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1 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia OBESIDADE CONCEITO É uma doença crônica associada a múltiplas complicações, que depende não só de fatores genéticos e fisiológicos, mas também de variáveis culturais, sociais e psicológicas associadas à quantidade e qualidade da alimentação. EPIDEMIOLOGIA É um problema global e favorece o desenvolvimento de comorbidades como HAS, dislipidemia, DM2, doenças cardiovasculares, neoplasias, transtornos psiquiátricos e morte. ➔ Prevalência da obesidade no Brasil: ▪ Aumento de 67,8% nos últimos 13 anos. ▪ Crescimento de 84,2% entre adultos de 25 a 34 anos. ▪ É mais frequente em mulheres. ▪ Mais prevalente na população de baixa escolaridade. ➔ No mundo: Segundo a OMS, 50% da população adulta teria obesidade ou excesso de peso em 2015. Isso representará mais de 1,5 bilhões de indivíduos. Para 2030, estima-se 2,6 bilhões (sobrepeso) e 1,12 bilhões (obesos). Regulação central do apetite: Antes de entender a fisiopatologia da obesidade é importante que entendamos o mecanismo fisiológico do apetite. Para que qualquer estímulo possa sinalizar diretamente ao SNC alguma informação a respeito da homeostase energética do organismo, é necessário que ele tenha acesso direto ao núcleo arqueado do hipotálamo, o qual é uma região em que há enfraquecimento da barreira hematencefálica, logo, é o principal local de recepção e integração dos sinais neurais e hormonais associados ao controle do apetite. No núcleo arqueado do hipotálamo, tem-se receptores para uma variedade de hormônios e neurotransmissores p.ex. leptina, insulina, grelina, serotonina, dopamina, norepinefrina, epinefrina, ácido gama-aminobutírico (GABA), glutamato, etc. Além disso, vários nutrientes como p.ex. glicose, aminoácidos e ácidos graxos livres também podem sinalizar diretamente para esse núcleo. Dentro do núcleo arqueado do hipotálamo ficam os neurônios de primeira ordem, aqueles que recebem o primeiro estímulo e o encaminham, fazendo sinapse com outro grupo de neurônicos chamados de neurônios de segunda ordem, situados em outro local. Nesse sentido, tem-se dois tipos principais de neurônios de primeira ordem, sendo eles os produtores de próopiomelanocortina (POMC) e o transcrito regulado pela cocaína e anfetamina (CART), e os produtores de neuropeptídio Y (NPY) e peptídeo relacionado com Agouti (AgRP). Os primeiros são responsáveis por ativar a via anorexigênica, enquanto que os segundos ativam a via orexigênica. Quando a pessoa está em jejum ou privação de energia, ocorre a ativação dos neurônios produtores de NPY/AgRP. Já nos estados pós-prandiais e de grande aporte energético, ocorre a ativação dos neurônios produtores de POMC/CART. Dentro do núcleo arqueado, dependendo de qual seja o estímulo recebido pelo neurônio, se de fome ou de saciedade, uma mensagem é enviada ao neurônio de segunda ordem, que pode se situar dentro do núcleo paraventricular do hipotálamo, o qual pertence ao núcleo medial ou enviada ao núcleo lateral do hipotálamo. Os estímulos orexigênicos (de fome) ativam os neurônios de segunda ordem do núcleo lateral, e os anorexigênicos (de saciedade) ativam os neurônios do núcleo paraventricular (medial). Atenção! NPY/AgRP: É produzido quando a pessoa está em jejum ou privação de energética, logo, provoca o da fome. POMC/CART: É produzido após a pessoa se alimentar ou quando há grande aporte energético, logo, provoca o da saciedade. ➔ Via anorexigênica: Quando a via anorexigênica é estimulada, ocorre primariamente a ativação dos neurônios do núcleo arqueado produtores de POMC, que, uma vez liberada é metabolizada e produz o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) que provocará um aumento do ACTH e do cortisol, produzem também as betaendorfinas