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Análise do líquor (LCR, definição, função, coleta, análise e patologias associadas) - Análises de líquidos corporais

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O líquido cefalorraquidiano (LCR), também 
conhecido como líquor ou fluído cérebro espinhal, é 
definido como um fluído corporal estéril, incolor, 
encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e 
medula espinhal. 
 Descoberto em 1764 por Cotugno; 
 Produzido nos plexos coróides (redes de 
capilares); 
 É produzido a uma taxa de 20 ml/h em adultos 
(500 ml em 24h); 
 Seu volume total é de 100ml a 150ml em adultos 
(renova-se a cada 6h); 
 10 a 60 ml em recém-nascido. 
DEFINIÇÃO 
 Líquido cérebro espinhal ou cefalorraquidiano; 
 Fluído corporal estéril, incolor, encontrado no 
espaço subaracnóideo no cérebro e medula 
espinhal (entre as meninges aracnoide e 
piamáter); 
 Ocupa o espaço subaracnóideo em volta da 
medula espinhal e do encéfalo e as cavidades 
ventriculares do encéfalo; 
 Diagnóstico de meningite, de hipertensão 
intracraniana etc. 
FUNÇÕES 
 Proteção mecânica; 
 Remoção de resíduos metabólicos; 
 Redução do peso do encéfalo; 
 Auxilia na defesa contra microrganismos; 
 Regulação do volume intracraniano. 
CARACTERÍSTICAS 
 Límpido, incolor; 
 pH de 7,33; 
 Pressão interna varia de 5 a 15 mmHg; 
 Produção média diária de 500Ml; 
 Volume de 100 a 150 mL. 
PRODUÇÃO 
 Plexos Coroides 
 Ventrículos laterais (corno inferior e parte 
central) 
 
 Teto do III e IV ventrículos 
TRAJETÓRIA 
 
ABSORÇÃO 
 Granulações Aracnóides (seio sagital superior) 
 
Ventrículos 
laterais
Forames 
interventriculares
3º ventrículo
Arqueduto do 
mesencéfalo
4º ventrículo
Aberturas 
mediais e 
laterais
Aberturas 
mediais e 
laterais
Espaço 
subaracnóideio
Reabsorção 
pelo sangue
análise do liquor (lcr) 
AULA 6 – ANÁLISES DE LÍQUIDOS CORPORAIS 
 liquor 
 
 
 
 
 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 
 
COLETA DA AMOSTRA 
 
 Punção lombar entre a 3ª e 4ª vértebra, ou 4ª e 
5ª; 
 Amostras colhidas em 3 tubos estéreis em 
sequência: 
 Bioquímica – sorologia 
 Microbiologia 
 Celularidade 
 
 
COMO ACONDICIONAR AS AMOSTRAS 
 Hematologia – refrigerado; 
 Microbiologia – temperatura ambiente; 
 Bioquímica e sorologia – congelados. 
PUNÇÃO LOMBAR 
 Paciente normalmente é colocado de lado com 
pescoço dobrado numa flexão completa e os 
joelhos encostados no tórax, numa forma fetal; 
 Agulha espinhal é inserida entre as vértebras 
lombares L3/L4 ou L4/L5. 
PUNÇÃO SUBOCCIPITAL 
 Paciente colocado em posição de decúbito 
lateral; 
 Agulha e inserida no forame magno. 
POSIÇÕES E LOCAIS DE PUNÇÃO 
 
 
Meningite, esclerose múltiplca e entrada de 
leucócitos, proteínas e outras substâncias 
químicas.
Ruptura dessa barreira
Estrutura restrita das células endoteliais nos 
plexos coróides
Barreia hemato-encefálica
 
 
 
 ATENÇÃO 
 Repouso de 10 a 15 min (Punção suboccipital); 
 Repouso de 24 a 48 h (Lombar). 
 Após a punção pode ocorrer cefaleia (manter o 
paciente em decúbito por 2 ou até 4 dias). 
ASPECTO 
 Límpido, cristalino e com aspecto de água de 
rocha. 
 De acordo com as diferentes patologias, essas 
características se alteram. 
 
 Apresenta-se opalescente ou turvo pelo aumento 
de: 
 Bactérias 
 Fungos 
 Hemácias 
 Leucócitos 
 A cor alterada é resultante da presença: 
 Bilirrubina 
 Hemácias 
 Hemoglobina 
 Leucócitos 
 Proteínas 
ANÁLISE FÍSICA 
 O estudo do LCR normal é límpido e incolor 
(água de rocha); 
 O volume é de 100 a 150 ml; 
 O aumento de células causa a turvação do LCR, 
variando sua intensidade de acordo com 
quantidade e tipo desses elementos. 
 
 A Xantocromia é indicada quando o LCR se 
apresenta em cor: 
 âmbar, laranja ou amarelada 
 e tem relação com a presença de produtos 
da degradação de eritrócitos. 
MENINGITES BACTERIANAS 
 O líquor apresenta-se turvo, amarelo e, por 
vezes, xantocrômico, após centrifugação. 
MENINGITES VIRAIS: 
 A cor geralmente varia de esbranquiçada a 
incolor após a centrifugação. 
 
