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Revista 29

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Ensinando as Nações Jovem 3
Comentaristas: 
JOVENS E OBREIROS DA LIDERANÇA DO COMEPE E DA REDE MORADA
 IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ANÁPOLIS
Lições do Quarto Trimestre de 2021
PÁGINADATALIÇÃO TEMA
03/10
10/10
17/10
24/10
31/10
07/11
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A excelência de Cristo no evangelho 
Pb. Hermindo Elizeu da Silva 
A suficiência da cruz 
Camila Moreira Alves
A Igreja perfeita em Cristo
Dc. Pedro Henrique S. de Paula
Cristo e a igreja 
Pr. Hugo Leonardo Ribeiro
O ministério paulino 
Daniel Batista Moreira
As vãs filosofias 
Dcª. Andressa Cristina Araújo de Lima 
Doutrinas humanas 
Rafael Henrique Carvalheiro Machado
A Pureza Pessoal 
Thalita Cássia Silva Poli 
A comunhão cristã 
Aux. Matheus Alexandro Rabelo Abreu Silva 
A Vida Cristã em Família 
Denilson Silveira de Souza Lima 
Trabalhando para a glória de Deus 
Larissa da Silva Moura Pereira 
5313 26/12O testemunho e a prática do cristãoPr. Eberson Diniz Correa 
Editores: Pr. Elias Garcia Fernandes
Pb. Hermindo Elizeu da Silva (colaboração voluntária)
O legalismo religioso 
Pr. Estenyo Bezerra da Silva 
Ensinando as Nações Jovem 4
ENSINANDO AS NAÇÕES 
A PALAVRA JOVEM NA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
JOVEM
 O TRABALHO LITERÁRIO DOS COMENTARISTAS É DE RESPONSABILIDADE DE CADA UM E CEDIDO 
À CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA “ASSEMBLEIA DE DEUS” PARA PUBLICAÇÃO.
Publicação Trimestral da CIAD - CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA “ASSEMBLEIA DE DEUS”
Av. Tiradentes, 615. CEP.: 75.040-010. Fone/Fax: (62)3315-8800. Anápolis, Goiás, Brasil.
MESA DIRETORA 
Presidente: Pr. Sebastião José Inácio
1º Vice: Pr. Moisés José Inácio
2º Vice: Pr. Elismar Veiga da Silva
1º Secretário: Pr. Daniel Ferreira César
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
2º Tesoureiro: Pr. Paulo Sartin
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Pr. José Clarimundo César
Vices: Pr. Jossele Clauber César e Pr. Claudino Borges
CONSELHEIROS
Pr. Adilson da Cruz Ribeiro, Pr. André Carlos Boaventura, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Dilson Resplandes dos 
Santos, Pr. Edson Araújo Bruno, Pr. Evangelino Gomes de Andrade Filho, Pr. Jessé Câmara Braga Frota, 
Pr. José Maria Gomes, Pr. Lázaro Francisco da Silva, Pr. Luís Carlos Vicente Júnior, Pr. Salvarino Pinto da 
Silva e Pr. William da Rocha Melo
Diretor de Relações Institucionais: Pr. Venâncio Batista do Nascimento
Assistentes: Pr. Daniel Ferreira César
Atendimento: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
Livraria da Igreja AD de Anápolis: Pb. Aldmir de Macedo Azevedo Júnior
Projeto Gráfico e Fotos: Pr. Paulo Sartin
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ANÁPOLIS
Presidente: Pr. José Clarimundo César
1º Vice: Pr. Jossele Clauber César
2º Vice: Pr. Claudino Borges
1º Secretário: Pr. Carlos Marcos da Silva
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. Lázaro Vieira Filho
2º Tesoureiro: Ev. João dos Santos Neto
Diretor Administrativo: Pr. Ramos de Paula Nascente 
Vice-Diretor Administrativo: Pr. Israel Osmundo de Miranda
Vogais: Pr. Antônio Barbosa Vieira, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Elias Garcia Fernandes, Pr. José Airton 
Faustino, Ev. Paulo Egídio dos Santos e Pr. Salvarino Pinto da Silva. 
Conselheiros: Pr. Antônio José Soares, Pr. Guido Pires Borges e Pr. Isaías Graciano de Jesus.
Co-pastores da igreja SEDE
Pr. Edvaldo Batista Melo e Pr. Rogério Garcia Fernandes.
Ensinando as Nações Jovem 5
Oct 03,
 20
2101A EXCELÊNCIA DE 
CRISTO NO EVANGELHO
1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de 
Deus, e o irmão Timóteo,
2 aos santos e irmãos fiéis em Cristo que estão em 
Colossos: graça a vós e paz, da parte de Deus, nosso 
Pai, e da do Senhor Jesus Cristo.
3 Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus 
Cristo, orando sempre por vós,
4 porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e 
da caridade que tendes para com todos os santos;
5 por causa da esperança que vos está reservada 
nos céus, da qual já, antes, ouvistes pela palavra da 
verdade do evangelho,
6 que já chegou a vós, como também está em todo 
o mundo; e já vai frutificando, como também entre 
vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a 
graça de Deus em verdade;
7 como aprendestes de Epafras, nosso amado 
conservo, que para vós é um fiel ministro de Cristo,
8 o qual nos declarou também a vossa caridade no 
Espírito.
9 Por esta razão, nós também, desde o dia em que 
o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir 
que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, 
em toda a sabedoria e inteligência espiritual;
10 para que possais andar dignamente diante do 
Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em 
toda boa obra e crescendo no conhecimento de 
Deus;
11 corroborados em toda a fortaleza, segundo 
a força da sua glória, em toda a paciência e 
longanimidade, com gozo,
12 dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para 
participar da herança dos santos na luz.
Colossenses 1.1-12 | ARC
a bíblia diz
Desde o primeiro momen-
to que tivemos contato com o 
evangelho, já começamos a ter 
uma noção acerca de seu poder. 
A partir desse contato, passamos 
a questionar nossa vida, como 
temos nos portado na sociedade, 
enfim, ficamos incomodados. Isso 
acontece porque, como afirma 
o apóstolo Paulo, o evangelho é 
o “poder de Deus para a salvação 
de todo aquele que crê” (Rm 1.16). 
Dessa forma, ao ouvirmos as 
boas-novas de Cristo, podemos 
ser salvos.
É essa a situação vivencia-
da pelos irmãos de Colossos, de 
acordo com o primeiro capítulo 
da carta escrita por Paulo. O 
apóstolo se congratula com a fé 
apresentada pelos colossenses 
(v.4), a qual era fruto de evange-
lização feita anteriormente não 
apenas com eles, mas para todo 
o mundo (v.6).
Nesse contexto, precisa-
mos refletir sobre o evangelho, de 
modo a verificar qual é a posição 
ocupada por Cristo nessa men-
sagem, a fim de que aprendamos 
as verdades que nos conduzem 
Ensinando as Nações Jovem 6
aos céus.
OS FALSOS 
ENSINAMENTOS EM 
COLOSSOS
Para entendermos um 
pouco sobre a centralidade de 
Cristo no evangelho, precisamos 
pensar sobre o contexto histórico 
dessa igreja. De início, temos que 
os colossenses foram alcançados 
pelas boas-novas de Cristo por 
intermédio da pregação do após-
tolo Paulo, feita em Éfeso. Epafras, 
que foi um dos auxiliares na obra 
missionária paulina, reportou ao 
apóstolo o andamento dos irmãos 
dessa cidade, de modo a apresen-
tar seu progresso e, também, os 
problemas que os assolavam.
Dentre essas vicissitudes 
estava a ameaça à sã doutrina, 
praticada pelos judeus que abra-
çaram o cristianismo. Alguns 
destes, além de observarem os 
preceitos judaicos, ainda se alia-
ram ao gnosticismo, uma corrente 
herética que negava a corporeida-
de de Jesus, porquanto dizia que 
a matéria era má, o que influen-
ciava na compreensão da morte 
de Cristo para salvar os homens. 
Acreditavam, inclusive, de acordo 
com William Barclay, que Jesus 
era uma espécie de fantasma que, 
por mais que parecesse ter corpo, 
prescindia dele, de modo que, em 
suas fantasias, ao caminhar, ele 
não deixava rastros na terra. Com 
isso, nessa teoria, era impossível 
que Jesus fosse o Salvador dos ho-
mens, já que carecia de um corpo.
Ao juntarem esses ideais às 
práticas judaicas, que consistiam 
em observar questões quanto à 
comida, bebida e a outros aspec-
tos da vida cotidiana, teve-se uma 
perigosa combinação que pode-
ria, inclusive, ter transformado 
o cristianismo em uma filosofia 
ou em uma teosofia, o que teria 
destruído a fé cristã, de acordo 
com Barclay. Essa ideia é corro-
borada por Moody, o qual, em 
seu comentário sobre a epístola 
aos Colossenses, afirma: “qual-
quer ensinamento que se desvia da 
centralidade de Cristo sob a pretensão 
de levar os homens à maturidade e 
perfeiçãoé uma perversão que ameaça 
a própria essência da fé”. 
