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Apostila - Curso do estado - ensino fundamental

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
2 
 
Apresentação 
 
Meu nome é Juliana Cavanholi Pereira, sou licenciada em Letras- Língua Portuguesa e 
Inglesa com especialização em Docência e Didática do Ensino Superior, natural de Criciúma-
SC e residente em Camboriú-SC há dois anos e meio. É com imensa satisfação que compartilho 
com vocês, meus conhecimentos, adquiridos ao longo da jornada docente e durante estes 
dois anos ministrando cursos preparatórios. Este material foi desenvolvido para que você, 
candidato, tenha aquele reforço extra nos seus estudos. A apostila foi elaborada com de 
acordo com os conteúdos que são frequentemente cobrados nos seletivos do estado de Santa 
Catarina, e tem como objetivo facilitar sua rotina de estudos direcionando-o para o que 
realmente é importante neste momento decisivo. 
Espero conseguir contribuir nesta caminhada, bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A missão do professor não é dar respostas prontas. As respostas estão nos livros, 
estão na internet. A missão dos professores é provocar a inteligência. É provocar o espanto, a 
curiosidade. 
Rubem Alves 
 
 
 
 
3 
 
 INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Interpretar um texto vai muito além de simplesmente ler e “achar” que compreendeu, 
está relacionado às pequenas coisas, muitos conhecimentos devem ser atribuídos ao ato de 
interpretar, tendo em vista que usamos nosso conhecimento cognitivo para atribuir sentido 
ao que o autor disse no texto. 
Primeiramente, para interpretarmos qualquer texto, precisamos ter conhecimento do 
tipo textual, ou seja, saber identificar este tipo, uma vez que cada texto possui uma função 
social. 
Os tipos textuais estão relacionados de acordo com a forma que o texto está escrito. 
Narrativo; descritivo; informativo; injuntivo. 
Textos narrativos nos contam uma história, tem como característica a presença de um 
narrador. Os textos descritivos têm como principal características a descrição detalhada de 
uma situação, lugares, personagens. Os textos informativos buscam trazer uma informação 
importante ao leitor, já os textos injuntivos são aqueles que trazem uma prescrição. 
 
OS DEZ MANDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
De acordo com BECHARA (2010), existem 10 mandamentos para podermos analisar um texto 
e compreendê-lo de forma que possamos extrair sua essência. 
1 – Ler duas vezes o texto: a primeira para tomar contato com o assunto; a segunda para 
observar como o texto está articulado, desenvolvido. É neste momento que você irá identificar 
a tipologia textual. 
2 – Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma 
conclusão ou, ainda, uma falsa oposição. 
3 – Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais importante (tópico frasal). 
4 – Ler, com muito cuidado, os enunciados das questões para entender direito a intenção do 
que foi pedido. 
 
4 
 
5 – Sublinhar as palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para não se confundir na hora 
de responder à questão. 
6 – Escrever, ao lado de cada parágrafo ou de cada estrofe, a ideia mais importante contida 
neles. 
7 – Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 
8 – Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, deve-se examinar com atenção a 
introdução e/ ou a conclusão. 
9 – Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento. 
10 – Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos dos 
textos: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.). 
 
TRÊS PRINCIPAIS ERROS DA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
Extrapolação: é o fato de se fugir do texto. Ocorre quando se interpreta o que não está escrito. 
Muitas vezes são fatos reais, mas que não são expressos no texto. Deve-se ater apenas ao que 
está relatado. 
Redução: é o fato de se valorizar uma parte do contexto, deixando de lado a sua totalidade. 
Deixa-se de considerar o texto como um todo para se ater apenas à parte dele. 
Contradição: é o fato de se entender justamente o contrário do que está escrito. É bom que 
se tome cuidado com algumas palavras, como: “pode”; “deve”; “não”; verbo “ser”; etc. 
PONTUAÇÃO 
A pontuação é um reforço da escrita, é constituído por sinais sintáticos, destinados a 
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e dá pausas orais. Tais sinais 
também são responsáveis pelas funções de sintaxe: gramaticais, entonações e semânticas. 
 
5 
 
 Os sinais de pontuação são responsáveis pelo entendimento do texto, pela 
intencionalidade textual. 
Não podem atirar! 
Não, podem atirar! 
Várias situações incômodas já foram criadas pelo mau emprego dos sinais de 
pontuação. Observem a frase abaixo: 
Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha. 
Em uma primeira leitura, esta frase faz sentido para você? 
Tentem pontuá-la de forma que faça sentido. 
Neste exemplo se colocarmos um ponto e vírgula depois de sua (verbo suar), vírgula 
depois de mãe (vocativo) e vírgula depois de (ela), para intercalar a oração teremos: 
Maria toma banho porque sua; mãe, disse ela, pegue a toalha. 
Observem que os sinais trouxeram sentido para as orações. 
Ponto final 
É usado ao final de frases para indicar uma pausa total, é empregado ainda para 
acompanhar muitas palavras abreviadas. 
a) Não quero dizer nada. 
b) Eu amo minha família. 
Ponto de interrogação 
O ponto de interrogação é usado para: 
a) Formular perguntas diretas: 
Você quer ir conosco ao cinema? 
Desejam participar da festa de confraternização? 
 
