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1) Diferencie e conceitue os ensaios não destrutíveis de visual, LP, PM, RX e US Os ensaios e testes são partes da fase de inspeção da soldagem, são processos para verificar se há defeitos presentes na extensão de uma máquina ou peça que faz parte de um equipamento, os ensaios não destrutíveis são: a) Ensaio visual: Uma das maiores vantagens do ensaio não destrutivo visual é sua facilidade de uso, sem exigir uma quantidade maior de equipamentos, sendo necessário apenas um aparelho microscópico para a análise estrutural das peças. Além de sua facilidade, o ensaio não destrutivo visual permite o controle de qualidade sem causar qualquer tipo de desgaste ou danos aos materiais, ao contrário de outros processos mais comuns que requerem o corte e ataque aos materiais para proporcionar uma melhor análise de sua estrutura. O ensaio não destrutivo visual é o método mais barato de controle de qualidade, levando a uma maior rentabilidade na produção industrial, além de uma durabilidade de produtos mais consistente, pois é possível analisar todas as peças fabricadas antes de sua comercialização. b) Ensaio superficial (LP): é conhecido como o método com uso de líquido penetrante, é tido pelos especialistas da área como um dos métodos mais eficientes para a identificação de descontinuidades superficiais de matérias-primas livres de porosidade, como metais ferrosos e sem características de ferro, por exemplo: alumínio, juntas metálicas, produtos de barro, algumas espécies de plásticos, vidros, e superfícies sintéticas. Além do mais, eles são usados para a achar vazamentos em tubos, tanques, soldas e peças nas máquinas de usinas; c) Ensaio sub superficial (PM): método feito com partículas magnéticas, utilizado para investigar descontinuidades superficiais e sub-superficiais em aparelhos feitos com matérias-primas ferromagnéticas. São encontrados prejuízos nas trincas e dobramentos dos equipamentos. d) Ensaio volumétrico (RX): o ensaio não destrutivo de radiografia industrial consiste em um tipo de absorção diferenciada de radiação na peça ou material colocado nos ensaios para serem analisados. Com os ensaios não destrutivos radiografia industrial a radiação absorvida pode sofrer alterações em diferentes regiões da peça, seja por variações de densidade ou de espessura do material, ou mesmo pela composição do material. Essa variação evidencia a existência de falhas internas e de descontinuidades no material. Os ensaios não destrutivos de radiografia industrial servem para indicar defeitos volumétricos nas peças industriais; esse fator é de extrema importância, pois peças com diferenças volumétricas significativas podem causar problema nos processos industriais. e) Ensaio volumétrico (US): O teste ultrassônico de materiais é feito com o uso de ondas mecânicas ou acústicas colocadas no meio em inspeção, ao contrário da técnica radiográfica, que usa ondas eletromagnéticas. O ensaio por ultrassom caracteriza-se por ser um método não destrutivo com o objetivo de detectar descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou formas de materiais ferrosos ou não ferrosos. 2) Desenhe esquematicamente e caracterize os tipos de chamas no processo oxi-acetilênico Basicamente existem três tipos de chama: neutra, redutora ou carburante e oxidante. As diferentes zonas são definidas pela intensidade e coloração da luz. a) A chama neutra ou normal é a de maior utilização, é resultante da mistura de acetileno e oxigênio em partes iguais – por isso é chamada de neutra. Apresenta duas zonas bem definidas: o cone e o envoltório. Serve de base para regulagem de outros tipos de chamas, pode atingir temperaturas da ordem de 3100ºC. É recomendada para soldagem de ferros fundidos, aços, alguns bronzes, cobre, latão, níquel, metal monel, enchimentos e revestimentos com bronze. b) A chama redutora ou carburante é a resultante da mistura de acetileno com oxigênio, com um excesso de acetileno. Nesta chama, há três regiões: cone, envoltório e véu. O véu apresenta-se