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Teoria Geral da Falência e Insolvência

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FALÊNCIA 
 
1.Teoria geral da Falência 
 A garantia de pagamento de um credor é os bens do devedor. Quando há o 
inadimplemento do cumprimento de uma obrigação, pode o credor ir até o judiciário 
propor ação de execução, a execução de tantos bens quantos bastem para a satisfação do 
valor desta dívida, sendo está execução um meio para tentar fazer com que o devedor 
cumpra sua obrigação e o credor receba o que lhe é devido. 
 Em regra, a execução é individual, é apenas contra o devedor, para que ele cumpra a 
obrigação. Porém, quando o devedor tem que a dívida maior que o valor dos seus bens 
(seu passivo é maior que o ativo), ou seja, o valor da dívida é superior ao valor da 
totalidade de seus bens, abre-se uma exceção à regra da individualidade. Isto porque não 
dá aos credores de uma mesma categoria de crédito as mesmas chances, pois, aquele que 
se antecipasse na propositura da execução possivelmente receberia a totalidade do seu 
crédito, enquanto os que se demorassem poderiam acabar não recebendo nada, pois o 
patrimônio do devedor já teria se esgotado pagando a outro credor. 
Para evitar que isso aconteça, se o devedor possui em seu patrimônio menos bens que os 
necessários ao integral cumprimento de suas dívidas, a execução destes não poderá ser 
feita de forma individual, mas coletivamente. ou seja, abrangendo a totalidade de seus 
credores e a totalidade de seus bens, todo o passivo e todo o ativo do devedor, dando aos 
credores de mesma categoria iguais chances de recebimento do crédito que possui com o 
devedor. 
A falência é a execução concursal (de vários credores ao mesmo tempo) do devedor 
empresário. Quando o profissional exercente de atividade empresária é devedor de 
quantias superiores ao valor de seu patrimônio, o regime jurídico da execução concursal é 
diverso daquele que o direito prevê para o devedor civil, não empresário. 
 - A lei prevê umas diferenças entre o devedor civil e o devedor empresário, dando ao 
devedor empresário certos privilégios para pagamento,2 exemplos são: 
a) Recuperação judicial: O devedor empresário tem a oportunidade de reorganizar sua 
empresa de acordo com plano aprovado ou homologado judicialmente. 
Quando há a o plano recuperação da empresa, o devedor postergar os vencimentos das 
obrigações e fazer uso de uma série de privilégios a fim de evitar o pedido de falência. 
b) Extinção das obrigações: Quando há o pedido de falência do devedor empresário, ele 
tem suas obrigações julgadas extintas com o rateio de mais de 50% após realização de 
todo ativo. Já o devedor civil não tem essa oportunidade, as obrigações dele só se 
extinguem com o pagamento integral da obrigação. 
 Essas são as duas maiores diferenças entre os regimes de execução concursal civil e 
comercial, há outras diferenças no campo das obrigações, processual e penal. 
Para que se instaure o processo de execução concursal denominado falência, é necessária 
a concorrência de três pressupostos: a) devedor empresário; b) insolvência; c) sentença 
declaratória da falência. 
 
2.DEVEDOR SUJEITO A FALÊNCIA 
 Por ser o regime de execução concursal do devedor empresário, em princípio, estará sujeito à 
falência todo e qualquer exercente de atividade empresarial. 
O profissional que é considerado empresário é pessoa física ou jurídica que exerce atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços. 
OBS: A lei não considera empresários os profissionais liberais, artistas e, quando não registrado no 
registro de Empresas, o explorador de atividade rural. 
Quando o devedor empresário fica inadimplente e não consegue pagar sua dívida, 
o juiz deve inaugurar um procedimento de falência destinado à satisfação dos credores, no que for 
possível. 
Obs: Não cabe pedido de falência de cooperativa, pois esta não exerce atividade de empresa, se 
tratando, portanto, de devedor civil. Também não sabe pedido de falência de empresas públicas, 
as câmaras ou prestadoras de serviços de compensação e de liquidação financeira e as entidades 
fechadas de previdência complementar. 
 
