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Armazenagem, Gestao de Transportes e Distribuiçao

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Armazenagem, Gestão de Transportes 
e Distribuição
W
B
A
0
2
3
9
_
V
1.
2
2/267
Armazenagem, Gestão de Transportes e Distribuição
Autoria: João Paulo Lopez
Como citar este documento: LOPEZ, João Paulo. O papel da gestão da distribuição na cadeia de supri-
mentos. Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos 05
Unidade 2: Problema de localização dos armazéns 25
Unidade 3: Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes 58
Unidade 4: Modais de transporte e a seleção de modais 101
Unidade 5: Transportation Management System (TMS) e Visualização da Operação e Integração 
com ERP
129
Unidade 6: Modelos de otimização da distribuição: MilkRun, Merge-in, Transit, Cross-docking, 
Backhaul, Postponement
159
Unidade 7: Logística Reversa: Opções de recuperação de produtos, reciclagem, regulamentações, 
sistema de gestão da qualidade e redesenho da cadeia
194
Unidade 8: Indicadores de desempenho de armazenagem, transporte e distribuição 230
2/267
3/267
Apresentação da Disciplina
A história da humanidade nos mostra que o 
homem nunca teve tamanho nível de com-
plexidade de suas necessidades. A cada 
dia, surgem novos produtos e serviços para 
atenderem novas necessidades e, que por 
sua vez, demandam melhor desempenho 
no atendimento destas, tanto em termos 
de qualidade da entrega, ou seja, entregar 
o produto certo, para a pessoa certa, no lu-
gar indicado e no tempo contratado, mas 
também em termos de uma urgência cres-
cente, em que cada vez mais o consumi-
dor demanda os aspectos acima em prazos 
cada vez mais curtos. Tal situação fica ainda 
mais complexa, quando analisamos o cres-
cimento exponencial do “E-Commerce” de-
mandando, além de entregas cada vez mais 
frequentes e com poucas unidades, e a dis-
ponibilização de ferramentas que permitam 
ao cliente o rastreamento de seu pedido.
Por sua vez, quando tratamos da gestão da 
distribuição dentro da cadeia de suprimen-
tos, não devemos ter exclusivamente a visão 
da distribuição ao cliente ou consumidor fi-
nal, mas sim de todos os clientes intermedi-
ários ao processo, ou seja, os fabricantes em 
todas as etapas dos processos, distribuido-
res, varejistas e até assistência técnica.
Todavia, a crescente evolução tecnológica e 
dos meios de comunicação e troca de dados 
têm permitido aos gestores enfrentar com 
mais facilidade este desafio em constante 
evolução.
Diante do cenário atual, cabe aos gestores 
a constante busca da atualização sobre os 
4/267
recursos tecnológicos e, particularmente, 
sobre a correta utilização destes às suas ne-
cessidades, visando assim a melhoria cons-
tante dos processos
5/267
Unidade 1
O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos
Objetivos
• Conceituar os principais elementos e termos, capacitando o aluno a identificar os recursos 
existentes no processo de distribuição de materiais;
• Permitir ao aluno iniciar a reflexão sobre integração sistêmica e potencial exploração da 
sinergia entre os diversos sistemas e processos;
• Demonstrar a importância da boa gestão da distribuição na cadeia de suprimentos para o 
sucesso na implantação da filosofia “Just in Time”.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos6/267
Introdução
A gestão da distribuição de materiais den-
tro do contexto maior conhecido como “Su-
pply Chain Management”, termo que signi-
fica “Gestão da Cadeia de Abastecimento”, 
deve sempre partir da premissa de que os 
aspectos e parâmetros do cliente ou, em 
primeira análise, o destino do material deve 
ser conhecido a fim de que a estrutura de 
distribuição seja adequada à plena satisfa-
ção deste cliente. Isto significa que, ao esta-
belecer a estrutura de distribuição, que en-
volve armazéns, empresas de transportes e 
prestadores de serviços diversos, demanda 
bem entender as características e neces-
sidades do cliente, ou seja, garantir que o 
material seja recebido dentro do esperado 
por este.
Veremos a seguir quais são os principais ele-
mentos dentro deste processo, que dividi-
remos entre internos e externos à empresa.
1. Papel das áreas internas da 
empresa no desempenho da 
gestão da distribuição
Segundo Slack, “todas as partes de qual-
quer empresa têm seus próprios papéis a 
desempenhar para se chegar ao sucesso” 
(SLACK, 1999p.56), o que significa atender 
seus clientes com qualidade em produtos e 
serviços.Em se tratando de serviços, fazer 
as coisas no tempo e custos acordados com 
o cliente.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos7/267
Inicialmente faremos uma avaliação sobre 
quais áreas internas da empresa estão di-
retamente relacionadas à gestão da arma-
zenagem de matérias-primas e componen-
tes, caso tratem-se de materiais destinados 
à produção, ou produtos finais, destinados à 
venda ou revenda.
Em se tratando de matérias-primas e com-
ponentes, ou ainda materiais adquiridos 
para revenda aplicados às empresas dis-
tribuidoras ou de varejo, temos as áreas 
de Compras ou Suprimentos, cuja missão 
principal é garantir os adequados níveis 
de estoque para abastecimento. Para tal, é 
fundamental que sejam determinados os 
corretos parâmetros em termos de quanti-
dades por lote, frequência de entregas, tipo 
de embalagens, horários etc, junto aos for-
necedores.
Da mesma forma, outra área comprometida 
com o sucesso do processo de distribuição 
dentro da cadeia de suprimentos é a área 
Comercial ou de Vendas, cuja missão é bem 
entender as necessidades, características 
e particularidades de seus clientes, dentro 
Para saber mais
Para aprofundar na temática Canais de Distribui-
ção, leia o capítulo 6-“Distribuição Física”, do livro 
“Logística e Operações Globais – Textos e Casos” 
conforme Referencial Bibliográfico e o capítulo 
“Papel Estratégico e Objetivos da Produção”, do 
livro Administração da Produção conforme Refe-
rencial Bibliográfico.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos8/267
de aspectos similares aos processos desen-
volvidos por Compras ou Suprimentos junto 
aos fornecedores, identificando a frequên-
cia de entrega, tamanhos de lotes e tipo de 
embalagem, e características específicas 
dos clientes, como aspectos físicos da área 
de recebimento e até necessidades especí-
ficas de tipo de veículos, por exemplo.
Outra área de suma importância em rela-
ção à distribuição física dos produtos, par-
ticularmente nas empresas produtoras de 
bens de consumo final e Marketing,prin-
cipalmente nas empresas que produzem 
produtos de venda em varejo de larga es-
cala, como supermercados e “home cen-
ters”. Isso acontece devido ao fato de esta 
área em particular ter a atribuição de de-
finir quais serão os canais de distribuição, 
ou seja, se os produtos serão entregues aos 
seus clientes (supermercados) via distribui-
dores (venda a distribuidores intermediá-
rios para posterior venda ao supermerca-
do) ou devem ser entregues diretamente 
nos pontos de vendas. Com o aumento do 
poder de negociação das grandes cadeias 
de supermercados, principalmente, geran-
do altos volumes de demanda, a prática de 
entregas diretas, tem se tornado bastante 
comum, demandando grandes investimen-
tos tanto em estrutura física como em ar-
mazéns e centros de distribuição, como em 
tecnologia da informação, elemento este, 
cuja evolução constante tem proporciona-
do melhorias na gestão dos processos, bem 
como, redução nos custos logísticos, fator 
crucial em mercados cada vez mais compe-
titivos.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos9/267
“A distribuição é, claramente, apenas mais um aspecto de prestação de ser-
viços à área de Marketing; é o método pelo qual um produto é distribuído, 
e o grau de atendimento e confiabilidade apresentado é tão importante no 
global quanto o preço, a promoção e a qualidade do produto”. (DIAS, 1993, 
p. 346)
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuiçãona cadeia de suprimentos10/267
2. Papel das áreas externas da 
empresa no desempenho da 
gestão da distribuição
Quando colocamos o termo “áreas exter-
nas” não estamos tratando exclusivamente 
de áreas fisicamente separadas das instala-
ções da empresa, mas sim àquelas relacio-
nadas com armazenagem e movimentação 
dos materiais e não com as respectivas áre-
as produtivas, podendo constituir proces-
sos desenvolvidos internamente ou tercei-
rizados.
Vamos abordar os principais elementos e 
suas funcionalidades básicas.
2.1 – Almoxarifados:
Em um ambiente industrial, basicamente 
compõem-se de locais físicos destinados a 
armazenagens de insumos e matérias-pri-
mas destinadas à produção de bens, po-
dendo também ser utilizados para materiais 
improdutivos, como materiais de limpeza e 
de escritório, por exemplo.
2.2 – Armazéns:
Geralmente de maior tamanho do que os Al-
moxarifados, os armazéns ou depósitos são 
destinados a armazenagem de produtos 
acabados, destinados à comercialização. 
Em ambos os casos, o desempenho opera-
cional afeta profundamente o sucesso da 
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos11/267
distribuição de produtos dentro da cadeia 
de suprimentos, uma vez que o tempo des-
pendido nos processos de seleção e expe-
dição de materiais interfere diretamente no 
tempo total do processo, seja no caso da 
cadeia de abastecimento de uma linha de 
produção, almoxarifados, como na entrega 
ao cliente externo, Armazéns. Assim, uma 
estrutura de gestão das operações internas 
destes elementos, através de equipamen-
tos físicos, como empilhadeiras e pratelei-
ras adequadas, assim como sistemas infor-
matizados, sistemas de leitura por código 
de barras, presente nos produtos e locais, 
deve ser considerado quando houver ne-
cessidade de avaliação ou estabelecimento 
de um sistema amplo de gestão da cadeia 
de suprimentos.