6 
 
b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma 
determinada situação: 
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação) 
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa) 
 Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? 
(expectativa) 
Ponto de exclamação 
Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias: 
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, 
surpresa, súplica, ordem, horror, espanto: 
Iremos viajar! (entusiasmo) 
Foi ele o vencedor! (surpresa) 
Por favor, não me deixe aqui! (súplica) 
Que horror! Não esperava tal atitude. (espanto) 
Seja rápido! (ordem) 
b) Depois de vocativos e algumas interjeições: 
Ui! que susto você me deu. (interjeição) 
Foi você mesmo, garoto! (vocativo) 
c) Nas frases que exprimem desejo: 
Oh, Deus, ajude-me! 
Observações dignas de nota: 
* Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e 
admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe: 
 
7 
 
O Que que eu posso fazer agora?! 
• Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, 
não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note: 
Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo. 
Ponto e vírgula 
É usado para: 
a) separar itens enumerados: 
A Matemática se divide em: 
- geometria; 
- álgebra; 
- trigonometria; 
- financeira. 
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, 
apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão. 
Dois pontos 
É usado quando: 
a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala: 
Ele respondeu: não, muito obrigado! 
b) se quer indicar uma enumeração: 
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com 
seus colegas e não responda à professora. 
Aspas 
São usadas para indicar: 
 
8 
 
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início 
firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do 
Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09) 
b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de 
“outdoor”. 
Reticências 
São usadas paraindicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de 
continuidade ao que se estava falando: 
a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa, 
O bem que neste mundo mais invejo? 
O brando ninho aonde o nosso beijo 
Será mais puro e doce que uma asa? (...) 
b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade... 
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal... 
Parênteses 
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples 
indicações. 
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o 
predomínio de vírgulas). 
Travessão 
O travessão é indicado para: 
a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo: 
- Quais ideias você tem para revelar? 
- Não sei se serão bem-vindas. 
 
9 
 
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste 
projeto. 
Vírgula 
É usada para: 
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, 
chorou, esperneou e, enfim, dormiu. 
Nessa oração, a vírgula separa os verbos. 
b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer! 
c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião. 
d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto: 
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo 
suado! (antecipação de complemento verbal) 
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto 
adverbial) 
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por 
exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc. 
f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009. 
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito 
mais do que esperava. 
 
 ORTOGRAFIA: ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos 
que toda palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. 
 
10 
 
A Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa 
notadamente nesta parte de acentuação gráfica. 
1 Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s. 
Ex: já, fé, pés, pó, só, ás. 
2 Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em, ens. Ex: 
cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs. 
Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos 
em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las. Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, 
sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las. 
3 Apenas são acentuadas graficamente as palavras paroxítonas terminadas em r, l, n, x, ps, ã, 
ãs, ão, ãos, em um, uns, om, ons, us, i, is, ei, eis. Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver. 
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s. 
Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos. 
4 Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção. Ex: ótimo, incômoda, podíamos, 
abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora. 
5 Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas 
e oxítonas. Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis. 
Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos 
ou não de s em palavras paroxítonas. 
Ex: ideia, plateia, assembleia. 
6 Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de 
s. Ex: voos, enjoo, abençoo. 
7 Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee. 
Ex: creem, leem, veem, deem. 
 
11 
 
8 Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam 
sílabas sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em 
paroxítonas; nem repetidas. Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, 
juízes, Piauí. Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura. 
9 Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, 
gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues. 
10 Da mesma forma não se usa mais o trema: aguento, frequente, tranquilo, linguiça, 
aguentar, arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de 
vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc. 
11 O acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para 
distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira: 
pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente); 
pôr ( verbo) / por (preposição); 
vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural); 
tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural). 
USO DOS PORQUÊS 
 
 
 
Por que 
O por que tem dois empregos diferenciados: 
 
12 
 
Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo que, possuirá o 
significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”: 
Exemplos: 
Por que você não vai ao cinema? (por qual razão) 
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo) 
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado 
de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais. 
Exemplo: 
Os lugares por que passamos eram encantadores. (pelos quais) 
 
Por quê 
Quando vier antes de um ponto (final, interrogativo, exclamação), o por quê deverá 
vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. 
Exemplos: 
Vocês não comeram tudo? Por quê? 
Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro. 
Porque 
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”. 
Exemplos: 
Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois) 
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que) 
 
OBS.: Sempre substitui por (pois), dá certo! 
 
Porquê 
É substantivo e tem significado de “motivo”, “razão”. Vem acompanhado de 
determinante, como um artigo, pronome, adjetivo ou numeral. 
Exemplos: 
O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo) 
 
13 
 
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão) 
 
CRASE 
 
A crase é uma fusão entre duas vogais idênticas, porém com valor gramatical diferente. 
 a + a = à 
 
 Preposição artigo 
 
Usada sempre diante de palavras femininas. 
 
Regras gerais para o uso da crase: 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 REDAÇÃO 
Em concursos públicos e seletivos as maiores dificuldades dos candidatos é quando se 
deparam com o desafio da redação, tão temida por jovens que prestam os vestibulares e o 
ENEM, agora torna-se uma prática comum em concursos públicos e seletivos em todo 
território nacional. 
As redações são textos construídos pelo candidato que versam sobre um determinado 
tema estipulado pela banca, e devem seguir algumas regras para serem escritos. 
 
15 
 
São comuns três tipos de redação: dissertação, descrição e narração. 
 
Dissertação 
É bastante comum que os concursos prefiram textos dissertativos, aqueles que 
expõem ideias acerca de um tema relevante para a sociedade. A dissertação é dividida em 
duas categorias: 
Dissertativo-argumentativa: o autor deve apresentar uma tese, ou seja, um ponto de 
vista sobre algo, que contará com argumentos consistentes para convencer o leitor de algo. 
Você precisa dar sua opinião e explicar por que a pessoa que está lendo deveria concordar 
com ela. Contudo, é necessário sustentar sua argumentação com falas de autoridades no 
assunto ou dados científicos/matemáticos. Caso contrário são apenas opiniões que podem ser 
rebatidas; 
Dissertativo-expositiva:o texto não tem o propósito de persuadir o leitor, mas apenas 
expor fatos a respeito do tema trabalhado utilizando dados e fontes confiáveis. Aqui o objetivo 
é informar a pessoa que está lendo, por isso você deve apresentar conceitos exemplificados e 
usar uma linguagem de fácil compreensão. 
 Esse tipo de redação é composto por introdução do tema, desenvolvimento das ideias 
e conclusão que retoma tudo que já foi dito sem acrescentar novas informações. 
Introdução 
É um parágrafo direto e não muito extenso onde você vai demonstrar que 
compreendeu o tema e afirmar algo sobre ele. Em uma linha você vai dizer de forma concisa 
a ideia central do seu texto e o seu posicionamento acerca daquilo. Ou seja, você vai 
apresentar o assunto a partir de um tópico frasal, que é uma opinião geral relacionada ao 
tema, e em seguida vai dizer se é contra, a favor ou qual é a importância de se discutir sobre 
isso. Essa parte deve ter até dois períodos (frases com pelo menos um verbo cada). As 
redações, principalmente para concurso público e seletivos, seguem a regra geral de no 
 