3.INSOLVÊNCIA 
 O estado patrimonial em que se encontra o devedor que possui o ativo inferior ao 
passivo é denominado insolvência. 
Para que o devedor empresário seja submetido a falência, não é necessário que seu passivo seja 
maior que o passivo, nem é necessário provar que está insolvente. Também não escapa da 
falência o devedor empresário que tem seu ativo muito superior, ao contrário do que ocorre com 
o devedor civil(art.756,II,CPC). 
O inadimplemento da dívida não depende do estado patrimonial, ou seja, não precisa de que o 
estado patrimonial seja negativo, basta que haja o acontecimento dos atos previstos em lei, ou 
seja, se o empresário for injustificadamente impontual no cumprimento de obrigação líquida (LF, 
art. 94, I), incorrer em execução frustrada (art. 94, II) ou se praticar um ato de falência (LF, art. 94, 
III). Se restar caracterizado a impontualidade injustificada, a execução frustra- da ou o ato de 
falência, mesmo que o empresário tenha o seu ativo superior ao passivo, ser-lhe-á decretada a 
falência. Mas, se não ficar demonstrada nenhuma dessa hipóteses, não será decreta a falência, 
mesmo que o seu passivo seja maior que seu ativo. 
A prova da impontualidade/inadimplemento é o protesto do título. Qualquer que seja o 
documento representativo da obrigação a que se refere a impontualidade injustificada, deve ser 
protestado. Se for um título de crédito, o protesto cambial, basta a caracterização da 
impontualidade do seu devedor. Se, não se tratar de título sujeito a protesto cambial também 
deverá ser protestado, exigência da lei de falência, não pode ser nenhum outro tipo de prova de 
impontualidade. 
Obs: a própria lei sugere um elenco de hipóteses de impontualidade justificada (LF, art. 96). 
 Só caracteriza a impontualidade injustificada para fins de falência se o valor dos títulos em 
atraso for de pelo menos 40 salários mínimos. Sendo a dívida no valor de menos de 40 salários 
mínimos, o credor pode cobrar e executar sim, mas não pode pedir falência em razão de seu 
inadimplemento. 
Os credores do mesmo empresário cujos seus créditos individuais não alcançam 40 salários 
mínimos, mas a soma alcança, podem se reunir em litisconsórcio para requererem a falência do 
devedor, art.94,§1º,LF. 
 Em resumo, é necessário que o devedor tenha ficado inadimplente por motivos não justificados, 
sem relevante razão jurídica para que possa ser pedida a falência, no cumprimento de obrigação 
cujo valor ultrapasse 40 salários mínimos, e além disso, para prova a impontualidade é preciso que 
tenha tido o protesto do título judicial. 
Antes de pedir a falência tem que executar, não obtendo sucesso na execução, ou seja ,frustrada a 
execução, caracterizando a inexistência de pagamento, depósito e nem nomeação de bens a 
penhora, poderá ingressar com pedido de falência. Importante destacar que, nesse caso, em que 
já ouve antes a execução frustrada, não precisa de título judicial protestado. 
 
 
 PROCESSO FALIMENTAR 
 
O processo de falência compreende três etapas distintas: 
a) o pedido de falência, também conhecido por etapa pré-falencial, que tem início com a petição 
inicial de falência e se conclui com a sentença declaratória da falência; 
b) a etapa falencial, propriamente dita, que se inicia com a sentença declaratória da falência e se 
conclui com a de encerramento da falência; esta etapa objetiva o conhecimento judicial do ativo e 
passivo do devedor, a realização do ativo apurado e o pagamento do passivo admitido; 
c) a reabilitação, que compreende a declaração da extinção das responsabilidades de ordem civil 
do devedor falido. 
Em caso de omissão da Lei de Falência, aplica-se as disposições comuns de direito processual, civil 
e penal. 
A competência para os processos de falência, de recuperação judicial e homologação de 
recuperaçãoextrajudicial, bem como de seus incidentes, é do juízo do principal 
estabelecimento(onde se concentra maior número de negócios da empresa) do devedor, com 
base no art. 3º da LF. 
O juízo da falência é universal. Isto significa que todas as ações referentes aos bens, interesses e 
negócios da massa falida serão processadas e julgadas pelo juízo em que tramita o processo de 
execução concursal por falência. Porém, há exceções, previstas nos 
art.6º,§1º;76;114,art.109,I,CF,art.187,CTN.(Página 360/361) 
 