No evangelho, Jesus preci-
sa ser o centro, pois foi Ele quem 
se fez carne e habitou entre nós 
(Jo 1.14); morreu em uma cruz 
para cancelar a nossa dívida (Cl 
2.14); ressuscitou e está à direita 
do Pai (Rm 8.34), dando-nos uma 
esperança vindoura (Cl 1.5). Por 
conseguinte, se Cristo não for o 
centro, não existem boas-novas. 
Ensinando as Nações Jovem 7
O EVANGELHO PRODUZ 
FRUTOS
Em diversas passagens 
bíblicas há menção aos frutos. 
Eles, inclusive, são utilizados 
nas parábolas de Jesus, quando 
o Mestre quer se referir à obra 
desenvolvida por seus discípulos, 
ou quando quer criticar as ações 
temerárias dos fariseus. Nesse 
sentido, o Filho de Deus afirma: 
“não há árvore boa que dê mau fruto; 
nem tampouco árvore má que dê bom 
fruto. Porquanto cada árvore é conhe-
cida pelo seu próprio fruto. Porque 
não se colhem figos de espinheiros, 
nem dos abrolhos se vindimam uvas” 
(Lc 6.43,44). 
Portanto, são os frutos que 
permitem a identificação do ver-
dadeiro servo de Cristo, uma vez 
que suas ações fazem a separação 
entre o que é bom e o que é mau 
(Mt 12.33).
Na carta aos Colossenses, 
a ideia de frutificar também apa-
rece relacionada diretamente ao 
evangelho. No primeiro capítulo 
é possível ver a menção aos fru-
tos duas vezes: uma no versículo 
seis e outra no versículo dez. Na 
primeira, o apóstolo os apresen-
ta como uma consequência do 
evangelho, ou seja, uma vez que 
as boas-novas haviam chegado a 
todo o mundo, bem como a Co-
lossos, elas culminavam em ações. 
Já na segunda menção, eles apare-
cem como o propósito da oração 
de Paulo e de seus companheiros, 
que era a de que os Colossenses 
vivessem “de modo digno do Senhor, 
para o seu inteiro agrado, frutificando 
em toda boa obra e crescendo no pleno 
conhecimento de Deus” (Cl 1.10). 
Observem, também, nesses dois 
versículos, como a ideia dos frutos 
estão relacionadas às ações e, mais 
especificamente, às boas obras. 
Diante dessas questões, 
podemos compreender que os 
cristãos, tal como os irmãos de 
Colossos, são chamados a dar 
bons frutos. Por isso, precisamos 
entender qual é o propósito de 
Cristo, em seu evangelho, para as 
nossas vidas.
O MODO DIGNO DE VIVER
Como foi dito no tópico 
anterior, os frutos são colocados 
como um dos propósitos da ora-
ção de Paulo, o que é mostrado 
no versículo 10. O apóstolo pedia 
a Deus que os irmãos colossenses 
transbordassem “de pleno conhe-
cimento de sua vontade, em toda a 
sabedoria e entendimento espiritual; 
a fim de viver[em] de modo digno 
do Senhor, para o seu inteiro agra-
Ensinando as Nações Jovem 8
PE
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SA
M
EN
TO
 “Assim, pois, pelos seus 
frutos os conhecereis” (Mt 
7.20).
do, frutificando em toda boa obra e 
crescendo no pleno conhecimento de 
Deus” (Cl 1.9,10). Por meio desses 
versículos, podemos pensar mais 
um pouco sobre os frutos: 
•	 Na oração de Paulo, os frutos 
surgem como uma conse-
quência do transbordar no ple-
no conhecimento da vontade 
de Deus, em toda a sabedoria 
e entendimento espiritual. 
•	 O pleno conhecimento da 
vontade de Deus nos permite 
que vivamos de modo digno, 
de modo a agradar-lhe. 
•	 O modo digno de viver exige 
que frutifiquemos em boas 
obras e que cresçamos no co-
nhecimento de Deus.
Diante desses pontos, é 
possível entendermos que a von-
tade de Deus para as nossas vidas 
é que o conheçamos, para que, 
dessa forma, possamos viver de 
modo digno, para agradarmos a 
Ele por meio de bons frutos.
Para tanto, devemos co-
locar Jesus no centro de nossas 
vidas, pois somente Ele tem o cor-
reto referencial para nossas ações.
O QUE VEM A SEGUIR
Já é de conhecimento dos 
irmãos que nós temos trabalha-
do com lições temáticas. Nesta 
revista abordaremos questões 
extremamente relevantes sobre a 
epístola de Paulo aos Colossen-
ses, como as questões referentes 
a Cristo e a sua centralidade, de 
modo a mostrar sua suficiência, 
a criação e também seu relaciona-
mento com a igreja; o ministério 
paulino; os problemas observados 
na igreja de Colossos, como as vãs 
filosofias; o legalismo religioso e 
as doutrinas humanas; e, por fim, 
questões mais práticas, como a 
pureza pessoal; a vida em famí-
lia; a prática do cristianismo no 
trabalho; o testemunho e a prática 
cristã.
Portanto, amados irmãos, 
o desejo de nossos corações é 
que o Senhor nos conceda o es-
clarecimento necessário para que 
possamos frutificar as boas obras 
que são esperadas, e, dessa forma, 
o nome de Cristo seja exaltado.
Ensinando as Nações Jovem 9
Oct 10,
 20
2102
A SUFICIÊNCIA DA 
CRUZ
13 Ele nos libertou do império das 
trevas e nos transportou para o reino 
do Filho do seu amor,
14 no qual temos a redenção, a 
remissão dos pecados.
Colossenses 1.13,14 | ARA
a bíblia diz
Nessa lição, falaremos a 
respeito do que o Verbo encarna-
do conquistou por nós na cruz, 
respondendo a questionamentos 
talvez presentes em sua mente 
ou na vida de alguém que você 
conheça, como: Pode haver al-
guém que frequenta a igreja desde 
pequenino, ter experimentado o 
império das trevas? Não pertenço 
a nenhuma igreja, mas nunca fiz 
mal a ninguém, procuro sempre 
ajudar as pessoas, posso viver ou 
ter vivido no império das trevas? 
Como me deixar ser conduzido 
ao Reino da Luz?
O CATIVEIRO
Percebemos no versículo 
13, a existência de dois reinos 
opostos entre si: o “império das tre-
vas” e “o reino do Filho do seu amor”. 
Sabemos que todo reino possui 
um Soberano que o comanda. 
Desse modo, o império das trevas 
é governado pelo inimigo antigo, 
Satanás (Mt 4.10), citado na Bíblia 
por vários nomes, como: diabo 
(Mt 4.1), Belzebu (Mt 10.25), Be-
lial (2 Co 6.15). Já o reino do Filho 
amado tem Jesus Cristo como Rei 
e Senhor (Fp 2.11), o Pão da Vida, 
a Luz do mundo, a Estrela da ma-
nhã (Ap 22.16), o Leão da tribo de 
Judá (Ap 5.5), a Pedra Angular (1 
Pe 2.6), o Todo-poderoso (Ap 1.8).
Existe uma frase, cujo au-
tor é desconhecido, que diz: “O 
poder detém cativos relutantes, um 
reino valoriza súditos”. Em outros 
termos, a forma de comando de 
um reino estabelece o valor que é 
conferido a cada servo, indicando 
como esse será tratado enquanto 
Ensinando as Nações Jovem 10
estiver sob o domínio daquele 
reinado. 
Um servo conduzido por 
um péssimo rei viverá revolta-
do consigo mesmo, procurando 
meios de minimizar o vazio de 
sua existência sem propósito, em 
um reino governado pelo ódio, 
pela escravidão e que mantém 
prisioneiros para a morte eterna. 
Já um servo que tem o Rei dos 
reis e Senhor dos senhores (1 Tm 
6.15) como comandante, em um 
reino dominado pelo amor, pela 
paz e que possibilita a vida eterna, 
tem uma vida plena na certeza de 
que tudo faz parte do propósito 
de Deus.
A palavra de Deus diz que 
todos nós nascemos no império 
das trevas, sem exceção (Rm 3.23). 
Portanto, não importa a cor da 
pele, classe social ou a quantidade 
de seguidores nas redes sociais, 
seja padre, pastor, casado, soltei-
ro, homem ou mulher. 
Assim, é possível respon-
der aos questionamentos citados 
no início da lição. Mesmo quem 
nasceu “dentro da igreja” ou 
quem nunca fez mal a outras pes-
soas, também nasceu no império 
das trevas. Apesar disso, a boa 
notícia é que existe uma forma 
de não permanecer nesse reino. 
