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Aparelho respiratório

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Aparelho respiratório
❖ Respiração
➢ Celular: obtenção de energia; ocorre no interior das
mitocôndrias
➢ Pulmonar: processos químicos e osmóticos em que há
absorção de oxigênio e remoção de produtos (principalmente
CO2) formados pelas atividades oxidativas do corpo
❖ Funções: Depende da região, desde a região de entrada até a parte inferior
mais caudal
➢ Troca Gasosa - acontece nos pulmões, chamada de hematose
- O2 entra e CO2 sai
➢ Proteção / Filtração - nas partes condutoras / a filtração
acontece em todo o trajeto do trato respiratório
➢ Umidificação do ar - lágrimas dos olhos descem e chegam a cavidade nasal.
Produção de secreção serosa e mucosa. No animal normalmente é deglutido, sem
se dar conta, dos particulados vindos da nasofaringe
➢ Eliminação de Substâncias
➢ Regulação do Equilíbrio Ácido-Base - associada ao sangue, ao transporte de
gases pela hemácia.
Taquipneica - respiração acelerada; Eupneica - respiração normal;
Bradpneica - respiração mais lenta
➢ Vocalização -passagem de ar sobre as pregas vocais
❖ Consiste de partes condutora, respiratória, e um mecanismo de bombeamento pelo
qual o ar alternativamente é inspirado e expirado do sistema.
❖ Parte condutora: passagem de ar; é macroscópica. Compreende o nariz, cavidade
nasal, parte da faringe, laringe, traquéia, brônquios até os bronquíolos respiratórios
➢ precisa do movimento dos cílios para captar o muco e as substâncias
particuladas
➢ Silicose - doença de seres que trabalham em minas de carvão sem EPI. Ao
longo do tempo, a sílica se deposita nos pulmões e enrijece as estruturas ali
presentes, que precisam ser flexíveis facilitando a entrada e saída de ar
❖ Parte respiratória: a respiração em si; é histológica. Compreende os bronquíolos
respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e os alvéolos pulmonares
❖ Aparelho de bombeamento: dois sacos pleurais, a caixa torácica e seus músculos
associados e o diafragma
❖ Seios paranasais: cavidades encontradas no interior dos ossos da maxila, frontal,
esfenóide e etmóide. Revestidos por túnica mucosa respiratória e comunicam-se
direta ou indiretamente com a cavidade nasal
❖ Associação ao sistema olfatório: região olfatória → parte da túnica mucosa nasal
com células sensoriais olfatórias
RESPIRAÇÃO DAS AVES
❖ A ave é um indivíduo à parte.
❖ Sacos aéreos: cervicais, clavicular, torácico cranial, abdominal, torácico caudal.
Armazenam ar para vários momentos como voo e mergulho
❖ Pulmões justapostos aos recessos costovertebrais
❖ Sistema de parabrônquios - une várias partes do pulmão - basicamente onde
acontece as trocas gasosas
➢ Paleobrônquios - associado a parte mais fundamental, inicial e preservável
➢ Neobrônquios - novos brônquios, outras características
❖ Traquéia se bifurca em brônquios e forma a siringe (logo acima)→ associada ao
canto da ave, e apresenta membranas timpaniformes
➢ Membranas timpaniformes – associadas à produção de som
➢ Esulo – estrutura rígida no final do centro da siringe, oferece um pouco de
ancoramento as cartilagens e a estrutura toda que está associada a
modulação do som
NARIZ:
❖ É contínuo com o rosto/ face do animal. Vai desde entre os olhos até a parte mais
rostral da face
❖ Engloba: nariz externo, cavidades nasais e os seios paranasais; nasofaringe (em
alguns casos). Internamente está dividido em duas cavidades, os vestíbulos
nasais, cada um deles iniciando-se por uma narina e conduzindo, através de uma
região de constrição, à cavidade nasal muito mais ampla situada caudalmente
❖ Parede dorsal: ossos nasal e frontal
❖ Paredes laterais: ossos incisivo, maxilar, lacrimal e zigomático
❖ Narina - a entrada da região
➢ Abertura nasal
➢ Seu formato depende da espécie
➢ O tegumento ao seu redor é glabro e muito diferenciado da pele não
modificada em todas as espécies, exceto nos equinos.