2.3 – Operadores Logísticos
Segmento que tem se desenvolvido muito 
nas últimas décadas, os chamados opera-
dores logísticos, são empresas que prestam 
uma ampla gama de serviços de armazena-
gem e movimentação de materiais, poden-
do atuar desde a simples locação de espaço 
físico até todo o processo de recebimento, 
inspeção, armazenagem, separação, em-
balagem, transporte e entrega no ponto de 
consumo ou venda.
Tais empresas surgiram em função da ne-
cessidade de espaço para empresas em pro-
cessos de aumento de demanda, gerando 
a necessidade de liberação de espaço para 
produção em detrimento de armazenagem 
e para enfrentar períodos de sazonalidades 
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos12/267
geradores de necessidades temporárias de 
espaço, entre outros fatores.
2.4 – Transportadoras
Assim como os operadores logísticos, as 
empresas prestadoras de serviços de trans-
porte, comumente chamadas de Transpor-
tadoras, podem trabalhar em conjunto com 
frotas próprias de empresas ou atuar na to-
talidade de atendimento às necessidades 
das empresas de qualquer segmento.
Atualmente há uma tendência de terceiri-
zação total deste tipo de serviço, pois, como 
exposto acima, bem como avaliaremos com 
mais detalhes posteriormente, o processo de 
transporte vem adquirindo grande comple-
xidade, contando, em contrapartida, tam-
bém com grande evolução das ferramentas 
de tecnologia de informação necessárias à 
integração dos sistemas – fornecedores de 
insumos, indústrias, operadores logísticos, 
distribuidores e varejistas -, todos elemen-
tos com papéis fundamentais ao sucesso da 
distribuição da cadeia de suprimentos.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos13/267
Para saber mais
Leia o capítulo 1, temas 1.1 e 1.2, do livro “Distribuição Classe Mundial”, do livro “Distribuição Classe 
Mundial”, do IMAM, conforme apontado no Referencial Bibliográfico.
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos14/267
Glossário
“E-Commerce”: processo de compra e venda realizada através da internet, sem o deslocamento do 
cliente até o ponto de venda (loja ou distribuidor);
“Just in Time” ou “J.I.T.”: expressão significando “na hora exata em que o cliente necessita do pro-
duto”. Derivada da filosofia de gestão do sistema Toyota de Produção, busca a lógica de sempre prover 
o cliente do produto que ele necessita no momento mais próximo de sua necessidade de uso, evitando 
ou reduzindo excessos de estoques;
”Supply Chain Management” ou “S.C.M.”: constitui o conjunto de processos que envolve toda a 
cadeia de abastecimentos de um determinado segmento econômico ou produto, desde a matéria pri-
ma mais básica, como o minério de ferro, por exemplo, até a construção de bens de consumo duráveis, 
como eletrodomésticos e automóveis;
Insumos: materiais essenciais ao processo produtivo,mas que não constituem o produto final, sendo 
consumidos no processo produtivo, como combustíveis, por exemplo.
Questão
reflexão
?
para
15/267
Vimos a importância da boa gestão da cadeia de supri-
mentos dentro do contexto macro que é, antes de tudo, 
satisfazer as necessidades humanas buscando atendê-
-las da melhor forma possível. Por outro lado, dentro do 
contexto empresarial, reflita sobre o impacto que a ges-
tão da distribuição desempenha sobre os níveis de es-
toques, tanto das indústrias como dos distribuidores e 
varejistas, e as consequências sobre os custos finais dos 
produtos.
16/267
Considerações Finais
• Podemos concluir que a boa gestão do processo de distribuição de materiais dentro do pro-
cesso maior que é constituído pela gestão da cadeia de suprimentos está intimamente rela-
cionada ao bom atendimento das necessidades dos clientes; 
• Em função de sua complexidade, envolve vários elementos, dentro e fora das empresas, de 
modo que a integração adequada dos processos entre tais elementos impacta diretamente na 
qualidade da distribuição de produtos aos consumidores;
• Como fator complicador, a velocidade dos avanços tecnológicos tem reduzido a vida útil de 
muitos produtos, fazendo com que aumente a necessidade de substituição de produtos mais 
atualizados e modernos, aumento a frequência de transações de compra. Tal fato ainda conta 
com a explosão do comércio via internet, ou “e-commerce”;
• Todavia, a evolução tecnológica atua em favor do gestor logístico e de distribuição, através da 
disponibilização de diversas ferramentas que permitem gerenciar os fluxos de distribuição, 
como, por exemplo, as ferramentas de rastreamento e roteirização, que estudaremos oportu-
namente;
17/267
• Custos e prazos acordados com o cliente constituem elementos que definem a qualidade dos 
serviços de distribuição. Neste contexto, a decisão de desempenhar as funções que constituem 
os processos de distribuição gerenciados pela própria empresa ou terceirizar tais processos 
com empresas terceiras (Operadores Logísticos e Transportadores), deve ser objeto de análise 
criteriosa a fim de manter o foco sobre o objetivo maior que é bem atender seus clientes.
Considerações Finais
Unidade 1 • O papel da gestão da distribuição na cadeia de suprimentos18/267
Referências
DORNIER, Philippe-Pierre,et al.; Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: 
Atlas,2000.
FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial.São Paulo: Imam,1999.
DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística. 4. ed. São Pau-
lo: Atlas, 1993.
SLACK, Nigel,et al; Administração da Produção. Compacta. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
19/267
1. Sobre a influência do E-Commerce na gestão da distribuição de produtos 
podemos afirmar que:
a) Não exerce qualquer influência.
b) Demanda entregas mais frequentes.
c) Utiliza prioritariamente o transporte ferroviário.
d) Só utiliza o modal aéreo.
e) Não utiliza o modal marítimo.
Questão 1
20/267
2. Quanto ao impacto que o setor de Marketing da empresa pode causar 
na gestão da distribuição:
Questão 2
a) Pode gerar grande impacto, pois a escolha dos canais de distribuiçãodos produtos da em-
presa afeta diretamente o planejamento estratégico e as operações de transporte e distri-
buição dos produtos.
b) Não causa nenhum impacto, pois não tem relação direta com a Logística.
c) Pode causar impacto uma vez que define o modal a ser utilizado.
d) Só pode causar impacto quando optar pelo modal aéreo.
e) Pode ocorrer apenas quando tratarem de produtos de alto valor agregado.
21/267
3. Empresas que prestam uma ampla gama de serviços de armazenagem 
e movimentação de materiais, podendo atuar desde a simples locação de 
espaço físico até todo o processo de recebimento, inspeção, armazena-
gem, separação, embalagem, transporte e entrega no ponto de consumo 
ou venda, são conhecidas como:
a) Marketing.
b) Almoxarifados.
c) Operadores Logísticos.
d) J.I.T.
e) VUCs
Questão 3
22/267
4. Com relação às empresas comumente chamadas de transportadoras po-
demos afirmar que:
a) Atuam somente com frota própria.
b) Podem trabalhar em conjunto com frotas próprias das empresas para as quais prestam ser-
viços.
c) Podem ter somente um tipo de veículo.
d) Devem trabalhar exclusivamente para uma empresa.
e) Devem atuar exclusivamente com um único tipo de produto.
Questão 4
23/267
5. Podemos afirmar que as seguintes áreas da empresa podem influenciar 
diretamente os prazos de coletas e/ou entregas de produtos:
a) Área de Compras uma vez quenegocia com fornecedores prazos e tamanhos de lotes;
b) Área de Vendas,uma a vez que negocia prazos de entregas aos clientes;
c) Toda e qualquer área da empresa que esteja direta ou indiretamente relacionada à gestão de 
recursos materiais e humanos disponíveis na empresa;
d) Área de Marketing ao definir os canais de distribuição;
e) Área de Expedição uma vez que deve estar coordenada com as operações de transporte na 
programação de disponibilização de materiais para entrega e/ou coleta.
Questão 5
24/267
Gabarito
1. Resposta: B.
A compra via Internet aumentou exponen-
cialmente o número de entregas, afetando 
a gestão da distribuição principalmente vol-
tada às entregas aos consumidores finais.
2. Resposta: A.
Escolhas de canais de distribuição, como 
lojas de varejo espalhadas pelo território 
nacional ou via poucos distribuidores para 
venda em larga escala, definem o número 
de pontos de entrega afetando diretamente 
o tamanho da frota e o número de pontos a 
serem atendidos.
3. Resposta: C.
Própria definição de Operador Logístico 
constante no texto.
4. Resposta: B.
Uma empresa contratante, embarcador, 
pode contratar serviços de transportadoras 
de forma exclusiva e também para comple-
mentar a disponibilidade de frota própria.
5. Resposta: C.
Toda e qualquer área da empresa que afe-
te a disponibilidade de recursos desta pode 
afetar diretamente o desempenho da distri-
buição de materiais.
25/267
Unidade 2
Problema de localização dos armazéns
Objetivos
• Passar ao aluno as diferenciações conceituais entre “armazenagem” e “distribuição”, defi-
nindo suas respectivas missões e diferentes estruturas envolvidas;
• Buscar trazer a lógica, um pensar de forma ampla e global, buscando inseri-lo dentro de 
conceito macro de gestão, que coloca as empresas em um ambiente globalizado de atua-
ção, e as consequências operacionais resultantes da gestão de localização dos estoques;
• Abordar aspectos de influência do tema sobre estratégias de negócios “B2B” e “B2C”;
• Trazer à reflexão aspectos de custos quanto às estratégias definidas, incluindo quanto a 
opções e quanto à terceirização de serviços;
• Buscar capacitar o aluno sobre os aspectos que envolvem os parâmetros para definição de 
implantação de centros de apoio logístico relacionados à distribuição de materiais e pro-
dutos acabados, apresentando modelos a partir dos quais possa pôr em prática;
26/267
• Demonstrar aspectos relacionados à cadeia logística globalizada e os impactos desta glo-
balização na gestão da distribuição;
• Demonstrar ainda a influência que a velocidade na evolução da tecnologia e seu conse-
quente impacto no perfil do consumidor tem causado à gestão da logística de distribuição.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns27/267
Introdução
Como já discutimos no tema anterior, a 
evolução da tecnologia, aliada ao aumento 
do nível de complexidade das necessidades 
humanas, têm provocado forte evolução 
nas práticas de operação e gestão da cadeia 
de abastecimento.