Vejamos a seguir!
O RESGATE
O verso 13 ainda narra a 
saída do império das trevas e a en-
trada no Reino de Deus, privilégio 
exclusivo daqueles que creem na 
morte e na ressurreição de Jesus 
Cristo. Dessa forma, compreende-
mos que essa regalia em passar a 
viver sob o governo de Deus não 
é desfrutada por todas as pessoas, 
mas somente por aqueles que 
acreditam e reconhecem que nos-
sa dívida impagável foi liquidada 
por Cristo em sua morte na cruz 
(Cl 2.14; Rm 4.25). 
No texto original, a palavra 
usada para transportar é methis-
temi, que no contexto da época 
remete ao costume de, após a 
vitória em uma guerra, o impé-
rio vencedor transportar toda a 
população do reino vencido para 
seu território, obtendo o domínio 
sobre aquele povo. Assim,Paulo 
relata que Deus transportou o 
cristão, libertando-o do senhorio 
em que costumava viver para le-
vá-lo a seu próprio reino e poder. 
Essa condução feita por Jesus na 
cruz não foi apenas um desloca-
Ensinando as Nações Jovem 11
mento, mas um resgate em quatro 
aspectos, como dito por William 
Barclay em seu livro Colossenses:
•	 Das trevas à luz: O homem 
que anda nas trevas não sabe 
aonde está indo, pois se encon-
tra perdido, sem direção (Jo 
12.35), vivendo na miséria, na 
adversidade (Is 8.22), na igno-
rância (Mt 6.23) e na morte (Jó 
10.21). Já o homem que anda 
na luz passa a ser guiado por 
Deus, sabe onde está e aonde 
vai (Jo 8.12).
•	 Da escravidão à liberdade: O 
escravo não tem poder sobre 
suas escolhas, já que vive em 
função dos prazeres e vonta-
des de seu senhor, tornando-
-se escravo de seus medos, de 
seus pecados e de sua própria 
impotência (Jo 8.34). Em Jesus 
encontramos a liberdade em 
servi-lo por amor, não por 
falta de escolha (Rm 8.14,15).
•	 Da condenação ao perdão: 
Sem conhecer a Deus, o ho-
mem está condenado à morte 
eterna, devido a sua vida de 
pecado sem arrependimento e 
sem mudança de postura (Rm 
6.23). Ao comentar sobre esse 
assunto, o Pastor Hernandes 
Dias Lopes escreveu: “Em 
Adão estávamos condenados, mas 
em Cristo estamos justificados”. 
Jesus levou sobre si a nossa 
culpa, morreu a nossa morte, 
recebeu o nosso castigo e nos 
justificou diante do trono de 
Deus, nos proporcionando 
vida eterna (Rm 8.1,2).
DOMINADOS PELA 
LIBERDADE
A liberdade é um dos de-
sejos mais profundos da huma-
nidade. Em nome da liberdade 
foram realizados protestos, mani-
festações, revoluções e até mesmo 
guerras, nas quais muito sangue 
foi derramado. Todavia, todo 
esse esforço se torna vão, já que 
o ser humano só pode conhecer 
a verdadeira liberdade através 
do derramamento do sangue de 
Jesus Cristo! O sacrifício perfeito 
liberta todo aquele que escolhe 
acreditar (Jo 8.36).
Ser livre em Jesus não sig-
nifica ter permissão para fazer 
tudo o que queremos, levando 
uma vida sem consequências 
quando pecamos. Em Romanos 
Ensinando as Nações Jovem 12
PE
N
SA
M
EN
TO
 “Tragada foi a morte pela 
vitória. Onde está, ó morte, a tua 
vitória? Onde está, ó morte, o seu 
aguilhão”? (1 Co 15.54b,55).
6.14, Deus nos torna capazes de 
obedecê-lo: “Porque o pecado não 
terá domínio sobre vós, pois não estais 
debaixo da lei, mas debaixo da graça”. 
Dessa forma, tornamo-nos livres 
para escolher a quem servir, se 
a Deus ou às vontades da nossa 
carne (Gl 5.13). O mistério da 
liberdade está em poder escolher 
de quem ser escravo.
No verso 14 vemos que te-
mos o perdão de nossos pecados 
em Cristo. Uma vez que o homem 
em condição de escravidão não 
pode se auto libertar, ele precisa 
de um libertador, um redentor. 
Unicamente para isso, Jesus, o 
Filho de Deus, se reduziu à for-
ma humana, nascendo do ventre 
de uma mulher, sendo cuidado 
quando bebê, e se submeteu a 
tantas outras circunstâncias hu-
manas, com o único intuito de 
nos resgatar e nos fazer retornar 
à comunhão e à submissão ao 
Eterno. Como diz a Escritura em 
1 Pe 1.18-20-NTLH: “Pois vocês 
sabem o preço que foi pago para livrá-
-los da vida inútil que herdaram dos 
seus antepassados. Esse preço não 
foi uma coisa que perde o seu valor 
como o ouro ou a prata. Vocês foram 
libertados pelo precioso sangue de 
Cristo, que era como um cordeiro sem 
defeito nem mancha. Ele foi escolhido 
por Deus antes da criação do mundo 
e foi revelado nestes últimos tempos 
em benefício de vocês”.
Após refletir sobre como 
sair do cativeiro de Satanás, sen-
do resgatado para a liberdade 
em Cristo Jesus, faça uma análise 
sobre sua situação atual. Nesta 
lição descobrimos que o simples 
fato de frequentar a igreja não nos 
livra do império das trevas. Por-
tanto, coloque em prática o que 
foi aprendido aqui. Dessa forma, 
caso se considere resgatado para 
o Reino da Luz, não deixe de pro-
pagar essa mensagem às pessoas 
com as quais terá contato em sua 
caminhada terrena, pois assim 
como você, elas também podem 
ser resgatadas para uma vida no 
Reino do Filho amado.
Ensinando as Nações Jovem 13
Oct 17,
 20
2103A IGREJA PERFEITA 
EM CRISTO 
15 Ele é a imagem do Deus invisível, o 
primogênito sobre toda a criação,
16 pois nele foram criadas todas as 
coisas nos céus e na terra, as visíveis e as 
invisíveis, sejam tronos sejam soberanias, 
poderes ou autoridades; todas as coisas 
foram criadas por ele e para ele.
17 Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo 
subsiste.
Colossenses 1.15-17 | NVI
a bíblia diz
Lembro-me da primeira 
vez que tive o privilégio de visi-
tar o mar. Para quem reside no 
estado de Goiás, estar no litoral 
demanda uma jornada de, no 
mínimo, 1000 Km (distância en-
tre Goiânia e a praia mais próxi-
ma no estado de São Paulo). Ao 
avistar aquela imensidão azul 
que se ajuntava com o céu no 
horizonte, veio à minha mente 
um pensamento que acredito ser 
comum a muitos que vivem essa 
experiência pela primeira vez: 
“Deus é maravilhoso”!
A mesma sensação de ad-
miração acontece conosco quan-
do presenciamos o nascer e o 
pôr do sol entre as montanhas, a 
lua cheia enfeitando a noite, ou 
o arco-íris que se forma em dias 
chuvosos.
Além das encantadoras 
belezas que podemos observar 
no céu, a natureza também nos 
proporciona experiências mag-
níficas. O forte som de uma ca-
choeira, o canto dos pássaros 
que ressoa bem cedo no campo, 
a dedicação e o carinho de um 
animal de estimação, até mesmo 
o simples cair da chuva batendo 
em nossa janela durante a noite. 
Estas e outras experiências nos 
levam a glorificar ao Senhor, re-
conhecendo que somente um 
poder supremo poderia criar ta-
manha imensidão, diversidade e 
beleza.
Esse reconhecimento não 
é por acaso. A criação faz par-
te da revelação geral de Deus 
ao ser humano. Os céus mani-
festam sua glória (Sl 19.1). Seus 
Ensinando as Nações Jovem 14
atributos, poder e divindade são 
percebidos por meio das coisas 
criadas: “Porquanto o que de Deus 
se pode conhecer é manifesto en-
tre eles, porque Deus lhes manifes-
tou. Porque os atributos invisíveis 
de Deus, assim o seu eterno poder, 
como também a sua própria divinda-
de, claramente se reconhecem, desde 
o princípio do mundo, sendo perce-
bidos por meio das coisas que foram 
criadas. Tais homens são, por isso, 
indesculpáveis” (Rm 1.19,20).
