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Farmacologia 7 1 - Farmacologia da Tireoide

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1 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
 
 ÍNDICE 
 
➢ Anatomia e Fisiologia da Tireoide 
➢ Síntese e secreção de hormônios da 
tireoide 
➢ Ações sistêmicas dos hormônios da 
tireoide 
➢ Disfunções da tireoide (hiper e 
hipotireoidismo) 
➢ Terapêutica do hipotireoidismo 
➢ Terapêutica do hipertireoidismo 
 
 
 
Glândula Tireoide 
 
• Glândula especializada em secreção de hormônios 
(T3, T4 e Calcitonina) 
• Possui as células parafoliculares e foliculares 
cuboides 
• Foliculares: Produzem e liberam T3 e T4 que 
ficam armazenados no Coloide 
• Parafoliculares: Produzem Calcitonina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOLÍCULOS TIREOIDIANOS DE RATO 
• Abaixo é possível observar 3 micrografias de folículos 
tireoidianos de rato. 
 
1. Normal (Esquerda): Células foliculares e 
parafoliculares em suas conformações normais e 
com a região coloidal aparentemente normal. 
2. Hipotireoidismo (Meio): Células Foliculares 
atrofiadas e região coloidal hipertrofiada. 
3. Hipertireoidismo (Direita): Células foliculares 
hipertrofiada e região coloidal atrofiada. 
 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS 
TIREOIDEANOS 
• Acontece primariamente a produção do TRH pelo 
hipotálamo, que estimulará na hipófise anterior a 
produção do TSH 
• O TSH agirá sobre a tireoide induzindo as células 
foliculares a produzir e liberar o T3 e T4. 
• Com isso, o T3 e T4 aumentam as suas concentrações 
na corrente sanguínea, que chegam até o 
hipotálamo e ativando o feedback negativo. 
• Diminuindo assim a liberação de TRH, TSH e 
consequentemente T3 e T4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TSH 
• A partir da síntese dos hormônios tireoidianos o TSH se 
liga ao receptor das células foliculares (cAMP – 
Acoplado a proteína G do tipo S, aumentando a 
concentração de AMPc dentro da célula folicular) 
• Isso gera consequências para o crescimento da 
glândula e para estímulo para síntese hormonal 
• A ligação do TSH no receptor na célula folicular induz 
a produção de: 
• Crescimento: DNA, RNA, Proteínas e 
Fosfolipídios 
• Aumento do tamanho das células, o número 
das células, formação dos folículos. 
• Síntese de hormônio: Aumento da captação 
do Iodo, iodação, acoplamento, 
endocitose do coloide, proteólise da 
tireoglobulina. 
• Aumento da oxidação da glicose, geração 
de NADPH 
Farmacologia da Tireoide 
Caique André
Realce
Caique André
Realce
Caique André
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Caique André
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Caique André
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Caique André
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2 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
SÍNTESE DE HORMÔNIOS TIREOIDEANOS (HT) 
• Existem duas substâncias que são essenciais para a 
síntese dos hormônios tireoidianos: IODO e 
TIREOGLOBULINA. 
• Em primeiro lugar, acontece a captação do IODETO 
que sofre ação da PEROXIDASE (enzima) que oxida 
o ION, transformando o íon iodeto em molecular (I2 – 
idois) 
• Paralelo ao I2, está ocorrendo a síntese da 
tiroglobulina (glicoproteína). 
• Por ser glicoproteína, possui muitos aminoácidos. 
Dentro deles se compõe na tireoglobulina, a tirosina. 
• As terminações de TIROSINA ficam expostas para 
sofrer a ação de IODINAÇÃO (é justamente no 
resíduo da tirosina que é incorporado o IODO) 
• Após a IODINAÇÃO, há o processo de 
CONDENSAÇÃO, que é a fusão dos dois resíduos. 
• Após a fusão, há uma ação proteolítica que 
ocasiona numa quebra desses resíduos e liberação 
do T3 ou T4 (principalmente do T4). 
• A maior proporção de moléculas formadas é do T4 
(90%). 9% é de T3 e 1% de rT3. – Quando a 
monoiodação acontece numa tirosina que não é 
reconhecida pelos receptores celulares. 
 
