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resumo depilação

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DIFERENTES TIPOS DE DEPILAÇÃO: Uma revisão bibliográfica 
1 INTRODUÇÃO 
 Desde o Antigo Egito os pelos removidos utilizando produtos naturais, como a argila, o extrato de sândalo, a argila e o mel de abelha. Na Grécia Antiga os pelos eram retirados com um instrumento inventado por eles chamado estrigil, uma varinha de 16 a 30cm de comprimento com a ponta curva. Durante o procedimento, uma pasta de argila e vegetais era utilizada para facilitar a remoção dos pelos. Nos tempos de Creta, as sacerdotisas consumiam bebidas alcoólicas para aliviar as dores ocasionadas pela depilação. No Brasil, também há relatos de que povos indígenas costumavam retirar seus pelos corporais puxando-os com os dedos. 
No decorrer da história, a depilação foi se tornando item fundamental para a manutenção da higiene e da beleza, tanto para as mulheres, quanto para os homens. 
Diante deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os diferentes tipos de depilação, a fisiologia da pele e do pelo, e as patologias do folículo piloso.
2 FISIOLOGIA DA PELE E DO PELO
 Neste item será abordada a fisiologia da pele e a estrutura do pelo e suas funções. 
2.1 Estrutura da pele
 A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias líquidas, formando assim o maior órgão do corpo humano. A pele constitui um meio de comunicação com o ambiente, além de oferecer proteção mecânica e térmica. 
A pele é formada por três camadas:
Epiderme: Camada mais superficial, formada por um epitélio de revestimento estratificado e pavimentoso. Funções: proteção e produção de queratina.
Derme: Formada por um tecido gorduroso, resistente e elástico de onde se origina os folículos pilosos, glândulas apócrinas e glândulas sudoríparas écrinas. Funções: Dar tonicidade e elasticidade à pele.
Hipoderme: Formanda por um tecido conjuntivo adiposo que une a derme aos órgãos mais profundos. Funções: reservar e mobilizar gorduras.
 No organismo existem dois tipos de pele:
Pilificada: Contém pelos e recobre a maior parte do corpo. 
Glabra: Não apresenta pelos na palma das mãos, planta dos pés, laterais dos dedos, pálpebras, pênis e clitóris. 
2.2 FISIOLOGIA DO PELO 
 O pelo é definido por uma estrutura ceratínica morta, sendo esta secretada por uma bolsa derivada da epiderme chamada folículo piloso. O fundo da bolsa produz células que se empilham e queratinizam dando origem a haste pilar. As paredes da bolsa são constituídas de duas bainhas concêntricas (interna e externa) que recobrem a haste do pelo, formando assim o folículo.
 Os folículos estão divididos em categorias descritas por Harris (2005) como:
· Folículos terminais: produzem os cabelos e barbas que possuem glândulas sebáceas médias e grandes.
· Folículos de velus: presente na pele pilificada, possuindo pelos finos e pequenos.
· Folículos sebáceos: com pelos muito pequenos que não chegam a superfície da pele.
 O pelo tem a função essencial de proteção, evita atritos, protege contra agentes externos e contra os raios ultravioletas. 
2.2.1 Estrutura do Pelo 
 A estrutura da haste consiste em cutícula, córtex e medula.
Cutícula : camada mais externa, é constituída por células em plaquetas, encaixadas.
Córtex: camada intermediária, formada por células epiteliais fusiformes, ricas em melanina. 
Medula: parte central do pelo. Apresenta-se em pelos maduros. É constituída por uma ou duas camadas de células sem núcleo. 
2.2.2 Ciclo biológico do pelo
O ciclo biológico do pelo teoricamente é dividido em três fases. O pelo ou cabelo cresce continuamente em média de dois a sete anos, passando elas três fases descritas por Pereira (2001):
· Fase anágena: É o período em que a matriz se mantém em atividade mitótica produzindo continuamente um fio. Essa fase dura aproximadamente de dois a seis anos, após o tempo máximo de crescimento a matriz para de proliferar.
· Fase catágena: Neste momento ocorre um engrossamento da membrana vítrea, elo que mantém ligado o bulbo em afastamento a papila dérmica. A fase catágena dura aproximadamente três semanas, quando o pelo entra na fase de repouso.
· Fase Telógena: Nesta fase a bainha radicular interna desaparece, da bainha externa só resta o saco epitelial que envolve a clava. Após dois a quatro meses o pelo é eliminado. Ao final dessa fase, o ciclo recomeça. 
O ciclo dos pelos ocorre em um número suficiente de vezes para manter os pelos do corpo e em pelo menos algumas áreas do couro cabeludo (DAWBER; NESTE, 1996).
O processo de depilação interfere no ciclo biológico do pelo, pois o crescimento depende do metabolismo de cada pessoa.
A seguir serão destacadas algumas patologias que possuem alguma relação com processos depilatórios.