16 
 
máximo 30 linhas, portanto, mantenha a sua introdução com até 5 linhas, assim ela não ficará 
muito extensa e você poderá abordar os elementos necessários. 
Perguntas que ajudam a estruturar uma Introdução: 
Essas perguntas podem trazer ideias para os parágrafos de desenvolvimento e para a 
conclusão: 
a) Qual o problema? 
 b) Por que se trata de um problema? 
 c) Quais as causas para tal problema? 
 d) Há alguma solução? 
 e) Como e por que colocar tal solução em prática? 
 f) Como essa proposta pode, de fato, resolver o problema? 
 
1. Introdução a partir de Alusões históricas 
(tema: o problema da obesidade entre os brasileiros) 
Exemplo: É inegável que a Revolução Industrial causou diversas transformações sociais: o 
trabalho alterou significativamente a qualidade da alimentação e o tempo disponível de 
preparo dos alimentos. Essas mudanças são perceptíveis entre na sociedade atual, por isso é 
necessária a discussão do assunto. As origens da obesidade entre os brasileiros são muitas, 
entre elas a mudança da vida rural para o contexto urbano e a rotina intensa que gera o 
sedentarismo entre os indivíduos. 
2. Introdução a partir de Questionamentos 
Qual é a origem do problema da obesidade no Brasil e no mundo? Fica evidente que essa 
questão precisa ser discutida, uma vez que o número de pessoas em situação de sobrepeso 
só cresce - principalmente entre os brasileiros. Por isso, a razão desse problema precisa ser 
 
17 
 
analisada, como a mudança da vida rural para o contexto urbano e a rotina intensa que gera 
o sedentarismo entre os indivíduos. 
3. Introdução a partir de Citações 
"Existem dois problemas na sociedade: a vida sedentária e a fartura de alimentos". Assim 
como Drauzio Varella salientou, a alimentação dos brasileiros tornou-se um problema, visto 
que o número de obesos no Brasil só cresce. Por isso, é importante discutir essa questão para 
resolver o impasse gerado, seja pela mudança da vida rural para o contexto urbano, seja pela 
rotina intensa que gera o sedentarismo entre os indivíduos. 
4. Introdução a partir de Exemplificação 
De acordo com a ONU, 23% da população da América Latina está obesa. Entre esses 
indivíduos estão os brasileiros, visto que os números da obesidade no país só crescem. Assim, 
é importante discutir as causas deste problema, que estão principalmente na mudança de 
contexto da vida rural para urbana e na rotina intensa de trabalho que provoca o 
sedentarismo. 
5. Introdução a partir de Definições 
Obeso é aquele que tem excesso de gordura. Muitos brasileiros, atualmente, sofrem com a 
obesidade. Este problema possui raízes profundas, de modo que é importante analisá-las e 
discuti-las. Entre elas estão a mudança de contexto da vida rural para urbana e a rotina intensa 
de trabalho que provoca o sedentarismo. 
6. Introdução a partir de Comparações 
A cultura dos "fast food" possibilitou que os indivíduos tivessem a certeza de consumir 
alimentos preparados rapidamente. Entretanto, a rapidez tem um preço: eles pouco são 
saudáveis e benéficos para os consumidores. É possível identificar este hábito entre os 
americanos - já que os "fast food" nasceram nos EUA - e brasileiros. Como consequência, o 
número de obesos no Brasil só cresce, assim como os americanos. De fato, é preciso discutir 
sobre este problema, gerado seja pela mudança de contexto da vida rural para urbana, seja 
pela rotina intensa de trabalho que provoca o sedentarismo. 
 
18 
 
 Desenvolvimento 
Aqui você irá detalhar tudo aquilo que foi dito na introdução. Apesar de não haver um 
número certo de parágrafos, é importante se atentar ao limite de linhas. Por isso, construa 
dois ou três parágrafos com mais ou menos o mesmo tamanho para manter um padrão e 
calcular direitinho quanto da folha você usará. Essa é a maior parte da redação de concurso e 
tem grande peso na hora da avaliação. Então, para não se enrolar todo, siga algumas dicas: 
Faça o que você disse na introdução: você apresentou quais seriam os argumentos. 
Agora se atenha a eles para debater o tema exatamente como disse ao examinador que faria; 
 Não se desvie do que já foi dito: dizem que é sempre bom “extrapolar o tema”, 
ou seja, ir além do que a banca de pediu. No entanto, se na sua introdução você 
disse que falaria sobre X, então fale sobre X objetivamente, sem muitos 
rodeios. Você não precisa trazer W, Y e Z para ser claro no que quer dizer de X; 
 Conecte os parágrafos: cada um trará um argumento diferente, mas todos 
falam sobre a mesma coisa. Dessa forma, é necessário que eles estejam 
conectados um ao outro para fazerem sentido e mostrarem que um 
complementa o outro. Use termos como “assim”, “portanto”, “em seguida”, 
“no entanto”, de acordo com o que é pretendido na redação. 
 Argumentação: Um argumento é composto duas partes: a fundamentação e a 
análise do fundamento. Na fundamentação, o autor deve buscar provas de que 
seu ponto de vista está correto. São considerados fundamentos citações de 
autoridade, referências históricas, conceitos teóricos consagrados, notícias 
publicadas em jornais de qualidade, etc. Por este motivo, o candidato deve ter 
um bom repertório sobre atualidades, pois assim, terá mais facilidade para 
embasar o seu argumento, além disso, a argumentação deve estar ligada ao 
que foi dito na introdução, portanto, não tente falar na no seu 
desenvolvimento algo que você não mencionou na introdução, pois correrá o 
risco de acabar se perdendo em divagações e fugir do tema. 
 
