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Fasciola hepatica

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Fascíola hepática 
Introdução 
• Faz parte da classe trematoda e são hermafroditas 
• São um dos grupos que apresentam maior diversidade morfológica dentre os platelmintos 
• Encontrados em todos os grupos de vertebrados e sistemas orgânicos 
• Tamanho das espécies é muito variável e vai desde alguns poucos micrômetros até vários centímetros 
Taxonomia 
→ Filo Platyhelminthes 
→ Classe Trematoda 
→ Subclasse Digenea 
→ Ordem Echinostomatiformes 
→ Família Fasciolidae 
→ Gênero Fasciola 
Morfologia 
• O verme adulto na entrada do fígado tem 1-2mm e formato de lança 
• Os vermes maduros no ducto biliar possuem forma foliar, com coloração cinza-acastanhada e mede 
2,5 -3,5mm e 1cm de largura 
• O tegumento é recoberto por espinhos projetados para trás 
• Possui um ventosa oral e outra ventral, que tem a função de locomoção e fixação 
• Ovo oval com casca fina, amarelo-acastanhado e grande 
O adulto jovem ainda não alcançou a maturação sexual 
Ele é vermelho porque está chegando no parênquima hepático e sua base de alimentação é sangue, tem 
um formato mais de lança 
Adulto (vermes maduros), tem a coloração amarela, porque é corado pela bile e tem o formato de 
folha, ele alcançou a maturação sexual 
HD: ovinos, bovinos, bubalinos, caprinos, suínos, silvestres. 
→ Acidentalmente parasita o homem 
HI: moluscos aquáticos: Lymnaea columella, L. cubensis e L. viatrix 
→ Local de infecção: ductos biliares e parênquima hepático 
→ Distribuição mundial 
Ciclo biológico 
 
> Comum que os ruminantes defequem enquanto 
estão comendo, dessa forma acabam defecando 
na água 
> Ovos não embrionados são liberados nos 
ductos biliares e excretados nas fezes 
> Os ovos são embrionados na água, os ovos em 
contato com a água se desenvolvem para forma 
de miracidio 
> Os miracidios entram em contato com um 
molusco aquático (HI), o miracidio é ingerido 
pelo HI 
Se não tem 
água, não tem 
fascíola 
Homem não consegue 
sustentar a fascíola 
hepática no ambiente, 
sendo sua infecção 
rara (acidental) 
 
> No interior do molusco aquático o míracidio passa por vários estágios de desenvolvimento 
(esporocistos → rédias → cercárias) 
> Se não houver molusco na água os miracidios morrem, o molusco é o HI porque dentro dele 
há mudança de forma 
> As cercárias possuem flagelo para que possam se movimentar, dessa forma são liberadas do 
molusco e se encistam como metacercárias (forma infectante) na vegetação aquática ou em outras 
superfícies 
> A fasciolíase é adquirida pela ingestão de plantas, especialmente agrião, contendo metacercárias. 
> Após a ingestão, as metacercárias se encistam no duodeno. 
> No momento que a metacercaria chega no intestino a membrana dela se rompe e ela libera uma 
cercaria (fascíola hepática imatura) 
> Migram da parede intestinal pela cavidade peritoneal até o parênquima hepático e para os ductos 
biliares, onde se transformam em adultos. 
 
 
 
 
 
Patogenia e sintomatologia 
• Variam de acordo com fatores como: 
> Carga parasitária – quanto mais o animal consumir de ovo terá sintomas mais fortes 
> Fase de desenvolvimento do parasito – a fase aguda tem concentração de forma jovem mais severa 
do que a forma de adultos no ducto biliar, porque está no parênquima hepático com muita vontade de 
chegar ao ducto biliar, e essa migração machuca muito o animal 
> Tipo e idade do hospedeiro – em animais jovens é mais grave por causa do sistema imune 
> Localização e condição da pastagem – se tiver água na pastagem tem mais risco 
> Época do ano – normalmente ocorre mais em épocas de chuva 
Fase aguda Fase crônica 
• Caracterizada pela presença dos parasitos 
jovens no parênquima hepático 
• Os animais podem se apresentar fracos, com 
mucosas pálidas, dispneicos e em alguns casos 
com fígado dilatado e palpável, associado à dor 
abdominal e ascite 
• Alta mortalidade neste período da doença 
(porque quando ela chega aos ductos biliares irá 
se tornar em crônica) 
 