NO PRINCÍPIO (Gn 1.1)
Uma ideia que busca ex-
plicar a origem do Universo, 
que está presente nos círculos 
educacionais há muito tempo, é 
a teoria do big bang. Segundo os 
defensores desse pensamento, o 
Universo teria surgido após uma 
grande explosão cósmica, entre 
10 e 20 bilhões de anos atrás, o 
que resultou em uma grande li-
beração de energia, criando o 
espaço-tempo. 
A obra da criação foi o pri-
meiro ato de Deus registrado nas 
Escrituras. O texto de Colossen-
ses é uma clara defesa da dou-
trina do criacionismo, trazendo 
a compreensão de que todas as 
coisas foram criadas por Deus, 
por meio de Cristo e com um 
propósito. 
Dessa forma, o cristão tem 
uma certeza, ao observar os tex-
tos bíblicos: nada é obra do aca-
so. Por conseguinte, podemos ter 
a certeza de que Deus projetou 
o Universo e tudo o que nele há 
em todos os aspectos, não haven-
do uma situação sequer que foge 
ao controle de suas mãos.
 
IMAGEM DO DEUS 
INVISÍVEL
Um ponto de primordial 
importância que devemos me-
ditar é a primeira informação 
trazida por Paulo no trecho que 
estamos estudando: Cristo é a 
imagem do Deus invisível. 
Ao trazer esse assunto, 
o apóstolo busca fortalecer nos 
seus leitores a convicção acerca 
da divindade de Cristo, no senti-
do de que ele não é apenas uma 
criatura ou subproduto de Deus, 
conforme o gnosticismo ensina-
va, mas, sim, o Filho de Deus, 
igual ao Pai. O sentido da coloca-
ção da palavra no texto é de que 
Cristo é a expressa imagem do 
Pai, ele é a expressão exata do ser 
Ensinando as Nações Jovem 15
de Deus (Hb 1.3) e possuidor da 
totalidade dos atributos de Deus, 
diferentementedo homem que 
pode receber apenas uma parte 
das características de Deus, que 
são os atributos comunicáveis. 
Deus é Espírito, portanto, invisí-
vel. Cristo é o Verbo que se fez 
carne e habitou entre os homens, 
conforme pode ser visto em João: 
“E o Verbo se fez carne e habitou en-
tre nós, cheio de graça e de verdade, 
e vimos a sua glória, glória como do 
Unigênito do Pai” (Jo 1.14). Ele é 
Deus conosco (Mt 1.23). 
Olhando para Jesus, pode-
mos ver o Pai: “Replicou-lhe Filipe: 
Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos 
basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tan-
to tempo estou convosco, e não me 
tens conhecido? Quem me vê a mim 
vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos 
o Pai”? (Jo 14.8,9).
PRIMOGÊNITO DA 
CRIAÇÃO
No contexto do Antigo 
Testamento, o filho primogênito 
tinha direitos e honras que a cul-
tura e a lei lhe concediam. A ele 
pertenciam a porção dobrada da 
herança e o papel de chefe da fa-
mília. 
Quando Paulo fala sobre 
Cristo ser o primogênito, ele fala 
sobre a preeminência, a prima-
zia, o lugar de destaque em re-
lação a toda a criação. Essa pri-
mogenitura significa que ele é o 
herdeiro de todas as coisas (Hb 
1.2) e que exerce domínio sobre 
a criação.
Nesse trecho de sua carta 
aos crentes de Colossos, Paulo 
discorre sobre a supremacia de 
Cristo em relação a todo o Uni-
verso material e aos seres espiri-
tuais. Nesse relato, ele enfatiza a 
participação de Cristo na criação 
e como ele exerce desde sempre 
a supremacia sobre todas as coi-
sas criadas, visíveis e invisíveis.
NELE, POR ELE E PARA ELE
A criação foi realizada 
com a participação efetiva da 
Trindade Santa. Pai, Filho e Es-
pírito Santo trabalharam junta-
mente para que todas as coisas 
que podemos conhecer hoje vies-
sem à existência. Essa atuação 
conjunta fica ainda mais clara ao 
observarmos o emprego do ver-
bo “façamos” na primeira pessoa 
do plural no ato da criação do ser 
humano (Gn 1.26).
Ensinando as Nações Jovem 16
PE
N
SA
M
EN
TO
Senhor, meu Deus, 
quando eu, maravilhado, 
contemplo a tua imensa cria-
ção. A terra e o mar e o céu 
todo estrelado me vêm fa-
lar da tua perfeição. Então 
minh’alma canta a ti Senhor: 
Grandioso és tu! (HC - Hino 
526)
Todas as coisas foram pla-
nejadas por Deus e criadas com 
um propósito. Paulo mostra que 
Cristo participou ativamente da 
obra da criação, o que não foi 
apenas um ato cosmológico, mas 
a origem da vida ética e espiri-
tual, visto que Deus criou o ho-
mem e colocou nele princípios 
éticos, morais e espirituais. No 
texto, Paulo amplia a história 
da criação e afirma que não so-
mente o Universo no sentido de 
biodiversidade, mas, também, o 
mundo angelical foi criado por 
Deus e seu Filho Jesus Cristo.
Robert H. Gundry diz que, 
naquela época, uma perigosa he-
resia estava presente em Colos-
sos, que incluía o menosprezo 
à pessoa de Cristo e a adoração 
aos anjos, como intermediários, 
a fim de que o Deus altíssimo 
fosse conservado incontaminado 
do contato com o universo físico. 
Em confronto a esses pensamen-
tos, Paulo ensina aos colossenses 
que até mesmo os anjos foram 
criados por Cristo e para Cristo. 
Ele é supremo sobre o universo 
material e também é supremo 
sobre o universo espiritual.
NELE TUDO SUBSISTE
Paulo finaliza o raciocínio 
acerca da supremacia de Cristo 
na criação, concluindo que ele é 
a causa e o propósito de todas 
as coisas criadas permanecerem 
existindo.
No salmo 24, Davi ensi-
na que Deus é o dono de toda a 
criação. Como Senhor supremo e 
controlador de todo o Universo, 
ele estabelece as leis, determina 
os tempos e controla todos os fa-
tores relacionados à sua obra. Je-
sus Cristo é a pessoa que exerce 
esse domínio.
Além de estar presen-
te com o Pai e o Espírito Santo 
trazendo à existência todas as 
coisas, Cristo é o sustentador da 
criação. Ele mantém todas as coi-
sas em existência pelo poder da 
sua palavra (Hb 1.3).
Ensinando as Nações Jovem 17
Oct 24,
 20
2104
CRISTO E A IGREJA
18 E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o 
princípio e o primogênito dentre os mortos, 
para que em tudo tenha a preeminência,
19 porque foi do agrado do Pai que toda a 
plenitude nele habitasse
20 e que, havendo por ele feito a paz pelo 
sangue da sua cruz, por meio dele reconci-
liasse consigo mesmo todas as coisas, tanto 
as que estão na terra como as que estão nos 
céus.
21 A vós também, que noutro tempo éreis 
estranhos e inimigos no entendimento 
pelas vossas obras más, agora, contudo, vos 
reconciliou
22 no corpo da sua carne, pela morte, para, 
perante ele, vos apresentar santos, e irre-
preensíveis, e inculpáveis,
23 se, na verdade, permanecerdes fundados e 
firmes na fé e não vos moverdes da esperan-
ça do evangelho que tendes ouvido, o qual 
foi pregado a toda criatura que há debaixo do 
céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.
Colossenses 1.18-23 | ARC
a bíblia diz
Quando pensamos em 
igreja, a primeira coisa que te-
mos que ter em mente é que ela 
não é um ajuntamento formado 
pelo acaso. Nem mesmo é um 
grupo de pessoas atraídas por 
um interesse comum entre si. 
Para o Pr. Leandro Peixoto, ela 
foi gestada em todo A.T, conce-
bida em Cristo Jesus na Cruz do 
Calvário e mantida pelo Espírito 
Santo na história até sua consu-
mação. Sendo assim, algumas 
frases como: “Jesus nunca fundou 
uma igreja”, “Deus está em todos 
os lugares, inclusive lá em casa, não 
preciso ir a uma igreja” ou “eu não 
preciso de uma igreja para ter um 
relacionamento com Deus” deve-
riam causar aos nossos ouvi-
dos a máxima estranheza. Tais 
frases, embora formem coro na 
boca de muita gente, estão dia-
metralmente opostas à Palavra. 
De todo modo, incômodas dis-
torções doutrinárias, persegui-
ções, injúrias e difamações sem-
pre fizeram parte do currículo da 
igreja do Senhor na Terra. É fato 
ainda que, desde os tempos anti-
gos, os capítulos mais nebulosos 
da história da igreja não foram 
precedidos pelo sangue dos már-
tires, mas por atitudes de falsos 
Ensinando as Nações Jovem 18
mestres. De igual modo, o con-
texto em que foi escrita a carta 
de Paulo aos Colossenses não foi 
diferente.