2.Pedido de Falência 
A lei falimentar impõe ao próprio empresário devedor o dever de requerer a autofalência, quando 
não atender às condições legais para obter a recuperação judicial (art. 105).Porém, não obrigado, 
pois, não fazendo não haverá nenhuma consequência. 
Além do próprio devedor, o cônjuge sobrevivente, os herdeiros ,o inventariante e o sócio da 
sociedade devedora têm o direito de requerer. Mas, o mais comum é o credor requerer. 
Em relação ao credor, estabelece a lei alguns requisitos para o exercício do direito de ação. a 
legitimidade ativa do credor, em determinados casos, é condicionada ao atendimento desses 
requisitos. assim, o credor empresário deve provar a regularidade do exercício do comércio, 
exibindo a inscrição individual ou o registro dos atos constitutivos da sociedade empresária (art. 
97, § 1º), enquanto o credor não domiciliado no País deve prestar caução (art. 97, § 2º).Os outros 
credores possuem o direito a requerer a falência independente de atender os requisitos ou não. 
O credor civil para legitimar-se ao pedido de falência deve exibir o seu título, mesmo que não 
vencido. Importante salientar que, a impontualidade e a execução frustrada pressupõem o 
vencimento. Também é possível o credor requerer falência mesmo que já vencida, apresentando 
seu título não vencido, a impontualidade e também a certidão de protesto. 
 Quando se tratar de autofalência, o pedido do devedor deve vir instruído com um balanço 
patrimonial, a relação dos credores e o contrato social ou, se inexistente, a relação dos sócios e 
outros indicados por lei. Juntamente com o seu pedido, o devedor depositará em cartório os seus 
livros comerciais, que serão encerrados pelo juiz para, oportunamente, ser entregues ao 
administrador judicial da falência, que será nomeado pelo juiz do caso. 
 Quando a falência for requerida por terceiros (credor, sócio da sociedade devedora, 
inventariante etc.), o empresário devedor será citado para responder no prazo de 10 dias (LF, art. 
98). Sua resposta só pode consistir na contestação, já que não prevê a lei a reconvenção ou o 
reconhecimento da procedência do pedido. 
 Quando requerida a falência por terceiros (credor, só- cio da sociedade devedora, inventariante 
etc.), o rito prevê a citação do empresário devedor para responder no prazo de 10 dias (LF, art. 
98). Sua resposta só pode consistir na contestação, já que não prevê a lei a reconvenção ou o 
reconhecimento da procedência do pedido. 
 
 Se o pedido de falência for devido a impontualidade injustificada ou execução frustrada, o 
devedor pode fazer o chamado Depósito Elisivo depositando em juízo, no prazo da resposta, o 
valor correspondente ao total do crédito em atraso, acrescido de correção monetária, juros e 
honorários advocatícios. 
Neste caso, o devedor empresário tem apenas 4 alternativas: 
- 1º. Só contestar: Ele pode só contestar, podendo o juiz acolher sua defesa e negar o 
requerimento de falência, proferindo uma sentença denegatória, condenando então, o 
requerente a pagamentos de custas sucumbenciais e possível condenar a pagamento de perdas e 
danos. Se não acolher a contestação dele irá decretar a falência. 
- 2º.Contestar e fazer o depósito: O juiz analisa a contestação, se acolher as defesas da 
contestação não decretará a falência, condenará o requerente a pagamento de sucumbência e 
eventual perdas e danos e determina o levantamento do depósito do requerido (devedor).Mas, se 
não acolher a contestação do devedor, ele irá negar a decretação da falência, mas manda que o 
devedor a pagar sucumbencias e autoriza ao credor a levantar o valor já depositado, isso ocorre 
porque o depósito elisivo impede a decretação da falência. 
- 3º. Só depositar: o juiz profere a sentença denegatória da falência(não decreta falência), impõe 
ao devedor a pagar sucumbência e determina o levantamento do depósito elisivo em favor do 
requerente. Como o depósito está desacompanhado de contestação, tem o mesmo efeito do 
reconhecimento da procedência do pedido; 
- 4º. Deixar transcorrer o prazo: deixa passar o prazo sem contestar ou depositar, então o juiz 
profere sentença decretando a falência e iniciando o processo. 
 
3.SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA 
É a sentença de falência que introduz o falido e seus credores no regime jurídico-falimentar. 
A sentença que decreta falência tem que ter fundamentos e identificar as partes e conter os dados 
das partes, conforme previsto no art.458,CPC e 99 da LF, termo legal da falência, se possível e 
nomear um administrador judicial. 
O termo legal é importante, pois é o lapso temporal anterior a decretação da quebra. Este período 
é fixado pelo juiz, em regra, na sentença declaratória da falência, não podendo retroagir por mais 
de 90 dias do primeiro protesto por falta de pagamento. Se o falido não foi protestado 
(autofalência ou pedido não fundado em impontualidade injustificada), o termo legal não poderá 
retroagir por mais de 90 dias da petição inicial e se é o caso de convolação da recuperação judicial 
em falência, por mais de 90 dias do seu requerimento. Caso o juiz, ao decretar a falência, não 
tenha ainda os elementos para a determinação do termo legal, poderá postergá-la. 
Essa sentença declaratória de falência deverá ser publicada no órgão oficial e se for necessário, em 
jornais de grande circulação. 
Da sentença declaratória da falência cabe o recurso de agravo instrumento. O prazo para 
interposição assim como o processamento do agravo são os previstos pela legislação comum (art. 
189). 
 