BIOSSÍNTESE DE IODOTIRONINAS 
• Primeiramente é necessário que aconteça o 
transporte ativo do iodeto (cotransportador NA+/I-) 
• Para um íon iodeto que foi absorvido, chegar 
até a célula, é necessário a presença de um 
transportador de NA+ ou I- 
• Dentro dessa célula é preciso acontecer a 
OXIDAÇÃO DO IODETO. 
• Após isso, na região coloidal, se tem a IODAÇÃO DA 
TIREOGLOBULINA. 
• Se adiciona o ÍODO a tireoglobulina formando 
DIIODOTIROSINA (DIT) e MONOIODOTIROSINA 
(MIT) 
• Quando se adiciona 2 IODOS ao resíduo de 
tirosina, ele é transformado em DIT. 
• Quando se adiciona 1, é transformado em MIT. 
• Quando ocorre a condensação do DIT com o 
MIT, se forma o T3. 
• Quando ocorre a condensação de 2 DIT, se 
forma o T4. 
• As enzimas que realizam o acoplamento 
iodotirosinas são chamadas de PEROXIDASE 
TIREOIDEANA, que produzirá 90% de T3 e T4, 9% T3 e 
1% T3 REVERSO (sem função biológica) 
 
IODO 
• Geralmente é mantido com concentrações 
plasmáticas ideais para a formação do HT na dieta, 
especialmente após a inserção do iodo no sal de 
cozinha, o qual ajuda a prevenir o BÓCIO. 
• O IODO ingerido é reduzido a iodeto no trato 
digestivo e absorvido pelo intestino delgado. 
• É O PRINCIPAL ELEMENTO PARA SÍNTESE DE HT. 
TIREOGLOBULINA (TG) 
• É uma glicoproteína (660KDa) que apresenta 2 
subunidades 
• É EXPRESSADA APENAS NA TIREOIDE 
• Representa 70 a 80% do conteúdo proteico 
glandular. 
 
Hormônios Tireoidianos 
 
• Importância: Crescimento, desenvolvimento neural, 
temperatura corporal, metabolismo energético. 
• Sintetizados a partir do IODO 
• 90% da produção T4, 10% T3 (T3 3X mais ativa que T4) 
• Necessidade DE IODO: 150 ug/dia (No sal de cozinha 
já está disponível) 
• Desses 150ug, a tireoide utiliza 70-80ug/dia 
 
MECANISMO DE AÇÃO HORMONAL 
• A relação dos hormônios tireoidianos está sempre 
ligada a expressão de proteínas: crescimento de 
tecido, manutenção da variabilidade do tecido, 
formação de proteínas, geração de energia. 
• De certa forma, a relação dos HT estão sempre 
relacionados com proteínas. 
• Portanto, os HT tem ação a nível nuclear, 
especialmente induzindo a RNA Polimerase, que 
gera mais RNA mensageiro, produzindo mais 
proteínas. 
• A capacidade de entrada via transportador 
tireoidiano é maior no T3, do que no T4. 
• Quando o T4 entra na célula, ele perde o iodo e é 
transformado em T3, o qual vai possuir a mesma 
função do T3 original da glândula. 
• Localização dos receptores de T3: 
• Hipófise, fígado, rins, coração, pulmão, músculo 
esquelético, intestino e no cérebro. 
 
AÇÕES DOS HT 
• Efeitos biológicos dos HT: Crescimento, 
Desenvolvimento e Metabolismo. 
 
 
Caique André
Realce
Caique André
Realce
Caique André
Realce
Caique André
Realce
Caique André
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Caique André
Realce
Caique André
Realce
Caique André
Realce
 
 
3 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
 
 
 
Disfunções da Tireoide 
 
• Dividida em: Hipotireoidismo e Hipertireoidismo 
 
HIPOTIREOIDISMO 
• Deficiência dos HT (fácil de detectar pela 
quantidade dos hormônios na corrente sanguínea). 
• Pode ou não estar acompanhado do bócio 
(hipertrofia da glândula tireoide) 
• O estímulo da tireoide parar de produzir os 
hormônios tireoidianos vem do TRH e TSH, se o 
individuo está com baixa de T3 e T4, o feedback 
negativo não irá funcionar. 
• Portanto, TRH e TSH continuarão sendo 
liberados. Onde o TSH vai continuar estimulando 
a glândula tireoide a produzir mais e essa 
glândula não irá conseguir. 
 