INVESTIDAS CONTRA AS 
FALSAS DOUTRINAS
Naquele tempo, as igrejas 
do Vale de Lico estavam sob ata-
que por uma série de perigosas 
formulações Judaico-gnósticas, 
que, em resumo, defendiam: 
a) A matéria como essencial-
mente má. Logo, Deus não 
poderia criar o Universo e 
nem se relacionar diretamen-
te com ele, assim Jesus seria 
o resultado de uma série de 
encarnações que esvaziavam 
a divindade até chegar a um 
ser mais acessível à criação; 
b) A superioridade do conhe-
cimento em detrimento do 
evangelho, visto que este pre-
cisava ser aperfeiçoado, por 
meio do conhecimento que 
detinham, para se tornar per-
feito; 
c) O culto aos anjos com uma 
forte influência destes em vi-
sões, predições e experiências 
sensoriais; 
d) Uma forte influência sobre o 
cosmos e astrologia sobre a 
vida humana, entre outras. 
É exatamente sobre este 
cenário que Paulo, inspirado 
pelo Espírito Santo, lança seu 
ataque, como veremos a seguir.
A cabeça da igreja, o prin-
cípio da ressurreição (v.18). O 
Rev. Hernandes Dias Lopes afir-
ma que se o tema central de Efé-
sios é a igreja, o de Colossenses é 
Cristo. Sendo assim, por que não 
falarmos sobre a igreja em Efé-
sios? A razão é simples: a partir 
do momento em que Cristo cons-
titui um corpo para si, não faz 
sentido falar de Cristo, sem ter 
a igreja em perspectiva. “Cristo é 
a cabeça do corpo da Igreja” (v.18a) 
e isso não diz respeito apenas ao 
seu governo sobre ela, mas tam-
bém à sua unidade com ela (Ef 
4.15,16). Partindo deste princí-
pio, é absolutamente insustentá-
vel dizer sobre uma fé em Cristo 
que não aceite, não incorpore ou 
não ame o corpo de Cristo (1 Jo 
4.20). Assim como no contexto 
da carta aos Colossenses, é de ex-
trema importância combater esta 
heresia que visa separar Cristo 
de seu corpo. Jesus proveu, de 
uma vez por todas, o sacrifício 
que nos trouxe a paz (Is 53.5). 
Assim como perguntou à 
Ensinando as Nações Jovem 19mulher adúltera conforme João 
8, ele pergunta à Igreja: onde es-
tão seus acusadores? Ainda que 
igreja contemporânea não apa-
rente ser digna de seu redentor e, 
por isso, tem animado o coração 
de seus opositores, no meio de 
tudo isso o Senhor tem comu-
nicado o seu amor à humanida-
de. Isso ocorre por meio de sua 
igreja, pois ele diz que ela, apesar 
de tudo, é seu corpo e que quem 
quiser se achegar a Ele vai se en-
contrar com a igreja Santa que 
não somente entra, mas vive de-
baixo da presença gloriosa todos 
os dias e em todo o tempo. 
Todos precisam enxergar 
o que a igreja é em Cristo, e que 
mesmo sendo despercebidas por 
muitos, em breve ela será glorifi-
cada e encontrar-se-á com o seu 
noivo nos ares (1 Ts 4.17). 
Nele habita a plenitude 
(v.19). Na contramão do que afir-
mavam os gnósticos, Jesus não é 
um demiurgo, um ser interme-
diário, menor que Deus e que, 
por isso, podia tocar no mal que 
o Deus santo não pode. A decla-
ração de Paulo sobre a Plenitude 
de Deus no Filho não destoa da 
Kenosis (Fp 2.5-11), que é o au-
toesvaziamento ao qual Jesus 
aplica a si mesmo, a fim de se ha-
bilitar ao nosso resgate. 
Diferente do conceito 
gnóstico, Jesus não se abstém de 
sua essência divina, isto é, ela 
não o fez menos Deus que o Pai, 
mas somente lançou a glória que 
o pertence e o confere o nome 
que é acima de todo nome para 
depois da ressurreição. Por con-
seguinte, Cristo Jesus é “verdadei-
ro Deus de verdadeiro Deus, gerado, 
não feito, consubstancial com o Pai” 
(recorte do credo Niceno). Mas, 
afinal, o que todos estes termos 
têm a ver com a relação de Jesus 
com a Igreja? Tudo! Paulo está 
afirmando que Jesus cumpre 
com todos os requisitos não só 
para conceber (dar à luz) a igreja, 
mas para mantê-la por meio do 
Espírito da promessa (Jo 14.16) 
até que Ele venha. É por esta ra-
zão que a igreja pode olhar com 
confiança o versículo seguinte, 
como sendo o seu sacrifício na 
cruz o cartão de entrada nos San-
tos dos santos (Hb 10.19,20).
Reconciliação cósmica 
(v.20). Paulo reforça o entendi-
mento do Cristo cósmico, que 
concilia o entendimento da am-
plitude da sua obra que não se 
limita ao tempo e ao espaço, que 
alcança a criação desde antes de 
seu princípio e queda (Ap 13.8) 
Ensinando as Nações Jovem 20
PE
N
SA
M
EN
TO O lugar ao qual a pa-
lavra de Deus se refere é uma 
condição de consciência e 
maturidade, e não apenas um 
endereço e um horário. (Pau-
lo Borges Jr)
e que lhe confere poder e autori-
dade sobre todas as coisas e em 
todos os tempos. Desta reconci-
liação não se furta a igreja; pelo 
contrário, aqueles que foram 
lavados e remidos pelo seu san-
gue, ele os abrigou em seu corpo 
e deu-lhes o nome de Eclésia.
De separados à reconci-
liados e inculpáveis (vv.21,22). 
Do ponto de vista da merito-
cracia, isto é, do sistema de re-
compensa segundo o próprio 
esforço, enfatizado pelo mun-
do, não é somente a igreja que 
é insustentável, mas toda a obra 
da criação. A condição do criar, 
assim como o redimir, está no 
gracioso sacrifício de Jesus. Ele 
é, segundo João 1, o Logos que 
se empenhou à morte, que nos 
trouxe a vida, pois ela estava es-
condida nEle. Mesmo sabendo 
que estaria morrendo por inimi-
gos, pessoas cujos pensamentos 
só aumentavam sua distância 
até Deus, assim mesmo, Jesus es-
colheu a Cruz. Esse ato deveria 
servir como iluminação, pelo Es-
pírito, para nos achegarmos com 
mais confiança ainda.
Apesar de suas eventuais 
falhas, a igreja não deve se pren-
der ao peso decorrente delas, ain-
da que deva evitá-las (Lc 17.1), 
mas ter a ousadia para testemu-
nhar que, o mesmo amor que a 
salvou, redimiu e justificou de 
toda acusação, é aquele que tam-
bém é a resposta para o mundo 
que não o recebeu.
Um desafio (v.23). Sob os 
desafios que a fé Cristã tem im-
posto a nós na pós-modernida-
de, endossando as palavras do 
apóstolo Paulo, desafio o leitor a 
se cercar de todas as promessas 
feitas por Jesus à sua igreja. Por-
tanto, não desista de crer! Não se 
afaste da gratidão de pertencer 
à comunidade da fé. Ela custou 
muito caro ao Senhor Jesus. Por 
isso, ore sempre, para que seja 
mantida em seu coração a ale-
gria da salvação. Ademais, não 
se afaste do Corpo de Cristo, pois 
é nele que se consuma a nossa es-
perança agora e no porvir.
Ensinando as Nações Jovem 21
Oct 31,
 20
2105
O MINISTÉRIO 
PAULINO 
24 Agora eu me sinto feliz pelo que tenho 
sofrido por vocês. Pois o que eu sofro 
no meu corpo pela Igreja, que é o corpo 
de Cristo, está ajudando a completar os 
sofrimentos de Cristo em favor dela.
25 E Deus me escolheu para ser servo 
da Igreja e me deu uma missão que devo 
cumprir em favor de vocês. Essa missão é 
anunciar, de modo completo, a mensagem 
dele.
26 Essa mensagem é o segredo que ele 
escondeu de toda a humanidade durante 
os séculos passados, porém que agora ele 
revelou ao seu povo.
27 O plano de Deus é fazer com que o seu 
povo conheça esse maravilhoso e glorioso 
segredo que ele tem para revelar a todos os 
povos. E o segredo é este: Cristo está em 
vocês, o que lhes dá a firme esperança de que 
vocês tomarão parte na glória de Deus.
28 Assim nós anunciamos Cristo a todas 
as pessoas. Com toda a sabedoria possível, 
aconselhamos e ensinamos cada pessoa, a 
fim de levar todos à presença de Deus como 
pessoas espiritualmente adultas e unidas 
com Cristo.