➢ Estruturas: rima da narina (abertura), comissuras dorsal e ventral da narina,
arcos (asas) laterais e mediais.
➢ Planos:
■ nasal → carnívoros e pequenos ruminantes; pode ser dividido pelo
filtrum
■ nasolabial → bovinos
■ disco rostral → suínos
■ em bovinos e suínos, o plano é mantido úmido devido a presença de
glândulas
■ No equino não se diz que tem um plano porque o nariz não se
destaca na face
➢ Cartilagem do septo nasal
➢ Cartilagens lateral dorsal e lateral ventral do nariz
➢ Cartilagem alar - especialmente grande em equinos; responsável pela forma
de vírgula da narina; está dividida em lâmina e corpo/corno; entre suas
lâminas têm o músculo dilatador apical da narina que abre a narina
■ No equino há uma falsa narina, uma parte dorsal, um divertículo
nasal que conduz a um divertículo delimitado por pele e que ocupa a
incisura nasoincisiva; a parte ventral é chamada narina verdadeira,
ela conduz à cavidade nasal
➢ Incisura nasoincisiva - ângulo formado pelos ossos nasal e incisivo
➢ Asas lateral e medial - limites. A lateral é mais móvel pois é mais muscular
e a medial tem a lâmina da cartilagem alar
❖ Vestíbulo da narina – região que é um saco cego, onde “enfia o dedo”. Um saco
cego dorsolateralmente – um divertículo
❖ Filtrum – linha de fusão embrionária das narinas – muito desenvolvido em cães e
gatos, pouco em porcos; em caprinos – vai até o início da narina; ovinos – avança a
narina
❖ Óstio do ducto nasolacrimal - umidifica o ar. A lágrima, que sai do saco conjuntival
e vai para o óstio do ducto nasolacrimal, vai ser evaporada
❖ Osso rostral, em suíno, pequeno osso na extremidade rostral do septo nasal que
forma a divisão mediana entre os vestíbulos direito e esquerdo
❖ Músculos: dilatador apical – aproxima as asas mediais; levantador nasolabial –
puxa as asas laterais; elevador do lábio maxilar – eleva a narina longitudinalmente;
canino que é sinergista do nasolabial – puxa as comissuras para dilatar a narina
❖ Vasos e nervos: é uma área altamente vascularizada.
➢ Artérias nasais lateral e dorsal, labial maxilar, esfenopalatina, infra-orbitária,
etmoidal e palatina maior
➢ Veias da cavidade nasal e da face
➢ Vasos linfáticos que drenam, passam para os nodos linfáticos parotídeos e
mandibulares
➢ Nervos infra-orbitários: impulsos sensoriais das narinas e da área
circundante
➢ Nervos faciais (ramos): impulsos motores
CAVIDADE NASAL:
❖ Estende-se das narinas até as coanas. É a 1ª parte do verdadeiro percurso
respiratório. Está contida em grande parte dentro do nariz e é dividida por um septo
nasal em duas metades laterais direita e esquerda. O ar inspirado é aquecido, ao
passar sobre a mucosa que é muito vascularizada (capilares sanguíneos), e
umedecido, pela vaporização das lágrimas e secreção nasal serosa (por meio de
glândulas da mucosa), a olfação é melhorada na região olfatória da cavidade nasal
e a ação ciliar é mantida (filtração do ar). O revestimento de muco, espalhado pelas
glândulas sobre a mucosa nasal, é direcionado em direção à faringe pela ação ciliar
do epitélio de revestimento e é deglutido.
❖ Vai ser desenvolvida pelo desenvolvimento do chanfro do animal, a partir da
conformação da cabeça, por exemplo em braquicefálicos é menos desenvolvida
➢ Conchas nasais: ocupam espaço dentro das cavidades nasais. São: ventral,
dorsal e média(formada pelo osso etmóide) – são lâminas frágeis
circovoluteis (espiraladas sobre si mesmas) de estruturas ósseas adjacentes.
