Buscar

Resumo - Semiologia Ginecológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caderno 
de
Ginecologia 
Gabriel Bagarolo Petronilho 
Medicina - FAG 
TXVIII
2022/1
Semiologia Ginecológica
A consulta ginecológica segue os mesmos padrões de qualquer outra consulta médica 
(anamnese, exame físico, hipóteses, exames complementares, conduta terapêutica e 
seguimento da paciente), entretanto, nesse especialidade em particular, abordaremos 
assuntos demasiadamente íntimos e delicados. Portanto, é necessário que o médico estabeleça 
um primeiro contato de maneira ímpar. 
Sempre devemos buscar deixar a paciente muito vontade, demonstrar interesse e atenção, 
estar livre de julgamentos e suposições desagradáveis, ouvir suas queixas e preocupações, 
entre outros. O bom relacionamento médico-paciente nesse momento se faz de extrema 
importância e influenciará na condução da consulta e tratamento. 
Após o primeiro contato, podemos prosseguir com a consulta médica de forma que a avaliação 
clínica inicial seja baseado na ginecologia como toda. 
Anamnese 
A anamnese nas consultas ginecológicas devem ser realizadas de maneira gentil e sem 
constrangimentos para a paciente, evitando comprometer as informações fornecidas por ela. 
Para a realização da anamnese, podemos utilizar como roteiro base a ficha clínica da mulher 
fornecida pela Febrasgo (anexada ao final desse material). 
De maneira geral, coletaremos informações sobre identificação da paciente, queixa principal/
motivo da consulta, história da doença atual, revisão de sistemas (muito importante na 
primeira consulta), antecedentes ginecológicos e obstétrico, história familiar, etc.
Identificação 
Todos os dados da identificação da paciente devem ser preenchidos, mas comentaremos 
alguns principais. 
A idade da paciente é importante para sabermos em qual período e quais patologias estão 
relacionadas com esse estágio. A anamnese pode ser direcionada de acordo com a idade dela. 
A profissão nos fornece dados importantes sobre riscos em relação à saúde ginecológica. Por 
exemplo: mulheres prestadoras de serviço em cooperativas que trabalham durante longe 
período com roupas apertas e úmidas, etc. 
Saber se a paciente possui companheiro ou companheira e qual seu trabalho também pode 
auxiliar na avaliação de possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de determinadas 
doenças. 
Queixa Principal 
A queixa principal deve ser registrada da maneira tal qual a paciente expressou. 
Descrever sintomas com início, duração, melhora ou piora, intensidade, evolução, etc, nas 
história da doença atual.
Algumas vezes, a queixa principal não será um problema, propriamente dito, pode ser uma 
orientação, dúvida, entre outros. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
Revisão de Sistemas 
A revisão de sistemas (ISDA) é importante para essa paciente, principalmente em sua primeira 
consulta. Isso porque, muitas mulheres não irão buscar outros especialistas além do 
ginecologista. Dito isso, devemos revisar de maneira geral e eficiente os sistemas da paciente 
para possível encaminhamento ou refinamento da história da doença atual e relação com 
patologias. 
Cardiovascular HAS (tirar a paciente da crise e monitorar para posterior medicação)
Gastrointestinal Habito intestinal 
Urinário incontinência urinária aos esforços, incontinência de urgência ou mista, 
frequência miccional, ardência (quando começou? Duração?), noctúria, enurese, etc.
Antecedentes Familiares - AF 
Na anamnese, toda história de patologias em familiares é relevante, principalmente: 
Cardiovascular HAS, varizes, tromboembolismo 
Endócrino diabetes (relação com candidíase), distúrbios tireoidianos
Câncer mama e ginecológicos, deve-se anotar a idade em que ocorreram, gravidade e 
desfecho
Infecções o risco relativo para ITU aumenta quando há hereditariedade
Antecedentes Pessoais - AP 
Nesse momento será coletado informações sobre antecedentes da paciente que possam 
influenciar e ser relevantes para a conduta médica. 
Clínico
Cirúrgico 
Tabagismo 
Etilismo 
Medicações 
Outros 
Antecedentes Ginecológico - AG 
São itens de extrema importância, considerando o motivo da consulta da paciente (mesmo que 
rotina). Se não abordados, o médico perde informações fundamentais para hipóteses 
diagnósticas adequadas e reconhecimento da paciente. 
Menarca primeira menstruação 
Ciclos questiona-se sobre regularidade, intervalo, duração, intensidade do fluxo, cólica e 
outros sintomas relacionados 
DUM data da última menstruação e se houve características habituais
Dismenorreia cólica menstrual 
TPM não necessariamente tem dor 
Menopausa natural ou cirúrgica, se a paciente estiver nesse estágio
Gabriel Bagarolo Petronilho
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
No momento de investigações dos antecedentes ginecológicos é de extrema importância 
também questionar a paciente sobre: 
Corrimento se presente, características, cor, odor, prurido associados ? 