Contribuem para este cenário, 3 fatores 
cruciais que o gestor de processos da cadeia 
de abastecimentos deve levar em conside-
ração:
• Globalização: potencialmente o 
cliente pode estar em qualquer lugar 
do planeta;
• Custos: apesar do fato acima, o clien-
te está cada vez menos disposto a as-
sumir os custos de distribuição, pois 
ele reconhece valor apenas no pro-
duto à sua disposição, não lhe impor-
tando como chegou até ele. Afinal, o 
preço total compreende o preço pago 
pelo produto mais os custos inerentes 
aos processos que disponibilizam tal 
produto a ele, e, caso o preço total a 
ser pago (produto + fretes + seguros + 
outros eventuais custos complemen-
tares) inviabilize a compra, este clien-
te buscará alternativas;
• Tempo: também, apesar da globaliza-
ção, o cliente está mais exigente em 
relação aos prazos de recebimento.
Bem, chegamos à conclusão que o cenário 
atual nos mostra empresas que estão loca-
lizadas em qualquer lugar do planeta e tem 
clientes potenciais em qualquer lugar do 
planeta. Simples assim!
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns28/267
Diante desse cenário nos resta buscar dis-
ponibilizar estoques de produtos o mais 
próximo possível dos mercados consumi-
dores e, como tais operações impactam em 
custos agregados aos custos finais para os 
clientes, devemos proceder de forma a ga-
rantir que tais custos sejam os mais baixos 
possíveis a fim de viabilizar tais mercados.
Daí surge a necessidade de, além de estru-
turar adequadamente as estratégias e ope-
rações, definir bem as localizações de tais 
pontos de armazenagem a fim de buscar 
atender as premissas acima.
Dentro de uma visão holística de gestão da 
cadeia de abastecimentos, devemos consi-
derar tal cenário em 2 ângulos distintospo-
rém complementares, sendo o primeiro do 
ponto de vista de abastecimento dos cen-
tros produtivos – indústrias – e o segundo 
o que trata do processo de entrega efetiva 
do produto acabado ao consumidor final. 
Podemos exemplificar da seguinte maneira: 
uma indústria instalada no Brasil, que utili-
za componentes e matérias-primas adqui-
ridos de fornecedores em diversos estados 
brasileiros, bem como em outros países, e 
vende produtos finais para consumidores 
potencialmente localizados em qualquer 
lugar do nosso país, ou do mundo.
Guardadas as particularidades eventuais 
das empresas, este é o cenário atual em que 
o Gestor está inserido e que ressalta a im-
portância de bem definir as localizações dos 
pontos de estoque e/ou distribuição.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns29/267
de médio e longo prazo.
Todavia, não podemos esquecer que opera-
cionalizar e gerir o dia a dia de modo a man-
ter o rumo definido passa por adequar-se 
constantemente às transformações cada 
vez mais frequentes por que passa o perfil 
dos clientes.
O Gestor de distribuição deve ter sempre 
em mente que a localização dos estoques, 
as operações de movimentação envolvi-
das nestes locais e os respectivos custos de 
transportes, impactarão diretamente nos 
prazos de atendimento e nos custos finais 
dos produtos.
1. Visão holística da cadeia de 
abastecimento e distribuição
A distribuição física de produtos constitui-
-se em permanente desafio logístico, seja 
para abastecer fábricas, pontos de vendas 
ou até levar diretamente ao consumidor fi-
nal, prática cada vez mais comum em fun-
ção do crescimento de vendas via internet, 
o “E-Commerce”. 
Por isso, a definição do posicionamento ge-
ográfico dos pontos de estoque e das mis-
sões operacionais destes passa a ter um 
aspecto estratégico para as empresasque 
queiram atuar e crescer dentro do cenário 
econômico mundial, envolvendo políticas 
comerciais e de estoques, que vão direcio-
nar as decisões para viabilizar as estratégias 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns30/267
“Os objetivos de instalações das estruturas de distribuição são atender às 
prioridades competitivas de diversos produtos em diversos mercados. Tais 
prioridades incluem aspectos de custo, qualidade serviços e flexibilidade” 
(DORNIER, 2000.p. 432,
Outro ponto de extrema importância para avaliação são aspectos de eventuais incentivos fiscais 
que possam ser concedidos pelo poder público, tanto nas esferas municipais quanto estaduais e 
até federais, estabelecidos com objetivo principal de desenvolvimento econômico de determi-
nada região e que devem ser considerados em análises de viabilidade de projetos relacionados à 
localização de armazéns e centros de distribuição.
Analisemos a figura abaixo:
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns31/267
Figura 1 A Cadeia de Abastecimentos
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
Podemos notar que estamos tratando de um caso de distribuição de materiais em um ambiente 
corporativo, não abordando distribuição direta aos consumidores finais, pois não está incluído o 
varejo nem tampouco vendas por E-Commerce.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns32/267
Sem considerarmos as instalações do clien-
te e os respectivos veículos de transferência, 
os veículos menores de distribuição, veícu-
los estes que também armazenam estoques 
“em trânsito”, temos estoques em 3 locais 
diferentes, a saber, no fornecedor de maté-
ria-prima , na própria fábrica e no Centro de 
Distribuição.
Agora imaginemos, dentro do Brasil, que os-
principais fornecedores de matéria- prima 
estejam na região Nordeste, a fábrica esteja 
localizada em Minas Gerais e os principais 
clientes estejam localizados na região me-
tropolitana da cidade de São Paulo. Em tal 
cenário, podemos prever que os custos de 
transferências dos produtos terão um for-
te impacto no conjunto de custos que com-
põe o produto. Nesse caso, a visão holística 
do gestor faz-se necessária em bem definir 
os parâmetros de custos de maior impacto 
e atuar, entre outros diversos aspectos, na 
definição geográfica dos pontos de abaste-
cimento e de distribuição. 
Veja alguns exemplos de consequências 
ocorridas no cenário que mencionamos:
• Se a fábrica necessita do abasteci-
mento de vários fornecedores loca-
lizados a grandes distâncias, existe 
uma tendência natural de geração 
de altos custos de fretes que o ges-
tor tentará reduzi-lo aumentando os 
lotes de compras a fim de reduzir os 
custos por unidade adquirida, o que 
leva naturalmente ao aumento dos 
níveis de estoque. Nestes casos, uma 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns33/267
alternativa usualmente utilizada é de 
criar armazéns em distâncias interme-
diárias, armazéns estes que receberão 
quantidades menores adquiridas e do 
qual serão embarcadas cargas con-
solidadas compostas por várias ma-
térias adquiridas destes diversos for-
necedores. Tal situação também pode 
ser observada nos casos de produtos 
importados, no qual, os fabricantes 
compram de diversos fornecedores 
no exterior, consolidam em armazéns, 
terceirizados ou não, para posterior 
consolidação de carga e recebimen-
to de diversos produtos em um único 
evento;
• Já, se analisarmos do ponto de vista da 
distribuição e entrega, os estoques de 
produtos acabados fabricados devem 
estar próximos aos chamados “cen-
tros de consumo”, pois, em geral as 
quantidades entregues aos clientes 
tendem a ser fracionadas, ou seja, em 
quantidades inferiores aos que com-
põem a carga de um veículo de grande 
porte, dividindo-se em veículos me-
nores para as entregas. Vale lembrar 
que em muitos casos, esta caracte-
rística é reforçada por determinados 
aspectos de legislação, que impõe 
restrição a circulação para veículos de 
grande porte, “forçando” o uso de ve-
ículos menores, “VUCs” – Veículo Ur-
bano de Cargas - ou similares, como 
acontece na maioria das grandes ca-
pitais brasileiras. 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns34/267
2. Papéis dos Armazéns e Cen-
tros de Distribuição nos fluxos 
de materiais e critérios para de-
finição das localizações.
Como já nos referimos anteriormente, de-
vemos bem entender que, por princípio, 
armazéns têm a missão básica de armaze-
nar materiais, ou seja, efetivamente estocar 
materiais para posterior distribuição, seja 
abastecimento de produção ou entrega a 
clientes. Sua missão, portanto, é focar na 
manutenção das características dos produ-
tos estocados, até o momento de sua desti-
nação, ao menor custo possível.
Por sua vez, terceiros ou próprios, apesar de 
obviamente estocarem materiais, os Cen-
tros de Distribuição (CDs) têm como princi-
pal missão, manipular os produtos de modo 
a garantir a distribuição do mesmo no me-
nor tempo e custo possíveis, dispondo de 
estruturas voltadas fundamentalmente nas 
movimentações e operações de manipu-
lação dos materiais – recebimento, loca-
lização, armazenagem, separação, emba-
lagem, identificação e carregamento -, fa-
Para saber mais
Para um aprofundamento sobre a abrangência 
dos aspectos que envolvem a gestão da cadeia de 
abastecimentos, leia o capítulo “Projetode Rede 
Logística Para Operações Globais” de DORNIER, 
2000; e a “Unidade 3 — Gestão da cadeia de su-
primentos, seção 1 —“Cadeia de suprimentos e 
processos logísticos”, deREGIOLI, 2014. 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns35/267
zendo com que, em geral, suas estruturas físicas e operacionais tenham custos mais altos do que 
aquelas destinadas à armazenagem de altos volumes.