Função de dispor de mucosa sobre elas, e presença de capilares para
aquecimento do ar
■ Conchas etmoidais (etmoturbinais) - ocupam a parte caudal da
cavidade nasal, são separadas por meatos etmoidais, e seu padrão é
complicado nas espécies que utilizam muito o sentido do olfato. Nesta
concha nasal média tem a percepção de odor - presença de radículas
do nervo olfatório
■ Cada volta do osso etmóide é chamada de etmoturbinares (ossos
etmoturbinais) -é a região mais olfativa.
➢ Seios paranasais: abrindo-se para fora das cavidades nasais, são
divertículos da cavidade nasal que penetram nos ossos do crânio
■ Sistemas frontal e maxilar
➢ Narinas: comunicação da cavidade nasal com o exterior → é a entrada
➢ Coanas: comunicação entre cavidade nasale faringe → é a saída
➢ Meatos nasais: dorsal, ventral, médio e comum. São os espaços entre as
conchas. O meato nasal comum – comunica os três meatos
➢ Pregas nasais: reta, alar, basal. São projeções das conchas. A reta é
projeção da concha dorsal, a alar e basal são da concha ventral
➢ Óstio nasolacrimal: abertura externa do ducto nasolacrimal localizada no
vestíbulo da cavidade nasal
❖ O septo nasal é altamente cartilaginoso, mas ossificado em sua parte mais caudal
❖ Limites: Teto, assoalho da cavidade nasal, (base óssea do palato duro, que tem o
processo palatino da maxila, corpo do osso palatino e o próprio osso incisivo)
➢ Paredes
➢ dorsal: Ossos nasais e cartilagens nasais dorsais
➢ lateral: Lâmina perpendicular da maxila
➢ ventral: Mesma composição óssea do palato duro
❖ Vascularização: ramos bucais e dorsais da artéria maxilar, artéria nasal, artérias
palatinas
SEIOS PARANASAIS
❖ Paranasal - o que está fora, fora do nariz
❖ Se formam à medida que o indivíduo cresce; a cabeça, que tem uma
taxa de crescimento lento, vai aumentando de tamanho. Esses espaços
estão associados à troca de ar que promovem o resfriamento. Torna a
cabeça do animal mais leve.
❖ Problemas – sinusites - inflamação dos seios paranasais -acúmulo no seio
❖ Seios: frontal, maxilar caudal, maxilar rostral
➢ Nos equinos, o seio maxilar é dividido em parte caudal e parte rostral, ambas
conectadas pelo meato nasal médio. Septo oblíquo separa o seio maxilar
caudal do seio maxilar rostral
➢ No cão, a cavidade se comunica livremente com a cavidade nasal e é
conhecida como recesso maxilar
FARINGE
❖ Nasofaringe: parte da faringe associada à passagem do ar.
➢ O ar passa pela cavidade nasal → nasofaringe → laringofaringe → laringe
→ traquéia → árvore traqueobrônquica → pulmões
❖ Laringofaringe
❖ Orofaringe
LARINGE
❖ É um conjunto de cartilagens
❖ Forma conexão entre a faringe e a árvore traqueobronquial. Está
suspensa na base do crânio pelo aparelho hióide. Sua posição é
mudada quando o animal deglute devido à sua conexão com a
língua e o aparelho hióide.
❖ Associada a produção de sons articulados, movimentação da língua
❖ Aves com língua articulada- conseguem fonar o som articulado e
repetir o que o ser humano diz. Os animais não tem como articular o
som –falar; a sua língua é fixa
❖ Relações: timo em filhotes, artérias carótidas comum esq. e dir.,
artéria jugular externa esquerda e direita
❖ Vascularização e inervação: Artéria carótida comum, tireóideas caudal, inferior,
faríngeas. Drenagem para veia jugular interna. Nervos laríngeo recorrente e nervo
cricotireóideo cranial. Ramo comunicante -comunicação entre os ramos laríngeos
CARTILAGENS DA LARINGE
❖ Epiglótica: é a mais rostral. Consiste em uma pequena haste e uma grande lâmina
em forma de folha. É composta de cartilagem elástica e é flexível. Em animais mais
velhos pode apresentar poções de gordura sobre a sua superfície. A sua ausência
não interfere na deglutição normal. Superfície laríngea e lingual
➢ Vasos na superfície, mucosa associada, pregas ariepiglóticas. Em
endoscopia vemos as pregas vocais, a rima da glote
➢ A de bovino é arredondada
❖ Tireóidea: é a maior de todas. Consiste de duas placas quadriláteras, direita e
esquerda que são fundidas ventralmente; as partes fundidas das lâminas formam o
corpo; as extremidades rostral e caudal da margem dorsal de cada lâmina se
articulam com o tireoióideo e o arco da cartilagem cricóidea, respectivamente. Está
suscetível a mudanças de acordo com a idade que afetam seu tecido; ilhas de
calcificação e até ossificação a tornam mais frágil com o avanço da idade.