19 
 
 Na análise do fundamento, o redator deve explicitamente demonstrar qual é a 
relação entre a prova levantada e a tese proposta. Um exemplo de argumento 
para a tese escrita alguns parágrafos acima seria: 
“Segundo a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, 70% de 1.014 casos de ofensas, 
abusos e atos violentos registrados no Estado entre 2012 e 2015 são contra praticantes de religiões de 
matrizes africanas. Esse dado alarmante comprova que o racismo estrutural brasileiro, advindo da herança 
escravocrata do país, é um dos fatores que mais dificultam o combate à intolerância religiosa no Brasil.” 
 Nesta argumentação, sobre “Caminhos para combater a intolerância religiosa no 
Brasil”, o redator trouxe dados importantes que reforçam o seu fundamento. Esses dados 
geralmente são encontrados nos textos motivadores. Mas tomem cuidado, você pode usar os 
dados, mas não pode copiar trechos dos textos motivadores. 
 Procure usar exemplos para enriquecer a sua argumentação: é nesse momento 
que você deve utilizar o seu repertório sociocultural, citando uma atualidade, 
um livro, um filme, uma fala de alguém, um estudo, uma música, etc. E lembre-
se – essas citações devem vir entre aspas, caso você reproduza literalmente o 
que a pessoa escreveu. Estrangeirismos também devem vir entre aspas.O que não fazer no desenvolvimento 
Como os parágrafos de desenvolvimento são mais longos, se você não estiver atento, 
corre o risco de repetir informações – o que acarreta na perda de pontos. O mesmo erro pode 
ocorrer na ânsia em convencer o leitor sobre os seus argumentos. 
Outro cuidado importante é em relação aos exemplos. Eles devem ser bastante 
representativos para situar o leitor e estabelecer a comunicação. Pense que eles são os 
holofotes do seu texto. Eles devem ser claros o bastante para dar ainda mais legitimidade aos 
seus argumentos dentro da estrutura da redação. 
Conclusão 
Este é o último parágrafo do seu texto e deve retomar todo o conteúdo explanado. 
Não vai acrescentar nada de novo, muito menos trazer outro argumento. Sendo assim, você 
deve reafirmar a tese da introdução e relembrar o leitor do que foi dito. Nesse final é válido 
 
20 
 
trazer uma reflexão somada à uma solução para o problema trabalhado. Novamente seja 
simples e conciso. A conclusão não deve ter um tamanho muito diferente da introdução. 
Tome cuidado para não deixar seu texto com a sensação de inacabado, é comum os 
candidatos deixarem algumas questões abertas, portanto, amarre as pontas soltas! 
Dissertação expositiva – este tipo textual segue as mesmas características do texto 
dissertativo-argumentativo, a única diferença é que não tem a argumentação, apenas a 
simples exposição do tema e os conhecimentos linguísticos do candidato de discorrer sobre 
um determinado assunto. Enfim, não há, neste caso, a intenção de convencer o leitor sobre 
aquilo que você acredita, apenas deve-se demonstrar domínio sobre o assunto. 
 
Descrição 
Apesar de a escrita dissertativa ser mais frequente, pode ser que a banca organizadora 
peça um texto descritivo. Como o próprio nome já diz, o objetivo é criar uma imagem sobre o 
tema utilizando palavras. Assim, o autor deve apresentar suas próprias impressões expondo 
as características físicas e psicológicas de algo. A descrição também tem duas vertentes: 
 Descrição objetiva: a redação fala de traços concretos e não há 
opinião do autor, como num dicionário, por exemplo. Se um objeto é verde, 
grande e redondo deve ser descrito assim para o leitor imaginá-lo como de fato 
é; 
 Descrição subjetiva: neste caso, a redação recebe as impressões 
pessoais do autor, como em textos literários. Pensando no objeto verde, 
grande e redondo, o escritor pode dizer se é bonito e quais sensações aquilo 
lhe transmite. Há uma abertura maior para o próprio leitor imaginar aquilo. 
Narração 
Por fim, mas não menos importante, o terceiro tipo comum é a narração. 
Diferentemente dos anteriores, esse texto não precisa ter compromisso com a realidade. Uma 
narrativa pode falar sobre eventos reais, mas também pode conter personagens e ações 
 
21 
 
fictícias ou ser completamente inventada. Alguns exemplos são romances, contos e fábulas. 
Dessa forma, a narração conta com algumas peculiaridades: 
 Narrador: alguém conta uma história, podendo estar dentro ou 
fora dela. O narrador-personagem é aquele que relata um acontecimento e 
também participa dele de forma ativa, nesse caso é usada a primeira pessoa. 
Já o narrador-observador é quem apenas narra os eventos sem interferir na 
história, sendo usada a terceira pessoa; 
 Enredo: é o conjunto de eventos contados. Ele é dividido em 
apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Ou seja, uma introdução 
que contextualize o leitor, a apresentação dos acontecimentos, um episódio 
que gere tensão ou emoção e, ao final, uma resolução; 
 Personagens: são as pessoas (reais ou fictícias) que vivem os 
eventos narrados. Eles podem ser principais, como protagonistas e 
antagonistas, e secundários, que acompanham/ajudam os principais, são ativos 
na história, mas não são parte do conflito maior; 
 Tempo: existem dois tipos, o cronológico e o psicológico. O 
primeiro é contado em dias, semanas, meses e até anos. O segundo vai de 
acordo com o que está se passando na cabeça dos personagens; 
 Espaço: pode ser ambiente físico, psicológico ou social. Os 
eventos podem ser narrados num ambiente palpável, como uma casa, ou nos 
pensamentos dos personagens, ou em locais coletivos. Isso vai variar de acordo 
com o propósito da história. 
Use sempre linguagem formal 
Se afaste da oralidade e jamais use gírias ou expressões populares. Na hora de escrever 
um texto, é melhor sempre manter a linguagem formal. Mas isso não significa usar palavras 
difíceis e rebuscadas. Por isso, seja direto e use linguagem simples, porque trazer termos que 
você não tem tanto domínio pode comprometer sua redação. Além do que, a grande 
frequência de palavras científicas e técnicas pode poluir a leitura e prejudicar o sentido do 
texto. 
 