CAUSAS 
• Congênitas (cretinismo) 
• Anti-Tireoperoxidase (TPO): Resposta autoimune 
que é mais incidente em pacientes com 
síndrome de down e em mulheres. 
• Após cirurgia de retirada da tireoide ou bócio 
nodular ou neoplasia 
• Por medicamentos que interferem na síntese e 
liberação dos hormônios da tireoide 
(amiodarona, lítio e iodo) 
• O IODO não provocariao Hipertireoidismo? 
• Resposta: Em determinadas situações, o 
IODO pode ser tóxico para as células 
foliculares. 
• (MAIS RARAMENTE) – Bócio endêmico 
decorrente de deficiência de iodo na 
alimentação 
• Doença autoimune (tireoide de Hashimoto) 
• Se nós produzirmos anticorpos contra as 
células parafoliculares, se reduz a 
capacidade de produzir os hormônios 
tireoidianos. Diminuindo o feedback 
negativo e consequentemente aumenta 
TRH e TSH 
• Para descobrir a causa do hipotireoidismo, 
também se pode analisar o TSH e TRH, sendo: 
• TSH baixo = Alteração Hipofisária 
• TRH baixo = Alteração Hipotalâmica 
 
 
 
TIPOS 
• PRIMÁRIO: Há um defeito ou uma destruição da 
própria tireoide 
• SECUNDÁRIO: A causa sendo hipotalâmica ou 
hipofisária 
 
 
 PERGUNTA: Como a deficiência de IODO 
na dieta resulta em bócio endêmico? 
 
 
 RESPOSTA: Devido ao estímulo excessivo 
de TSH, a glândula hipertrofia com o objetivo 
de suprir essa demanda do TSH 
 
HIPOTIREOIDISMO X SÍNDROME DE DOWN 
• O hipotireoidismo é uma das patologias mais 
comuns em pessoas com síndrome de down e, sem 
dúvida, é o transtorno endocrinológico mais 
frequente 
• Estima-se que entre 30% e 40% de pessoas com 
síndrome de down tenha hipotireoidismo 
• Esta incidência chega a ser entre 80 e 90% durante 
a primeira infância 
 
SINTOMAS 
• Diminuição reversível de todas as funções 
corporais 
• Com reposição hormonal é possível reverter o 
quadro 
• Pele fria e pálida 
• Pálpebras caídas 
• Diminuição do débito cardíaco e bradicardia 
• Retenção de CO2 
• Diminuição do apetite 
• Letargia 
• Fadiga muscular 
• Anemia 
• Infertilidade, impotência e diminuição da libido 
• Diminuição do metabolismo basal 
 
ESTRATÉGIA TERAPÊUTICAS 
• Pensamento inicial: Reposição hormonal de T3 e T4 
• Pensamento secundário: TSH e TRH são mais 
utilizados em procedimentos diagnósticos, requer 
um uso parenteral e possui um custo elevado 
 
 PERGUNTA: Numa situação hipotética 
onde um paciente está com Hipotireoidismo 
secundário, onde sua deficiência está no TSH. 
É possível tratar esse paciente com T3 e T4 ou 
tem que ser obrigatoriamente TSH? 
 
 
 RESPOSTA: Não precisa ser 
obrigatoriamente TSH. Esse paciente pode 
viver tranquilamente sem liberar TSH pela 
hipófise, desde que seja fornecido o produto 
final, que gera os efeitos sistêmicos: T3 e T4. 
 
 
4 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
TRATAMENTO 
• A preparação mais apropriada são fármacos que 
contém a levotiroxina (T4), pois possuem meia-vida 
prolongada (1 administração ao dia). 
• Puran T4, Tetroid, Synthroid 
• Liotironina (T3) por ser mais ativa que a tiroxina, possui 
meia-vida curta. Por conta disso, não é usada como 
primeira opção. 
• Sendo utilizada principalmente na supressão de 
curto prazo do TSH. Ou seja, quando o paciente 
possui alguma condição onde é preciso fazer com 
que a hipófise dele diminua a produção de TSH. 
• Triostat 
 
FARMACOCINÉTICA 
• Meia-vida: 
• T3 → 1 dia 
• T4 → 7 dias – Que se dá pela maior ligação as 
proteínas plasmáticas . 
• Bem absorvidos por via oral 
• Absorção se dá principalmente no Íleo e Cólon 
• Absorção afetada por alimentos 
• É interessante que o paciente utilize o 
medicamento, e somente após 30 minutos, se 
alimentar. 
• A metabolização acontece no fígado 
• A eliminação é biliar 
• É reabsorvida pela circulação êntero-hepática ou 
eliminada pelas fezes 
 