➢ Para descrição: – bordas dorsal, caudal e rostral; faces interna e externa;
lâminas direita e esquerda; cornos rostral e caudal; incisura tireóidea -nela
vai passar o nervo laríngeo que inerva o quadro intrínseco da laringe
➢ Algumas espécies apresentam uma proeminência ventral arredondada no
corpo, chamada de proeminência laríngea, conhecida popularmente como
pomo-de-adão. No bovino, a faixa do istmo é mais larga.
❖ Cricóide: é modelada como um anel de sinete. Consiste em uma lâmina e um arco
ventral mais estreito. A parte dorsal apresenta uma crista mediana e, em sua
margem rostral, duas facetas para as cartilagens aritenóideas. Está sujeita a
mudanças com o processo de envelhecimento.Outras p/ descrição: borda rostral e
caudal, sulco articular, crista mediana, processo muscular
❖ Aritenóides (são duas): possuem uma forma bastante irregular, mais bem descrita
como piramidal. Dela se irradiam: um processo vocal, que se projeta ventralmente
para o lúmen da laringe, ao qual a prega vocal se liga; um processo muscular que
se estende lateralmente; e um processo corniculado que se estende
dorsomedialmente, e é elástico.
➢ Descrição: 3 faces dorsal, lateral e medial; processo corniculado; processos
articular, muscular e vocal – relacionados a inserções
➢ Em suíno doméstico acontecem os processos (cartilagem) interaritenóideos
❖ As cartilagens tireóide, cricóide, aritenóides são de constituição hialina –
característica mais rígida.
❖ Fibrocartilagens: processos corniculados, processo cuneiforme (pode estar ou não
fixado a epiglote)
➢ Processo cuneiforme em cães e equinos fixados. Em equino o processo
cuneiforme está fixado a base da epiglote; Em cão o processo cuneiforme
está fixado/fundido na aritenóide
❖ Existem cartilagens menores e menos proeminentes, que podem não ocorrer em
todas espécies, como os processos cuneiformes e a cartilagem interaritenóidea.
ARTICULAÇÕES, LIGAMENTOS E MEMBRANAS
❖ O movimento das articulações cricoaritenóideas é o fator mais importante na
regulação do tamanho da abertura glótica, o estreitamento do lúmen da laringe.
❖ Membranas elásticas unem a cartilagem epiglótica às cartilagens aritenóides e
tireóide, a tireóide à cartilagem cricóide, e a cricóidea ao primeiro anel traqueal.
❖ Articulações: cricotireóidea, cricoaritenóidea, tireohióidea
❖ Ligamentos: hioepiglótico, tíreoepiglótico, tireohioideo, cricoaritenóideo,
aritenóideo transverso, cricotireóideo, vocal, vestibular, cricotraqueal.
MÚSCULOS DA LARINGE
❖ Extrínsecos (11,12,18): associados à movimentação da laringe como um todo;
movimenta rostralmente e caudalmente
➢ Ceratoioideo: puxa para frente, protrai a laringe
➢ Tireohióideo: puxa para frente, rostralmente
➢ Esternotireóideo: puxa para trás, caudalmente
❖ Intrínsecos: próprios da laringe
➢ Cricotireóideo: posição superficial, é o único de inervação pelo laríngeo
cranial, um ramo do nervo vago. Na contração tensiona as pregas vocais
➢ Aritenóideo transverso: aproxima as cartilagens aritenóideas e completa o
esfíncter, aduz as pregas vocais
➢ Cricoaritenóideo lateral: é um adutor (junta, aproxima) dos processos
vocais, estreitando a glote.