que se ligam em receptores opioides do hipotálamo e causam uma sensação prazerosa, provocando certo reforço positivo após a ingestão do alimento e por fim, produzem o hormônio estimulador de melanócito alfa (alfa-MSH). Dentro do núcleo paraventricular do hipotálamo, região para onde se dirige o estímulo anorexigênico dos neurônios produtores de POMC, existem neurônios de segunda ordem que expressam os receptores de melanocortina 3 e 4 (MC3R e MC4R), os quais são receptores da molécula de alfa-MSH, um dos derivados de POMC. Uma vez ativados, os receptores MC3R e MC4R são capazes então de finalmente causar a sensação de saciedade no indivíduo. Mutações desses receptores ou de alguma etapa antecedente à sua ativação impedem que o indivíduo sinta saciedade e, portanto, ocorre um estado de hiperfagia e obesidade extrema de difícil tratamento. Além disso, os neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo são capazes de sintetizar e liberar hormônios catabólicos, como o CRH (derivado de POMC), a ocitocina e o hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que aumentarão a termogênese e o gasto metabólico do organismo nos estados pós-alimentares. 2 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia Finalmente, quando a via POMC/CART é ativada, envia uma alça curta inibitória para a via NPY/AgRP ➔ Via orexigênica: Quando essa via é ativada, os neurônios de primeira ordem do núcleo arqueado do hipotálamo produtores de NPY/AgRP enviarão impulso para ativar os neurônios de segunda ordem do núcleo lateral do hipotálamo, que por sua vez secretarão orexinas ou hipocretina A e B (substâncias que estimulam a fome) e o hormônio concentrador de melanina (MCH), o qual também estimula a fome, reduz o metabolismo e a termogênese. Tem-se ainda a ativação de uma via inibitória de alça curta para a via anorexigênica POMC/CART. Quando há deficiência de nutrientes, ocorre um aumento da relação adenosina monofosfato (AMP)/adenosina trifosfato ATP) dentro das células hipotalâmicas, e isso desencadeia a ativação da via NPY/AgRH. Já quando a oferta de nutrientes aumenta, a relação AMP/ATP diminui, ativando a via POMC/CART. Ilustrando o que foi dito: Hormônios que influenciam no apetite ➔ Leptina: A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo, através da codificação do gene ob (gene ativado nos adipócitos). É um hormônio sacietógeno, e sua concentração no sangue é maior nos períodos pós- prandiais e também de acordo com a quantidade de tecido adiposo do indivíduo. Logo, sua concentração é maior em mulheres e obesos. É o principal sinalizador periférico de adiposidade responsável por ajudar o hipotálamo a regular os estoques energéticos corporais, visto que possui receptores dentro do núcleo arqueado no hipotálamo, permitindo a sinalização direta no trato solitário para reduzir a alimentação ou indireta, através da sua atuação que estimula a POMC/CART, e a partir daí segue para o núcleo paraventricular, atinge o trato solitário e provoca a diminuição da alimentação. Além disso, a leptina inibe a AgRP/NPY. No entanto, em situações de privação energética os níveis de leptina diminuem, como uma forma de estimular o apetite, reduzir o gasto energético e proteger o organismo da desnutrição. A leptina tem ainda outros efeitos secundários, como o estímulo à lipólise, inibição ao acúmulo de triglicerídeos dentro do fígado e dos músculos, protegendo contra aesteatose hepática e inibição da secreção de insulina pelo pâncreas, além de aumentar a sensibilidade à insulina. A leptina age no hipotálamo aumentando a atividade do sistema nervoso simpático via receptor MC4R, o que, por sua vez, pode aumentar um pouco o gasto energético basal e a termogênese. NA OBESIDADE: A grande maioria dos obesos tem níveis elevados de leptina, visto