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1 CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO INFANTIL POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA JOGOS E BRINCADEIRAS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Amanda da Silva Pereira RA: 2046886 Franciclayre Ingrid de Souza Fereira RA: 204031 Gabriele Oliveira Souza RA: 2046904 Maiane Rocha de Oliveira RA:2046999 Rita Katiana da Silva Filgueira Freitas RA:2030992 Polo Parnamirim/RN 2021 2 CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – EDUCAÇÃO INFANTIL Amanda da Silva Pereira RA: 2046886 Franciclayre Ingrid de Souza Fereira RA: 204031 Gabriele Oliveira Souza RA: 2046904 Maiane Rocha de Oliveira RA:2046999 Rita Katiana da Silva Filgueira Freitas RA:2030992 JOGOS E BRINCADEIRAS PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Trabalho de intervenção pedagógica, realizado da disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do curso de Pedagogia, da Instituição Universidade Paulista - UNIP Polo Parnamirim/RN 2021 3 Sumário 1. Tema ....................................................................................................................... 4 2. Situação-Problema .................................................................................................. 4 3. Justificativa e embasamento teórico ....................................................................... 4 4. Público-alvo ............................................................................................................. 6 5. Objetivos ................................................................................................................. 7 6. Percurso metodológico ............................................................................................ 7 7. Recursos ............................................................................................................... 10 8. Cronograma .......................................................................................................... 10 9. Avaliação e produto final ....................................................................................... 11 Referências bibliográficas ......................................................................................... 12 4 1. TEMA Jogos e Brincadeiras para uma Educação Inclusiva. 2. SITUAÇÃO-PROBLEMA O ingresso de alunos com necessidades especiais têm se tornado cada vez mais expressivo na educação infantil, Podemos constatar isso através dos dados observados do Censo Escolar de 31 de janeiro de 2019 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que indica um aumento significativo de aproximadamente 92,1% entre os anos de 2014 a 2018 no percentual de matrículas na educação regular de alunos com algum tipo de necessidade especial, caracterizado por deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Observando o comportamento de alunos do nível “V” da educação infantil, do Complexo Educacional Contemporâneo, localizada na Rua Capitão Aviador Eraldo Cunha de Martinho, 1905, Cidade Verde, Parnamirim/RN. Podemos verificar um isolamento por parte de um determinado aluno onde o mesmo não participava de maioria das atividades propostas pela professora da turma. Tendo em vista uma solução para tal distanciamento do aluno observado, a direção da escola, junto a coordenadora pedagógica, procurou os pais da criança onde foi constatado que ele se encontrava dentro do espectro do autismo, e que havia um problema de comunicação e relações interpessoais. Buscando solucionar tal problemática, objetivando a possível entrada de mais alunos nos anos consecutivos com as mesmas disfunções, o nosso projeto tende elaborar soluções práticas e lógicas para fazer com que esses educandos obtenham resultados positivos no quesito socialização e consequentemente aprendizado. 3. JUSTIFICATIVA E EMBASAMENTO TEÓRICO Analisando esse alto índice nas matrículas, busca-se com esse projeto, por meio de jogos e brincadeiras, uma melhoria na socialização e na interação desses alunos com necessidades especiais com a comunidade escolar em geral, visando 5 uma inserção maior por parte de crianças com transtorno de espectro autista, já que o nosso projeto é voltado especificamente para esse transtorno global do desenvolvimento, descrito pela interrupção nos processos de socialização, comunicação e desenvolvimento. É importante ressaltar que para podermos obter uma educação de qualidade, não somente para crianças atípicas, bem como também para as crianças típicas, precisamos da interação pais/escola, para que seja compreendido por todos a relevância da inclusão dessas crianças com necessidades especiais no ambiente escolar. Baseando-se na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva vimos que é assegurado uma inclusão escolar para esses alunos com deficiência onde os mesmos têm direito de acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade inclusive nos níveis mais altos de ensino, bem como a oferta de atendimento educacional especializado o que garante a ele uma atenção especial na aprendizagem, formação de profissionais mais capacitados para essa demanda, incluindo ainda acessibilidade arquitetônica, participação da família e comunidade. Pesquisando sobre o transtorno do espectro do autismo, observamos que o autismo é caracterizado por transtornos no desenvolvimento o que acarretam problemas de comunicação e linguagem, pois alguns autistas não conseguem se comunicar de maneira falada tornando-se assim autistas não-verbais, dificuldade de interação social e comportamental. O que se sabe atualmente é que não existe