• Caracterizado pelos parasitos adultos nos 
ductos biliares 
• Durante a fase crônica, quando os parasitos 
alcançam a maturidade, penetram nos ductos 
biliares e iniciam suas migrações através do 
epitélio alimentando-se de sangue, ocasionando 
extensas áreas de erosão, necrose da mucosa e 
reações inflamatórias 
• Os ductos biliares aumentam de volume e 
hiperplasia das paredes 
• Sintomas nos animais: anemia, palidez de 
mucosas, edema submandibular e ascite 
• Após a ingestão as metacercárias desencistam no intestino delgado, liberando formas imaturas que 
iniciam suas migrações, para alcançarem a cavidade peritoneal e penetrarem no fígado 
• Durante o trajeto das formas imaturas, ocorrem lesões como: escavações na área central das 
vilosidades, corrosões nas camadas da mucosa, submucosa e muscular, destruição da serosa, 
provocando micro-hemorragias na parede intestinal 
Importante* A forma imatura já tem capacidade de locomoção e penetração então durante 
a migração até o parênquima hepático já é adulto jovem (não há reprodução), e não há 
formação de ovos, sendo o diagnostico muito difícil 
 
A fascíola tem o 
objetivo de alcançar 
os ductos biliares 
 
• No fígado, os parasitos jovens continuam suas migrações pelo parênquima hepático, destruindo o 
parênquima, provocando hemorragia e surgimento de áreas de necrose, devido ao traumatismo 
mecânico pela ingestão de sangue e tecido 
Epidemiologia 
• Depende de condições climáticas, ocorrência de áreas alagadiças, presença de hospedeiros 
vertebrados e principalmente pela presença de moluscos do gênero Lymnaea 
• No Brasil, as áreas mais atingidas estão localizadas no RS, SC, PR, SP, MG, RJ e GO 
Diagnóstico 
→ Baseia-se principalmente na: 
• Sintomatologia clínica, na ocorrência sazonal, nos tipos de climas prevalentes, histórias prévias de 
fasciolose na propriedade e identificação de habitats de caramujos 
• Parasitológico (fase crônica) 
• Na fase aguda ou subaguda, o diagnóstico baseia-se no uso de testes laboratoriais que permitam 
detectar enzimas liberadas no sangue que caracterizam a infecção no parênquima hepático e lesão 
dos ductos biliares 
• Necropsia 
• Hematológico possui a presença de eosinófilos (eosinofilia) 
Tratamento 
Fasciolose Ovina (fase 
aguda) 
→ Triclabendazole dose única: 
• Acompanhada da 
transferência para o pasto livre 
de trematóides ou em campo 
recém cultivado e bem drenado 
→ Triclabendazole em 
intervalos de 3 semanas até 6 
semanas depois de cessadas as 
mortes: 
• Quando os ovinos não podem 
ser transferidos para o solo 
descontaminado 
Fasciolose Ovina (fase 
subaguda) 
• Mesmo procedimento 
recomendado para fasciolose 
aguda 
• Mais uma vez, recomenda-se 
transferência para pastos 
livres de vermes durante e após 
o tratamento 
 
Fasciolose Ovina (fase 
crônica) 
• Podem ser tratados com êxito 
com uma única dose das 
seguintes drogas: rafoxanida, 
nitroxinil, brotianida, closantel, 
oxiclazanida e triclabendazol 
• Os anti-helmínticos para 
nematóides albendazol e 
netobimin também são eficazes 
com trematóides adultos 
Fasciolose Bovina 
• Triclabendazol, rafoxanida, nitroxinil e albendazol 
• Nas vacas em lactação para uso humano, tais drogas são proibidas 
Controle 
→ Integração de medidas como: 
• Redução das infecções nos hospedeiros definitivos, através do uso de drogas fasciolicidas 
• Impedir a disseminação dos ovos, tratando dos animais parasitados e evitando, na medida do 
possível, defecarem próximo a água 
• Destruir o parasito durante sua vida na água, ou com miracídio ou com cercaria, com produtos 
químicos 
• Redução da população dos moluscos do gênero Lymnaea, que são os hospedeiros intermediários, 
através de métodos químicos, físicos e biológicos 
• Rotação de pastagens

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