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RELAÇÕES DE CONSUMO NA ENGENHARIA CIVIL TEORIA DAS RELAÇÕES DE CONSUMO. SURGIMENTO REGULAÇÃO DAS RELAÇÕES ENTRE OS PROFISSIONAIS E OS NÃO PROFISSIONAIS. França e Alemanha, entendem a relação de consumidor apenas as desempenhadas entre o pessoa física (consumidor) e a pessoa jurídica (fornecedor). Noção subjetiva de consumidor. RELAÇÃO DE CONSUMO CONCEITO (legislação brasileira) É a relação formada entre fornecedor e consumidor, objetivando a troca de produtos e serviços, devidamente regulamentadas pelo CDC. RELAÇÃO DE CONSUMO CONSUMIDOR. “Toda pessoa física ou jurídica que adquiri ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final.” (Art.2º do CDC) RELAÇÃO DE CONSUMO CONSUMIDOR Destinatário final - Finalistas FÁTICO E ECONÔMICO O adquirente do produto deverá utilizá-lo para fins à que se propõe o produto. (ex. carro comprado para revenda não se caracteriza, nas regras de consumo) RELAÇÃO DE CONSUMO CONSUMIDOR Destinatário final - Maximalistas FÁTICO Apenas a existência da relação de aquisição de bem, produto ou serviço, já caracteriza relação de consumo. RELAÇÃO DE CONSUMO Os entendimentos dos tribunais vem sendo aplicado de forma a proteger as relações de consumo quando há vulnerabilidade pela parte consumidora, mesmo que o bem não se valha ao fim adquirido. CONCEITOS DE CONSUMIDOR Sentido estrito,próprio, padrão ou standard. Art. 2º Sentido coletivo. Parágrafo Único do Art. 2º Bystander. Art. 17 – vítimas do acidente de consumo. Sentido amplo, exposto ou virtual. Ofertas, publicidades, práticas abusivas. FORNECEDOR DEFINIÇÃO LEGAL (Art. 3º CDC). Toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que DESENVOLVEM ATIVIDADE de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. SÃO ESPÉCIES DE FORNECEDORES PRODUTO Art. 3... § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. SERVIÇOS Art. 3º... § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. SERVIÇOS Vejam que há obrigação de remuneração do serviço para que seja criada a relação de consumo, ou seja, aquilo que não for pago diretamente não se caracteriza como consumo de serviço. Porém os bônus advindas de promoções transformam, são aceitas como consumo. (ex. lavagem grátis de carro abastecido) SERVIÇO PÚBLICO Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÃO DE CONSUMO - PNRC Através da adoção de medidas e políticas públicas, deverá o Estado regular as relações de consumo entre as partes, como positivado no Art. 5, XXXII, CF. Art. 5, XXXII, CF. – O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÃO DE CONSUMO - PNRC OBJETIVO. Atender as necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo. PRINCÍPIOS DA PNRC 01 - VULNERABILIDADE TÉCNICA JURÍDICA FÁTICA OU SOCIOECONÔMICA INFORMACIONAL PRINCÍPIOS DA PNRC 02 - INTERVENÇÃO ESTATAL CRIAÇÃO DE AGÊNCIAS REGULADORAS E INCENTIVOS PARA A CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES E GARANTIA DE PADRÕES NO MERCADO DE CONSUMO. PRINCÍPIOS DA PNRC 03 - HARMONIZAÇÃO DE INTERESSES BUSCA O EQUILÍBRIO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO 04 – BOA-FÉ OBJETIVA Tornar o negócio entre as partes probo e honesto. PRINCÍPIOS DA PNRC 04 - CONSCIENTIZAÇÃO Relata sobre a necessidade da divulgação de informações sobre a relação de consumo, melhorando assim o mercado de consumo. 05 – AUTOINICIATIVA PROTETIVA Gerir pelos fornecedores ações de controle sobre suas atividades. (Ex. CONAR – Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) PRINCÍPIOS DA PNRC 06 - NÃO ABUSIVIDADE Combate a concorrência desleal, atitudes de prática que abuse do mercado de consumo e ações que configurem prejuízos aos consumidores. 07 – MELHORIA DO SERVIÇO PÚBLICO Cabe ao Estado buscar sempre a melhoria dos serviços e produtos oferecidos, através de políticas específicas de fomento. DA EXECUÇÃO DA PNRC CABE AO ESTADO Manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; Instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; 3. Criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; 4. Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; 5. Concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. DIRIETOS BÁSICOS DO CONSUMDOR PROTEÇÃO A VIDA, SAÚDE E SEGURANÇA EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE CONSUMO ADEQUADO INFORMAÇÃO NÃO ABUSIVIDADE EQUILÍBRIO CONTRATUAL PREVENÇÃO E REPARAÇÃO INTEGRAL DIRIETOS BÁSICOS DO CONSUMDOR ACESSO A JUSTIÇA FACILITAÇÃO DE DIREITOS. RESPONSABILIDADE OBJETIVA SOLIDARIEDADE PASSIVA DO RESPONSÁVEL PELO DANO AÇÃO É PROPOSTA NO DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR INVERSÃO DO ONUS DA PROVA DIRIETOS BÁSICOS DO CONSUMDOR EFICAZ E ADEQUADA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO – (princípio constitucional da eficiência do serviço Público) INCLUSÃO DE DIRITOS – (novos direitos podem ser tutelados) PREVENÇÃO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA Produto algum será colocado no mercado enquanto não esteja configurada a segurança do seu uso. 01 – periculosidade legítima, esperada ou tolerada – recomendações sobre o uso. 02 – periculosidade potencial – obrigatoriedade da informação pois o risco é potencial (não utilize este equipamento como única forma de flutuação) 03 – periculosidade proibida ou não tolerada – situação de não aceitação do mercado – Recall veículos. CONTRATOS E TUTELA JURÍDICA DIREITO DO CONSUMIDOR NA ENGENHARIA PROTEÇÃO CONTRATUAL TERORIA CONTRATUAL CLÁSSICA Autonomia da vontade de contratar Liberdade de contratar Mudanças operadas no Sec. XX Com o advento do Estado Social, passou o Estado a intervir nestas relações PROTEÇÃO CONTRATUAL Massificação – produção em grande escala e pouca regulação nas relações contratuais desta natureza, prevalecendo a vontade do fornecedor. Autonomia da vontade legal e judicial. Dirigismo legal – as leis passam a regular Dirigismo judicial – as questões são decididas na justiça. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRATUAL PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MAIS FAVORÁVEL PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DIRIETO DE ARREMPEDIMENTO OU PRAZO DE REFLEXÃO – (7 DIAS) GARANTIA COMPLEMENTAR (90 DIAS + 2 ANOS DE GARANTIA) CONTROLE DAS CLÁUSULAS GERAIS DOS CONTRATOS CONTROLE ADMINISTRATIVO Realizado junto aos órgão da controle administrativo – MP, Termo de Ajustamento e inquérito Civil. CONTROLE JUDICIAL Exercido pelo poder judiciário para solver os problemas das relações contratuais. CLAUSULAS ABUSIVAS Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código; III - transfiram responsabilidadesa terceiros; IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; V - (Vetado); VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; RESPONSABILIDADES NO CONTRATADO Informação prévia, adequada e integral do conteúdo e alcance do contrato (relação de crédito). Multa pelo inadimplemento de obrigações (2%) Liquidação antecipada – (diminuição de juros) Perda total das parcelas - (não aceitas nas relações imobiliárias) RESPONSABILIDADES NO CONTRATADO Contrato de adesão – (previamente estabelecido) Poder público – (Itens estabelecidos pelo Estado não descaracterizam a adesão) Modificação substância do conteúdo - (pequenas alterações não influem na relação) Escrita em letras de tamanho legível Cláusulas limitadoras de direito – (redigidas em destaque) TUTELA PENAL DO CONSUMIDOR Debruçasse o legislador brasileiro sobre a caracterização de delitos penais no CDC, o objetivo é dar o devido respaldo aos atos aplicados nestas relações buscando a proteção dos direitos em tela. TUTELA PENAL DO CONSUMIDOR Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Código Penal e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes. Art. 62. (Vetado). Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado. § 2° Se o crime é culposo: Pena Detenção de um a seis meses ou multa. TUTELA PENAL DA PUBLICIDADE Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Parágrafo único. (Vetado). Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: Parágrafo único. (Vetado). Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade: Pena Detenção de um a seis meses ou multa. TUTELA PROCESSUAL DO CONSUMIDOR Todo o direito deve ser garantido por instrumentos processuais que o fundamentem. Nas questões voltadas ao consumidor os instrumentos processuais mais comuns são: Tutelas individuais: CDC e CPC Tutelas coletivas: CDC e LACP e subsidiariamente o CPC TUTELA PROCESSUAL DO CONSUMIDOR Interesses metaindividuais. Após a Segunda Guerra, surgiram os direitos de massa ou praindividuais, passando os legislativos a regular instrumentos para fins de defesa conjunta dos requisitos. INTERESSES METAINDIVIDUAIS Interesses difusos Não há determinação específica de titulares do direito em questão. Interesses coletivos Mesmo direito de um grupo homogêneo de pessoas. Interesses individuais homogêneos Decorrem da mesma circunstância de fato, porém diferem na determinação dos titulares e a divisibilidade do objeto.
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