22 
 
Isso não quer dizer que você não deva usar vocabulário específico. Quando necessário 
e se você tiver certeza do que determinada palavra significa, o uso dela pode enriquecer o seu 
texto. Por exemplo, se você está prestando um concurso na área do Direito, utilizar termos 
legais é válido, desde que faça sentido com o tema proposto. Atente-se também para: 
Sinônimos: às vezes você precisará usar um termo novamente, mas a repetição deixa 
a redação pobre; 
Figuras históricas: evite, a não ser que seja indispensável, porque caso você se engane 
com uma informação, toda verossimilhança do seu texto será prejudicada; 
Clichês, vícios de linguagem e senso comum: evite expressões da fala e ideias muito 
gerais que são faladas por muitas pessoas, pois isso mostra falta de conhecimento sobre o 
assunto; 
Uso da terceira pessoa: quando for dar uma opinião ou afirmar algo, prefira “acredita-
se”, “discute-se”, “afirma-se” e evite expressões como “eu acho” ou “eu penso”. 
 Possíveis temas 
 Os temas de redação sempre estão relacionados com assuntos muito atuais, procure 
sempre estar por dentro das atualidades, e como a prova é para a área da educação, provável 
que o tema seja relacionado a isso. Portanto, leiam bastante sobre: 
 Tecnologias educacionais; 
 Ensino híbrido; 
 Educação integral; 
 Inclusão (principalmente sobre a comunidade surda); 
 Racismo; 
 Homofobia; 
São alguns temas que podem ser abordados na redação. 
 
 DICA DA PROFª JU 
Para escrever uma boa redação é necessário 
treino, portanto, escreva e leia bastante, assim 
você conseguirá fazer um ótimo texto! 
 
 
23 
 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
A nossa Constituição Federal, também chamada de Magna Carta, é a nossa lei 
suprema, assim sendo, ela norteia todas as outras legislações, assim também acontece com a 
área educacional, mesmo que tenhamos uma lei específica para área da educação (lei 
9.394/96 – ldb). 
Os artigos que dispões sobre a educação na Constituição Federal estão no CAPÍTULO 
III DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO, na Seção I DA EDUCAÇÃO, artigos 205 ao 
214. Estes artigos servem como base para a elaboração da LDB – lei de diretrizes e bases da 
educação nacional – 9.394/96. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, 
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos 
das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
 
24 
 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados 
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação 
de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de 
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, 
pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 2 
Constituição Federal 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e 
tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita 
para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 14, de 1996) 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 14, de 1996) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um; 
 
25 
 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
 § 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta 
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, 
fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II – autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a 
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e 
regionais. 
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários 
normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada 
às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios 
de aprendizagem. 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime 
de colaboração seus sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as 
instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função 
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e 
 
26 
 
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela EC n. 14/1996) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação 
infantil. (Redação dada pela EC n. 14/1996) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e 
médio. (Incluído pela EC n. 14/1996) 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do 
ensino obrigatório. (Redação dada pela EC n. 59/2009) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído 
pela EC n. 53/2006) 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de 
impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino. 
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é 
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados 
os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 
213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das 
necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de 
qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela EC n. 
59/2009) 
 
27 
 
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no 
art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros 
recursos orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a 
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação 
dada pela EC n. 53/2006) 
 § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário- 
-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na 
educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela EC n. 53/2006) 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser 
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em 
educação; 
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica 
ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo 
para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência 
de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da 
residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na 
expansão de sua rede na localidade. 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação 
realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica 
poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela EC n. 85/2015) 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o 
objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir 
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e 
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações 
 
28 
 
integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação 
dada pela EC n. 59/2009) 
I – erradicação do analfabetismo; 
II – universalização do atendimento escolar; 
III – melhoria da qualidade do ensino; 
IV – formação parao trabalho; 
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como 
proporção do produto interno bruto. (Incluído pela EC n. 59/2009) 
 
 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI 8.069/90 
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) é conhecida como “Constituição Cidadã” 
por abarcar vários direitos sociais e ter como um de seus pilares a dignidade da pessoa 
humana. A partir da promulgação da CF/88, as crianças e os adolescentes passam a figurar 
como sujeitos de direitos, com atenção especial por serem considerados pessoas em 
desenvolvimento. 
Em seu artigo 227 nossa CF traz: 
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. 
OBS.: O Eca, foi elaborado todo a partir deste artigo, garantindo às crianças e 
adolescentes direitos que irão lhe trazer segurança para seu desenvolvimento. 
A Lei 8069/90, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, foi promulgada em 
13 de julho de 1990 regulamentando o citado artigo 227 e em consonância com a Convenção 
 
29 
 
Internacional dos Direitos da Criança – aprovada pela Assembleia Geral da ONU e ratificada 
pelo Brasil em 24 de setembro de 1990. 
O ECA representou um marco no nosso ordenamento jurídico ao garantir 
a proteção integral às nossas crianças e adolescentes. Algo bem diferente do que se tinha até 
então com o Código de Menores (Lei 6.667/79), que tratava apenas de menores em situação 
irregular. 
Direitos fundamentais – ECA 
 Dispõe o artigo 3º da Lei 8069/90: 
“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas 
as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o 
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em 
condições de liberdade e de dignidade.” 
Já no artigo 4º, são elencados os direitos assegurados às crianças e adolescentes: 
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder 
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, 
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, 
à liberdade e à convivência familiar e comunitária.” 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, conhecido pela sigla ECA, prevê proteção 
integral às crianças e adolescentes brasileiras. Igualmente, estabelece os direitos e deveres do 
Estado e dos cidadãos responsáveis pelos mesmos. 
Para o Estado brasileiro “criança” é uma pessoa de até 12 anos incompletos e 
“adolescente” de 12 a 18 anos. Excepcionalmente, nos casos previstos em lei, o ECA pode ser 
aplicado às pessoas de entre 18 e 21 anos. 
 