Definidas as respectivas missões, determinados os processos e estruturas necessárias, e defini-
dos os baricentros específicos de atuação, vários modelos podem ser definidos.Analisemos al-
guns exemplos:
1 2
INDÚSTRIA
CD1 CD2
CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE
CD3
3 4
Figura 2: Modelo de rede de abastecimento múltiplos CDs
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
Na figura 2 , vemos ilustrado um esquema com 4 fornecedores abastecendo diretamente um 
cliente produtor – indústria – com matérias-primas e insumos, ao passo que a indústria adota 
11
213141
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns36/267
CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE
INDÚSTRIA INDÚSTRIA
MACRO CD
INDÚSTRIA
CD1 CD2 CD3
CLIENTE CLIENTE CLIENTECLIENTE CLIENTE CLIENTE
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns37/267
como estratégia a utilização de Centros de Distribuição localizados em áreas geográficas distin-
tas, próximas a seus clientes. Trata-se de um modelo característico de uma indústria localizada 
em pólo industrial, com fornecedores próximos geograficamente e com área de distribuição de 
produtos ampla. Neste modelo, podemos ampliar nossa visão de atuação considerando que os 
CDs acima se encontram localizados em diferentes países, facilitando o acesso aos pontos de 
consumo no mercado externo.
INDÚSTRIA
ARMAZÉM
CD
CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE CLIENTE
ARMAZÉM
3 41 2
Figura 3 – Modelo de cadeia de abastecimentos com CD único
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns38/267
Na figura 3, vemos ilustrado um esquema com os fornecedores abastecendo via armazéns inter-
mediários, enquanto a indústria passou a adotar um único CD central para atendimento de sua 
cadeia de clientes. Por sua vez, tal modelo é mais próximo às empresas localizadas mais distantes 
dos fornecedores e com área de distribuição de produtos mais restrita.
INDÚSTRIA INDÚSTRIA
MACRO CD
INDÚSTRIA
CD1 CD2 CD3
CLIENTE CLIENTE CLIENTECLIENTE CLIENTE CLIENTE
Figura Modelo com 2 níveis de CDs na Cadeia de Abastecimentos
Fonte: Desenvolvido pelo autor 
Focando particularmente a logística de distribuição, a figuranos mostra um modelo em que, a 
figura que chamamos de “Macro CD” utiliza a estratégia de CDs intermediários para aumentara capilaridade da rede e alcançar maiores pontos de entrega. Tal modelo é utilizado em algumas 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns39/267
situações específicas, como por exemplo:
Situação 1: O “Macro CD” é na verdade um 
grande Operador Logístico terceirizado pe-
las indústrias, e portanto, fornecedor de 
serviços das mesmas, que por sua vez possui 
unidades estratégicas remotas em pontos 
geográficos distintos, permitindo distribuir 
vários produtos de várias empresas através 
de consolidação das operações de manu-
seio e transporte;
Situação 2: O “Macro CD” é na realidade uma 
grande empresa de varejo, como um grande 
hipermercado, portanto cliente direto das 
indústrias, que recebe vários produtos de 
várias empresas, compondo e consolidando 
as cargas de entrega em unidades avança-
das de distribuição, os “médios CDs”, que 
por sua vez entregarão diretamente nos 
pontos de vendas de varejo.
Como podemos notar, vários cenários po-
dem ser compostos em função do plane-
jamento estratégico das empresas, indús-
trias e/ou grandes empresas de distribuição 
e varejo, cabendo ao gestor bem definir as 
necessidades adequadas aos objetivos da 
empresa e determinar o modelo mais ade-
quado para o atingimento destes objetivos.
Uma vez definida a questão geográfica, ou-
tro aspecto fundamental para a determina-
ção dos aspectos físicos (tamanho de área, 
recursos e equipamentos, mão de obra a ser 
empregada entre outros) é uma previsão de 
tempo de duração dos aspectos comerciais, 
de compra e recebimento quando se tratam 
de armazéns ou de centros de distribuição 
quando se tratam de venda e entrega, ou 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns40/267
seja, qual o tempo de vida útil ou duração 
desta operação de compra ou venda do 
produto. A lógica consiste em adequar os 
recursos à medida da necessidade de ade-
quação da demanda, adequando recursos e 
ajustando os consequentes custos ao mo-
mento da empresa. Como exemplo, pode-
mos citar uma empresa cujo planejamento 
estratégico prevê expansão de seu mercado 
de atuação para regiões cada vez mais dis-
tantes dos centros produtivos, no qual, a 
prestação de serviços de armazenagem e/
ou distribuição e entregas são contratadas 
regionalmente à medida da expansão pro-
gressiva das vendas.
Dentro deste aspecto de variabilidade e in-
certezas da demanda, gerada tanto pela 
globalização quanto pela velocidade das 
mudanças de comportamento dos consu-
midores, é que os serviços terceirizados de 
logística, particularmente de distribuição, 
têm evoluído muito nas últimas décadas, 
pois a implantação de estruturas de arma-
zenagem e operações de movimentação e 
entrega de materiais demandam altos in-
vestimentos, gerando riscos justamente em 
função de cenários incertos. 
Daí a opção de terceirização destes servi-
ços torna-se potencialmente interessante, 
pois tende a ser mais simples,rápida e com 
menores custos para adequar os recursos 
às reais necessidades, pois, caso cresçam 
além do planejado, contrata-se mais servi-
ços de terceiros, aumenta a disponibilida-
de de recursos necessários em termos de 
mão de obra, equipamentos e sistemas de 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns41/267
gestão, principalmente recursos relaciona-
dos à tecnologia da informação. Por outro 
lado, ao contrário, não atinjam o planejado, 
reduz-se a disponibilidade destes recursos 
simplesmente contratando menos serviços 
logísticos destes operadores, adequando às 
necessidades de recursos para atendimen-
to da região geográfica em questão.
Dentro desta mesma lógica, outro aspecto 
a ser considerado na contratação de ser-
viços terceirizados de logística, tanto para 
serviços de armazenagem como outros que 
envolvam operações de distribuição, é a 
existência de determinados períodos sazo-
nais que podem provocar grande aumento 
na demanda e que excedem a capacidade 
instalada das empresas, como nos casos de 
necessidade aumento de estoques e de dis-
tribuição de produtos vendidos, como nos 
casos de datas específicas como Natal, ou 
de épocas do ano, como o verão ou inverno 
que podem ocorrer variações nas deman-
das de produtos típicos dessa época, como 
refrigerantes no verão ou botas e casacos 
no inverno, por exemplo.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns42/267
Para saber mais
Para aprofundamento sobre o tema de canais de distribuição e modelos de estruturas de abastecimen-
to em variados segmentos industriais, leia: o capítulo “Gestão da Distribuição física”, do livro SLACK, 
1999,e as “Unidade 2 —“Introdução à Logística e Logística Empresarial”, do livro “Cadeia de suprimen-
tos e processos logísticos”, REGIOLI, 2014
• HARLAND, Christine et al. Planejamento e Controle da Rede de Suprimentos: Gestão da Distribuição 
Física. In: SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine. Administração da Produção. São 
Paulo: Atlas, 1999. Cap. 13. p. 313-317.;
• REGIOLI, Fábio Rogério. Logística Empresarial. In: REGIOLI, Fábio Rogério et al. Canais de Distribuição. 
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional Sa, 2014. Cap. 2. p. 41-70.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns43/267
3. Estação Aduaneiro do Interior 
- EADI 
Um ponto que não podemos deixar de abor-
dar, quando tratamos de armazéns remo-
tos e as respectivas localizações, é o que se 
aplica à empresas com grande demanda e 
fluxo de materiais importados, seja para 
produção ou comercialização direta, e que 
tem como destino inicial os portos e aero-
portos nacionais.
O aumento do fluxo de mercadorias inter-
nacionais, principalmente por via marítima 
e aérea, tanto em função da globalização 
e do crescimento da atividade econômica 
global, passando pelos sérios problemas 
estruturais de nossos portos e aeroportos, 
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns44/267
seja por questões de infraestrutura ope-
racional como também por procedimentos 
aduaneiros, provocou um crescente aumen-
to de volume de mercadorias nestes locais, 
ao ponto de quase paralisar os processos de 
importação e exportações brasileiros.
Dada tal situação, em meados da década de 
1960 e visando desafogar o acúmulo de ma-
teriais em portos e aeroportos, iniciou-se a 
criação dos terminais alfandegados em zona 
secundária, ou seja, fora das zonas primárias 
de fronteiras, gerando os chamados EADI, ou 
Estação Aduaneira do Interior,
EADI, também conhecidos como “porto seco” 
ou “dryport”, ou ainda como recinto alfande-
gado em zona secundária, são terminais pri-
vados de uso público, cujas empresas detém 
concessões obtidas mediante licitações pú-
blicas feitas pela Receita Federal, autorizan-
do tais empresas a operar diretamente em 
operações logísticas envolvendo processos 
aduaneiros de importação e exportação.
Localizados em pontos estratégicos de alta 
concentração de cargas no interior do país, 
tem grande importância no sentido de atuar 
como locais de trâmites aduaneiros, liberan-
do tais funções dos portos e aeroportos, de 
modo a aumentar a fluidez das mercadorias.
Em resumo, ao tratar de processos que en-
volvam tráfego de produtos para exportação 
ou adquiridos de processos de importação, 
o Gestor deve estar atento à localização ge-
ográfica da respectiva estação aduaneira, 
atentando-se às particularidades que envol-
vem o trânsito internacional de produtos.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns45/267
Glossário
Baricentro: região geográfica atendida por um ponto de distribuição;
B2B: sigla para “business to business” que caracteriza operações de compra e venda de produtos, re-
alizados entre empresas;
B2C: sigla para business to consumer que caracteriza operações de compra e venda de produtos, rea-
lizados entre empresas e consumidores finais;
Capilaridade: em Logística, significa nível de ramificação de uma determinada rede ou meio de aten-
dimento. Por exemplo, o transporte rodoviário apresenta maior capilaridade, ou seja, a capacidade de 
atingir maiores pontos de destino, do que o transporte ferroviário,por que a disponibilidade de ruas e 
estradas é maior do que de vias férreas;
Distribuidores:empresas que operam em vendas de produtos somente para pessoas jurídicas para 
consumo ou revenda, não vendendo para consumidores finais como pessoas físicas;
Holística: Relativo a visão do todo, de modo global, e não isoladamente.