que são produzidos no tecido adiposo e quanto maior essa camada, maior a quantidade de leptina, logo, em tese esse indivíduo teria uma certa facilidade em se saciar, não é? Sim... em tese sim, mas a obesidade leva a uma resistência à ação central da leptina, de modo que a ação da leptina é comprometida. ➔ Insulina: A insulina é produzida pelo pâncreas em situação pós- prandial. Age diretamente em receptores hipotalâmicos, sinalizando que chegou alimento no organismo e que o indivíduo pode parar de comer. Atua estimulando a expressão da POMC e inibindo a expressão do AgRP/ NPY, tendo assim uma ação anorexigênica, ou seja, de 3 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia saciedade na ausência de hipoglicemia, consequentemente, estimula um maior gasto energético. Sua produção ocorre principalmente nos períodos pós- prandiais, mas seus níveis também estão diretamente correlacionados com a quantidade de massa gorda, sendo um sinalizador de gordura visceral, semelhante a leptina. No entanto, possui a função de controle imediato da fome, uma vez que sua produção varia bastante entre os períodos de jejum ou pós-prandiais. Na obesidade e em outras situações de resistência à insulina, essa sinalização pode ser prejudicada, e o indivíduo apresenta deficiência na sensação de saciedade, que deveria ser promovida pela insulina, o que causa maior consumo de alimentos e um ciclo vicioso, culminando em mais obesidade, mais resistência à ação da insulina e mais ganho de peso. ➔ Sinalizadores do trato digestivo: ▪ CCK: A CCK é produzida também pelas células L do trato gastrintestinal, principalmente duodeno e jejuno, diante da chegada de gordura e proteína nessa porção do intestino. Encontra-se em valor reduzido no jejum e se eleva no período pós-prandial, e a sua concentração começa a aumentar cerca de 15 min após o início da refeição. Atua estimulando a secreção de enzimas digestivas pancreáticas e a secreção biliar, inibindo o esvaziamento gástrico e o apetite diretamente via ação hipotalâmica e indiretamente pelo nervo vago. ▪ GLP-1: O GLP-1 é produzido pelas células L do íleo e do cólon diante da chegada de alimentos nessa porção do intestino. Portanto, seu nível sérico é baixo no jejum e se eleva no período pós-prandial. Esse hormônio retarda o esvaziamento gástrico, promovendo uma sensação de que a digestão está demorando um pouco mais, contribuindo para a saciedade. Pode atuar de duas formas por meio do SNC: (1) Na mais clássica delas age no hormônio da POMC, estimulando-o e age também de forma direta no trato solitário promovendo a redução da alimentação. (2) Age nas células B do pâncreas, estimulando insulina, a fim de liberar o suficiente e bloqueando os hormônios contrarreguladores, tem sua importância. Obesos e diabéticos apresentam valores reduzidos de GLP-1, quando comparados aos indivíduos- controle, e esse valor volta a subir após a perda de peso. ▪ Grelina: É um hormônio produzido pelo fundo gástrico, quando o estômago está vazio. Portanto, exerce a função de sinalizar ao hipotálamo a ausência de comida, estimulando a sensação de fome. No momento da chegada do alimento ao fundo gástrico e havendo distensão do estômago, a produção da grelina é suprimida. A grelina está envolvida também no início e no número de refeições, de modo que ela aumenta imediatamente antes do momento em que o indivíduo opta por iniciar uma refeição. Com o emagrecimento e em estados de privação energética ocorre aumento de grelina. A grelina atua diretamente pela corrente sanguínea no hipotálamo e indiretamente por meio do nervo vago. O impulso atinge o núcleo do trato solitário e depois o núcleo arqueado, onde ativa a transcrição de AgRP e NPY (da via orexigênica ou via da fome) e oestimula, além de inibir a transcrição da POMC (via anorexigênica