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PROCESSOS LOGÍSTICOS Prof. Luciano Bittencourt luciano.bittencourt@anhanguera.com 2 Plano de ensino UNIDADE DE ENSINO 1 – Funções e conceitos de logística. Seção 1.1 Introdução à logística Seção 1.2 Integração logística e seus subsistemas Seção 1.3 Logística e o valor para o cliente Seção 1.4 Desafios logísticos UNIDADE DE ENSINO 2 – Atividades logísticas. Seção 2.1 Transporte Seção 2.2 Armazenagem Seção 2.3 Movimentação Seção 2.4 Gestão de estoque Plano de ensino UNIDADE DE ENSINO 3 – Técnicas e métodos aplicados à logística Seção 3.1 Just in Time (JIT) e Just in Sequence (JIS) Seção 3.2 Embalagem, Unitização e Conteinerização Seção 3.3 Operador logístico Seção 3.4 Tecnologia da informação aplicada à logística UNIDADE DE ENSINO 4 – Planejamento logístico Seção 4.1 Planejamento logístico Seção 4.2 Nível de serviço logístico Seção 4.3 Medição de desempenho Seção 4.4 Custos logísticos Embalagem, Unitização e Conteinerização Conforme definição de Kotler (2000), a embalagem é o conjunto de atividade de projeto e produção do recipiente ou envoltório de um produto. Mestriner (2001, p. 6) considera a embalagem como um importante componente da atividade econômica dos países industrializados. “O desenvolvimento da indústria, do comércio, da tecnologia e da própria sociedade fez da embalagem um importante componente da vida moderna”. Assim, a embalagem incorporou novas funções, tais como: conservar, expor, vender os produtos e conquistar os clientes. Para Kotler (2000), muitas empresas consideram as embalagens como fator estratégico, utilizando-a como uma ferramenta de marketing, agregando valor ao produto, evidenciando a imagem e a marca da empresa. O desenvolvimento de embalagens pode contribuir para o sucesso do produto na competição de mercado. As embalagens também são elementos fundamentais durante toda a cadeia de suprimentos, representando um papel fundamental na estrutura operacional. Ballou (2007) ainda considera que a embalagem, dentro das atividades logísticas, tem a função de facilitar o manuseio e a armazenagem, prover melhor a utilização do equipamento de transporte, proteger o produto, alterar a densidade do produto, facilitar o uso do produto e prover valor de reutilização para o consumidor. Ainda pode ser considerado como: Conjunto de artes, ciências e técnicas utilizadas na preparação das mercadorias, com o objetivo de criar as melhores condições para seu transporte, armazenagem, distribuição, venda e consumo, ou alternativamente, um meio de assegurar a entrega de um produto numa condição razoável ao menor custo global (MOURA; BANZATO, 2007, p. 8) A escolha de embalagens deve considerar a quantidade de produtos, número de camadas, tipo de material, visando acomodar o produto sem causar danos físicos/mecânicos (CHITARRA; CHITARRA, 1990). No entanto, é necessário considerar a embalagem também como fator do processo operacional, implicando diretamente nas atividades produtivas, principalmente quando envolve etapas de movimentação manual de cargas. O objetivo da embalagem é permitir que a mercadoria nela contida chegue a seu destino na mesma condição de uso e conservação que apresenta na sua origem e no momento de ser embalada. Ela tem como funções (MOURA; BANZATO, 2007): • Proteger a mercadoria que comporta. • Conter a mercadoria. • Comunicar (levar a informação). • Usar (facilidade do usuário). Assimile: No Brasil, por meio da ABNT – Associação Brasileira de Normas –, temos a publicação da norma ABNT NBR 9198:2010 – Embalagem e acondicionamento — Terminologia, que define os termos técnicos referentes à embalagem e ao acondicionamento de forma geral e abrangente, bem como orienta a obtenção de definições em normas específicas de cada setor. As embalagens podem ser subdivididas em cinco tipos específicos, sendo elas (MOURA; BANZATO, 2007): • Contenção ou primária: é a primeira embalagem e fica em contato direto com o produto, protegendo-o dos agentes externos. • Apresentação ou secundária: envolve a embalagem de contenção, apresentando o produto no ponto de venda (consumidor final). • Comercialização ou terciária: contém um múltiplo da embalagem de apresentação, constituindo a unidade para a extração do pedido (atacadista). • Movimentação ou quartenária: múltiplos de embalagens de comercialização para ser movimentada racionalmente por equipamentos mecânicos (unitização). Os paletes e contêineres se enquadram nesta divisão. • Especiais ou de quinto nível: são embalagens especiais, a exemplo de embalagens térmicas e contêineres refrigerados, que têm como função básica manter uma temperatura específica. E o que é Unitização? Unitização é um processo de agrupamento de embalagens (volumes) em uma única unidade física, formando um só volume para o manuseio e transporte (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Os tipos de unitização mais comuns são: Cargas paletizadas: a