➢ Cricoaritenóideo dorsal: na contração, abduz (afasta) o processo vocal e,
assim, a prega vocal, ampliando a glote
➢ Tireoaritenóideo: ajusta a tensão da(s) prega(s). Em certas espécies
(incluindo equinos e cães), ele é dividido em duas unidades, uma ventricular
rostral e uma vocal caudal que ocupam as pregas vestibular e vocal.
➢ Os demais músculos (tirando o cricotireóideo) se encontram mais
profundamente, e são inervados pelo ramo laríngeo caudal (recorrente) do
nervo vago. Artéria laríngea e veia jugular interna
CAVIDADE DA LARINGE
❖ Pode ser dividida em três partes organizadas em série:
➢ Vestíbulo: se estende da entrada da laringe para a margem rostral das
cartilagens aritenóideas e pregas vocais.
➢ Fenda glótica (rima da glote): pode variar de tamanho; é mais estreita que
o vestíbulo. Separa vestíbulo e cavidade infraglótica
■ As pregas e as cartilagens aritenóideas constituem a glote. A fenda
desaparece quando a glote está fechada.
➢ Cavidade infraglótica: apresenta dimensões fixas e se direciona
suavemente para o lúmen da traqueia. Pode ser ligeiramente reduzida no
tamanho onde se contínua com a traqueia
❖ As estruturas que delimitam a entrada da laringe (ádito da laringe) projetam-se no
lúmen da faringe. A parte rostral da parede deentrada é provida pela epiglote; as
partes laterais, por pregas (ariepiglóticas).
❖ Em alguns animais, uma prega vestibular (no interior do vestíbulo) localiza-se mais
ou menos paralelamente à prega vocal, mas em um nível mais rostral. Um
ventrículo lateral ou divertículo é um espaço que está localizado entre as pregas
vocal e vestibular. Essas estruturas são especialmente encontradas nos equinos.
❖ Processo de ressonar e emitir o som - por prega. A prega é um conjunto de coisas
❖ A inervação sensorial é a partir dos nervos laríngeos cranial e caudal (recorrente)
MECANISMO DA LARINGE
❖ Laringe originalmente é desenvolvida como um dispositivo para proteger as vias
respiratórias inferiores contra “inundações, mas também tem como função a
fonação e a produção de voz
❖ A proteção das vias inferiores contra a entrada de alimentos e líquidos é feita de dois
modos. Na deglutição e em um nível mais profundo da glote. A glote é fechada
❖ pela adução (aproximação) das pregas vocais. A inibição da inspiração nesse
momento reduz ainda mais o risco de o alimento que está sendo ingerido ir para a
laringe.
➢ O reflexo de tosse acontece raramente quando o alimento “desce o
caminho errado” e faz contato com a mucosa vestibular.
❖ Na inspiração: a abdução das pregas vocais pode ampliar a rima da glote. A
abdução é a tarefa do cricoaritenóideo dorsal, e a adução subsequente é a tarefa
do músculo cricoaritenóideo lateral. Esses músculos antagonistas são supridos
pelo mesmo nervo, o que é contrário ao arranjo comum.
➢ Um aumento da intensidade das forças expiratórias contra a glote fechada
permite a expulsão vigorosa do ar quando este for eventualmente liberado;
esse é o mecanismo usado quando se tosse para limpar as vias inferiores de
acúmulos de muco ou corpos estranhos.
❖ Abdução (aberta) e adução(fechada) da prega vocal. Fechamento e abertura da
glote.
CAVIDADE TORÁCICA
❖ Contém os dois pulmões, cada um em seu saco pleural, o coração em seu
pericárdio, e diversos outros órgãos e estruturas importantes. Sua forma é
semelhante a de um cone, mas isso pode variar de acordo com a espécie e raça,
que é o caso de cachorros pug com o formato de barril. O formato determina as
vísceras. Nos mamíferos é uma cavidade negativa.
