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AINES ANTI-INFLAMATORIOS NO ESTEROIDEOS Um grupo de fármaco com propriedade analgésicas, antipiréticas e anti-inflamatórias. Uma particularidade de que esses fármacos são os mais utilizados em pratica medica. Reduz os sintomas de inflamação, doe e febre. DOR INFLAMAÇÃO FEBRE É uma experiência sensorial e emocional (subjetiva) geralmente desagradável que pode ser experimentada por todos os seres vivos que possuem um sistema nervoso central. É uma experiência associada a uma lesão tecidual. uma reação defensiva local integrada por alteração, exsudação e proliferação. A reação é desencadeada por estímulos nocivos de natureza muito diversa, física, química e microorganismos. elevação da temperatura acima dos valores normais (≥37,5) É um mecanismo que atua como uma resposta adaptativa ajudando o corpo a lutar contra organismos causadores de doenças, e surgem respostas chamadas pirogênios. CLASSIFICAÇÃO ACIDOS NÃO ACIDOS Salicílico - acido acetilsalicílico - Aspirina Enolicos - Pirazolonas - Metamizol - Pirazolidindionas - Fenilbutazona - Oxicams- Piroxicam e Meloxicam Acético - Indolacetico - Indometacina - Pirrolacetico - Ketololac - Fenilacetico - Diclofenaco - Piranoindolacetico - Etodolaco - Propionico -Naproxeno e Ibuprofeno Sulfoanilidas- nimesulida Alcalonas- nabumetona Paraaminofenoles - paracetamol MECANISMO DE AÇÃO Consiste na exibição da enzima cliclooxigenasa (COX) chamada também de prostaglandina sitetasa. AINEs interferem na cadeia da inflamação, no intuito de impedir a indesejada fase 3 do processo inflamatório. Ela se dá a partir da via transdução da fosfolipase A2. Assim como qualquer fármaco, os AINEs, para realizar qualquer efeito molecular em nível celular, deve se ligar a um receptor farmacológico específico e desencadear sua atividade intrínseca. Ao ser ativado, o receptor inicia uma cascata de eventos que culmina em uma transdução de sinal. O mecanismo de ação dos AINEs é agir na cascata do ácido araquidônico, inibindo a síntese de prostaglandinas através do bloqueio da enzima ciclo-oxigenase (COX). A ação principal da maioria dos AINEs é a inibição da enzima COX. Atualmente, três isoformas de COX são reconhecidas: COX-1, COX-2: A COX-1: é expressa de forma constitutiva, isto é, ela existe independente da instalação ou não do processo inflamatório. Encontra-se principalmente nas plaquetas, células endoteliais e na mucosa gastrointestinal. Sua função é manter a homeostase, na medida em que viabiliza uma adequada hemostasia primária (formação do “tampão” plaquetário) e estimula mecanismos de defesa contra a ação corrosiva do ácido gástrico (ex: produção de muco). A COX-2: tem expressão tanto constitutiva quando indutiva (isto é, que necessita de um estímulo inflamatório para ser sintetizada). A forma induzível da COX-2 é responsável pelo processo inflamatório em si e, portanto, deve ser o “alvo terapêutico” quando se quer utilizar um AINE. Por outro lado, a forma constitutiva da COX-2 é continuamente expressa em cérebro, rim e no endotélio vascular (também possui efeitos homeostáticos significativos: gera mediadores anti- inflamatórios, vasodilatadores e antitrombóticos de ação local, mantendo a “saúde” do endotélio). Os paraefeitos clássicos dos AINEs (úlcera péptica e tendência ao sangramento) são mediados pela inibição indesejada da COX-1 (mucosa gastroduodenal e plaquetas), ao passo em que os efeitos terapêuticos são secundários à inibição da forma induzível da COX-2 (tecidos inflamados). Inibidores seletivos da COX-1: AAS (em