ou via da saciedade). Logo, a grelina é um hormônio orexígeno, ou seja, aumenta a fome. Na obesidade, seus níveis geralmente são baixos. Indivíduos magros geralmente têm valores de grelina mais altos que os obesos, no entanto, sua queda no período pós- prandial é bem mais eficiente nos magros que a observada em indivíduos obesos. Um dos tipos de cirurgia bariátrica, a sleeve, que corta o fundo gástrico tem como um dos principais objetivos 4 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia reduzir a produção de grelina, e consequentemente a diminuição da fome e o aumento da perda de peso. Atenção! A microbiota intestinal tem um papel importante. No paciente obeso, a microbiota tende a ser mais inflamatória, além disso, sabe-se do predomínio de bactérias e da necessidade de uma alimentação mais saudável. FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia da obesidade pode ser ilustrada por meio de uma gangorra, na qual de um lado temos a ingesta calórica e do outro o gasto energético, e a depender de qual lado pese mais é que teremos a variação do peso corporal. No entanto, os fatores que vão influenciar a ingesta calórica e o gasto energético são muito mais complexos que comer e fazer exercício, desse modo, tem-se ainda os fatores ambientais (oferta de alimentos mais baratos e açucarados, aumento das porções, sedentarismo, sono, estresse, etc) e os fatores genéticos. EXPECTATIVA DE VIDA X IMC ➔ IMC normal: Quase 80% de chance de alcançar 70 anos. ➔ IMC 35 a 40 kg/m²: 60% de chance de alcançar 70 anos. ➔ IMC 40 – 50 kg/m²: 50% de chance de alcançar 70 anos. CONSEQUÊNCIAS PSÍQUICAS ➔ Discriminação educativa, laboral e social; ➔ Preconceito e isolamento social; ➔ Perda de autoestima e depressão OBESIDADE X COMORBIDADES IMPORTANTE!!! Quanto mais obeso a pessoa é, maior o risco de que ela tenha comorbidades, exceto para dislipidemia que tem um lado genético muito importante. Atenção! O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de doenças cardiovasculares mesmo na ausência de anormalidades metabólicas. DIAGNÓSTICO ➔ Diagnóstico clínico: Esse diagnóstico é fornecido através do índice de massa corpórea. Correção!!!! Em obesidade II, o IMC precisa estar entre 35 – 39.9. ➔ Avaliação da obesidade: ▪ IMC + circunferência abdominal. ▪ RNM: Padrão ouro. ▪ TC ▪ Pregas cutâneas ▪ USG ▪ DEXA: Exame semelhante à densitometria óssea, contudo, avalia a densidade de gordura corpórea. O peso máx é 150kg. ▪ Bioimpedanciometria ▪ Calorimetria indireta Normalmente quem está acima do peso tem uma quantidade de músculo proporcional, principalmente para conseguir sustentar o peso provocado pela gordura. ➔ Avaliação do peso: ▪ Momento do início de ganho de peso e seu cursoclínico. 5 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia ▪ Quantos kg ▪ Fatores desencadeantes e de manutenção. ▪ Hábitos nutricionais ▪ Atividade física e estilo de vida. ▪ Aspectos psicológicos (mudanças na vida nesse período). ▪ Investigação de tratamentos anteriores e seus resultados. ▪ Sintomas sugestivos de doenças endócrinas e outras patologias. ▪ Uso de medicamentos (como corticoides, psicotrópicos). ▪ Presença de fatores de riscos associados. Um estudo publicado em 2019 apontou que o espaço de tempo desde o momento em que a luta contra o excesso de peso começou até a primeira discussão sobre o assunto com um profissional tem-se, em média, 6 anos, sendo uma janela de oportunidade enorme para o surgimento de doenças que são propiciadas pela obesidade. TRATAMENTO Quando se inicia o tratamento, o primeiro objetivo é a perda de peso, e a quantidade deve partir do paciente, que busca uma grande perda, contudo, o mais importante nesse momento é começar devagar e estabelecer metas realistas. ➔ Benefícios de perder 5 a 10% do peso: ▪ Reduz o risco de