 
CONDIÇÕES QUE REQUER UMA SUPLEMENTAÇÃO 
DE LEVOTIROXINA MAIOR 
 
1- Má Absorção: 
• Doenças Intestinais Inflamatórias 
• Diminui absorção de Iodo 
2- Gravidez: 
• Fazer acompanhamento 
• O Feto vai precisar dos Hormônios T3-T4 para 
crescer 
• Então pode faltar para a Mãe 
3- Drogas que reduzem Absorção da L-T4: 
• Hidróxido de Alumínio, Sulfato Ferroso 
• Substancias que diminui absorção do Fármaco L-
T4 
4- Drogas que aumentam o Metabolismo Hepático da 
L-T4 
• Os Famosos "Ativadores Enzimáticos" 
• Rifampicina, Fenobarbital, Carbamazepina 
5- Drogas ou situações que diminuem a conversão de T4 
em T3: 
• Amiodarona 
• Deficiência de Selênio 
 
 
REQUERIMENTO PARA DIMINUIR A LEVOTIROXINA 
 
- Situações onde há menos necessidade de Levotiroxina 
 
1- Envelhecimento: 
• Maior que 65 anos 
• Capacidade de Renovar e Produzir células diminui 
 
2- Terapia Androgênica em Mulheres 
 
DOSES: 
 
→ Não tem problema esquecer de tomar a medicação 
por 1 ou 2 dias seguidos 
→ Por causa da Sua Meia Vida Longa da Tiroxina 
 
 
GESTAÇÃO 
 
• Necessária Manutenção do Equilíbrio 
• Quando tem muitas Variação pode causar: 
➢ Aborto Espontâneo 
➢ Desenvolvimento Fetal Anormal 
 
 
TOXICIDADE DA TIROXINA 
 
• Em Hipo e Hiper 
• Crianças: 
➢ Agitação, insônia, aceleração na maturação e 
crescimento dos Ossos 
• Adultos: 
➢ Nervosismo, Intolerância ao calor, palpitação e 
perda de peso inexplicável 
 
 
 
 
5 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
 Hipertireoidismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Exposição a Excesso de Hormônios Tireoidianos 
 
CAUSAS: 
 
• Bócio difuso tóxico ( Doença de Graves ) 
• Bócio Multinodular Tóxico: 
➢ Proliferação dos Folículos formando diversos 
nódulos 
• Bócio Uninodular tóxico ( Adenoma Tóxico): 
➢ Apenas um Nódulo 
• Tireoide Linfocítica e Tireoidite Pós-Parto 
• Ingestão de Hormônio Tireoidiano em Excesso 
 
- Mulheres são 5x também mais afetadas que os homens 
 
DOENÇAS DE GRAVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Doença Auto-imune 
• Mecanismo Oposto do Hashimoto 
• Tem anticorpo que ataca a 
glândula tiroide 
• Porém o ataque não é para impedir 
que ela produza 
• E SIM ESTIMULAR ela a produzir mais T3/T4 
➢ "escraviza ela " 
• Forçando um Feedback negativo 
• Fazendo o TRH e TSH abaixarem 
SINTOMAS 
 
→ Fome excessiva 
→ Aumento do ritmo intestinal 
→ Nervosismo, insônia, labilidade emocional ( 
Instabilidade Afetiva) 
→ Tremores 
→ Intolerância ao calor 
→ Palpitações 
→ Emagrecimento 
→ Olhar vivo e Brilhante 
→ Pele quente e Úmida 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
• Terapia com Agentes Anti-tireoidianos 
• Tireoidectomia Cirúrgica 
• Destruição da Glândula com Iodo Radioativo 
 
AGENTES ANTI-TIREOIDIANOS 
 
• Utilizados mais em Pacientes jovens com Glândulas 
pequenas e doenças leves 
 
• Classes: 
➢ Tionamidas 
➢ Iodetos 
➢ Iodo Radioativo 
 
TIONAMIDAS: 
 
• Propiltiouracil e Metimazol 
 
• Bociógeno: Induzem a tireoide a produzir TSH 
➢ Na Lógica seria ruim aumentar o TSH por que 
induziria produzir T3 e T4 
➢ Mas isso não acontece, por que na Glândula 
Tioreode as Tionamidas vão inibir as enzimas ( 
Peroxidase Tireoidianas ) 
• Tem efeito nas Enzimas Peroxidase Tireoidianas 
 
 
FARMACOCINÉTICA 
 
• Propiltiouracil 
- Rapidamente Absorvido 
- Meia vida curto 
- Administrado a cada 6 a 8 horas 
 
• Metimazol 
- Totalmente Absorvido em taxas variáveis 
- Meia vida mais longo 
- Administração 1x ao dia 
 
 
 
 
 