4.SENTENÇA DENEGATÓRIA DA FALÊNCIA 
 O juiz, ao julgar improcedente o pedido de falência, deve examinar o comportamento do 
requerente. Se ocorreu dolo manifesto de sua parte, quando do ajuizamento daquele, o juiz deve, 
na própria sentença denegatória da falência, condená-lo ao pagamento de indenização em favor 
do requerido (art. 101). Se não houver dolo manifesto no comportamento do requerente, o juiz 
não pode, obviamente, condená-lo. 
Qualquer que seja a hipótese de como agiu o requerente(credor) deve pagar as verbas de 
sucumbência, especificamente o reembolso das despesas e os honorários de advogado, nos 
termos do art. 20 do CPC. 
Se, porém, a denegação da falência não tiver por fundamento a improcedência do pedido, mas o 
depósito elisivo do valor da dívida em atraso, o juiz determinará o levantamento deste em favor 
do reque rente e condenará o requerido no reembolso das despesas e nos honorários de 
advogado em favor do requerente. 
 A sentença que denega o pedido de falência pode ser objeto de recurso de apelação (art. 100), 
no prazo e segundo o processo previsto no código de Processo civil (art. 198). 
 
5.ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA 
Para administrar a Massa falida, a lei prevê funções de 3 agentes: magistrado, representante do 
Ministério Público e os órgãos da falência, sendo estes últimos agentes específicos do processo 
falimentar(administrador judicial, assembleia dos credores e comitê dos credores). 
Cabe ao Juiz presidir a administração da falência feita pelo administrador judicial, mas em última 
análise é o juiz que decide sobre venda de bens ou não pagamento dos salários dos auxiliares do 
administrador judicial, aprovar a prestação de contas do administrador judicial (art. 154) e outros 
atos definidos em lei, de conteúdo exclusivamente administrativo. 
Já o representante do MinistérioPúblico intervém no feito, no exercício de suas funções 
constitucionais, de fiscal da lei, em alguns casos a lei prevê a intervenção deste no processo. 
O juiz e o MP tem nesse processo funções puramente administrativas e junto a elas suas próprias 
funções institucionais. 
 Os órgãos da falência são três: administrador judicial, assembleia dos credores e comitê de 
credores. 
 O administrador judicial é o agente criado pela lei para exercer funções administrativas da 
falência, trabalhando como auxiliar do juiz. A escolha do administrador judicial na falência cabe ao 
juiz e deve recair sobre profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, 
administrador de empresas ou contador ou, ainda, pessoa jurídica especializada (art. 21). Ele tem 
uma função indelegável, mas pode contratar auxiliares, desde solicite ao juiz. Ele pode ser 
substituído (visando outro melhor administrador) ou destituído (por não ter cumprido suas 
funções),quando ele é substituído, ele poderá ser nomeado de novo para administrar falências 
futuras, mas quando se é destituído não poderá mais dentro de 5 anos seguintes. Importante 
lembrar que, o administrador judicial pode se recusar a ser, não é obrigado a aceitar. 
 - 4 atos processuais mais importantes de responsabilidade do administrador judicial, são eles: 
a) Verificação dos créditos: art.7º a 20 da LF; 
b) Relatório inicial: Ato de examinar as causas e circunstâncias que acarretaram a falência, bem 
como apresentar uma análise do comportamento do falido com vistas a eventual caracterização 
de crime falimentar, por ele ou outra pessoa, antes ou depois da decretação da quebra. o relatório 
é apresentado nos 40 dias seguintes à assinatura do termo de compromisso, ou seja, depois de 
nomeado e assinar o termo de compromisso ele tem 40 dias para apresentar o relatório. 
c) Contas mensais: O administrador judicial deve, até o décimo dia de cada mês, apresentar ao juiz 
para juntar aos autos a prestação de contas relativa ao período mensal anterior, nela deve estar 
especificada com clareza a receita e despesa da massa falida. 
d)Relatório final: Previsto no art. 155 da LF, deve ser elaborado pelo administrador judicial no 
prazo de 10 dias contados do término da liquidação e do julgamento de suas contas. Contém o 
valor do ativo e do produto de sua realização, bem como o do passivo e dos pagamentos feitos, e, 
se não foram totalmente extintas as obrigações do falido, o saldo cabível a cada credor, 
especificando justificadamente as responsabilidades com que continua o falido. 
O administrador judicial deve prestar contas de sua administração em três hipóteses: 
ordinariamente, a cada mês e ao término da liquidação, e, extraordinariamente, quando deixa as 
suas funções, seja por substituição ou destituição. 
 
A assembleia de credores na falência, é órgão integrado por todos os credores da massa falida e 
tem competência para: 
a) aprovar a constituição do comitê de credores e eleger os seus membros; 
b) adotar modalidades extraordinárias de realização do ativo do falido; 
c) deliberar sobre assuntos de interesse geral dos credores (LF, art. 35, II). 
 
 O comitê de credores é composto por um representante dos credores trabalhistas, um dos 
titulares de direitos reais de garantia e privilégios especiais e um dos demais (cada qual com dois 
suplentes) eleitos pela assembleia. Sua função mais importante é a de fiscalizar o administrador 
judicial (LF, art. 27, I, a).

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