2.2.3 Patologias do folículo piloso
· Foliculites: É uma erupção papulopustular discreta, no caso da infecção pelo fungo Pityrosporum orbiculare. Localizada no tronco e ombros. No caso da Foliculite superficial, apresenta pústula com formação de crosta após ruptura, são geralmente numerosas. Localizadas geralmente no couro cabeludo, pescoço, tronco e nádegas. Podem tornar-se crônicas. 
· Sicose da barba: O pelo localiza-se no centro da lesão. Podem ocorrer placas vegetantes e infiltradas.
· Pseudo-foliculites: É um distúrbio inflamatório comum, que se evidencia por pápulas inflamatórias em regiões de pelos grossos e longos, consequente ao hábito de depilação.
· Furúnculo: Lesão caracterizada por um nódulo doloroso, vermelho e quente que drena pus. Causada pela infecção pela bactéria estafilococo.
· Hipertricose: Afecções com aumento de pelos em relação ao considerado normal para a idade, sexo e raça. Transmissão por herança autossômica dominante.
· Hirsutismo: É o crescimento de pelos terminais com padrão masculinos em uma mulher, incluindo a calvície em alguns casos.
· Tricorrexe Nodosa: Presença de nódulos em pontos da haste dos cabelos ou pelos axilares ou pubianos devido a secreção das fibras por traumas. 
· Tricostase Espinulosa: Surgimento de mais de um pelo por óstio folicular. Forma pontos negros nas áreas onde são localizados. 
· Leocotricoses Adquiridas: Destruição permanente de melanócitos da matriz pilosa por processos inflamatórios ou exames de RX.
Se essas patologias não forem observadas na anamnese, poderão se agravar nos processos depilatórios. Havendo alguma delas, o cliente deverá ser encaminhado ao dermatologista para informações ou possíveis tratamentos antes de efetuar o processo de depilação. 
2.3 Processos Depilatórios 
Em países em que a exposição corporal é costume, manter a pele depilada torna-se um dos fatores fundamentais para obtenção da saúde corporal, pois pelos em excesso favorecem a proliferação de bactérias.
Em função dessa demanda existem vários processos depilatórios que diferem em grau de eficiência, tipo de pele ou pelo e para cada região do corpo, visando eliminar ou diminuir a incidência dos mesmos.
2.3.1 Tipos de depilação 
Neste tópico apresentam-se os mais comumente utilizados, incluindo sua composição, modo de utilização e cuidados necessários.
· Cera quente: Composição: cera de abelha, carnaúba e cera de própolis, resinas sintéticas, vaselina, ceresina, óleo de rícino, azuleno, extrato de escovinha, camomila, calêndula, etc. Modo de uso: deve ser aquecida até que amoleça em uma temperatura média de 40°, ideal para não queimar a pele. Deve ser aplicada com uma espátula e após o resfriamento, a cera deve ser retirada da pele com um puxão, no sentido contrário do pelo. Cuidados necessários: Temperatura abaixo dos 38°C, não recomendada para pessoas de pele muito sensíveis e com microvarizes.
· Cera Roll-on: Composição: Mesmos ingredientes da cera quente. Modo de Uso: Para o aquecimento é utilizado um aparelho elétrico que aquece a cera em alguns minutos . A cera deve ser espalhada em bandas de tecido falso, e pressionadas contra a pele, depois retiradas no sentido contrário do pelo. Cuidados necessários: Utilizar somente em regiões de pele firme, como (pernas, braços, peito e costas).
· Cera fria: Ideal para peles sensíveis. 
Composição: cera de abelha, colofanos,derivados do látex e resinas sintéticas. Modo de Uso: Espalhar uma pequena quantidade de cera na região, com o auxilio de uma espátula. Coloca-se uma faixa de celofane sobre a cera, alisando-a e retirando-a no sentido contrário do pelo. Com o uso das faixas prontas, elas devem ser aquecidas com as mãos até que amoleça e possa ser separada uma faixa da outra, enquanto uma delas é aplicada a outra deve ser dobrada ao meio para posterior utilização. Cuidados necessários: Deve-se segurar bem a pele antes dos puxões, para evitar hematomas. Método mais doloroso comparado a cera quente, por não causar vasodilatação.
· Lâmina: É o métodos que menos encrava os fios. Ao contrário do que muitos pensam, a lâmina não engrossa os pelos, quando são raspados é cortado apenas a haste, assim os pelos crescem sem a ponta, dando a sensação de crescimento mais rápido e intenso. Composição: cabo plástico, fita lubrificante e lâminas. Modo de Uso: Manusear a lâmina lentamente, sem pressão e ao contrário do pelo, com a pele espumada. Cuidados necessários: Utilizar somente uma vez a lâmina, para evitar infecções posteriores.
· À linha ou Fio: É um procedimento delicado e não agride a pele, mais usado para depilar as áreas da face, porém, pode ser aplicada em outras áreas do corpo, sendo mais eficaz em pelos curtos. Composição: Linha 100% poliéster. Modo de Uso: A linha é enrolada nos dedos indicador e polegar, entrelaça no mínimo oito vezes em forma de “X", assim ela desliza e arranca os pelos. Cuidados necessários: Requer habilidade do profissional, não há contraindicações. 