muito brilhante devido a partículas de carbono incandescentes sob alta temperatura. O comprimento da franja determina quanto de acetileno em excesso existe na chama. É utilizada para soldagem de aços-liga ao cromo e ao níquel, alumínio e magnésio. Atinge a temperatura de 3020ºC e pode ser empregada para depósitos de materiais duros como “stellite”. Não é recomendada para a soldagem de aços carbono, pois causa juntas porosas e quebradiças. c) A chama oxidante é a chama resultante da mistura de acetileno com oxigênio, com excesso de oxigênio. Pode atingir temperaturas de 3150ºC e apresenta em seu visual duas zonas: o cone e o envoltório. Outra característica desse tipo de chama é o som sibilante emitido pelo bico. É utilizada principalmente para sondagem de materiais que contenham zinco em sua composição, pois o zinco é oxidado na superfície da poça, onde a camada de óxido resultante vai inibir reações posteriores. 3) Explique as duas técnicas para execução da solda oxi-acetilênica Soldagem oxi-acetilênica ou a “oxigênio”, como é mais conhecida, é um processo de soldagem no qual se utiliza o gás acetileno como combustível e o gás oxigênio como comburente, conseguindo-se uma chama com temperatura de 3260°C, aproximadamente. Geralmente são utilizados os métodos de: solda por fusão, brasagem e solda branda. O método de soldagem por fusão é o processo no qual as duas peças a serem unidas, são aquecidas até o ponto de fusão e ligadas com material de adição. Para iniciar a soldagem devemos efetuar um leve pré-aquecimento na zona de junção até obter a formação da poça de fusão. Após isso inicia-se o deslocamento do maçarico e adiciona-se o material, se necessário. Durante a aplicação mantemos o maçarico com uma inclinação de 45° a 60° depositando a vareta em movimentos sincronizados de forma a obter um cordão uniforme. Já a solda branda possui um ponto de fusão inferior a 400°C, os materiais de adição mais utilizados nesse processo, são as ligas a base de chumbo e estanho. A brasagem é uma ligação superficial, na qual se aquece o metal base até uma temperatura de fusão da vareta de adição. Para iniciar a brasagem devemos efetuar um pré-aquecimento na zona de junção com movimentos circulares para uma boa distribuição do calor, após atingir a temperatura de adição é adicionada a vareta. 4) Por que é difícil ou quase impossível o corte oxi-acetilênico do alumínio? Porque a fusão da chapa dar-se-ia antes da fusão de óxido correspondente. 5) Que fatores dever ser considerados na escolha de um eletrodo revestido para uma dada operação de soldagem? Os parâmetros que se devem considerar na soldagem com eletrodos revestidos são o tipo e diâmetro do eletrodo, a polaridade, a intensidade de corrente, o comprimento do arco, a velocidade de soldagem e o manuseio do eletrodo. 6) Quais são as principais funções do revestimento do eletrodo no processo SMAW e do fluxo no processo SAW? Proteção do metal de solda – a função mais importante do revestimento é proteger o metal de solda do oxigênio e do nitrogênio. Isso ocorre quando este está sendo transferido através do arco, e enquanto está no estado líquido. https://alusolda.com.br/soldagem-oxiacetilenica-macaricos-e-tipos-de-chamas/ https://alusolda.com.br/soldagem-oxiacetilenica-macaricos-e-tipos-de-chamas/ Estabilização do arco – um arco estabilizado é aquele que abre facilmente, queima suavemente mesmo a baixas correntes. Assim, pode ser mantido empregando-se indiferentemente um arco longo ou um curto. Adições de elementos de liga ao metal de solda – uma variedade de elementos tais como cromo, níquel, molibdênio, vanádio e cobre podem ser adicionados ao metal de solda incluindo-os na composição do revestimento. Direcionamento do arco elétrico – o direcionamentodo fluxo do arco elétrico é obtido com a cratera que se forma na ponta dos eletrodos. Função da escória como agente fluxante – a função da escória é fornecer proteção adicional contra os contaminantes atmosféricos, agir como purificadora e absorver impurezas que são levadas à superfície e ficam