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns46/267
Glossário
Varejo: pontos de venda direta de materiais para consumidores finais;
V.U.C.: Sigla utilizada para denominação de veículos urbanos de cargas, caracterizando veículos de 
menor porte, utilizados principalmente em regiões metropolitanas com restrições de acesso de veícu-
los de carga de maior porte, como acontece com a região metropolitana de São Paulo, assim como em 
determinados locais também com restrições, como ocorre em “Shopping Centers”;
Período sazonal ou Sazonalidade: período temporal caracterizado por forte alteração de demanda, 
como aumento de consumo de sorvetes no verão ou de blusas no inverno.
Questão
reflexão
?
para
47/267
Temos visto o crescente aumento do número de grandes estruturas 
de armazéns espalhados por todo território nacional, seja próximos 
a centros urbanos ou próximos a unidades de produção de mate-
riais primários, abordamos os vários aspectos tanto operacionais, 
armazenagem e distribuição, como de terceirização com a criação 
de empresas que se especializaram no segmento de terceirizações 
de serviços logísticos, uma vez que a constituição de tais estruturas 
de armazenagem e distribuição são, via de regra, de alto custo, prin-
cipalmente quanto ao investimento necessário. Todavia, também é 
fato que o Brasil conta com esmagadora quantidade de pequenas e 
médias empresas compondo seu cenário econômico. Cabe assim a 
reflexão do comportamento do médio e pequeno empresariado bra-
sileiro quanto ao cenário descrito, bem como sua posição e até seu 
preparo para integrar-se a tal cenário visando o crescimento de suas 
empresas.
48/267
Considerações Finais (1/3)
• As dimensões continentais do nosso país aliado a grandes distâncias existentes entre centros 
produtores de matérias-primas e insumos, os centros de transformação – indústrias – e os 
centros consumidores, caracterizam um cenário comum, tornando-se um grande desafio lo-
gístico ao Gestor dos processos de distribuição, uma vez que a correta definição dos parâme-
tros para definir a localização geográfica dos diversos pontos de recebimento e distribuição 
de materiais é absolutamente essencial para a minimização dos custos logísticos que impac-
tarão nos custos ao consumidor final;
• A visão macro de todos os elementos, o que chamamos de visão holística do processo de ges-
tão da cadeia de abastecimentos, é fundamental para a mitigação de riscos sobre custos ao 
processo, uma vez que podem ocorrer conflitos, quando da análise de custos de forma indivi-
dual. Ou seja, o Gestor deve sempre avaliar o resultado da soma dos fatores envolvidos, e não 
os aspectos individuais de etapas do processo global;
49/267
• O cenário da globalização crescente da cadeia de abastecimentos, que nos leva a possibili-
dade de ter fornecedores e clientes em qualquer lugar do planeta, aliado às evoluções tecno-
lógicas que diminuem os ciclos de vida dos produtos, contribuem para aumentar o desafio, 
fazendo com que o Gestor tenha a necessidade de estar em constante atualização dos cená-
rios, buscando a máxima flexibilização de todos os elementos que envolvem as operações de 
movimentação e armazenagem de materiais;
• Todavia essas mesmas evoluções tecnológicas têm possibilitado meios que facilitam a gestão, 
tanto em termos de acuracidade e velocidade de comunicação, ferramentas de roteirização e 
rastreamento e recursos de integração de sistemas entre os elementos dos processos – forne-
cedores, indústrias, distribuidores, transportadores e pontos de venda, facilitando também os 
processos de gestão dos serviços terceirizados em função do aumento da visibilidade sistêmi-
ca possibilitada principalmente pela integração dos sistemas de gestão;
Considerações Finais (2/3)
50/267
• Justamente em função do aspecto acima, que conjuga a evolução tecnológica à melhoria po-
tencial dos processos de gestão, podemos notar uma tendência de queda na existência dos 
chamados “mega centros de distribuição”, pois o aumento da visibilidade e da velocidade de 
comunicação tem permitido previsões de necessidades mais rápidas e precisas, aumentando 
a capacidade e assertividade de reação dos centros produtivos e de distribuição, reduzindo 
os volumes de grandes estoques reguladores, uma vez que potencializa o atendimento mais 
rápido ao consumidor final.
Considerações Finais (3/3)
Unidade 2 • Problema de localização dos armazéns51/267
Referências 
DORNIER, Philippe-Pierre, et al.; Logística e operações globais: texto e casos. São Paulo: Atlas, 
2000.
H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial. São Paulo: Imam, 1999.
P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
SLACK, Nigel, et al; Administração da Produção. Compacta. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
REGIOLI, Fábio Rogério; et al;Canais de Distribuição. Londrina: Editora e Distribuidora, Educacio-
nal S.A., 2014.
52/267
1. A principal aplicação dos chamados VUCs são:
a) Regiões metropolitanas.
b) Portos.
c) Grandes rodovias.
d) Baricentros.
e) Áreas pouco habitadas.
Questão 1
53/267
2. Entendemos como a área geográfica atendida ou coberta por uma em-
presa ou departamento de distribuição:
Questão 2
a) V.U.C.
b) Macro CD.
c) Transportadora.
d) Armazém.
e) Baricentro.
54/267
3. Entendemos por sazonalidades ou períodos sazonais como períodos que 
se caracterizam por:
Questão 3
a) Chuvas intensas.
b) Demandas estáveis.;
c) Falta de motoristas.;
d) Armazéns lotados.
e) Todo e qualquer evento que gere impacto no fluxo de produtos, como épocas do ano ou da-
tas especiais
55/267
Questão 4
a) VUC.
b) Capilaridade.
c) Baricentro.
d) B2B.
e) EADI.
4. Está diretamente relacionado à exportação e importação:
56/267
5. B2B ou “business to Business” trata da relação direta estabelecida entre:
Questão 5
a) 2 ou mais empresas.
b) empresa vendedora e consumidor final.
c) consumidor final e transportadora.
d) CD e consumidor final cliente .
e) 2 ou mais consumidores finais
57/267
Gabarito
1. Resposta: A.
Veículos Urbanos de Carga focam o atendi-
mento às regiões metropolitanas.
2. Resposta: E.
Baricentro significa centro geográfico aten-
dido por determinada estrutura de distri-
buição.
3. Resposta: E.
Todo e qualquer evento que gere impacto 
no fluxo de produtos, como épocas do ano, 
como colheitas, ou datas especiais como 
Natal e Dias das Mães.
4. Resposta: E.
Estação aduaneira do interior, utilizada em 
processos de comércio exterior.
5. Resposta: A.
B2B significado entre negócios, ou seja, en-
tre 2 ou mais empresas.
58/267
Unidade 3
Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes
Objetivos
• Apresentar ao aluno os aspectos referentes às necessidades e utilização das embalagens 
dentro do aspecto macro da cadeia de abastecimentos, indo além da visão da embalagem 
como parte dos produtos finais destinados aos consumidores finais, apresentando a visão 
do papel das embalagens dentro da gestão de materiais em todas as etapas das cadeias de 
produção e distribuição, envolvendo os aspectos de processos e manuseios;
• Estabelecer a relação entre a lógica no desenvolvimento técnico das embalagens, em qual-
quer etapa da cadeia produtiva, com a facilidade em sua manipulação e armazenagem, 
contribuindo para a eficiência da cadeia de abastecimento, com a consequente redução 
dos custos dos produtos acabados;
59/267
• Apresentar as principais ferramentas e métodos adequados à gestão de modernos arma-
zéns, demonstrando a importância da integração dos mesmos para a composição do con-
junto de recursos necessários à crescente evolução das necessidades humanas;
• Abordar aspectosrelacionados aos pontos em discussão, embalagens, manuseio e arma-
zenagem, à Logística Reversa e à Sustentabilidade.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes60/267
Introdução
A origem das embalagens é tão antiga 
quanto à própria necessidade do homem 
em transportar e preservar seus alimen-
tos. As primeiras embalagens tiveram como 
componentes principais os próprios ele-
mentos da natureza, como folhas para em-
brulhar ou frutas ocas de casca resistente 
para armazenagem de água. Nessa lógica a 
necessidade de desenvolvimento das em-
balagens teve uma inspiração inicial nos 
elementos da natureza, como peles, madei-
ra e fibras naturais, elementos tais que são 
utilizados até hoje.
Naturalmente com desenvolvimento da 
civilização e o aumento da complexidade 
dos produtos necessários à satisfação das 
necessidades humanas, estas por sua vez 
também em constante processo de evolu-
ção, levou à necessidade do uso cada vez 
mais intensivo de embalagens, levando o 
homem a incorporá-la definitivamente aos 
processos de produção e ao comércio. 
Analisando a evolução das embalagens, 
desde os elementos primários citados, pas-
sando pelo barro para moldar jarros e potes, 
pela porcelana chinesa, pelo vidro e che-
gando às modernas embalagens com gran-
de incorporação tecnológica, o homem tem 
evoluído de forma a garantir a missão bá-
sica de qualquer embalagem, que é prote-
ger o produto para o qual a mesma foi de-
senvolvida e para a qual está utilizada. Tal 
proteção vai além da manutenção das ca-
racterísticas de preservação e integridade 
do produto, abrangendo também aspectos 
operacionais de manuseio e armazenagem, 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes61/267
visando, fundamentalmente garantir a sa-
tisfação dos clientes em qualquer etapa da 
cadeia logística.
1. Embalagens
1.1. Aplicação
 1.1.1. Consumidor final
Como exposto anteriormente, o objetivo 
fundamental das embalagens é proteger os 
produtos em todas as etapas que envolvem 
a produção e distribuição dos mesmos, fa-
zendo com que o produto acabado chegue 
ao consumidor final preservando as carac-
terísticas para o qual é destinado. Todavia 
tal objetivo fundamental agrega outras fun-
cionalidades importantes como prolongar a 
vida útil do produto, evitar contatos indevi-
dos e contaminações, facilitar o transpor-
te e o acesso do consumidor, passando por 
educar e até “seduzir” o consumidor, trans-
formando-se em uma poderosa ferramenta 
de marketing.