· Pinça: É indicada para a região da sobrancelha, pois retira fio a fio, tornando-se adequada para o delineamento. Utilizada também na retirada de pelos restantes de outros processos depilatórios. Composição: Aço inoxidável, não descartável, podendo ser feita a assepcia.
· Depilação por Eletrólise: Ocorre por meio da corrente elétrica, inserida através de uma agulha fina na base do folículo piloso destruindo a papila dérmica. O local deve ser raspado e recomenda-se a utilização de um creme anestésico tópico uma hora antes do procedimento.
· Depilação a Laser: Seu mecanismo de ação é a fototermólise seletiva, ocorre quando há uma lesão térmica em tecido biológico, provocada por pulsos de radiação que são absorvidos de maneira seletiva pelo cromóforo alvo. Como a melanina só é encontrada no bulbo piloso na fase anágena, o laser será eficaz quando alcançar porção do bulbo a uma determinada potência e produzir uma temperatura média de 60°. É preciso proteger esfriar a epiderme, pois há uma grande produção de calor que além de destruir o bulbo piloso pode também destruir a melanina na epiderme. Cuidados necessários: Procedimento recomendado para peles claras com pelos escuros.
· Depilação por Luz Pulsada (LPI): O sistema utiliza Flash de luz pulsada de alta potência, provoca o aquecimento da raiz do pelo (acima de 70°) e a coagulação das proteínas do bulbo, atrofiando-o e destruindo-o por completo. Técnicas de luz pulsada: pacientes muito sensíveis podem ser submetidos a anestesia local. Higienizar a região a ser depilada com álcool ou solução degermante. Peles morenas devem ser resfriadas por mais tempo. Após a sessão deve se aplicar uma loção calmante, reservando os os antibióticos tópicos para casos eventuais Complicações: São mínimas e sempre associadas a técnica, podendo ocasionar dor, eritema, edema, bolhas, crostas, erosões e foliculites, hipopigmentação ou hipercromia.
O quadro abaixo mostra as diferentes características entre o laser e a IPL.
	LASER
	IPL
	Monocromático 
	Policromático
	Várias aplicações na medicina
	Aplicações em dermatologia e angiologia
	Coerente e colimado
	Incoerente e não colimado
	Atinge maior potência que o IPL
	Atinge menor potência que o laser 
	Área de ação menor
	Área de ação maior 
	Temperatura superior a do IPL
	Temperatura inferior a do Laser 
Além dos processos depilatórios citados, existem também outros menos utilizados como por exemplo: aparelhos elétricos, cremes depilatórios, luvas e abrasivos de remoção de pelo, e a técnica de entrelaçamento envolvendo o corpo utilizada na Índia, muito parecida com a depilação a fio.
3 METODOLOGIA 
 A pesquisa se caracterizou como bibliográfica do tipo descritiva exploratória com abordagem qualitativa. 
Para a elaboração do artigo foi feito um levantamento bibliográfico com base em dados de sites, revistas e livros sobre a fisiologia da pele e do pelo e suas estruturas. Utilizou-se com palavras chaves para a pesquisa: fisiologia do pelo, fisiologia da pele, depilação e processos depilatórios. 
De acordo com Marconi e Lakatos (2001) a pesquisa bibliográfica trata-se do “levantamento de roda bibliografia já publicada em diversas formas. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto”.
As pesquisas descritivas na visão de Gil (2002) “tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou o estabelecimento de relações variáveis”. 
A pesquisa qualitativa atravessa disciplinas, campos e temas. Em torno do termo pesquisa qualitativa, encontra-se uma família interligado e complexa determine conceitos e suposições (DENZIN; LINCOLN 2003).
O objetivo de uma pesquisa exploratória no entendimento de Costa (2001) “é a identificação e a construção de hipóteses que possam ser úteis a estudos posteriores”. O trabalho realizado servirá como fonte de consulta aos interessados na área de depilação, pois não é comum encontrar bibliografias que abordem todos os tipos de depilação de forma reunida.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Para poder realizar uma depilação de qualidade e para uma maior compreensão dos processos depilatórios, é necessário conhecimento por parte do profissional sobre alguns fatores, como a fisiologia da pele e do pelo a estrutura do pelo e as patologias do folículo piloso e os processos de depilação.
Os processos depilatórios são diversos e específicos para cada tipo de pele e regiões do corpo. É importante que o profissional tome os cuidados necessários ao realizar os procedimentos para evitar eventuais problemas durante e depois da depilação.
 Para o desenvolvimento deste artigo, foi necessário fazer um levantamento bibliográfico em bases de dados, livros, revistas e sites para uma abordagem mais completa. Portanto, este estudo servirá como fonte de pesquisa para profissionais da área de estética, clientes, pessoas que praticam a depilação em casa, ou quem tiver interesse em pesquisar sobre o assunto.

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