aprisionadas pela escória, e reduzir a velocidade de resfriamento do metal fundido para permitir o escape de gases. Características da posição de soldagem com eletrodos revestidos – é a adição de certos ingredientes no revestimento, principalmente compostos de titânio, que tornam possível a soldagem fora de posição (posição vertical e sobre cabeça). Controle da integridade do metal de solda – a porosidade ou os gases aprisionados no metal de solda podem ser controlados de uma maneira geral pela composição do revestimento. Propriedades mecânicas específicas do metal de solda – propriedades mecânicas específicas podem ser incorporadas ao metal de solda por meio do revestimento. Isolamento da alma de aço – o revestimento atua como um isolante de tal modo que a alma não causará curto-circuito durante a soldagem de chanfros profundos ou de aberturas estreitas; o revestimento também serve como proteção para o operador quando os eletrodos são trocados. 7) Por que a utilização relativa do processo eletrodo revestido vêm diminuindo a cada ano a partir da década de 1990? Porque durante a década de 1990, novos avanços surgiram, como a solda por ficção mecânica e a criação de um novo método que aumenta em até 300% a penetração de fluxos de cordão de solda. Os avanços não acabaram: em 2000, foi criada a solda por pulso magnético, e, em 2008, surge a solda híbrida a laser/MIG. A evolução está longe de acabar. As tendências apontam para processos cada vez mais automatizados, além de soldas e cortes a laser. Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento de novos materiais exigem novos métodos de soldagem, que ainda têm muito a oferecer. 8) Quais são as principais vantagens na utilização do processo SAW? Na soldagem por arco submerso um arco é formado entre a peça de trabalho e o final do consumível, onde ambos estão cobertos por uma camada de fluxo granular (daí o nome arco submerso). O arco fica portanto, escondido. Parte do fluxo é fundida gerando uma capa protetora sobre a poça de fusão da solda. O restante não fundido é recolhido para a reutilização. É considerada vantajosa pelos seguintes fatores: • Altas velocidades de soldagem; • Altas taxas de deposição; • Boa integridade do metal de solda; • Processo de fácil uso; • Melhor ambiente de trabalho e maior segurança para o operador uma vez que o arco está protegido pelo fluxo. 9) Diferencie o processo de soldagem SAW Tandem arc x Twin arc. A variante “twin arc” trabalha com dois ou mais eletrodos, utilizando uma ou mais fontes de energia soldando simultaneamente. O processo “twin arc” fornece menor penetração, baixa diluição e alta taxa de deposição, e é utilizado para execução de revestimentos e soldagem de chanfros largos com mata-junta. A variante “tandem arc” apresenta dois ou três eletrodos soldando em linha e simultaneamente. Cada um pode ter sua fonte de energia e controles em separado. Devido a problemas de efeito de campos magnéticos, os eletrodos movimentados possuem fontes de corrente alternada. É muito comum que o eletrodo-guia trabalhe com CC+ para garantir melhor penetração e os demais eletrodos com CA, para garantir o enchimento e melhor acabamento do cordão. 10) Cite as diferenças do perfil do cordão de solda em processos TIG para polaridade do eletrodo negativa (Direta), positiva (Inversa) e Alternada. Desenhe esquematicamente Polaridade negativa (direta): Possui corrente CC-, com fluxo de elétrons entrando, objetiva penetração profunda e preservação do tungstênio. Possui perfil do cordão mais profunda, por conta da entrada de elétrons. Polaridade positiva (inversa): Possui corrente CC+, com fluxo de elétrons saindo, objetiva penetração “rasa” e efeito limpeza de óxido superficial. Possui perfil do cordão mais raso, em virtude da saída de elétrons. Polaridade alternada: Possui corrente CA, com fluxo de elétrons entrando e saindo, objetiva a preservação do W e efeito de limpeza a cada meio ciclo. Possui perfil do cordão equilibrado: nem muito profundo, nem muito raso.
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