uma causa única que determina o surgimento do autismo na criança, podendo ser fatores genéticos na sua maior totalidade, como também fatores ambientais em menor índice. Um dos maiores desafios para os professores no processo de aprendizagem dos alunos autistas é que não existe uma diretriz clara de como trabalhar com elas na escola, a solução é adaptar o processo de ensino/aprendizagem de acordo com a subjetividade desse educando, o que nos leva a compreender que duas crianças com o mesmo diagnóstico podem responder de maneiras diferentes a determinados comandos pedagógicos, trazendo maiores desafios para professores e coordenadores, por esse motivo reafirmamos a ideia de Menezes que complementa: 6 Uma inclusão realizada sem as devidas ponderações a respeito de todo o contexto em questão, pode se tornar a mais perversa das exclusões. Aquela que acontece dentro do ambiente escolar, em que o aluno é mantido na escola e ainda assim não consegue evoluir em seu processo. Em síntese, mediante minha experiência e análise do conteúdo teórico, pode-se dizer que para que o processo de inclusão escolar de alunos com autismo seja bem-sucedido é preciso atender a três condições básicas. São elas: 1) conhecer e estudar as características comuns às pessoas com autismo; 2) definir a forma de atendimento educacional a ser ofertado, concomitantemente com a turma comum e 3) desenvolver estratégias adequadas de atuação pedagógica em sala de aula, respondendo às necessidades educacionais especiais de alunos com autismo, as quais devem ser avaliados sistematicamente (MENEZES. 2012,p.53). Como exemplos de práticas que podem auxiliar esse processo de aprendizagem podemos citar o conhecimento prévio das necessidades de um aluno autista, estimulando assim suas habilidades e competências respeitando suas limitações, adaptação do espaço de aula e práticas pedagógicas, estabelecer uma relação de confiança entre professore aluno, manter estável a relação escola-família- aluno a fim de conhecer a compreensão e possíveis formas de enfrentamento que auxiliará uma ação mais direcionada, e como ferramenta primordial, estimular a socialização para uma boa aprendizagem deste aluno, porém evitando a imposição de atividades que ela não consegue realizar. Educar crianças com necessidades especiais acompanhados de seus pares em escolas comuns é importante não apenas para prover oportunidades de socialização e de mudar o pensamento estereotipado das pessoas sobre as limitações, mas também para ensinar o aluno a dominar habilidades e conhecimentos necessários para vida futura dentro e fora da escola (MENDES, 2004, p. 228). 4. PÚBLICO-ALVO • Educação infantil • Crianças da segunda infância (4 e 5 anos) 7 • Escola • Sociedade • Família 5. OBJETIVOS Objetivo Geral: Com o projeto busca-se promover uma didática voltada para interação participativa de alunos com transtorno do espectro do autismo dentro de sala de aula visando uma socialização mais ampla por meios de jogos e brincadeiras que possam propiciar aos educandos uma maior troca de experiências e vivências com os demais participantes da turma no processo de ensino/aprendizagem. Objetivo específico: • Desenvolver habilidades cognitivas • Estimular a curiosidade e a participação nas brincadeiras • Trabalhar a coordenação motora • Instigar a consciência e emoções faciais • Promover a interação social com os demais alunos de forma divertida 6. PERCURSO METODOLÓGICO Será realizado principalmente um estudo mais detalhado sobre os jogos e as brincadeiras a serem propostas, pois para se ter uma qualidade e eficácia no desenvolvimento e na inclusão da criança com espectro autista, é necessário principalmente perceber a necessidade daquele educando, tais como escrita, fala, entre outros. Através do PEI (Plano Educacional Individualizado), o conhecimento por meio da família, se faz necessário enaltecer que a parceria família e escola nesses casos são de extrema importância. Pontos necessários para brincadeiras de formas mais efetivas: • estar inteiro na brincadeira junto ao educando 8 • brincar de forma natural sem parecer um teste • seguir o interesse do mesmo Marcar previamente uma reunião com os pais dos alunos para informar a importância do projeto e sobre como o mesmo será realizado em sala de aula, definir as brincadeiras, escolha dos horários e dias a serem realizados o projeto, escolha dos materiais para fabricação desses jogos, produção dos jogos acompanhado dos alunos para instigar a curiosidade e o interesse em participar dessa etapa importante que é a confecção do jogo. Serão realizadas atividades que estimulem a noção espacial, a lateralidade, o esquema corporal, a organização de cores. Dentro dessa perspectiva deve haver então muitas brincadeiras, sempre com propósitos e objetivos, algumas sugestões são: • argilas e massinhas • quebra-cabeça • desenhar e colorir • jogos de memorização • pareamento de cores • treino de pontaria • danças Muitos estímulos sensoriais podem ser extremamente desconfortáveis pelo fato de que vários portadores de TEA tem hipersensibilidade, o que pode causar um bloqueio total em algumas sensações e ocasionarem crises. Alguns não gostarão de brinquedo algum. O brinquedo é apenas um meio, o verdadeiro objetivo é interagir. Dicas de brincadeiras: Bolhas de sabão É uma brincadeira muito simples, ótima de trabalhar o contato visual. Não é simplesmente fazer as bolhinhas, precisa trabalhar a expectativa. Conte de um até três, alterando a entonação, e fazendo caras e bocas. Para e espera a reação da criança, depois continua e solta as bolhinhas. 