❖ A sua entrada é de contorno oval, com início no 1° arco costal e término no último na
seção do diafragma. A base elíptica é representada pela saída que está coberta pelo
diafragma, cujo separa as cavidades torácica e abdominal.
❖ Paredes: dorsal, ventral, caudal e laterais
❖ Limites: A entrada: dorsalmente a primeira vértebra torácica; lateralmente pelo
primeiro par de costelas e suas cartilagens costais; ventralmente pelo manúbrio do
esterno. A saída: dorsalmente a última vértebra torácica; lateralmente pelas últimas
costelas ao longo da linha de inserção do diafragma e parte cranioventral do arco
costal; ventralmente pela cartilagem xifóide do esterno.
➢ Dorsal: corpos das vértebras torácicas, discos intervertebrais associados e o
ligamento longitudinal ventral
➢ Ventral: esterno e músculo transverso do tórax
➢ Lateral: eixos das costelas, cartilagens costais das costelas esternais, e
músculos intercostais
➢ Caudal: inserção costal do diafragma
❖ Vascularização: veia ázigo
❖ Inervação: Nervos frênico, vago dorsal e vago ventral
❖ Pericárdio envolvendo o coração→ pericárdio visceroso; pericárdio parietal
❖ Mediastino: cavidade mediastinal: cranial, média e caudal. É a área/espaço entre os
dois sacos pleurais. Estende-se da entrada torácica até o diafragma e está limitado
dorsalmente pela coluna vertebral, ventralmente pelo esterno e lateralmente pelos
sacos pleurais. O cranial está localizado cranialmente ao coração; o médio contém o
coração e outras estruturas que ocupam o mesmo nível transversal; caudal
localiza-se caudalmente ao coração
❖ Fáscia Endotorácica: camada de tecido conjuntivo frouxo que reveste a cavidade
❖ Pleura - é o revestimento desta estrutura, túnica serosa, brilhante e escorregadia –
similar ao peritônio. Está disposta na forma de dois sacos pleurais. No animal
saudável, a cavidade pleural contém alguns mililitros de líquido seroso disperso em
toda a superfície pleural que facilita o movimento suave do pulmão contra a parede
torácica e de um lobo pulmonar contra o outro.
➢ Parietal -se encosta nas paredes da cavidade- e visceral -recobre os
órgãos;
➢ Pulmonar, Pericárdica e Mediastinal
❖ Atenção: as últimas costelas fazem parte da cavidade do abdome
❖ Linfonodos traqueobrônquicos - são importantes para drenagem
❖ Ligamentos: Pulmonar (fixa o pulmão a parede dorsal); Esterno-pericárdico;
Frênico-pericárdico
❖ Durante cada ciclo respiratório, o seu formato é alterado; quando o ar é inspirado,
o volume da cavidade aumenta permitindo que o ar seja levado para dentro dos
pulmões. Esta alteração ocorre principalmente pelo movimento do diafragma e, em
grau menor, pelos movimentos das articulações do esqueleto torácico.
❖ Diafragma: é um músculo, que tem formato de cúpula. É composto
de um tendão central e um músculo periferíco. Quando se contrai a
sua parte central é movida caudalmente, o que resulta no aumento da
cavidade torácica, aumento do ar que é então levado para dentro dos
pulmões.
➢ Face torácica é convexa - no sentido da cavidade torácica-. É
revestido por pleura
➢ Face côncava está voltada para o abdome. É revestida de
peritônio
➢ Porção muscular e marginal do diafragma
➢ Centro tendíneo ou frênico do diafragma
➢ Passagem da aorta – forma o hiato aórtico; passagem de esôfago – hiato
esofágico; passagem de veia cava caudal – óstio da veia cava caudal
TRAQUEIA
❖ Se inicia a partir da laringe, e juntamente com os brônquios formam um sistema
contínuo de tubos de condução de ar entre a laringe e as passagens menores
(bronquíolos) nos pulmões. Juntos são chamados de árvore traqueobronquial.
❖ É constituída de uma mucosa interna, uma camada média fibrocartilagínea e uma
adventícia (no pescoço) ou serosa (no tórax). O acúmulo excessivo de muco pode
irritar a mucosa interna da parede da traqueia, estimulando a tosse para limpar a via
aérea.