DM2. ▪ Reduz fatores de risco cardiovascular. ▪ Melhora perfil lipídico. ▪ Melhora a PA. ▪ Melhora apneia obstrutiva do sono. ▪ Melhora a qualidade de vida. O tratamento clínico da obesidade precisa ser composto por uma equipe multidisciplinar, ou seja, médico, psicólogo, enfermagem, nutricionista, educador físico e fisioterapeuta. NÃO MEDICAMENTOSO Consiste na mudança do estilo de vida, de modo que o paciente realize uma reeducação alimentar somada à atividade física. MEDICAMENTOSO ▪ O tratamento medicamentoso deve ser feito com supervisão médica. ▪ É importante lembrar que a obesidade é uma doença crônica ▪ É essencial estabelecer metas realistas. O tratamento medicamentoso deve ser empregado quando: 1. O IMC for maior ou igual a 30 kg/m². 2. IMC maior ou igual 25 ou 27 kg/m² na presença de comorbidades. 3. Quando houver falha em perder peso (falência com tentativa de dieta com restrição calórica é suficiente) com o tratamento não farmacológico. Medicamentos aprovados no Brasil para Obesidade ➔ Sibutramina: 10 a 15mg ao dia. ▪ Seu mecanismo de ação consiste em inibir a recaptação norepinefrina e serotonina. Aumenta a saciedade e a sensação de plenitude. No entanto, com o tempo pode perder seu efeito. ▪ Pode gerar alguns efeitos colaterais como constipação, boca seca, insônia, cefaleia e ansiedade. ➔ Orlistat: 120mg, 3x ao dia antes das refeições. ▪ Atua inibindo as lipases e com isso diminui em 30% a gordura absorvida, mas ocasiona desconforto abdominal como diarreia, na maioria das vezes. ▪ É o tratamento farmacológico de última escolha. ➔ Liraglutida: 3mg/dia (iniciado com 0,6 mg e aumento semanal de 0,6 mg/dia até 3mg) ▪ Cursa com náusea como principal efeito colateral, e sempre que o paciente se sentir assim devemos reduzir a dose. ▪ É um agonista de GLP-1, e atua inibindo AgRP/NPY, reduzindo a alimentação. Medicamentos de uso off label São aqueles medicamentos que são usados em situações divergentes da bula que vem registrada pela anvisa, mas possui segurança para isso. ➔ Fluoxetina: ▪ Inibidor seletivo da recaptação de serotonina. ▪ Perda de peso com doses mais elevados do que usada para depressão. ▪ Reganho de peso após 30 semanas, não sendo recomendada para tratamento a longo prazo da obesidade. ➔ Topiramato: ▪ É um medicamento que varia muito, tem bom respondedor, mas pode-se ter mau respondedor também. ▪ O principal efeito colateral é que a pessoa pode ficar meio lenta. ➔ Lisdexanfetamina: ▪ Inibidor de recaptação de dopamina e noradrenalina. ▪ Aprovado para o tratamento de TDAH em crianças a partir dos 6 anos, adolescentes e adultos. ▪ Doses: 30, 50 e 70 mg. ▪ Pode ser utilizado para o tratamento de transtorno de compulsão alimentar 6 6º SEMESTRE 2022.1 – UNIFTC Especialidades Clínicas II JULIANA OLIVEIRA Endocrinologia Cirurgias bariátricas ➔ Tipos de cirurgia bariátrica: ▪ Derivação gástrica em Y de Roux: Perda de peso, remissão da diabetes, melhora da HAS (tipo mais efetivo). ▪ Gastrectomia vertical. ▪ Banda gástrica ajustável. ▪ Derivação biliopancreática à duodenal switch. ➔ Indicações: ▪ Idade de 18 a 65 anos. ▪ Insucesso na perda ou manutenção de peso apesar dos cuidados médicos apropriados há pelo menos 2 anos. ▪ IMC maior do que 40 kg/m² ou maior do que 35 kg/m² associados à comorbidades. Importante! Os benefícios da cirurgia vão além da perda de peso, visto que há remissão também das comorbidades. ➔ Decisões compartilhadas: ▪ Terapêutica individualizada ▪ Mudanças de comportamento ▪ Preferências do paciente ▪ Características do paciente ➔ Recomendações pós operatórias: ▪ Fazer uso do polivitamínico ▪ Uso de B12 mensalmente ou a cada 6 meses ▪ Reposição de ferro na mulher em casos de sangramentos. ▪ Observar vitamina D e cálcio ▪ Compulsão por álcool.
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