Analisando seu papel dentro da cadeia de 
abastecimentos, além dos produtos, as 
embalagens carregam uma série de infor-
mações referentes a tais produtos, sendo 
que tais informações tendem a serem mais 
completas à medida que evoluem as etapas 
da cadeia de abastecimentos. Por exemplo, 
uma embalagem de um determinado ali-
mento industrializado procura apresentar 
todas as informações que atendam às ne-
cessidades de escolha e uso do consumidor 
final, porém também apresenta aspectos 
relacionados ao processo produtivo, como 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes62/267
lote e data de produção. Já uma embalagem utilizada para uma determinada matéria prima den-
tro do processo produtivo tende a conter as informações necessárias para a etapa do processo a 
qual se destina.
Segue tabela contendo relação dos principais tipos de embalagens e principais aplicações para 
produtos finais:
Tabela 1.1. Tabela contendo exemplos de tipos de embalagens, materiais de composição e principais aplicações
Tipo de embalagem Materiais básicos Principais aplicações
Caixas e Engradados Madeira Frutas, verduras e outros alimentos “in natura” 
ou semi- processados
Sacos trançados ou 
tecidos
Fibras vegetais ou fi-
bras de material plás-
tico
Principalmente alimentos “in natura”, como 
batatas e cereais em geral comercializados em 
grandes quantidades 
Envelopes e/ou sacos 
envoltórios, caixas de 
menor porte e cartu-
chos
Papel, Papel ondulado 
e papel cartão
Alimentos industrializados, produtos fármacos, 
eletrônicos, calçados e rações.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes63/267
Frascos, potes, sacos e 
garrafas
Plásticos em geral (PP, 
PET, PEAD, PEBD, PS)
Refrigerantes e sucos, alimentos industrializados 
como biscoitos e massas, sorvetes e chocolates, 
cosméticos e produtos de higiene e limpeza, lu-
brificantes
Latas e baldes Alumínio ou aço Cervejas, refrigerantes e sucos, alimentos em 
conserva, tintas e vernizes.
Garrafas, ampolas, 
potes e copos
Vidro Cervejas, refrigerantes, sucos e vinhos, perfu-
mes e medicamentos, alimentos industrializados 
e em conserva.
Embalagens tipo 
“longa vida” ou carto-
nadas
Papel, polietileno e 
alumínio
Leites, sucos e bebidas em geral.
Quadro 1 – Tabela contendo exemplos de tipos de embalagens, materiais de composição e principais aplicações
Fonte: Desenvolvido pelo autor
De forma geral, os tipos de embalagens acima descritos também têm ampla aplicação nos pro-
cessos produtivos, atuando como meio de transporte e armazenagem de matérias primas, par-
tes e peças para as várias etapas dos processos de produção 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes64/267
faz com que esse tipo de material seja utili-
zado na confecção de embalagens para pra-
ticamente todos os segmentos e capazes de 
conter todos os tipos de matérias-primas e 
insumos, desde elementos químicos, pas-
sando por materiais orgânicos até partes e 
peças de produtos de consumo.
Por sua vez, a diversidade crescente dos pro-
dutos, decorrentes do processo evolutivo 
que temos discutido, tem gerado uma infi-
nidade de tamanhos, formas e característi-
cas específicas das embalagens, levando a 
um grande desafio dos gestores logísticos 
para adequação dos meios de manuseio, 
transporte e armazenagem destes produ-
tos, levando ainda à necessidade de desen-
volvimento de aspectos que padronizem a 
forma destas embalagens a fim de permitir 
 1.1.2. Utilização em proces 
 sos produtivos
Dentro do aspecto de utilização na produção 
industrial e sua evolução, as embalagens 
passaram por uma grande revolução não 
apenas pela ampliação de sua utilização, 
em transporte e armazenagem, mas tam-
bém no que tange à evolução tecnológica. 
Por exemplo, com a revolução industrial as 
embalagens de aço passaram por um gran-
de impulso tornando-se as mais utilizadas 
em diversos segmentos. Por sua vez, princi-
palmente depois da segunda guerra mun-
dial, chegou a vez do impulso na utilização 
dos plásticos que, por suas características 
de maleabilidade, leveza, impermeabilida-
de, flexibilidade de aplicação, entre outras, 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes65/267
a manipulação de forma eficiente.
A necessidade de uniformização apresen-
ta basicamente 2 vertentes.A primeira é a 
criação de embalagens múltiplas, que con-
tém uma determinada quantidade de uni-
dades destinadas ao consumo, como por 
exemplo uma caixa múltipla contendo 24 
unidades de sabão em pó, ou leite em longa 
vida, onde é criada uma embalagem espe-
cífica para acomodar um produto específi-
co. A segunda vertente é constituída de ele-
mentos unitizadores padrões, capazes de 
uniformizar os formatos diversos e permitir 
transporte e manuseio utilizando equipa-
mentos comuns, fazendo, por exemplo, que 
um mesmo veículo de carga possa levar lí-
quidos, alimentos, peças, eletrônicos etc, 
assim como uma prateleira possa igual-
mente armazenar tais materiais.
Vejamos abaixo os principais equipamen-
tos de unitização de carga utilizados para 
transporte e manuseio de materiais diver-
sos:
1.1.3. Contêineres
Contentor ou contêiner é um recipiente 
de metal de grandes dimensões, destinado 
ao acondicionamento e transporte de car-
ga, podendo ser utilizados em navios, trens 
e caminhões, com padrões regidos por con-
venções internacionais, tendo como carac-
terística principal constituiruma unidade 
de carga independente, com dimensões 
padrão em medidas inglesas (pés), sendo 
as unidades basegeralmente consideradas 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes66/267
o “TEU”, termo em inglês para unidade cor-
respondente a 20 pés, ou, e o “FEU” para 
40 pés (em inglês: twenty feet equivalent 
unit e forty feet equivalent unit ), podendo 
ser adaptados a transportar praticamen-
te qualquer tipo de mercadoria, como até 
mesmo alimentos congelados, através de 
contêineres refrigerados, ou grãos a granel, 
através de contêineres com a parte superior 
aberta ou removível – “open tops”.
Figura 1 – Modelo de contêiner utilizado no transporte ma-
rítimo com intermodalidade rodoviária e ferroviária 
Fonte: (TLOGIC, 2017)
Existem também contêineres específicos 
desenvolvidos para o transporte aéreo, 
dentro da mesma lógica de unitização, po-
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes67/267
rém sua forma não permite utilização de 
outros transportes com a mesma eficiência 
do contêiner utilizado no transporte maríti-
mo.
Figura 2 – Modelo de contêiner utilizado no transporte aéreo 
fonte: (PISTA73, 2017) 
1.1.4. Paletes
Palavra de origem inglesa (pallet), consiste 
em um estrado de madeira, podendo 
também ser confeccionado em metal 
ou plástico, amplamente utilizado nos 
processos de manuseio de materiais, 
tendo papel fundamental como elemento 
de otimização logística em função de sua 
simplicidade conceitual, flexibilidade e 
difusão de uso, permitindo operações de 
movimentação e armazenagem através de 
equipamentos bastante convencionais e de 
uso comum. Podem ser confeccionados e 
adaptados de acordo com as necessidades 
do cliente, em função de características dos 
produtos aos quais se destinam, devendo, 
porém, o gestor precaver-se quanto a 
alterações estruturais que venham a 
comprometer a padronização dos mesmos. 
As medidas padronizadas mais utilizadas no 
Brasil são o “PBR – padrão ABRAS”, medindo 
1,00 mts x 1,20 mts, “Euro Palete”, com 0,80 
mts x 1,20 mts, e outro medindo 1,20 mts x 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes68/267
1,20 mts, utilizado majoritariamente para o 
armazenamento de 4 tambores padrão com 
capacidade de 200 litros.
Como informações adicionais, os paletes 
confeccionados com madeira, mais comuns, 
geralmente são utilizados para produtos que 
não demandem aspectos específicos como 
os de sanitização, sendo os confeccionados 
em aço geralmente utilizados em laticínios 
e empresas farmacêuticas por serem menos 
suscetíveis a contaminações. Por sua vez, 
os paletes confeccionados com material 
plástico tendem a ser mais resistentes, 
demandando menos manutenção, e 
duráveis. 
Outro fator que denota claramente a 
flexibilidade na utilização deste tipo 
de equipamento é a possibilidade de 
armazenamento de diversas dimensões 
de embalagens diferentes, desde que 
respeitadas suas dimensões limites, como 
vemos nas figuras seguintes:
Figura 3 – Palete de madeira com caixas de papelão 
 fonte: (SCANRAIL, 2017)
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes69/267
1.1.5 Big Bags
Big Bags(termo em inglês que significa 
“grande saco” ou “grande sacola”) são con-
tentores flexíveis utilizados para transporte 
e armazenamento de produtos em pó e gra-
nulados, incluindo fertilizantes, sais, produ-
tos químicos, granulados sintéticos, rações, 
cimento, minerais e metais e muitos outros 
produtos, incluindo líquidos.Geralmen-
te são confeccionados com tecidos de alta 
resistência, flexível e dobrável comumente 
provenientes derecicláveis de polipropile-
no, e com revestimentos internos de po-
lietileno, providos de alças reforçadas para 
permitir içamento e utilizados para cargas 
ao redor de 1.000 kgfs., podendo ser arma-
zenados sobre paletes. 