30 
 
Com a criação do ECA, as crianças e os adolescentes começam a adquirir direitos e 
deveres garantidos por lei e reconhecidos assim. 
Portanto, tal como os adultos, eles são sujeitos que compõem a sociedade. Porém, são 
vulneráveis no sentido de que essa fase representa muito no desenvolvimento social, 
psicológico e físico do indivíduo. 
Direito à vida e à saúde 
Segundo o art. 7º, da Lei 8069/90, “a criança e o adolescente têm direito a proteção à 
vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento 
e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.”. 
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade 
Segundo o art. 15, da Lei 8069/90, “a criança e o adolescente têm direito à liberdade, 
ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como 
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.”. 
Direito à convivência familiar e comunitária 
Segundo o art. 19, da Lei 8069/90, “é direito da criança e do adolescente ser criado e 
educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a 
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.” . 
Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer 
Segundo o art. 53, da Lei 8069/90, “a criança e o adolescente têm direito à educação, 
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e 
qualificação para o trabalho […]”. 
Direito à profissionalização e à proteção ao trabalho 
Segundo o art. 69, da Lei 8069/90, o adolescente tem direito à profissionalização e à 
proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: 
i) respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; 
 
31 
 
ii) capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho. 
Direitos e Deveres 
 Absoluta prioridade à efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, 
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
 
 Por “absoluta prioridade” significa que a criança e o adolescente terão preferência 
para receber proteção e socorro, assim como a precedência de atendimento nos 
serviços públicos. 
 
 Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
 Cabe aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores. Igualmente, 
os pais têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino. 
 
 O dever do Estado em assegurar à criança e ao adolescente o ensino fundamental, 
obrigatório e gratuito, inclusive para aqueles que não tiveram acesso na idade própria. 
 
No que se refere aos concursos para área do magistério, os artigos do ECA mais cobrados 
são do 53 a 59. 
O capítulo IV desta lei traz tudo que está relacionado à educação, esporte, cultura e lazer 
da criança e do adolescente, note-se que o artigo 53, traz a repetição quanto alguns direitos 
já prescritos, tanto na CF/88 quanto na LDB. 
 
 
32 
 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho, assegurando-se-lhes: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - direito de ser respeitado por seus educadores; 
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares 
superiores; 
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no 
mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da 
educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019) 
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, 
bem como participar da definição das propostas educacionais. 
 
• No que diz respeito às obrigações dos estados em relação à criança e ao adolescente, 
o artigo 54 desta lei prevê: 
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram 
acesso na idade própria; 
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade; 
(Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016) 
 
33 
 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo 
a capacidadede cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente 
trabalhador; 
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de 
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular 
importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola. 
 
• A lei traz proteção à criança quando esta sofre qualquer tipo de abuso, vejamos o 
artigo 56: 
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao 
Conselho Tutelar os casos de: 
I - maus-tratos envolvendo seus alunos; 
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos 
escolares; 
III - elevados níveis de repetência. 
O professor e/ou auxiliar, nos casos previstos no artigo 56, deve comunicar à direção da 
escola. Os diretores do estabelecimento de ensino são aqueles que comunicarão 
OBRIGATÓRIAMENTE (sob pena de responsabilidade criminal e civil) ao Conselho Tutelar, 
nunca diretamente ao juiz, ou promotor ou delegado. 
 
34 
 
• Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas 
a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à 
inserção de crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório. 
• Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e 
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a 
estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura. 
• Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a 
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer 
voltadas para a infância e a juventude. 
O capítulo V desta lei, nos traz a regulamentação referente à profissionalização: 
• Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na 
condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal) 
• Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, 
sem prejuízo do disposto nesta Lei. 
• Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada 
segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. 
• Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: 
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; 
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; 
III - horário especial para o exercício das atividades. 
• Podemos observar que o aluno, a partir dos 14 anos, tem o direito de trabalhar, se 
assim desejar, sendo respeitado os preceitos da lei. 
IMPORTANTE 
• O Artigo 60, afirma que antes dos 14 anos é permitido do trabalho do adolescente na 
condição de aprendiz, no entanto, esta afirmação é contrária ao que a CF/88 prevê, 
 
35 
 
sendo esta, a lei maior, o adolescente, antes do aniversário de 14 anos NÃO PODE 
TRABALHAR, nem como aprendiz. 
Para entendermos o que é o menor aprendiz: 
É a aquele estudante que recebe uma formação técnico-profissional de seu empregador, 
desde que lhe seja garantido alguns direitos: 
• I – garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular; 
• II – Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; 
• III – horário especial para o exercício das atividades; 
• IV – precisa ser uma atividade remunerada; 
• V – deve receber direitos trabalhistas e previdenciários. 
 Quanto as proibições para o menor aprendiz: 
Mesmo para aqueles que trabalham em regime familiar, não pode: 
a) Exercer trabalho noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco 
horas do dia seguinte; 
b) Realizar trabalho considerado pela legislação como perigoso, insalubre ou penoso; 
c) Fazer trabalho em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico 
psíquico, moral ou social; 
d) Laborar em locais que não permitam a sua frequência à escola regular. 
Ainda ao que tange ao menor aprendiz, este é considerado um trabalho educativo, 
pois é um programa social aonde o menor, sob a responsabilidade da entidade, deverá 
assegurar ao adolescente que dele participe as condições de capacitação para o exercício de 
atividade regular remunerada. É a atividade laboral em que as exigências pedagógicas 
relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto 
produtivo. A remuneração eu o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação 
na venda de produtos do seu trabalho não desconfigura o caráter educativo. 
 