29 É para realizar essa tarefa que eu 
trabalho e luto com a força de Cristo, que 
está agindo poderosamente em mim.
Colossenses 1.24-29 | ARC
a bíblia diz
A carta de Paulo aos Co-
lossenses é focada em reafirmar a 
centralidade de Cristo e sua dou-
trina. O apóstolo enfatiza Cristo 
na criação, na providência, na 
redenção e na igreja. Agora, nes-
se ponto, Paulo volta a destacar 
o seu ministério e as marcas que 
ele deixou na igreja e em sua pró-
pria vida.
Russell Shedd, quando co-
menta sobre este texto, destaca 
que uma das marcas do ministé-
rio de Paulo é que era de “alegre 
sofrimento”. Ao olharmos para 
o versículo 24, encontramos a 
afirmação de Paulo sobre o fato 
dele se regozijar nos sofrimentos 
que passava pela causa de Cristo 
e, também, em função do corpo 
de Cristo - a igreja. O teólogo e 
escritor Wiersbe afirma que “o 
sofrimento de Cristo chegou ao 
fim, mas seu corpo, a igreja, ain-
da sofre ao permanecer firme na 
fé”.
Para os cristãos não é fá-
cil entender o termo “alegria nos 
sofrimentos”, porém quando o 
apóstolo escreve isto, ele trans-
mite a mensagem de que os cris-
tãos devem se alegrar por serem 
considerados dignos de sofrer 
Ensinando as Nações Jovem 22
afrontas, ou até mesmo ataques 
físicos, em nome de Jesus. Quan-
to a isso, o pastor Hernandes 
Dias Lopes comenta que “assim 
como o mundo perseguiu a Cristo, 
persegue a igreja por causa de Cris-
to. Assim as perseguições aos filhos 
de Deus são inevitáveis”. Paulo 
entendia e se alegrava por isso, 
compreendendo que havia um 
propósito, que era o avanço e de-
senvolvimento da igreja.
O fato de estar na sua pri-
meira prisão em Roma quando 
escreveu a carta, serve de base 
e motivação para os irmãos da 
igreja de Colossos, tendo em vis-
ta que há um exemplo prático 
para aqueles irmãos: o privilégio 
não apenas de crer em Cristo, 
mas, também, sofrer por Ele.
O MISTÉRIO REVELADO
Mesmo considerando que 
a igreja de Colossos não tenha 
sido fundada por Paulo, mas, 
sim, por Epafras, o apóstolo se 
preocupa em expor que ele se 
considera um ministro (servo) 
não só de Cristo, mas da igreja.
Ele trata sobre o misté-
rio oculto durante séculos, que 
agora se manifestou às gerações. 
Segundo D. L. Moody, quando 
Paulo comenta esse texto ele está 
trazendo a ideia de “um segredo 
apenas conhecido através da revela-
ção divina”. O mistério revelado 
àquela igreja “de acordo com a dis-
pensação da parte de Deus” tinha o 
propósito de dar pleno cumpri-
mento à palavra de Deus: Jesus 
Cristo, a própria palavra encar-
nada e agora expressa através 
da vida de Paulo não apenas aos 
judeus, seguidores da lei ou não, 
mas tambéma todos aqueles que 
receberam e aceitaram o chama-
do para serem feitos filhos de 
Deus (Jo 1.12).
Segundo William Barclay, 
“esse mistério estava no fato de que 
a glória e a esperança do evangelho 
não eram apenas para os judeus, mas 
também para todos os homens em 
todas as partes”. O apóstolo Pau-
lo está reafirmando aos irmãos 
daquela igreja que eles foram 
alvos da graça de Deus, através 
da revelação deste mistério, e 
que os sofrimentos que porven-
tura tivessem que enfrentar du-
rante sua caminhada de fé não 
deviam ser motivos para desis-
tirem de viver tamanha bênção. 
Em 2 Coríntios 11.23-28, vemos 
que o próprio apóstolo lista seus 
sofrimentos e dificuldades no 
ministério, mas sem demonstrar 
arrependimento, ao contrário, 
utiliza-se disso para encoraja-
mento das igrejas.
Ensinando as Nações Jovem 23
ANUNCIAR, ADVERTIR E 
ENSINAR
A ideia de Paulo ao apre-
sentar seu trabalho parece ter 
como objetivo central conscienti-
zá-los de que o mistério (1 Cl 1.26) 
e as riquezas da glória (v.27) lhes 
foram concedidos não para que 
se considerassem especiais ou 
merecedores de tamanha graça. 
Por isso, o apóstolo expõe os so-
frimentos por que passou e ain-
da passava naquele momento es-
tando preso, e ainda demonstra 
à igreja da região de Colossos a 
dádiva que eles receberam atra-
vés da pregação do evangelho, 
com consequente arrependimen-
to dos pecados e a conversão.
Sabemos que o homem 
natural não discerne as coisas 
de Deus (1 Co 2.14), de forma 
que eles jamais poderiam ter 
compreendido se Deus não lhes 
tivesse aberto os olhos para que 
entendessem sobre Cristo e a 
obra da redenção. Esta “riqueza 
da glória”, dada aos gentios, não 
isentava a igreja de Colossos de 
conhecer a Deus e sua vontade 
cada dia mais.
O apóstolo agora (v.28) 
utiliza três vezes o termo grego 
“pasanthropos” para indicar que 
ninguém, homem ou mulher, ju-
deu ou gentio, está livre da obri-
gação de conhecer a palavra de 
Deus, a fim de que possam cami-
nhar rumo à perfeição em Cristo. 
Anunciar a Cristo, advertir e en-
sinar sobre a vontade de Cristo 
era uma obrigação da qual Paulo 
não se afastava.
Anunciar a Cristo signifi-
cava para Paulo que ele próprio 
ou qualquer outro homem não 
deveria ser o foco. Nesse senti-
do, segundo o Pastor Hernan-
des Dias Lopes, por onde Paulo 
passava deixava atrás de si uma 
verdadeira revolução. Ele, na 
verdade, não considerava a vida 
preciosa para si mesmo desde 
que anunciasse o evangelho da 
graça de Deus (At 20.24). Ele 
entendia que, além de anunciar, 
era necessário também “advertir 
a todo homem”. O termo grego 
utilizado “nouthesia” traz a ideia 
de correção sobre os riscos da 
vida cristã e das mentiras e he-
resias disseminadas no meio da 
igreja. 
“Ensinando (gr. didaskein) 
a todo homem em toda sabedoria”. 
Este enunciado nos dá a noção 
de que o apóstolo quis trazer a 
ideia de que não bastava anun-
ciar a Cristo, advertir quanto aos 
erros cometidos, porém era de 
extrema importância, também, 
ensinar as verdades da palavra 
de Deus. Nessa direção, William 
Hendriksen afirma que “para 
Paulo a doutrina abstrata não exis-
Ensinando as Nações Jovem 24
PE
N
SA
M
EN
TO
 Paulo foi o maior ban-
deirante do cristianismo, seu 
expoente mais ilustre, seu arauto 
mais eloquente, seu embaixador 
mais conspícuo. (...) Com a mes-
ma motivação pregou quando 
tinha fartura e também quando 
passava por privações. Ele enri-
queceu a muitos, sem nada pos-
suir.” (Hernandes Dias Lopes)
tia, tampouco a ética cristã flutuan-
do no ar. Para Paulo o cristianismo 
era uma vida baseada na doutrina”.
O propósito final desse 
compromisso de Paulo com a 
igreja era a perfeição em Cristo. 
Paulo indica que aquela igreja, 
assim como a igreja de nossos 
tempos, teria que alcançar ma-
turidade ao ponto de ter seu ca-
ráter mudado e ter Cristo como 
modelo de vida.
UM ESFORÇO EXEMPLAR
No texto analisado nesta 
lição, vemos o apóstolo Paulo 
sempre deixando em evidência 
a questão do esforço com o qual 
ele se empenhava no ministério. 
Há sempre um ponto chave a 
ser observado, que é o propósito 
pelo qual Paulo se esforçava. No 
versículo 29 ele diz que se “afa-
diga” por esse propósito, que é 
o desenvolvimento do corpo de 
Cristo, até que este possa ser con-
siderado perfeito, não no sentido 
de não cometer mais pecados, 
mas no sentido de maturidade 
ao ponto de entender o novo 
modelo de vida com o qual de-
veriam viver agora.
Todavia, o homem que 
diz se “afadigar” e se “esforçar ao 
máximo possível” não requer para 
ele mesmo a honra ou o louvor 
de todo seu trabalho e esforço. 
A menção final do capítulo 1 é 
justamente o contrário disso: o 
apóstolo diz que tudo o que faz 
no ministério é o próprio Cris-
to, que “opera” (gr. energeo) de 
maneira eficiente através de sua 
vida. Esse termo utilizado signi-
fica que Cristo é quem o habilita 
e o capacita a realizar o trabalho.