Cauterizações e cirurgia prévia 
Antecedentes Sexuais - AS
Nesse momento, é necessário realizar uma abordagem sobre a vida sexual da paciente 
de maneira sutil e respeitosa para evitar constrangimentos. É importante fazer com que 
a paciente entenda a relevância dessas informações para a consulta. 
1º Coito data da primeira relação sexual
Libido disfunção sexual comum 
Orgasmos 
Nº de Parceiros direcionar a perguntas: Mais ou menos de 5? 
Anticoncepção comprimido, injetável, DIU, uso de terapia hormonal?
Dispareunia dor nas relações sexuais 
Sangramento nas relações 
Antecedentes Obstétricos - AO 
G, P, A Gestações (número? Ectópicas?), Partos (cesária ou vaginal) e Abortos 
PC ou PF Parto cesária ou parto fórceps
1º parto com que idade ou há quanto tempo?
Último parto com que idade ou há quanto tempo?
Peso RN (maior) se RN muito grande pode demonstrar macrossomia fetal por DG
Amamentação fístulas? Mastite? Câncer de mama? 
Puerpério complicações? 
Gabriel Bagarolo Petronilho
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
→
O exame físico, apesar de foco ginecológico, inicia-se com abordagem geral da 
paciente com dados, como peso, altura, pressão arterial, IMC, ausculta 
cardíaca, ausculta pulmonar, ectoscopia geral, palpação abdominal e da 
tireoide. 
Exame Físico 
Exame das Mamas
Orientamos a paciente de como será conduzido o exame físico e sempre minimizaremos a 
exposição da paciente. 
A avaliação das mamas, geralmente, se inicia pela inspeção estática seguindo para a inspeção 
dinâmica, palpação de linfonodos e palpação das mamas com expressão dos mamilos. 
Inspeção Estática 
Peça para a paciente retirar o avental do tronco para que as mamas fiquem expostas e 
posicione-a sentada com os braços apoiados nas coxas. 
Observa-se, então, de modo a comparar as duas mamas, a presença de hiperemia, edema, 
inversão de mamilos, simetria, alteração de volume, abaulamentos, etc. 
Devemos nos atentar que raramente as mamas D e E serão naturalmente idênticas, mas nunca 
será de forma tão ‘exagerada’. 
Inspeção Dinâmica 
Ainda na posição sentada, agora com as mãos apoiadas na cintura para que a musculatura dos 
peitorais contraiam na intenção de expor possíveis abaulamentos, retrações e assimetrias. 
Da mesma forma, compara-se uma mama à outra. 
Podemos pedir para a paciente erguer os braços e colocá-los atrás da cabeça também. 
Palpação das Mamas
Nesse momento, com o mínimo de exposição da paciente (podemos deixar exposta 
somente a mama a ser palpada), explicamos o procedimento para a paciente e o iniciamos. 
Com a mesma sentada ou deitada, pedimos para que ela erga o braço para exposição total 
da mama e então palpa-se em movimentos circulares, abrangendo todos os quadrantes. 
A palpação deve ser feita com as mãos espalmadas desde a base até a areola. 
Busca-se percepção de adensamentos ou nódulos. 
Após a palpação, realiza-se a expressão suave dos mamilos para avaliar se há presença de 
derrame papilar. 
Gabriel BagaroloPetronilho
Palpação de Linfondos
Com a paciente sentada ou em pé, o médico segura com a mão esquerda o braço esquerdo 
da paciente para que ela não faça contração muscular e então com as pontas dos dedos 
comprime os tecidos de maneira circular para palpação dos linfonodos. 
Devemos lembrar que o linfonodo sentinela do câncer de mama é axilar, por isso a 
importância desse exame. 
Não podemos esquecer de encorajar a paciente a 
realizar o autoexame, pelo menos 1x ao mês, para 
rastreio de alterações iniciais.
Gabriel Bagarolo Petronilho
Exames Órgãos Genitais Externos 
O exame de OGE é feito para avaliação geral de características que podem ser úteis para 
hipóteses diagnósticas ou descarte da mesma. 
A paciente estará em posição ginecológica e explicamos o procedimento, sempre com a 
anunciação do que será feito. 
Vulva 
Observa-se a pilificação, lábios, clitóris, uretra, tropismo vulvar, presença de 
eritema, glândulas de Bartholin, hímen, fenda vulvar, secreções, ulcerações, 
distrofias, malformações, distopias, hipercromias, hipocromias ou acromias condilomas 
e perda de urina. 