baixas doses). Inibidores não-seletivos da COX: inibem tanto a COX-2 como a COX-1 e, por isso, apresentam mais efeitos colaterais. Principais representantes: AAS (em altas doses), Ibuprofeno, Naproxeno, Paracetamol (Acetaminofeno), Diclofenaco, Indometacina, Piroxicam. Inibidores preferencialmente seletivos da COX-2: tais AINEs exibiram in vitro maior seletividade que in vivo para a referida enzima e não devem ser confundidos com os "seletivos". Principais representantes: Meloxicam, Etodolaco, Nimesulida, Salicilato. Inibidores altamente seletivos da COX-2 (“Coxibs”): são fármacos mais recentes e de alto custo. Alguns autores os consideram como "específicos" para a COX-2, mas na realidade, podem também interagir com a COX-1, embora em baixíssima escala. Principais representantes: Colecoxibe, Paracoxibe, Etoricoxibe, etc. Infelizmente, apesar de sua menor toxicidade gastroduodenal e plaquetária, esta subclasse também possui efeitos colaterais significativos, como um aumento no risco cardiovascular (ex: maior incidência de infarto agudo do miocárdio, AVC e tromboses), o que levou várias drogas a serem retiradas do mercado. A explicação para esse aumento de risco é a inibição indesejada da COX-2 endotelial constitutiva (e consequente perda de “fatores protetores” vasculares). Ação anti-inflamatoria Ação antipirética Ação analgésica Ação antiagregante Indicação: dor, febre, inflamação, prevenção de trombo, dermatológica, oculares, artrites, tendinites, reumato. FARMACOCINETICA EFEITOS ADVERSOS Absorção rápida, pode ser retarda se administrada com anti- histaminico. Máxima concentração 1 a 4 hrs, via oral Atravessam Barreira HE e placentária Vida media 6 a 12 hras Metabolizada no fígado Aines ácidos possuem elevada fração unida a albumina. Eliminação renal. TGI: náuseas, vômitos, dor, hemorragia(ulcera) SNC: vertigo, cefaleia, confusão Plaquetas Hipersensibilidade: hipotensão, schok, asma, urticaria Útero: inibir as contrações, fechamento do conduto arterioso do feto(não usar ibuprofeno) Reumatologia Cardio: infarto, trombos. Em caso de dengue não utilizar AINES, causa diminuição dos glóbulos brancos. Anti-hipertensivos: antagonista do efeito do anti-hipertensivo Anticoagulante: pode causar aumento do efeito (fenilbutazona) Antidiabético: causa diminuição das sulfinureas (fenilbutazona) Acido Salicilico (aspirina) - Ação dos 4 A: cefaleia, otites, sinusites, pré e pós operatório, dismenorreia, origem cancerosas. - Via oral, absorção no estomago e duodeno, atravessa BHE e placentária, vida media de 15 a 20 min, metabolismo hidrolises, eliminação na urina, biodisponibilidade >80%. - efeitos adversos: irritação gástrica, duodenal, náuseas, vômitos, hemorragias, espasmos bronquial, renites, urticaria, hepatites, sordera, insuficiência renal. - Intoxicação: SNC, hiperonea e hiperpirexia (adultos) toxicidade grave (crianças) Paracetamol - Ação eficaz como analgésico e antipirético, pouca ação anti-inflamatória, possui uma ligeira atividade COX - Via oral e retal, absorção ID e vaciado gástrico, BHE vida media 2 a 3 hrs, metabolismo hepático, eliminação por urina, biodisponibilidade 80% - Intoxicação: sobre doses causa NECROSES HEPATICA e pancreatites aguda Metamizol (dipirona) -Ação analgésica e espasmódica, menos agressivo para mucosa G, não causa complicações hemorrágicas. Dores moderadas, pós-operatório não intensas, cólicos, crises de enxaqueca, febre. Efeito maior que o paracetamol. - efeitos adversos: agranulocitoses, lesão gástrica. Uso crônico causa lesão renal, não utilizar em caso de dengue - biodisponibilidade de >90% Ibuprofeno e Naproxeno -indicado: dor aguda, febre, dismenorreia, antirreumático e artroses -efeitos adversos: lesão GI, hemorragias, mareo e cefaleia. - IBUPROFENO: via oral, não BHE, vida media 2 a 3 hrs, metabolismo hepático, eliminação por urina, biodisponibilidade >80% -NEPROXENO: via oral, não BHE, vida media 14 hrs, metabolismo hepático, eliminação <1% sem metabolizar por urina, biodisponibilidade 99% DERIVADOS DE ACIDO ACÉTICO INDOLACETICO-INDOMETACINA PIRROLACETICO- KETOROLACO FENILACETICO- DICLOFENACO- potente inibidor PGs - causa o fechamento do conduto arterioso no feto -Reações adversas: vertigo, lesão GI, aturdimento, mareo, confusão, agranulocitoses, anemia aplasia, alergia, dano renal. - indicação: espondiloses anquilosante, ataque agudo de gota, processos febril. -interação: Furosemida: inibe a diureses B-bloqueadores: inibe a hipotensão Anticoagulantes: hemorragia - via oral e retal, se distribui por todo organismo, liquido sinovial, Vida Media 1 a 6 hrs, metabolizado 50% desmetilacao, eliminado urina mas 20% metabolizar, biodisponibilidade 90-100% -para dor de curto prazo, pós- operatório, enxaqueca, cólica renal, uso oftálmico em conjuntivites alérgica, pos- extracao de cataratas. -efeitos adversos: ulcera, hemorragia, dor abdominal, mareo, náuseas. - via oral e IM, não BHE vida media 4 a 6 hrs, metabolizado 50% no fígado, eliminado urina e 50% ativo, biodisponibilidade 100% NÃO ADMINSTRAR POR MAIS DE 5 DIAS. - Potente, inibe liooxigenasa: leucotrienos, inibe fosfolipasa A2 + efetividade. - via oral, IM em cólico renal, distribuição liquido sinovial vida media 1 a 2 hrs, metabolizado por hidrolises- conjugação hepática, eliminado urina 60% e bílis 35%, biodisponibilidade de 54% DERIVADOS DE ACIDO ANTRANILICO: AC.MEFENAMICO Indicado: dores dentarias, corta duração, dismenorreia Efeitos adversos: Diarreia, inflamação TGI, cefaleia, mareo, insuf.renal. Via oral, vida media 2 hrs, metabolizado no fígado, eliminado por urina e 5 na fezes Biodisponibilidade de > 90% DERIVADOS DE OXICAMS – PIROXICAM, TENOXICAM, LORNOXICAM, MELOXICAN inibe ciclooxigenasa e lipooxigenasa administra para artrites reumatoides, artroses, inflamação e dor crônica. Efeito adversos: prouco frequente, lesão GI, função renal Via oral, vida media 20hrs, metab.hepatico (CYP450), eliminação urina e fezes 50%, biodisponibilidade 89%. DICLOFENACO, KETOROLACO, INDOMETACINA, MELOXICAM E PIEOXICAM Esses fármacos possuem uma certa preferencia por bloquear a COX2, mas também podem bloquear a COX1. Administra: dor, inflamação artroses e artrires, reduz pólipos no colon e reto Efeitos adersos: edema, dor abdominal, diarreia, cardio: HTA, IAM (prostaciclinas) Via oral, vida media 11hrs, metabo.hepatica, elimina 27% urina 57% nas fezes, biodisponibilidade 22-40% AINES Ação analgésica Ação antitérmica Atividade anti- inflamatória Antiagregante plaquetaria -Intensidade moderada ou menor do que opiáceos -Aqueles com maior potência analgésica são KETOROLACO e METIMAZOL, seguidos de ASA e terminando com PARACETAMOL. -Quando a temperatura está elevada em consequência do PG- E2, que atua no centro termorregulador. -Os mais poderosos são METAMIZOL, AAS E OS INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2. -Atividade inibitória da COX. -INDOMETACINA, NAPROXEN e ASA possuem grande poder anti-inflamatório. -Depende do grau de seletividade sobre COX-1 e COX-2. -Esta ação foi observada em baixas doses com AAS. -PARACETAMOL não tem essa ação. Jessica Motta 2020
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