iodo (urina 24h) © Cintilografia de Tireoide pós iodo Questões 1. Qual o resultado esperado dos exames coletados antes da terapia com iodo? R: queda nos hormônios tireoidianos e o TSH estará muito aumentado, devido a ausência da produção do hormônio, a tireoglobulina estará aumentada e a dosagem urinaria de iodo esta baixa. MAD-2 27.04.2020 Aula 10 - ENDOCRINO 12 2. Explique a partir do conhecimento da fisiologia a importância das recomendações da suspensão da levoriroxina e da dieta na terapia com I131. R: suspende o mecanismo causando um hipotireoidismo, fazendo com que não haja mais o coloide com reserva, consequentemente diminui T4 e T4 que faram por fedback negativo, fazendo estímulo no hipotálamo aumentando o TSH estimulando o NIS, acabando com as reservas dos folículos. Ao administrar o iodo terapêutico, todo o iodo radioativo será reabsorvido emitindo radiação e destrói as células, destruindo as células doentes. 3. Qual o mecanismo de entrada do I131 na célula folicular remanescente? R: NIS – simporte de sódio-iodeto. Caso Clínico Paciente de 42 anos, sexo masculino, pescador, procedente de Praia Grande/SP. Procurou unidade básica de saúde com queixa de cansaço ao final do dia, sensação de falta de energia e intolerância ao frio há 6 meses. Refere alteração de hábito intestinal com evacuação a cada dois dias. Negou doenças de base ou medicações contínuas. Negou tabagismo ou etilismo. Refere ingestão alimentar adequada. Mãe portadra de Artrite Reumatoide. Ao exame: BEG 1. Qual hipótese diagnostica? R: hipotireoidismo. 2. Qual classificação provável (Primária, secundária ou terciaria)? R: como o problema na produção do hormônio tireoidiano está na tireoide, sendo um hipotireoidismo primário, devido a destruição das células da tireoide. 3. Quais sintomas estão associados ao diagnostico estabelecido? R: marca-texto. 4. Explique do ponto de vista fisiológica cardiológico os achados que o paciente apresenta. R: reação genômica e não genômica, tendo efeito na contratibilidade quanto na frequência cárdica, efeito da acao de receptores beta-adrenergicos e diminuição do efeito cronotrópico e inotrópico, diminui fibra tipo I causando contração lenta, pode causar derrame pericárdico Caso Clínico Mulher, 31 anos, procedente de Osasco, arquiteta. Paciente procurou pronto atendimento com quadro de febre, mal-estar, tremores, palpitações e dor em região cervical anterior com irradiação para região do ângulo da mandíbula. Exame físico: © FC 110 bpm, PA: 125x80 mmHg, tremores em mãos • Ausência de exoftalmia; Dor palpação de pescoço • Exames Laboratoriais: TSH 0,04 / T4 livre 1,8 / T3 total 210 / VHS 90mm 1. Por que os níveis de T4 livre estão elevados. E como ocorre a regulação dos níveis de TSH? R: Reação inflamatória, rompe os folículos e extravasamento dos hormônios, aumento de T4 livre alterando o feedback negativo, alterando funções do hipotálamo causando uma diminuição do TSH 2. Nesta fase da doença algum exame ajudaria da diferenciaçãocom a tireotoxicose por Doença de Graves? R: ultracao de tireoide com doppler,
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