Figura 4 – Big Bag sobre palete 
Fonte: (LCPACKAGING, 2017) 
1.1.6. KLTs
KLT –Termo em sigla proveniente do alemão 
“Klein Lagerung und Transport” ou Acon-
dicionamento e Transporte de Pequenos 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes70/267
Componentes, define um modelo de embalagem para acondicionamento e transporte de pe-
quenas partes ou peças, sendo geralmente confeccionados em material plástico e passíveis de 
paletização, tornando-se um tipo de dispositivo amplamente utilizado para abastecimento de 
linhas de produção.
Figura 5 – Modelo de KLTs utilizados para disposição sobre paletes plásticos, permitindo formação de lotes de produção 
 Fonte: (MZA, 2017)
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes71/267
1.3 Embalagens retornáveis
Quando abordamos o tema embalagem, 
seja pela ótica do consumidor ou do pro-
dutor que recebe ou entrega seus produtos, 
sempre temos que considerar o aspecto 
de reuso ou não desta embalagem. Caso a 
mesma não tenha qualquer utilidade pos-
terior ao uso para a qual foi criada, enten-
demos como sendo uma embalagem des-
cartável, ou seja, que não será novamente 
aproveitada para o mesmo fim, devendo ser 
descartada em conformidade com legisla-
ções específicas, se caso, visando recicla-
gem e aproveitamento de materiais.
Embalagens retornáveis ou não descartá-
veis são aquelas que são reusadas dentro 
do processo produtivo, seja para posterior 
retorno ao consumidor final, como as gar-
rafas não descartáveis de cerveja, ou para 
rearmazenamento de materiais dentro do 
processo produtivo, como contêineres, pa-
letes, KLTs e big bags citados acima.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes72/267
2. Manuseio de materiais.
Uma vez abordado o tema sobre as emba-
lagens, vamos tratar sobre os equipamen-
tos utilizados no manuseio e armazenagem 
destas embalagens, tanto dentro de am-
bientes específicos de armazéns como em 
ambientes de produção.
Como vimos que as embalagens têm entre 
suas funcionalidades a disponibilização de 
informações sobre os produtos nelas conti-
dos, vamos dividir tais equipamentos em 2 
tipos: os de operações físicas de transporte 
e armazenagem e os de captura automática 
das informações.
2.1 Equipamentos de manipulação 
física dos materiais: são utilizados 
nas operações de carga e descarga de 
veículos, transporte dos materiais en-
tre os locais de estoques e os pontos 
de produção e estoque dos produtos 
acabados.Pontuamos como os mais 
utilizados:
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes73/267
2.1.1 – Transpaleteiras hidráulicas 
com tração pelo operador, caracte-
rizando-se por ser um equipamen-
to extremamente versátil, multiu-
so e de baixo custo. É amplamente 
utilizado nas operações logísticas e 
meios produtivos;
Figura 6 – Modelo de transpaleteira hidráulica convencional 
– Fonte: (CHINA, 2017)
2.1.2 – Transpaleteiras elétricas, 
podendo atuar com operador em-
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes74/267
barcado ou não, destacando-se 
do modelo manual hidráulica por 
sua maior velocidade de operação, 
sendo geralmente utilizado em 
ambientes com grandes espaços 
a percorrer, como grandes centros 
de distribuição;
Figura 7 – Modelo de transpaleteira elétrica para operador a pé – 
Fonte: (LOGISMARKET, 2017)
Figura 8 – Modelo de transpaleteira elétrica com ope-
rador embarcado – Fonte: (RASTRO, 2107) 
2.1.3 – Empilhadeiras são equipa-
mentos destinados à elevação de 
paletes para armazenamento ver-
tical, sendo que tais equipamen-
tos podem apresentar uma grande 
gama de variações em função de 
altura para elevação, peso, carac-
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes75/267
terísticas de formação de paletes 
como altura e peso dos mesmos, 
ambiente do armazém como nos 
casos de ambientes refrigerados 
etc. Assim como as transpaletei-
ras, existem modelos de operação 
manual e uma diversidade de equi-
pamentos elétricos e a combustão, 
como mostram os exemplos das fi-
guras abaixo;Figura 9 – Modelo de empilhadeira para opera-
ção manual, sem auto tração, indicada para cargas le-
ves e baixas alturas – Fonte: (INDUSTRIAIS, 2017)
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes76/267
Figura 10 – Modelo de empilhadeira movida a com-
bustão indicada para cargas pesadas e para con-
têiners – Fonte: (IBEMPILHADEIRAS, 2017)
2.1.4 – Esteiras transportadoras 
são dispositivos que permitem o 
deslocamento de materiais, sobre 
esteiras flexíveis ou roletes, sem 
movimentar suas próprias estru-
turas, diferente das transpaletei-
ras, empilhadeiras e demais tipos 
de veículos, que se deslocam junto 
com os materiais, utilizados para 
transportes que demandem fluxos 
contínuos de materiais e/ou emba-
lagens, geralmente de menor porte 
e em ambientes fechados como ar-
mazéns e linhas de produção. 
Figura 11 – Modelo de esteira transportado-
ra – Fonte: (MECALUXCOM, 2017)
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes77/267
2.1.5 – Porta paletes, como o pró-
prio nome indica, são estruturas 
adequadas para armazenamento 
de paletes, com grande flexibilida-
de em relação a tamanhos de pa-
letes suportados, altura e capaci-
dade de armazenagem, podendo 
apresentar profundidades simples 
ou múltiplas, para utilização por 
empilhadeiras convencionais, pan-
tográficas ou transelevadores.
Figura 12 – Modelo de porta paletes convencional para pa-
letes padrão PBR – Fonte: (DESCONHECIDO, 2017)
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes78/267
2.2 – Equipamentos para cap-
tura automática de dados
Uma vez que as embalagens contenham in-
formações que dão suporte às operações 
de manuseio, transporte e armazenagem, 
devemos entender que tais informações 
devem estar contidas em algum meio que 
permita ao operador a captura e registro de 
tais dados necessários à gestão dos proces-
sos logísticos. Existem 2 modelos básicos 
de registro das informações. O primeiro é 
o de etiquetas ou similares contendo infor-
mações que serão coletadas e registradas 
manualmente no sistema de gestão corres-
pondente, com todas as implicações perti-
nentes a tal modelo de operação como re-
lativa baixa confiabilidade e tempo. Já num 
segundo modelo, as informações são dis-
ponibilizadas em algum tipo de dispositivo 
que permita a leitura e transmissão dos da-
dos de forma automática, podendo ocorrer 
por leitura óptica de etiquetas de código de 
Para saber mais
Para aprofundar na temática Estruturas e Equipa-
mentos de Armazenagem e Transportes, leia mais 
em:
FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribui-
ção Classe Mundial,São Paulo: IMAM, 1999, pp 
195 a 257
DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Mate-
riais: uma abordagem Logística, 4ª. Edição – São 
Paulo: Ed. Atlas. 1993. pp. 199 a 257
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes79/267
barras ou QRCodes, ou ainda por rádio fre-
quência, através de etiquetas conhecidas 
como RFId.
Figura 13 – Modelo de etiqueta QR Code – 
Fonte: (SPOTIFY, 2017) 
Nas etiquetas que contenham códigos de 
barras ou QRCodes as informações são co-
dificadasatravés de imagens bidimensionais 
e capturadas por meio de fachos luminosos 
emitidos através de equipamentos chama-
dos Coletores e/ou Leitores de códigos de 
barras .Já nos casos de etiquetas RFId, os 
equipamentos capturam as informações 
por intermédio de coletores que promovem 
um estímulo e recebem as informações em 
retorno por meio de ondas de rádio. Um 
exemplo clássico deste modelo em nosso 
cotidiano são os sistemas para pagamento 
automático nas praças de pedágio que uti-
lizamos, na qual instalamos uma etiqueta 
ou equipamento similar em nossos veícu-
los e as informações são trocadas de forma 
automática, sem necessidade de operações 
manuais. 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes80/267
3. Armazenagens inteligentes
Com o aumento da diversidade de produtos 
e o aumento da necessidade de frequência 
de entregas, os processos que envolvem a 
gestão da distribuiçãovêm demandando 
maior foco na automatização das opera-
ções, gerando investimentosem equipa-
mentos e em sistemas de gerenciamento, 
que permitam a integração das informações 
e dos recursos utilizados, associados às téc-
nicas modernas de gestão, a fim de alcançar 
a eficiência e confiabilidade no manuseio. 
Assim, podemos conceituar armazém inteli-
gente, como aquele em que a disponibilida-
de e integração de recursos – equipamen-
tos e sistemas de gestão – permitem o ma-
nuseio de materiais sem a atuação direta de 
operadores, na maioria de suas atividades.
Desta forma, podemos dividir os recursos 
utilizados basicamente em 3 tipos, a saber: 
os equipamentos físicos de movimentação, 
sistemas de informação ou ferramentas 
de Tecnologia da Informação e técnicas de 
gestão, que devem atuar de forma integra-
da. Vejamos alguns exemplos:
Para saber mais
Para aprofundar na temática Equipamentos de 
Leitura Automática de Dados, leia as páginas su-
geridas a seguir do livro: FRAZELLE, Edward H.; 
GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial.São 
Paulo: IMAM, 1999, pp.. 163 a 182.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes81/267
3.1. Equipamentos físicos:
3.1.1. Transelevadores: consistem 
em equipamentos de movimenta-
ção para armazenagem de paletes, 
capazes de operar em corredo-
res mais estreitos e atingir alturas 
maiores do que as empilhadeiras 
convencionais, sendo operados de 
forma remota com auxílio de sis-
temas próprios em conjunto com 
sistemas informatizados de locali-
zação.
3.1.2. AGVs - (Automatic Guided 
Vehicles): tratam-se de veículos 
não tripulados, controlados por 
sistemas integrados de computa-
dor, com os mais variados tipos de 
sensores, utilizados para recolher 
e/ou descarregar cargas automa-
ticamente, podendo movimentar 
materiais 24 horas/dia, sendo mui-
to utilizado também no manuseio 
de produtos perigosos ou volumo-
sos, proporcionando um ambiente 
de trabalho mais seguro. Deve-se 
ressaltar que a finalidade de seu 
emprego é aumentar a eficiência 
na transferência de material redu-
zindo custos. 