Sem dúvida, há na vida 
desse homem um grande exem-
plo para os cristãos de todas as 
épocas. O pastor Hernandes Dias 
Lopes afirma sobre a vida de 
Paulo: “embora tenha experimen-
tado fome e frio, suportado cadeias e 
tribulações, passado os últimos dias 
numa masmorra enfrentando o mar-
tírio por ordem de um imperador in-
sano, sua vida ainda inspira milhões 
de pessoas em todo o mundo”. 
Portanto, espelhemo-nos 
no ministério de Paulo e, dessa 
forma, nos esforcemos para glo-
rificar a Deus.
Ensinando as Nações Jovem 25
Nov 07
, 2
02
106
AS VÃS FILOSOFIAS 
8 Cuidado que ninguém vos venha a 
enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, 
conforme a tradição dos homens, conforme 
os rudimentos do mundo e não segundo 
Cristo.
Colossenses 2.8 | ARA
a bíblia diz
CUIDADO!
CAUTION!
¡PRECAUCIÓN!
Os irmãos colossenses pas-
savam por um conflito de ideias, 
pois naquela cidade habitavam 
também gregos e judeus que ti-
nham crenças e valores não com-
patíveis aos princípios cristãos en-
sinados a esta igreja. Dessa forma, 
um desvio no entendimento do 
Mistério de Deus, que é a supre-
macia de Cristo, ou seja, Cristo 
como cabeça da igreja sendo ELE 
e somente ELE suficiente, poderia 
ser ocasionado pelo contato com 
essas diferentes formas de pensar. 
Ao lermos a epístola aos 
colossenses, é possível afirmar 
que os ventos das vãs filosofias 
não têm poder diante da obra 
redentora de Cristo, que nos 
tirou do império das trevas nos 
transportando para o seu reino 
de amor (Cl 1.13). Sabendo disto, 
vamos estudar juntos o que eram, 
de fato, estas vãs filosofias citadas 
pelo apóstolo, para que possamos 
combatê-las. 
CONFLITO DE IDEIAS
Os colossenses eram bom-
bardeados por duas linhas de 
pensamentos geradas pelos gre-
gos e judeus. Eles se uniram à 
igreja, aceitando a Cristo, porém 
não como o único e suficiente 
salvador. Com isso, essas pessoas 
aceitaram fazer parte do corpo de 
Cristo, mas não o consideravam 
como cabeça do corpo. Por con-
seguinte, estas ideias geravam 
as vãs filosofias as quais Paulo se 
referiu, que se subdividiam em 
duas fortes vertentes de influên-
cia dentro da igreja: o Politeísmo 
Místico defendido pelos gregos, 
e o Legalismo enfatizado pelos 
judeus.
Politeísmo místico. Den-
Ensinando as Nações Jovem 26
tro da cultura religiosa dos gre-
gos havia muitos praticantes do 
politeísmo, ou seja, sua crença, 
cultos, rituais, dentre outras coisas 
direcionadas a diversos deuses. 
Por exemplo: Afrodite era a deusa 
da beleza e do amor; Ares, o deus 
da guerra; Atena, a deusa da sa-
bedoria etc. Portanto, Jesus Cristo, 
para os irmãos gregos, era apenas 
mais uma divindade para a qual 
deveriam prestar culto. 
Legalismo. Já na cultura 
judaica, a Torá regia seus prin-
cípios, valores morais e sociais 
e a sua própria crença (fé) em 
Deus. Dentro desta perspectiva, 
os irmãos judeus daquela época 
acreditavam em Cristo, porém 
defendiam os mandamentos da-
dos por Moisés, revelados pela 
pessoa de Deus no Monte Sinal 
(Êx 19.11). Assim, eles queriam 
continuar vivendo nas práticas re-
ligiosas de outrora, preservando 
os dias sagradose, principalmen-
te, a circuncisão. 
O IDEAL PAULINO NA 
PESSOA DE CRISTO
A pressão era grande, para 
que a igreja desviasse seu foco 
central da pessoa de Cristo. O 
apóstolo a advertiu para tomar 
cuidado com as palavras persua-
sivas (Cl 2.4). A persuasão está 
relacionada ao ato de convencer 
através da comunicação simbó-
lica, no objetivo de gerar convic-
ção e valor em quem está sendo 
persuadido. Em outras palavras, 
as pessoas que defendiam estas 
vãs filosofias persuadiam os ir-
mãos através de suas crendices 
baseadas em tradições de homens 
e rudimentos do mundo (Cl 2.8) 
praticadas antes da vida de rela-
cionamento com Cristo. A igreja 
vivia sendo sufocada pelo medo 
de poderes espirituais e espíritos 
elementares, como se estas forças 
malignas tivessem poder sobre 
eles. 
Cristo, ao vir à terra, cum-
priu toda lei (Mt 5.17). Com isto, 
os irmãos colossenses não pre-
cisavam mais viver conforme as 
determinações previstas na Lei 
Mosaica. Assim, Paulo escreve: 
“Nele, também fostes circuncidados, 
não por intermédio de mãos, mas no 
despojamento do corpo da carne, que 
é a circuncisão de Cristo” (Cl 2.11). 
Portanto, o apóstolo os chamava 
de cristãos livres do legalismo e 
incentivava que eles vivessem 
assim. 
 O apóstolo queria instruir 
esta igreja a não andar mais neste 
viés, pois, contemplar isto e viver 
Ensinando as Nações Jovem 27
tal situação era invalidar a obra 
perfeita de Deus, que é o próprio 
Cristo manifestado em nós e atra-
vés de nós, ou seja, como a própria 
esperança da glória de Deus. Cris-
to Jesus, através do seu sacrifício 
na cruz, nos tira do domínio de 
qualquer potestade e principado, 
de modo a nos legitimar como 
participantes do seu reino de gló-
ria e amor. Logo, as leis que regem 
este reino não são leis humanas, 
porquanto qualquer dívida possí-
vel foi aniquilada. Nesse aspecto, 
as ordenanças de vida que tínha-
mos na antiga humanidade, sem 
Cristo, não cabem mais na nova 
humanidade proposta na pessoa 
de Cristo Jesus. 
AS VÃS FILOSOFIAS?
As vãs filosofias existem 
ainda hoje. Todavia, quero trocar 
este termo por outro mais atual, 
para facilitar ainda mais a nossa 
compreensão. Quero usar o termo 
IDEOLOGIA. 
 O mundo está sendo movi-
mentado muito mais por ideolo-
gias que por dinheiro. Ideologias 
sociais, econômicas, religiosas, 
e por que não citar aquelas que 
mais têm gerado combates, que 
são as ideologias políticas de di-
reita, esquerda, centro, extremis-
tas? Quanto às ideologias, pode-
-se dizer que tudo aquilo em que 
você pensa e defende, hoje, pode 
te definir. Logicamente, se é um 
pensamento, isto é uma ideia; se 
é ideia, é ideológico. Dentro disto, 
quero chamar atenção aqui em 
como e por que temos de comba-
ter estas vãs filosofias. 
Primeiramente, entenda que 
a palavra ‘vão’ significa vazio, 
oco, aquilo que não tem conteúdo. 
Por sua vez, a palavra filosofia 
significa amor pelo conhecimen-
to. Aqui existe algo especial: 
o apóstolo quer dizer que não 
devemos amar conhecimentos 
vazios, ocos de conteúdo. Assim, 
o politeísmo grego, com todos 
os seus deuses, não foi capaz de 
gerar transformação de vida e o 
discurso legalista dos judeus só 
trazia condenação àquele povo. 
As vãs filosofias de hoje, as 
ideologias humanas, não são ca-
pazes de gerar transformação em 
nossas vidas. Os astros, os signos, 
o tarô, o misticismo, o legalismo, a 
partir da observação da Torá exis-
tente até hoje em muitas igrejas e 
seitas, não são maiores que a su-
ficiência presente na supremacia 
de Cristo (Cl 1.20-23). 
Paulo orou pedindo: “Por 
esse motivo, também nós, desde o 
momento em que soubemos desse fato, 
Ensinando as Nações Jovem 28
PE
N
SA
M
EN
TO A urgência em entender-
mos a suficiência de Cristo é tão 
grande quanto o desejo da criação 
pela manifestação dos filhos de 
Deus. 
igualmente, não deixamos de orar por 
vós e de suplicar que sejais cheios do 
pleno conhecimento da vontade de 
Deus, com toda a sabedoria e enten-
dimento espiritual”. 