36 
 
Conselho Tutelar 
O Conselho Tutelar é um grupo de especialistas que trabalham em prol da proteção 
das crianças e dos adolescentes. 
Dessa forma é composto de 5 membros, os quais são eleitos pela comunidade. 
Segundo a ECA, o Conselho Tutelar é responsável por garantir e assegurar o bem-estar 
desse grupo, por meio da efetivação de seus direitos e deveres: 
I- Atender e aconselhar crianças e adolescentes 
II - atender e aconselhar os pais e responsáveis na tutela ou guarda de seus filhos 
III - Informar os direitos e deveres (limites) da criança e adolescente 
IV - Ouvir queixas e reclamações dos direitos e deveres ameaçados e/ou violados 
V - Requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, providencia, 
trabalho e segurança 
VI - Garantir e fiscalizar os direitos e deveres da criança e do adolescente 
VII - Participar de ações que combata a violência, a discriminação no ambiente escolar, familiar 
e comunitário. 
 
 PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
O PNE são metas que visam trazer melhorias e qualidade para a educação nacional. 
Está regulamentado na LEI N° 13.005/2014. De acordo com o artigo 1º a lei visa dar 
cumprimento ao art. 214 da Constituição Federal de 88 que nos traz algumas metas no que 
diz respeito à educação básica. 
Art. 2o São diretrizes do PNE: 
I - erradicação do analfabetismo; 
 
37 
 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania 
e na erradicação de todas as formas de discriminação; 
IV - melhoria da qualidade da educação; 
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos 
em que se fundamenta a sociedade; 
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como 
proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de 
expansão, com padrão de qualidade e equidade; 
IX - valorização dos (as) profissionais da educação; 
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à 
sustentabilidade socioambiental. 
Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência 
deste PNE, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas. 
Art. 4º As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da 
educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data da publicação desta Lei. 
Parágrafo único. O poder público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins 
estatísticos de forma a incluir informação detalhada sobre o perfil das populações de 4 
(quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência. 
Metas PNE 
META 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 
4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a ofertade educação infantil em creches de 
 
38 
 
forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até 
o final da vigência deste PNE. 
META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 
6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos 
alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. 
META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 
(quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa 
líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). 
META 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o 
acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na 
rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos 
multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados 
META 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do 
ensino fundamental. 
META 6Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por 
cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) 
dos (as) alunos (as) da educação básica. 
META 7 Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, 
com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias 
nacionais para o Ideb. 
META 8 Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) 
anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência 
deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 
25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não 
negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 
 
39 
 
META 9 Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 
93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência 
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa 
de analfabetismo funcional. 
META 10 Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de 
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à 
educação profissional. 
META 11 Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, 
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no 
segmento público. 
META 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta 
por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 
24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% 
(quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. 
META 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e 
doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior 
para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por 
cento) doutores. 
META 14 Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação de modo a 
atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. 
META 15 Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de 
formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caputdo art. 61 
da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as 
professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em 
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 
 
40 
 
META 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos 
professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos 
(as) os (as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, 
considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. 
META 17 Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação 
básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com 
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. 
META 18 Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para 
os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, 
para o plano de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, tomar como 
referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso 
VIII do art. 206 da Constituição Federal. 
META 19 Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão 
democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta 
pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio 
técnico da União para tanto. 
META 20 Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no 
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o 
(quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB 
ao final do decênio. 
 
Monitoramento e execução do PNE 
De acordo com o Art. 5º considera-se quem tem competência para monitorar e 
executar as metas estabelecidas pelo PNE. 
Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de 
monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: 
I - Ministério da Educação - MEC; 
 
41 
 
II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura 
e Esporte do Senado Federal; 
III - Conselho Nacional de Educação - CNE; 
IV - Fórum Nacional de Educação. 
§ 1o Compete, ainda, às instâncias referidas no caput: 
I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios 
institucionais da internet; 
II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias 
e o cumprimento das metas; 
III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação. 
§ 2o A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência deste PNE, o Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP publicará estudos para 
aferir a evolução no cumprimento das metas estabelecidas no Anexo desta Lei, com 
informações organizadas por ente federado e consolidadas em âmbito nacional, tendo como 
referência os estudos e as pesquisas de que trata o art. 4o, sem prejuízo de outras fontes e 
informações relevantes. 
§ 3o A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto 
ano de vigência do PNE e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às necessidades 
financeiras do cumprimento das demais metas. 
§ 4o O investimento público em educação a que se referem o inciso VI do art. 214 da 
Constituição Federal e a meta 20 do Anexo desta Lei engloba os recursos aplicados na forma 
do art. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, bem como os recursos aplicados nos programas de expansão da educação 
profissional e superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as bolsas de estudos 
concedidas no Brasil e no exterior, os subsídios concedidos em programas de financiamento 
estudantil e o financiamento de creches, pré-escolas e de educação especial na forma do art.213 da Constituição Federal. 
 
42 
 
§ 5o Será destinada à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos 
recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, além de outros recursos 
previstos em lei, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela 
exploração de petróleo e de gás natural, na forma de lei específica, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento da meta prevista no inciso VI do art. 214 da Constituição Federal. 
Planos educacionais 
No que diz respeito quanto a elaboração dos planos educacionais, está aparado pelo 
artigo 8º da referida lei. 
Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus 
correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em 
consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) 
ano contado da publicação desta Lei. 
§ 1o Os entes federados estabelecerão nos respectivos planos de educação estratégias 
que: 
I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais, 
particularmente as culturais; 
II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e das 
comunidades indígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade 
cultural; 
III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, 
assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades; 
IV - promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas 
educacionais. 
§ 2o Os processos de elaboração e adequação dos planos de educação dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, de que trata o caput deste artigo, serão realizados com 
ampla participação de representantes da comunidade educacional e da sociedade civil. 
 