9 Cócegas Novamente trabalha-se com expectativa, contando de um até três, e partindo para a cócegas. É importante olhar nos olhos e incentivar a troca de olhares. De vez em quando, pode-se fazer uma quebra de expectativas, não fazendo as cócegas para que o aluno peça para fazer. Fazendinha para se trabalhar a atenção compartilhada e o vocabulário, pode-se começar com animais que a criança já tenha contato, como cachorro, gato, galinha, cavalo. Aos poucos pode-se introduzir novos animais que ela ainda não conhece. Se o educando não fala, pode-se começar pelas onomatopeias. Exemplo: “como é que a vaca faz?” deixa-se um espaço para ele responder, e depois se faz: “Muuuuuuuuuu!” Caixa mágica também trabalha a expectativa e surpresa, colocando os brinquedos dentro de uma caixa, e pegando todos um por um. “Oque será que vem agora?” Fazer com os animais, é uma boa opção, pode-se fazer os sons deles, quando tirá-los da caixa. Exemplo: “É um cachorro! Como ele faz? Auau Auau!” Podem se combinar com as cócegas, tornando a brincadeira ainda mais divertida e interessante para a criança. Música Ótima para trabalhar várias habilidades, como a troca de turnos. Exemplo: Pegue as músicas preferidas do aluno, junto com ele reveza-se quem fala. Cantem um trecho e deixe que ele complete a única palavra ou silaba, a depender do nível de linguagem que ele possua. Pode-se teatralizar, usar fantoches ou instrumentos 10 7. RECURSOS Confeccionar os jogos, utilizando materiais como EVA, feltro, cola, tesoura, materiais de papelaria, produtos recicláveis como papelão, garrafa PET, potinhos de Danone, canudos e palitos de picolé. Adaptação de um espaço na sala de aula onde os alunos poderão jogar e brincar de acordo com suas necessidades de forma que o ambiente fique alegre e descontraído favorecendo a participação de todos. Utilização de caixas de som para quando a atividade proposta envolver músicas como, por exemplo, no momento em que a música pausar as crianças devem parar e ficar imóveis trabalhando assim o contato visual e a compreensão de comandos. 8. CRONOGRAMA • Jogos realizados semanalmente (preferencialmente nos primeiros horários da aula de toda quinta-feira seguindo o cronograma da escola). • Separar a turma por grupos de acordo com a quantidade de alunos da turma e quantidade de jogos. • Acompanhamento e orientação sobre a dinâmica do jogo. • Incentivar a participação do aluno dentro do espectro do autismo em todos os jogos respeitando suas limitações. • Fazer observações e anotações sobre o desempenho e as possíveis adaptações na interação dessa criança para com as brincadeiras. • Realização do projeto todo o ano letivo sendo aplicado uma vez por semana e analisado e registrado em forma de relatórios e registros fotográficos para apresentação final na reunião de pais e mestres no fim do ano letivo. • Registro em forma de fotografia dos jogos e das atividades sendo realizados (semanalmente). • Criação final do portfólio para apresentação final do projeto. 11 9. AVALIAÇÃO E PRODUTO FINAL O brincar é essencial para qualquer criança; é um dos atos mais importantes na vida de uma criança. Na brincadeira conseguimos estimular diferentes habilidades e aspectos como sensorial, cognitivo, social, entre outros. As brincadeiras sensoriais trabalham o que as crianças autistas mais precisam desenvolver já que as ajudam a interagir mais socialmente, a criar mecanismos de comunicação e a reduzir comportamentos repetitivos. Esperasse criar um vínculo com o aluno autista a ponto de se obter melhorias na sua fala, na interação social, no seu desenvolvimento cognitivo, desenvolvimento social, respeitando suas características e em vez de tentar enquadrá-lo nos mesmos sistemas de ensinos de outras crianças, saber identificar qual a forma mais proveitosa e eficaz de passar informação para o aluno autista. A conclusão do projeto se dará em forma de um portfólio apresentado a comunidade escolar e os familiares por meio de uma reunião, ondeserá mostrado registros do acompanhamento dos jogos, reforçando aos pais a conscientização sobre a importância da inclusão de alunos autistas na sala de aula, o papel do professor e dos demais alunos com essa interação social, deixando claro os benefícios que todos terão futuramente com essa inclusão reforçando o respeito e a paciência necessária para adaptação de crianças com necessidades especiais na sociedade. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE BIASI, Mari. Brincar e aprender na educação infantil 1.ed. São Paulo: clube dos autores, 2012. MENEZES, A. R. S. de. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? 160. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do estado do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2012. MENDES, E. G. Construindo um “lócus” de pesquisas sobre inclusão escolar. Temas em Educação Especial: avanços recentes. São Carlos: Ed UFSCAR, 2004. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF, Jan. 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. http://www.blog.casatema.com.br/atividades-e-brinacdeiras-para-criancas- autistas/: acesso em 14 de março de 2021. http://www.zenclub.com.br: acesso em 22 de março de 2021. http://www.editorarealize.com.br: acesso em 23 de março de 2021. http://educacaoinfantil.aix.com.bry acesso em 30 de março de 2021. http://www.inep.gov.br: acesso em 25 de abril de 2021. http://www.blog.casatema.com.br/atividades-e-brinacdeiras-para-criancas-autistas/ http://www.blog.casatema.com.br/atividades-e-brinacdeiras-para-criancas-autistas/ http://www.zenclub.com.br/ http://www.editorarealize.com.br/ http://educacaoinfantil.aix.com.bry/ http://www.inep.gov.br/