Cabe salientar que, via de regra, mesmo os 
chamados armazéns inteligentes fazem uso 
de porta-paletes como os já descritos, sen-
do estes adequados para operações com 
equipamentos específicos, como os tran-
selevadores citados, bem como equipa-
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes82/267
mentos convencionais para operações,nas 
quais geralmente o esforço humano é mais 
utilizado, como carga e descarga de cami-
nhões e contêineres, situação em que ainda 
são amplamente utilizadas empilhadeiras e 
transpaleteiras. 
3.2. Sistemas relacionados à 
Tecnologia da informação
Armazéns inteligentes têm por caracterís-
tica principal a automação de atividades 
integrando os dados necessários para ope-
ração (detalhes de pedidos de separação e 
entrega, locais endereçados para armaze-
nagem etc) aos recursos que executam tais 
atividades. Assim, cabe a tarefa de manter 
tais dados, receber dos operadores, “tra-
duzir” e comunicar aos elementos de auto-
mação – transelevadores e AGVs principal-
mente, à programas adequados para tais 
finalidades, os chamados “softwares”. Em 
função de características específicas dos 
armazéns, incluindo tipo de produto arma-
zenado, canais de distribuição e/ou cen-
tros produtivos a atender, podemos ter uma 
grande variedade de aplicativos e soluções 
específicas, incluindo softwares específicos 
para os equipamentos utilizados. Listare-
mos abaixo as principais utilizadas nos ar-
mazéns mais modernos:
3.2.1. ERP - Enterprise Resource 
System – Sistema responsável pelo 
gerenciamento de todos os recur-
sos de uma empresa e, no caso dos 
armazéns inteligentes, deve ser 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes83/267
capaz de integrar demais soluções 
que compõem o sistema operacio-
nal e de gestão, como ossistemas 
de localização e de integração dos 
dados capturados pelos coletores, 
citados acima.
3.2.2. WMS – Warehouse Mana-
gement System – Sistema respon-
sável pelo cadastro dos endereços 
dos locais de armazenagem e pela 
gestão de toda a movimentação 
de acesso e nível de ocupação dos 
armazéns, trabalhando integrado 
com os demais sistemas que ge-
renciam as ordens de entrada e sa-
ída de materiais e com os sistemas 
que gerenciam as operações dos 
AGVs e Transelevadores.
3.2.3. EDI – Electronic Data In-
terchange – Sistema que promo-
ve a integração dos diversos dados 
operacionais e de gestão dos ar-
mazéns de forma automática, sem 
intervenção direta do operador. Por 
exemplo, uma leitura de código de 
barras efetuada via coletor de có-
digo de barras é integrada imedia-
tamente ao sistema ao qual está 
integrado (WMS).
3.3. Técnicas de gestão
Dada a existência e constante evolução tec-
nológica dos recursos disponíveis para ges-
tão dos armazéns, cabe ao gestor logístico 
buscar a máxima eficiência dos mesmos, o 
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes84/267
que demanda algumas técnicas visando re-
duzir os movimentos e tempos de atendi-
mentos, potenciais geradores de custos. 
Um dos métodos mais utilizados é a utiliza-
ção da lógica, ou análise, ABC através do 
qual são avaliados os itens de maior movi-
mentoem um determinado período, geran-
do revisões no mapeamento dos estoques, 
reposicionando os produtos de acordo com 
as necessidades de acesso, seja para cole-
ta ou armazenagem. Outro método bas-
tante utilizado é o chamado “Diagrama 
de Espaguete” no qual o gestor mapeia os 
movimentos a fim de estabelecer as melho-
res rotas a serem adotadas pelos meios de 
movimentação,amplamente aplicado na 
literatura, pois ambas as técnicas apresen-
tadas acima têm por objetivo básico redu-
zir as distâncias totais de movimentação de 
produtos em um armazém, principalmente, 
ou entre os armazénse os pontos de destino 
de seus produtos.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes85/267
Para saber mais
Leia:
DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística, 4ª. Edição – São Paulo: Ed. 
Atlas. 1993, pp. . 76 a 85
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes86/267
Glossário
Polietileno: material derivado de petróleo que compõe um tipo de plástico amplamente usado na 
confecção de embalagens plásticas;
QRC: Quick Response Code, ou etiqueta de código de barras bidimensional que permite escaneamen-
to de imagem, inclusive por celulares;
RFId: Radio Frequency Identification, ou etiqueta para identificação de informações via sinais de rádio;
Unitizador: elemento que padroniza diversas formas em uma forma única, no caso, aplicado ao con-
ceito de diversos produtos diferentes poder ocupar uma embalagem única, como um palete ou contê-
iner;
Pé(s): unidade de medida utilizada na nomenclatura internacional, correspondente a aproximada-
mente 30 cm;
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes87/267
Glossário
PBR – Padrão ABRAS: Padrão Brasil da Associação Brasileira de Supermercados, criado para definir 
padrão de palete a ser utilizado pelas indústrias para atendimento aos supermercados;
Euro Palete: tipo de palete padrão utilizado na Europa e adequado para as medidas internas da maio-
ria dos contêineres;
Paletização: processo usualmente usado para operação de adequar embalagens e produtos sobre 
paletes
Questão
reflexão
?
para
88/267
Diante de todos os recursos disponíveis para a gestão inteligente da 
distribuição de produtos, cuja evolução tem permitido aos gestores 
acesso a meios que permitam atender a também crescente deman-
da dos consumidores, surge o dilema de manter o atendimento em 
níveis de desempenho cada vez maiores, porém com a necessida-
de crescente de investimentos na atualização dos recursos dispo-
níveis e preparação dos profissionais da área, adequando os custos 
de modo a manter a competitividade das empresas em seus respec-
tivos mercados de atuação. Assim, cabe ao gestor da distribuição, 
bem conhecendo seu segmento de negócio (indústria , comércio 
ou serviços),a reflexão sobre os ganhos potenciais a serem obtidos 
com os investimentos na gestão de sua cadeia de abastecimentos, 
considerando os recursos expostos,de modo que não impactem nos 
Questão
reflexão
?
para
89/267
custos dos produtos na ponta da cadeia, que é o consumidor final, 
tornando-se o grande desafio a assumir, ou seja, como melhorar o 
resultado financeiro de sua empresa através das melhorias nos pro-
cessos de distribuição.
90/267
Considerações Finais
• Dentro da cadeia de abastecimentos e distribuição, as embalagens assumem um papel muito 
amplo e que vai muito além de conter o produto acabado ao consumidor final, pois tem papel 
de destaque no manuseio e transporte de materiais nos meios produtivos e intermediários 
de distribuição, assumindo um papel tanto de proteção, como de veículo das informações re-
ferentes aos produtos que contém, sendo tais informações utilizadas dentro do processo de 
gestão de toda a cadeia de abastecimentos;
• À medida que a evolução humana aumenta o nível de exigências do consumidor e de comple-
xidade na satisfação de tais exigências, também cresce a disponibilidade e eficiência dos re-
cursos operacionais e de gestão, cabendo ao gestor a habilidade de bem definir quais recursos 
e como utilizá-los, adequando às necessidades logísticas que gerencia;
• É importante notar que a gestão inteligente dos armazéns trabalha cada vez mais com a redu-
ção da intervenção humana nos aspectos operacionais, visando a redução de erros e aumento 
da velocidade dos processos;
91/267
• Outro aspecto fundamental e de extrema importância na gestão logística na atualidade é o 
da criação de estruturas e processos que abranjam aspectos relacionados à sustentabilidade, 
através de fatores como criação e uso de embalagens retornáveis e adequação de todos os 
processos envolvidos na gestão da distribuição de modo a capacitar tais estruturas e proces-
sos para a crescente evolução da necessidade da logística reversa, mitigando seus custos.
Considerações Finais
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes92/267
Referências
FRAZELLE, Edward H.; GOELZER, Paulo, Distribuição Classe Mundial. São Paulo: Imam, 1999.
DIAS, Marco Aurélio P.; Administração de Materiais: uma abordagem Logística. 4. ed. São Pau-
lo: Atlas, 1993.
SLACK, Nigel, et al; Administração da Produção. Compacta. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
REGIOLI, Fábio Rogério; et al;Canais de Distribuição. Londrina: Editora e Distribuidora, Educacio-
nal S.A., 2014.
TLOGIC. CONTÊINERES. Disponível em: <http://www.logic-transportes.com.br/containers/>. 
Acesso em: 25 jul. 2017.
PISTA73. Cavalos Loader. Disponível em: <https://pista73com-mowster.netdna-ssl.com/me-
dia/2013/04/nw-Cavalos_Loader.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
SCANRAIL. Cardboard boxes on shipping pallet. Disponível em: <https://st.depositphotos.
com/1000128/2234/i/950/depositphotos_22346699-stock-photo-cardboard-boxes-on-shi-
pping-pallet.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
LCPACKAGING. Packing. Disponível em: <http://pt.lcpackaging.com/sites/lcpackaging.com/files/
product_images/product_5_K-flex.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
Unidade 3 • Embalagens, manuseio de materiais e os armazéns inteligentes93/267
MZA. Packing. Disponível em: <http://www.mza.com.br/wp-content/uploads/2013/08/pallet-
-800x600-mza-embalagens.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
CHINA, Made In. Paleteira-Manual. Disponível em: <http://image.made-in-china.com/2f0j10MS-
QTZjhKwwcs/-Paleteira-Manual-S-rie-HP.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
LOGISMARKET. Transpaleteira elétrica. Disponível em: <https://www.logismarket.ind.br/ip/jun-
gheinrich-transpaleteira-eletrica-eje-220-235-operacao-com-transpaleteira-eletrica-junghein-
rich-683955-FGR.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2017.
RASTRO. Transpaleteira

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