43 
 
Art. 9o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão aprovar leis específicas 
para os seus sistemas de ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública nos 
respectivos âmbitos de atuação, no prazo de 2 (dois) anos contado da publicação desta Lei, 
adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com essa finalidade. 
Art. 10. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a 
assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as diretrizes, metas e 
estratégias deste PNE e com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua plena 
execução. 
De acordo com o artigo 12 da lei, até o segundo semestre do nono ano da vigência do 
plano, deverá o Poder Público apresentar o projeto de lei para o plano seguinte. 
Art. 12. Até o final do primeiro semestre do nono ano de vigência deste PNE, o Poder 
Executivo encaminhará ao Congresso Nacional, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder, o 
projeto de lei referente ao Plano Nacional de Educação a vigorar no período subsequente, que 
incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio. 
 
 
 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – 9394/96 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação tem a função de regulamentar o sistema 
educacional, seja ele privado ou público, na educação básica ou no ensino superior. Lei 
Nacional para as instituições públicas e privadas de ensino, disciplinando apenas a educação 
escolar. A LDB tem 92 artigos que estão divididos em 09 títulos. 
É importante ressaltar que no ano de 2019 houveram algumas alterações da LDB, as 
quais serão abordadas neste tópico. 
Da Educação 
 
44 
 
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida 
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos 
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. 
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, 
por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. 
 
 
Um dos itens de grande relevância e que deve ser levado mais a sério durante seus 
estudos é o que trata sobre os princípios da educação. 
De forma sucinta esse item compreende um conjunto de finalidades que transpõe a 
educação, ou seja, a educação é dever da família e do Estado com o objetivo de buscar o total 
desenvolvimento do educando como cidadão. Conforme o artigo 2º da respectiva lei: 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para o trabalho. 
 
45 
 
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 
De acordo com o art. 3º da LDB, são 13, os princípios da educação Nacional: 
1 – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
2 – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o 
saber; 
3 – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
4 – Respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
5 – Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
6 – Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
7 – Valorização do profissional da educação escolar; 
8 – Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de 
ensino; 
9 – Garantia de padrão de qualidade; 
10 – Valorização da experiência extraescolar; 
11 – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; 
12 – Consideração com a diversidade étnico-racial; 
13 – Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
Estes princípios que vocês acabam de ler, estão em consonância com a nossa 
Constituição Federal e seu artigo 206 e visam oferecer o ensino com condições de qualidade. 
A Constituição Federal/88, é nossa lei suprema, sendo que os princípios reguladores, e todas 
os artigos da LDB, vão ao encontro do que está disposto na CF/88. 
Direito e dever de educar 
 
46 
 
Em resumo o Estado tem por obrigação ofertar de forma gratuita a educação básica. 
Conheça quais são os deveres do Estado de acordo com o art. 4º da LDB: 
1 – Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, organizada da seguinte 
forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio. 
2 – Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade. 
3 – Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a 
todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino. 
4 – Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os 
concluíram na idade própria. 
5 – Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um. 
6 – Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando. 
7 – Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e 
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem 
trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola. 
8 – Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de 
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência 
à saúde. 
9 – Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade 
mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. 
10 – Vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de 
sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 anos de idade. 
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, aoaluno 
da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar 
 
47 
 
por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua 
competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018). 
O acesso à educação básica é obrigatório é direito público subjetivo isto significa que: 
é direito irrenunciável de cada um, configurando o não cumprimento, portanto, razão para o 
mandado de injunção, isto é, caso o demandante da vaga não a encontre na rede pública, 
poderá impetrar recurso junto ao Poder Judiciário contra a autoridade responsável 
(Governador/Secretário Estadual ou Prefeito/Secretário Municipal de Educação). (art.5º) 
ATENÇÃO PARA ATUALIZAÇÃO 
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de 
ensino; 
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; 
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da 
Constituição Federal. 
Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou 
privada, de qualquer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência e de crença, 
o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula 
marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais 
atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para o aluno, uma 
das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da 
Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data alternativa, no 
turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua anuência 
expressa; (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo 
e data de entrega definidos pela instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) 
 
48 
 
§ 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o plano de 
aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo 
substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do registro de 
frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 (dois) 
anos, as providências e adaptações necessárias à adequação de seu funcionamento às 
medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) (Vide 
parágrafo único do art. 2) 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o art. 83 
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
Incumbências da União, do Estado e dos Município 
 Cada ente federado tem sua responsabilidade quanto a educação, é importante que 
saibamos diferenciar a competência de cada um deles. 
 Da Organização da Educação Nacional 
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de 
colaboração, os respectivos sistemas de ensino. 
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes 
níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às 
demais instâncias educacionais. 
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. 
INCUBÊNCIAS DA UNIÃO 
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) 
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios; 
 
49 
 
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de 
ensino e o dos Territórios; 
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade 
obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; 
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, 
que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica 
comum; 
 IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na educação 
básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído 
pela Lei nº 13.234, de 2015) 
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, 
médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de 
prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; 
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; 
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a 
cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; 
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das 
instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei 
nº 10.870, de 2004) 
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções 
normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. 
 
50 
 
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados 
e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. 
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito 
Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. 
INCUBÊNCIAS DOS ESTADOS 
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de 
ensino; 
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as 
quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a 
população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do 
Poder Público; 
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e 
planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus 
Municípios; 
 IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das 
instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que 
o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, 
de 2009) 
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 
31.7.2003) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos 
Estados e aos Municípios. 
INCUMBÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS 
 
51 
 
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: 
 I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de 
ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; 
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; 
V - oferecer a educação infantil

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