 
PUNÇÕES TRAUMÁTICAS X 
HEMORRAGIAS INTRACRANIANAS 
 Distribuição desigual de sangue entre os tubos; 
 Formação de coágulos (síndrome de Froin, 
meningite); 
 Sobrenadante xantocrômico (centrifugação) 
 
 
 
 
 (eritrofagocitose – grânulos hemossiderina 
- Sugerem HI) 
 Dímero D - trombose venosa profunda. 
ANÁLISE MICROSCÓPICA 
(CONTAGEM CELULAR) 
 A pesquisa e contagem de leucócitos devem ser 
feitas imediatamente (40% dos leucócitos 
desintegra-se após 1h e as hemácias são lisadas); 
 Amostras transparentes possuem até 200 
leucócitos e 400 hemácias, portanto TODAS as 
amostras devem ser analisadas; 
 Não é possível utilizar contadores automatizados 
devido às variações na contagem de fundo das 
câmaras o que poderia elevar falsamente a 
contagem; 
 Utiliza-se a câmara de Neubauer ou de Fuchs-
Rosenthal. 
ANÁLISE CITOLÓGICA 
 A contagem global de LCR deve ser 
realizada na Câmara de Fuchs Rosenthal. Esta 
câmara é composta de 16 quadrantes subdivididos 
em outros 16 quadrantes menores, totalizando 256 
quadrantes. 
 
 
CONTAGEM DIFERENCIAL 
 Uma vez descoberto que há células no LCR, se 
faz necessária a identificação dos tipos celulares; 
 A contagem diferencial é realizada em esfregaço 
corado; 
 Deve-se registrar o percentual de células 
mononucleares e polimorfonucleares presentes. 
 
Células mononucleadas 
 
Neutrófilos 
 
Eosinófilos 
 
Macrófagos 
 
 
 
 
 
Células do plexo coroide 
 
Células ependimais 
VALORES DE REFERÊNCIA 
 
 
Torula (leveduras) 
ANÁLISE BIOQUÍMICA 
 Os principais parâmetros bioquímicos 
analisados são: 
 Proteína (Proteinorraquia); 
 Glicose (Glicorraquia); 
 Ácido lático (Lactatorraquia); 
 Cloretos; 
 Adenosina Deaminase (ADA) - útil no 
diagnóstico de meningite tuberculosa. 
PROTEÍNA 
 
Para avaliação da integridade da barreira 
hematoencefálica, pode-se utilizar um índice obtido 
pela proporção entre os níveis de albumina no líquor 
(mg/dL) e no soro (g/L). Normalmente, o valor 
encontrado é menor que 9. Valores maiores indicam 
alterações da barreira. São considerados: 
 Discretos: entre 9 e 14 
 Moderados: entre 14 e 30 
 Acima de 30: comprometimento severo. 
 Dosagem proteica (15 a 45 mg/dl). 
 As proteínas no LCR podem estar elevadas em 
diferentes patologias, como: 
 meningites (especialmente as bacterianas) 
 doenças neurológicas 
 hemorragias 
 tumores 
GLICOSE 
 Equivale a 1/3 da glicemia plasmática; 
 A diminuição dos níveis da glicose no líquor é 
um dado importante no diagnóstico de: 
 meningites bacteriana, tuberculosa e 
fúngica, nas quais encontramos geralmente 
valores baixos a muito baixos. 
 já nas meningites virais, os níveis variam de 
normais a discretamente baixos. 
 São considerados valores anormais de glicose no 
LCR resultados inferiores a 40 mg/dL. 
LACTATORRAQUIA (ÁCIDO LÁTICO) 
 É bastante útil na diferenciação de meningites 
virais das bacterianas, principalmente, quando 
há perfil neutrofílico; 
 Valor de referência no Líquor: 10,8-18,9 mg/dL. 
CLORETOS 
 Cloretos (1 a 2 vezes maiores que o plasma); 
 
 
 
  Sua diminuição está relacionada com a presença 
de meningite tuberculosa bacteriana e 
criptococose. 
 Valor de referência no Plasma: 98 a 107 mEq/L. 
ANÁLISE CITOLÓGICA 
 A contagem do LCR é considerada normal até 4 
células por mm3 no adulto e até 15 células por 
mm3 em recém nascidos; 
 Presença de sangue no líquor (punção 
traumática); 
 A punção traumática ocorre em 20% das 
punções lombares; 
 Na citologia diferencial é observado em 
condições normais o predomínio de 
linfomonucleares (70 – 90% de linfócitos e 10 – 
30% de monócitos) 
 
 A análise citomorfológica das células presentes 
no LCR, como qualquer avaliação oncótica 
seguem critérios e parâmetros: 
 Aumento nítido tamanho celular; 
 Acentuado grau de anaplasia; 
 Aumento relação núcleo – citoplasma; 
 Nucléolos múltiplos e proeminentes; 
 Basofília e expansões citoplasmáticas; 
 Cromatina nuclear com hipercromasia e/ou 
fragmentação; Grupamentos celulares – mitoses atípicas 
 
 
 
 
MENINGITES BACTERIANAS 
 
 
MENINGITES VIRAIS 
 
ANÁLISE MICROBIOLÓGICA 
 A função do laboratório de microbiologia é 
identificar a etiologia de uma provável 
meningite infecciosa; 
 O LCR é inoculado em meio apropriado (caldos 
enriquecidos – BHI) e incubados por 24h no 
mínimo; 
 Ainda é realizada a coloração de Gram para 
investigação fúngica e a de Ziehl para pesquisa 
de tuberculose. 
PATOLOGIAS 
 O exame do líquido cefalorraquidiano vem 
sendo utilizado como arma diagnóstica desde o final 
do século XIX, contribuindo, significativamente, 
para o diagnóstico de patologias neurológicas. 
 
 
 
 
 
 HIPERTENSÃO CRANIANA 
 Tumores, hematomas e outros processos 
expansivos; 
 Cefalia; 
 Hérnias de tecido nervoso; 
 Punção Lombar; 
 Exame de fundo de olho. 
HIDROCEFALIA 
 Congênita x adquirida; 
 Obstrutiva (não-comunicante) x Não-obstrutiva 
(comunicante); 
 Quadro clínico: macrocrania, “sinal do sol 
poente” e sinais de hipertensão intracraniana. 
 
 
HÉRNIAS CRANIANAS

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