➢ Revestimento fibrocartilagíneo: composto de inúmeras faixas de
cartilagem que se curvam e formam “anéis”. O número de anéis depende da
espécie; espécies maiores têm mais anéis. A cartilagem é hialina.
➢ Músculo traqueal liso: preenche a lacuna dentro do “anel” na maioria das
espécies, mas é disposto externamente no cão e no gato. Regulam as
variações de diâmetro, suas fibras estão dispostas de modo circular. Tem
ação involuntária.
➢ Mucosa: ciliar e mucosecretora
❖ A parte torácica da traqueia é desviada ligeiramente para a direita, onde cruza com
o arco aórtico.
❖ Algumas raças apresentam um estreitamento excessivo do lúmen traqueal na
entrada do tórax - isso dificulta a respiração, passagem de ar e podem causar morte
súbita nesses animais
❖ Relações: ao esôfago dorsalmente; músculos ventrais do pescoço e a
bainha carotídea e seu conteúdo; a artéria carótida comum (dir. e esq.).
Ventralmente com a veia cava cranial, artérias que se originam do
arco aórtico e os ramos desses vasos. Em indivíduos jovens, com o
timo. Veia jugular externa e interna, nervo vago e simpático, nervo
laríngeo recorrente, glândula tireóide, linfonodos traqueobrônquicos
❖ Bifurcação traqueal: Da linha da traqueia divergem os brônquios
principais para entrar nos pulmões correspondentes em suas raízes.
A bifurcação se situa na região do quarto ao sexto espaços
intercostais, mas varia com a espécie e com a fase respiratória. Os
brônquios principais penetram rapidamente nos pulmões, nos quais se
ramificam.
➢ Carina - bifurcação traqueal – o ar chega na carina e bifurca em brônquios
principais
➢ Brônquio traqueal: em ruminantes e suínos, surge cranialmente à
bifurcação da traquéia e ventila o lobo cranial do pulmão direito.
❖ Nos brônquios menores, os anéis cartilaginosos são gradualmente substituídos por
placas irregulares, e é a perda dessas placas que define a transição
broncobronquiolar. Variações no diâmetro dos brônquiose bronquíolos são
relativamente maiores e mais significativas do que as da traquéia.
❖ Árvore Traqueo-brônquica
➢ Legenda: Tr- traqueia; BrPr -brônquios principais; BrL -brônquios lombares
(que vão para o cranial e caudal); BrS -brônquios segmentares; BrqT
-bronquíolos terminais; BrqR -bronquiolos respiratórios; Da -ducto alveolar;
Sa -saco alveolar; Ap -alvéolo pulmonar
➢ Equinos: Tr-BrPr- BrL-BrS-BrqT-Da-Sa-Ap.
➢ Ruminantes e Suíno: Tr-BrTr-BrPr-BrL-BrS-BrqT-Da-Sa-Ap.
➢ Caninos: Tr-BrPr-BrL-BrS-BrqT-BrqR (1°, 2° e 3°)-Da-Sa-Ap.
➢ Felinos: Tr-BrPr-BrL-BrS-BrqT-BrqR (1° e 2°)-Da-Sa-Ap.
PULMÕES
❖ Os pulmões direito e esquerdo estão invaginados no saco pleural correspondente e
são livres, exceto nas raízes, onde estão ligados ao mediastino. Estão associados a
trocas gasosas (hematose), o sangue é oxigenado, sendo removidos produtos
gasosos do metabolismo tecidual. Localizam-se na cavidade torácica. Estão
moldados ao formato da cavidade e os demais conteúdos torácicos. Cada pulmão
pode se movimentar de forma livre, pois estão invaginados no saco pleural, exceto
nas raízes pois estão ligados ao mediastino pelo ligamento pulmonar.
❖ É uma estrutura de dilatação e retração. Sua consistência é
macia e esponjosa ao toque, são órgãos elásticos, mas o seu
interior está repleto de ar, fazendo com que crepitem quando
pressionados e flutuem quando colocados na água.
