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Clínica Médica de ruminantes 1 Lívia Maria Indigestão Vagal – síndrome de hofland Timpanismo redicivantes e recorrentes – nervo vago tem participação Aspectos anatômicos: Nervo vago possuo fibras parassimpáticas, simpáticas, sensitivas, motoras Origem na medula oblonga – inerva a região de cardia – laringe – faringe, coração – pulmões y vagos torácicos direito e esquerdo- ramo dorsal e ventral Os ramos dorsais se juntam e formam - Tronco dorsal – rumen O ramo ventral se junta e forma tronco ventral - reticulo, omaso e abomaso Quando o nervo vago sofre uma lesão por reticulite em muitos casos causa a indigestão vagal. A lesão ao comprometer ou alterar os receptores que estão distribuídos na região de reticulo há uma falha na condução desses impulsos e uma alteração de contratilidade tanto de reticulo, rumen, omaso e abomaso. O estimulo retornaria de forma centrípeta pelo ramo dorsal do nervo vago – provocando problemas como alterações na função de reticulo, cardia, orifício reticulo omasal, omaso e piloro. Etiologia Fisiopatogenia Indigestão vagal é dividida em forma anterior (rumen e reticulo) e posterior (abomaso) 1. estenose funcional reticulo omasal, com atonia rumino-reticular: anterior - O alimento não passa do rumen para o reticulo (levando a um quadro de timpanismo) - acumulo de ingesta no rumen e reticulo (timpanismo) 2. Estenose funcional reticulo -omasal, com motilidade normal ou hipermotilidade rumino-reticular. Anterior – mais comum - acumulo de ingesta no rumen e reticulo (timpanismo) 3. Estenose funcional permanente do piloro com atonia do reticulo ou motilidade normal. Posterior - Piloro não abre para passagem do alimento - Acúmulo de alimento no abomaso - Deficiência do fluxo transpilorico e compactação do abomaso (compactação do órgão e refluxo) 4. Estenose funcional incompleta ou redicivante do piloro - Às vezes o piloro Resumindo – O nervo vago que inerva pré estômagos quando ele tem comprometimento direto ou indireto, pode ocasionar comprometimento da motilidade dos pré estômagos (hipomotilidade ou hipertmotilidade). Vai haver um processo inflamatório – comprometendo receptores Clínica Médica de ruminantes 2 Lívia Maria do nervo vago distribuídos no rumen e reticulo e causa alteração na motilidade da passagem dos alimentos e diminui essa velocidade de passagem e consequente distensão e acumulo de conteúdo. Estenose de piloro – distensão do abdômen esquerdo Três síndromes – manifestações da indigestão vagal 1- Dilatação ruminal com hipermotilidade 2- Distensão ruminal com hipotonia ou atonia 3- Obstrução do piloro e Impactação abomasal Típico – distensão ruminal com hipermotilidade Achados clínicos • Inapetência por vários dias • Fezes escassas – comprometimento do trânsito • Abdome distendido (maça-pera) • Distensão ruminal • Abomaso compactado Comum na forma indigestão vagal anterior (envolve rumen e reticulo, comprometimento da passagem pelo orifício reticulo omasal). - Distensão na fossa paralombar esquerda (formato de maça), saco ventral é empurrado pra direita (formato de pera). Abdômen em formato de L – abdômen ventral direito distendido. Indigestão vagal posterior 1 – Distensão ruminal com hipermotilidade – forma anterior - Timpanismo ruminal de moderado a grave - Abdome distendido e movimentos ruminais fortes - Conteúdo ruminal macerado e espumoso - Fezes escassas e pastosas com partículas indigeridas - Bradicardia 2 – Distensão ruminal com atonia - Vacas e, final de gestação - Anorexia, fezes amolecidas - Abdome distendido e não responde a tratamentos - Hipomotilidade à atonia ruminal 3 – Obstrução pilórica e compactação abomasal Clínica Médica de ruminantes 3 Lívia Maria - Anorexia e redução do volume fecal - Abomaso distendido - Movimentos ruminais ausentes e morte por inanição Exames complementares • Hemograma – Utilidade quando a indigestão vagal for causa pela reticulo peritonite traumática - Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda • Liquido peritoneal - Característica de exsudato - Se houver aderência não tem alteração de liquido peritoneal • Bioquímica sérica - Sem alteração - se o animal tiver abcessos hepáticos ou renal pode haver alteração • Concentração ruminal de cloretos – 30mmol/L -até 66 mmol/L -Quando não tem passagem da ingesta pelo abomaso, tem refluxo de conteúdo abomasal para dentro do rumen. O cloreto secretado para dentro do abomaso vai ser encontrado no rumen em grande quantidade. (indigestão vagal posterior) • US – Mais utilizada • Laparotomia exploratória Diagnostico diferencial • Obstrução do orifício reticuloomasal • Reticuloperitonite crônica • Compactação abomasal de origem alimentar • Compactação do omaso • Fitobenzoares que bloqueiam o piloro • Ulceração do abomaso sem melena Diagnostico Anamnese – gado de leite (animais alimentados em cocheira, histórico de timpanismo crônico Sinais clínicos Exames complementares Prova da atropina – quando um animal está com bradicardia, faz a prova de atropina e verifica se ocorreu um aumento da frequência cardíaca em pelo menos + de 15% ao final dos 15 minutos de alimentação. Tratamento Doença de prognostico desfavorável Não há tratamento especifico – eles não respondem porque é uma lesão motora no nervo vago Solução eletrolítica balanceada combinada com óleo mineral Colocação de cânula ruminal Prevenção Utilizar os mesmos critérios que em reticulo peritonite traumática, que é a causa mais comum de indigestão vagal. Prevenir a ingestão de corpos estranhos metálicos – cuidado com manuseio das rações dos animais.
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