6 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
PROBLEMAS 
• Tionamidas atravessam a Barreira a Barreira 
Placentária 
• Na Gravidez o Propiltiouracil é a droga de escolha na 
gravidez e Lactação 
➢ Por não prejudicar o feto 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
• Diminuição produção de Hormônio 
• Inibem a Peroxidase Tireoidiana ( Iodação Tirosinas e 
Acolpamento MIT e DIT) 
• A liberação dos hormônios não é afetada, efeitos 
clínicos DEMORAM a aparecer 
• Os T3 e T4 que já estavam acumulados na 
Tireoide vão ser liberados, independente do uso 
ou não 
• Por que o farmaco NÃO ATUA nesses que já 
estão produzidos 
 
INDICAÇÕES: 
 
• Hiperfunção Tireoidiana 
• Doença de Graves ( Hipertireoidismo, Bócio difuso e 
Oftalmopatia ) 
 
 
TOXICIDADE DAS TIONAMIDAS 
• Ocorrem em 3-12% dos pacientes 
• Mais comuns: 
➢ Erupção pruriginosa Maculopapular 
➢ Acompanhada de febre 
• Raros: 
➢Erupção Urticariforme, Vasculite, Artralgia, 
Hepatite, Linfadenopatia 
➢ Agranulocitose (Fatal): Reduzindo a contagem 
basal de Leucocitos 
 
INIBIDORES ANIÔNICOS 
 
• Perclorato de Potássio: 
• Raramente Utilizados 
➢ Bloquear a Captação de Iodeto 
• Especifico: O Mais indicado 
➢ Especialmente em pacientes com 
Hipertireoidismo induzido por Amiodarona ( 
farmaco, efeito adversos aumenta transporte de 
Iodo ) 
➢ Funcionando como um Antídoto 
➢ Além de Raramente usado pode causa anemia 
aplásica 
 
 
IODETOS 
 
- Desde 1940 são raramente utilizados 
- Atualmente é mais usado o Radioativo 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
• Inibem a Organificação e Liberação dos Hormônios 
da Tireoide ( Retroalimentação Negativa ) 
➢ Fornece Iodeto em concentrações que a 
Glândula vai entender e reduzir sua 
Organificação e Liberação dos Hormônios 
• Diminui o tamanho e Vascularização da Glândula 
hiperplásica 
➢ Importante na preparação pré-operatória 
• Melhora dos Sintomas Tireotóxicos em 2-7 dias 
 
 
USO CLÍNICO 
 
• Devem ser iniciados após instituição da Terapia com 
Tionamidas 
• Se Tionamidas sozinha não resolver, acrescentar 
com ela 
• Evitar o Uso se houver necessidade do Uso do iodo 
Radioativo 
• Evitar uso na Gravidez 
• Não utilizar sozinho pelo risco de provocar 
exacerbação da tireotoxicose 
 
TOXICIDADE 
 
→ Pouco frequente 
→ Aumento de volume das glândulas salivares 
→ Ulceração das Mucosas 
→ Conjuntivite 
→ Febre Medicamentosa 
→ Gosto metálico 
→ Distúrbios hemorrágicos 
 
Formulações Disponíveis: 
➢ Solução de Iodeto de Potássio 
 
MEIOS DE CONTRASTE IODADOS 
 
• Ipodato , Ácido Iopanóico (Via Oral) e Diatrizoato 
(Via I.V) 
• Inibem a Conversão de T4 a T3 
➢ Diminuindo seu efeito nas celulas 
➢ Já que o T3 é o mais ativo 
• Relativamente Atóxicos 
• Terapia Adjuvante na tempestade Tireoidiana 
➢ Hiperatividade extrema e Súbita da Tireoide 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Felipe Palma e Caique André | TUT16 
Farmacologia 7.1|Farmacologia da Tireoide 
IODO RADIOATIVO 
 
• I¹³¹ 
• Administração Oral 
• Rapidamente Absorvido e Armazenado nos Folículos 
• Causa Destruição do Parênquima Tireoidiano 
➢ Células que mais precisam do Iodo 
 
VANTAGENS: 
• Fácil Administração 
• Baixo Custo 
• Eficácia 
• Ausência de Dor 
 
DESVANTAGENS: 
- NÃO pode ser Administrado na Gravidez e Lactação 
- Risco de Desenvolver Hipotireoidismo 
 
 
AGENTES BLOQUEADORES DOS RECEPTORES 
ADRENÉRGICOS 
SINTOMAS DA TIREOTOXICOSE 
• Sintomas da Estimulação Simpática: 
➢ Sudorese, Tremores e Taquicardia 
 
COMO REDUZIR ESSES EFEITOS? 
Uso de Betabloqueadores 
➢ Propranolol 
 
Obs: É normalmente também usado em Ansiedades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Imagem mostrando os Locais de Ação dos Farmacos 
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