❖ A sua coloração é vermelha intensa, num animal vivo e saudável,
um pulmão cheio de sangue. Em amostras de abatedouros é rosa
vivo; em animais de ambientes poluídos, é acinzentado por
deposição de fuligem e outras partículas inaladas
❖ Os dois pulmões são macroscopicamente semelhantes e espelho um do outro em
forma, embora o direito seja sempre maior; essa assimetria, em parte devido à
posição inclinada do coração
❖ Conformação externa: no geral, um formato cônico. A parte
apical (ápice) está voltada cranialmente e é mais estreita, ocupa o
espaço formado pela cúpula da pleura; e a parte caudal (base), é
mais larga, está sobre o diafragma, é côncava. A superfície
costal se relaciona com as costelas e as cartilagens costais; a
superfície medial possui uma parte vertebral e uma parte
mediastinal. Possui também três bordas: dorsal, ventral e basal.
Faces: costal ou parietal, mediastinal ou visceral, e diafragmática ou caudal
❖ A parte ventral é denteada sobre o coração: fissura cardíaca; incisura
cardíaca. O coração está na fissura interlobar e caudal
❖ Impressões: costelas, coração, esôfago e vários vasos sanguíneos e
nervos, como a aorta
❖ Relações: face costal – costelas; face caudal - diafragma; face dorsal- corpo das
vértebras torácicas; face mediastinal – coração, linfonodos traqueobrônquicos,
artéria aorta, esôfago e veia cava caudal; hilo pulmonar
❖ Artérias pulmonares e veias pulmonares → a coloração é dada pela molécula que
está sendo transportada. Veias pulmonares transportam sangue rico em oxigênio
(representado em vermelho) e a artéria pulmonar transporta sangue rico em CO2
(representado em azul)
❖ Hilo pulmonar – região de entrada e saída de vasos sanguíneos e nervos
❖ A raiz do pulmão, ancora o pulmão a traquéia e ao coração, está situada
dorsalmente à impressão cardíaca, é formada pelo agrupamento dos brônquios
principais e artéria, veias, vasos linfáticos e nervos pulmonares, dentro de uma
cobertura de pleura fornecida pela reflexão da pleura mediastinal sobre o
pulmão.
❖ Meios de fixação: estrutura traqueobrônquica, brônquio traqueal, brônquios
principais direito e esquerdo, ligamento pulmonar, os próprios vasos que
também ajudam a fixar
❖ Lobação: Cada espécie tem a sua divisão. O pulmão esquerdo é constituído por
lobos cranial e caudal, e o pulmão direito por lobos cranial, médio, caudal e
acessório; no entanto, o lobo cranial é comumente subdividido por uma fissura
externa, enquanto o pulmão direito do equino não possui lobo médio. As fissuras
são muito mais profundas nos pulmões do cão e do gato do que em outras espécies.
➢ Fissuras interlobares – entre lobos diferentes
➢ Fissuras intralobares – dentro do próprio lobo
➢ O lobo cranial esquerdo pode se subdividir em porções cranial e caudal.
Em carnívoros, suínos e ruminantes
➢ Padrão lobular é característico de bovinos, em ovinos e caprinos também
pode-se ver. Porções cranial e caudal do lobo cranial direito.
➢ No equino é o mais simples, não tem padrão popular evidente. Os lobos
craniais não são divididos em porções. A lobação é quase nula e discreta
❖ Vascularização e drenagem: artéria torácica e interna, ramos da aorta intercostais.
Artérias pulmonares direita e esquerda, veias pulmonares. Drenagem pelo sistema
de veia ázigos pode ser direito e esquerdo
❖ Inervação: nervos originados através de um plexo pulmonar dentro do mediastino,
para o qual contribuem tanto fibras simpáticas como parassimpáticas (vagais)
❖ Drenagem linfática: A Linfa é drenada para os linfonodos traqueobronquiais e
mediastinais
Controle da Respiração
● Bulbo – controle da freqüência cárdio-respiratória.
● Relembrando:
○ CO2 + H2O = H2CO3
○ H2CO3 = H+ + HCO3
● Hematose – ocorre na via respiratória inferior caudal
Movimentos Respiratórios
● Diafragma
● Músculos intercostais internos e externos
● Músculos abdominais

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