paletização é a forma mais conhecida e consiste em uma plataforma (palete) disposta horizontalmente para o apoio e acondicionamento de cargas. No Brasil, os paletes possuem padronização denominada de PBR, tendo como principal especificação as medidas de 1000 mm x 1200 mm, medida mais utilizada no Brasil, EUA e Europa. Atualmente, é possível encontrar paletes de madeira, metal plástico e até mesmo outros componentes, como papelão Cargas preligadas: a carga é condicionada em redes especiais de nylon ou corda, de modo a proporcionar fácil manuseio por guindastes, permitindo o aumento da velocidade de carregamento e descarregamento. É possível verificar esta prática para a movimentação e o transporte de sacarias. Contêineres: trata-se de um recipiente de metal ou madeira, geralmente de grandes dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga multimodal. Sua utilização é comum em importação e exportação de produtos. Tipos especiais de unitização: outras formas de agrupar produtos específicos, a exemplo o big bag, que são contentores flexíveis de volume médio, utilizados para transporte e armazenamento de qualquer tipo de líquidos, granulados ou produtos em pó. Outros exemplos são os contentores para líquido. As embalagens podem proporcionar a proteção necessária ao produto durante a operação logística (armazenagem, transporte, movimentação etc.) no decorrer da cadeia, otimizar espaços nos armazéns e transportes, e facilitar a identificação e separação dos produtos, evitando retrabalho com correções, entre outros benefícios. No entanto, existe um custo financeiro alto referente às embalagens, além de novas exigências legais e ambientais, e por este motivo as organizações estão dando maior valor a esta atividade dentro da logística, e também por este motivo temos casos de engenharia de embalagens aplicada à logística, que podem ser realizados pela própria empresa ou por empresas especializadas em projetos e produção de embalagens. Dentro desta “engenharia” ou planejamento devem ser consideradas as operações logísticas (armazenagem, transporte, movimentação etc.) e respectivas otimizações, assim como a fragilidade do produto e resistência a impactos, tipo de produto (produtos especiais, grau de perigo, poder de contaminação etc.), valor comercial, entre outros. E sempre que possível deve-se reduzir a variabilidade de embalagens, facilitando o armazenamento, o manuseio e a movimentação dos materiais, reduzindo o tempo de realização destas tarefas, além da redução de custos. Outra decisão a respeito das embalagens é se elas serão retornáveis ou não retornáveis (one way). Existe uma forte tendência (em funções legais e ambientais) para que as embalagens sejam retornáveis, tanto para o transporte entre fábricas quanto para cargas destinadas a lojas varejistas. A característica comum neste processo é um sistema integrado de identificação que permite o controle das movimentações das embalagens. E devem ser consideradas as vantagens da utilização x vida útil da embalagem (quantas vezes será utilizada), robustez da embalagem x redução de avarias, bem comoos custos de sua reutilização, envolvendo: separação, rastreamento, manutenção e limpeza (logística reversa). TRABALHO 3 – 2º BIMESTRE ENTREGA ATÉ O DIA 10/11/2021 Uma indústria farmacêutica possui características próprias com legislação especifica, inclusive para embalagem. Para a empresa de nosso estudo, além das exigências legais, é possível identificar exigências mercadológicas, nas quais há a busca por embalagens mais adequadas, além de garantias para a integridade do produto, que resultarão em melhores condições na operação logística. Por isso, você terá de ajudar os gestores da empresa e identificar quais as melhores opções entre os níveis de embalagens. Para isso, sugere-se que você cumpra aos passos a seguir: • Pesquise sobre embalagens primárias para medicamento. • Analise a viabilidade de uma nova embalagem primária. • Analise o impacto e as mudanças que esta embalagem geraria aos demais níveis de embalagens. • Analise a possibilidade de unitização dos produtos, descrevendo como esta seria realizada. • Descreva quais as atividades logísticas serão afetadas por estas mudanças e quais os resultados esperados. Diante dos resultados, elabore um relatório indicando as suas escolhas e recomendações, e não esqueça de justificar e indicar os objetivos desejados. REFERÊNCIA PARA MONTAR O TRABALHO Orientações sobre embalagens de medicamentos que podem ser comercializadas em farmácias. Disponível em https://www.crf-pr.org.br/uploads/paginadinamica/7700/embalagens.pdf Acesso em 28/10/2021 Entenda um pouco mais sobre o assunto por meio do texto a seguir: A logística que envolve os medicamentos especiais. Disponível em A logística que envolve os medicamentos especiais (ictq.com.br) Acesso em 28/10/2021 PODE SER FEITO EM GRUPO DE ATÉ 5 ALUNOS
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