Períneo 
Observa-se a integridade ou ruptura e cicatrizes decorrente de episiorrafias ou 
perineoplastia. 
Ânus 
Presença de hemorroidas, fístulas, plicomas, etc. 
É importante a avaliação de PVA (procidência/prolapso vaginal anterior - cistocele) ou PVP 
(procidência/prolapso vaginal posterior - retocele). 
Observação: o exame ginecológico deve ser feito de maneira sistematizada e rápida para 
que haja o menor tempo possível de exposição da paciente. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
Exame Especular
Após o exame de OGE, seguimos para exame especular. De maneira a reduzir o desconforto 
da paciente, o espéculo utilizado deve ser o menor possível. 
Técnica a introdução do espéculo semiaberto é feita de maneira obliqua em relação 
ao períneo da paciente, aprofundando em direção ao fundo da vagina simultaneamente à 
rotação para a direita até a posição transversa. Com o espéculo posicionado, realiza-se a 
abertura do espéculo para a visualização do colo do útero e a parede da vagina. 
Sempre devemos ter cuidado para não lesionar a uretra do paciente e não causar dor à 
paciente. A inserção é no intróito vaginal. 
Com a visualização do colo uterino devemos observar presença e aspecto de secreções, 
coloração, epitelização e textura. 
Na retirada do espéculo, podemos observar as paredes vaginais e seu comportamento - 
sangra? Hiperemia? secreção? 
Alterações colo uterino no exame especular, podemos reconhecer algumas alterações 
do colo uterino, como colo em framboesa/morango (indicativo de tricomoníase), ectopia 
do epitélio glandular, leucorréia, entre outros. 
Colo Normal com 
DIU (fio no 
orifício)
Colo em Framboesa/Morango Colo com Ectopia Cervical
Ao final, comentaremos sobre os exames 
complementares (secreção vaginal e 
coleta de citopatológico) durante o 
exame especular. 
Gabriel Bagarolo Petronilho
-
.
Em pacientes que não tiveram filhos via parto vaginal e nulíparas, normalmente, o orifício 
externo do colo é puntiformem, enquanto pacientes que já tiveram filhos via parto vaginal 
(multíparas) possuem o colo em fenda transversa. 
Exames de Órgãos Internos (OGI) - Toque 
Para finalizar o exame de órgãos genitais internos (corpo e anexos) e assoalho pélvico, 
realizamos o toque vaginal bimanual. 
Após calçar as luvas, podemos lubrificar os dedos indicador e médio que serão introduzidos no 
canal vaginal, realizando pressão para trás enquanto afastamos os pequenos lábios. Então, 
palpa-se as musculatura pélvica, paredes da vagina, colo uterino e fundos de sacos vaginais. 
Agora, coloca-se a mão espalmada no hipogástrio da paciente e comprime-se a parede 
abdominal enquanto o colo uterino é suavemente elevado pelos dedos que estão realizando o 
toque vaginal. Nesse momento é avaliado volume do útero, posição, mobilidade, 
consistência, regularidade da superfície e dor à mobilização. 
O toque retal não é feito de rotina. 
Ele possui utilizada quando a paciente 
refere dor ou massa pélvica, suspeitando 
de endometriose ou neoplasia e sintomas 
intestinal ou sangramento.
Gabriel Bagarolo Petronilho
Exames Complementares - Secreção Vaginal e Citopatológico
Os principais exames complementares realizados na rotina são os exames de secreção vaginal 
e coleta de citopatológico (preventivo ou Papanicolau). 
Secreção Vaginal 
O exame é realizado com espátula de Ayre, com a parte arredondada, para a coleta de 
secreção no fundo de saco vaginal e aplicado sobre uma lâmina preparada com uma gota de 
soro fisiológico e outra com hidróxido de potássio (KOH) a 10%. 
Citopatológico 
A técnica para coleta do citopatológico deve promover a amostragem da junção escamocolunar 
(JEC) para que seja eficaz. Portanto, utiliza-se a parte oposta (ondulada) da espátula de 
Ayre utilizada na coleta ectocervical (secreção vaginal), colocando-a no orifício cervical e 
girando em 360º. Da mesma maneira, faz-se esfregaço único em sentido transversal sobre 
lâmina identificado com nome, data e número de prontuário ou código. 
Após , utiliza-se uma escova endocervical, que também deve ser girada em 360º, para 
descamação e coleta de células endocervicais. Nesse momento, faz-se o esfregaço em local 
separado na lâmina (cada um em uma metade) e os fixa com álcool etílico 95% ou fixador. 
Em pacientes gestantes, não utilizamos a escova endocervical devido a presença 
de tampão mucoso que pode ser prejudicado pela escova. Gabriel Bagarolo Petronilho

Continue navegando