Ele pediu para que os ir-
mãos fossem transbordantes 
em conhecimento, sabedoria e 
entendimento. Às vezes usamos 
estas três palavras voltadas para 
o mesmo sentido. Todavia, elas 
possuem significados totalmen-
te diferentes: a) Conhecimento 
refere-se à junção de sabedoria 
e entendimento, que significa 
aprender algo por meio da ex-
periência. Ou seja, Paulo estava 
desejoso que os irmãos de Co-
lossos pudessem crescer através 
do entendimento do mistério de 
Deus, Jesus Cristo, através da 
experiência com ele (Cl 2.2,3); b) 
Sabedoria denota a qualidade de 
quem é sábio, do latim “sapere”, 
que significa “saber” ou “sentir o 
gosto”; c) Entendimento significa 
“reforçar” ou mesmo “estender” o 
conhecimento sobre algo. 
 Queridos, só vamos vencer 
as vãs filosofias quando sentirmos 
o gosto do que é a vida com Cris-
to, a partir dos ideais celestiais. 
Por isso, já temos que viver aqui 
no mundo os padrões do céu, por-
que o próprio Cristo, ao ensinar 
os seus discípulos a orar, disse 
“Venha o teu Reino. Seja feita a tua 
vontade, assim na terra como no céu” 
(Mt 6.10). Paulo reforça isso aos 
colossenses ao dizer: “Portanto, se 
já ressuscitastes com Cristo, buscai 
as coisas que são de cima, onde Cristo 
está assentado à destra de Deus. Pen-
sai nas coisas que são de cima e não 
nas que são da terra; porque já estais 
mortos, e a vossa vida está escondida 
com Cristo em Deus” (Cl 3.1-3). 
Tudo isto para que possa-
mos viver a plenitude da mani-
festação do reino de Deus aqui 
na terra. Este Reino, sendo mani-
festado através de nós, vai trans-
cender toda vã filosofia, ideologia, 
cultura, diferenças sociais e étni-
cas, pois no Reino dos céus, junto 
com Cristo nós nos tornamos um 
com ele. Quando isto acontecer, 
creio que viveremos um pleno 
avivamento, partindo da cultura 
do céu. Aleluia!
Ensinando as Nações Jovem 29
Nov 14
, 2
02
107O LEGALISMO 
RELIGIOSO
11 no qual também estais circuncidados 
com a circuncisão não feita por mão no 
despojo do corpo da carne: a circuncisão de 
Cristo. 
12 Sepultados com ele no batismo, nele 
também ressuscitastes pela fé no poder de 
Deus, que o ressuscitou dos mortos. 
13 E, quando vós estáveis mortos nos 
pecados e na incircuncisão da vossa 
carne, vos vivificou juntamente com ele, 
perdoando-vos todas as ofensas, 
14 havendo riscado a cédula que era contra 
nós nas suas ordenanças, a qual de alguma 
maneira nos era contrária, e a tirou do meio 
de nós, cravando-a na cruz. 
15 E, despojando os principados e 
potestades, os expôs publicamente e deles 
triunfou em si mesmo.
16 Portanto, ninguém vos julgue pelo 
comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias 
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, 
17 que são sombras das coisas futuras, mas 
o corpo é de Cristo.
Colossenses 2.11-17 | ARC
a bíblia diz
Esta epístola de Paulo é 
uma carta bendita. Foi uma men-
sagem escrita na asfixia de um 
ambiente carcerário, na dor da 
solidão de uma prisão, na penum-
bra de um momento pessoal do 
apóstolo. Ele estava em sua última 
prisão, em Roma, aguardando 
corajosamente sua execução. 
Não obstante a isso, não 
deixava de se preocupar com o 
cuidado pastoral das igrejas e ao 
menor sinal de perigo ele endere-
çava suas cartas a elas com a fina-
lidade de lhes advertir e ensinar. 
Assim, numa perspectiva geral, 
suas epístolas tinham pelo menos 
quatro propósitos: a) consolar os 
irmãos ante as perseguições da-
queles dias; b) corrigir certos pro-
blemas internos que ocorriam; c) 
empoderar seus pastores e líderes 
a frente do trabalho; d) defender 
a fé cristã ante as heresias que 
surgiam.
O AUTOR, A CARTA E A 
IGREJA
 Entre os estudiosos não 
há dúvidas da autoria paulina 
deste documento, uma vez que 
o próprio Paulo assume isso (1.1; 
4.18). Foi por volta do ano 62 d.C., 
quando de seu aprisionamento 
e sentenciamento à morte pelo 
Ensinando as Nações Jovem 30
famigerado imperador Nero, 
que ele escreveu esta carta, que 
ficou conhecida como “cartas da 
prisão”, juntamente com as cartasaos Efésios, aos Filipenses e a Fi-
lemom. Portanto, nada há para se 
discutir quanto a autoria paulina 
desta epístola.
 Quanto à carta em si, per-
cebemos claramente alguns as-
pectos teológicos interessantes 
que nos convém mencionar. Den-
tre eles, dois podem ser apresen-
tados: a) o zelo pastoral de Paulo 
e sua notável preocupação quanto 
aos perigos que solapavam a igre-
ja em Colossos (1.3,4); b) as várias 
heresias que atacavam aquela 
congregação, dentre elas o gnos-
ticismo (a arrogância intelectual), 
o misticismo (culto aos anjos) e o 
ascetismo (legalismo religioso), 
que será nosso objeto de análise 
(2.16-23).
Quanto à igreja dos Colos-
senses, não está confirmado que 
tenha sido Paulo que a plantou, 
ou que, sequer, ele tenha estado 
nessa cidade. A convicção mais 
aceita pelos historiadores é que 
o evangelho de Cristo chegou lá 
por intermédio de Epafras, um 
dos discípulos e colaboradores de 
Paulo e que era natural de Colos-
sos. Mas o portador desta epístola 
foi Tíquico, outro discípulo do 
apóstolo, uma vez que Epafras e 
Paulo estavam presos em Roma. 
A carta fora recebida com 
grande alegria por aqueles irmãos 
e muita edificação trouxe àquela 
igreja. 
DEFINIÇÃO DO 
LEGALISMO RELIGIOSO
Dentre os problemas que 
afetavam aquela igreja, o lega-
lismo era um dos mais graves e 
Paulo sabia disso. Mas, o que seria 
legalismo? Legalismo tem a ver 
com a prática desequilibrada da 
religião. É quando a fé é exercida 
de maneira grotesca e fanatiza-
da, na sua forma de pensar, falar 
e agir (Fp 4.8,9). Assim sendo, 
quatro coisas estão ligadas dire-
tamente ao legalismo: 
a) O formalismo. Diz respeito 
apenas à aparência das coi-
sas, seu aspecto ritualístico 
ou litúrgico, sem considerar 
sua essência (1 Sm 16.7);
b) Hipocrisia. É referente a 
uma aparente espiritualida-
de, mas que não correspon-
de, de fato, à realidade da 
pessoa (Mt 23.23-39);
c) Antibiblicidade. É concer-
nente ao fato de que a fé 
que estes legalistas queriam 
Ensinando as Nações Jovem 31
impor não tinha fundamen-
to nas Escrituras Sagradas; 
logo, era um fervor antibí-
blico (Gl 4.4,5; Jo 17.21-23);
d) Asfixia. Isto significa que o 
legalismo não apenas abria 
graves precedentes na igreja, 
mas, também, a asfixiava 
espiritualmente. O zelo ex-
tremo pelas regras sufocava 
a piedade e o amor pelo 
próximo e matava a vida 
espiritual de muita gente. 
Nesse sentido, J. Gresham 
Machen afirma que a ausên-
cia da Palavra ou a prática 
extremista dela sufoca a fé 
das pessoas levando todo o 
Corpo à asfixia.
EFEITOS DO LEGALISMO 
NA IGREJA
O legalismo possui alguns 
efeitos negativos na saúde espiri-
tual da igreja. Isso ocorre porque 
ele retira o verdadeiro foco, que 
é Cristo, de modo a apresentar 
pontos secundários e, muitas ve-
zes, heréticos, como o centro do 
culto bíblico. Assim, é necessário 
observarmos alguns efeitos noci-
vos que ele pode causar ao Corpo 
de Cristo:
a) Confusão. O legalismo con-
funde e engana as pessoas, 
porque se apresenta como 
algo bom, correto, saudável, 
porém é pernicioso e letal (1 
Co 14.33); 
b) Divisão. O legalismo faccio-
na, partidariza e fragmenta 
a igreja. Era o que ocorria 
entre os Colossenses. Esse 
mal causa enormes fissuras 
na unidade da igreja, abrin-
do espaço para todo tipo de 
divisão (1 Co 3.1-10);
c) Psicopatias religiosas. O 
legalismo desenvolve ma-
nias, fobias, traumas que 
podem prejudicar a própria 
vida da pessoa. Ademais, ele 
cria veneração ou aversão às 
coisas. Por fim, as pessoas 
sacralizam ou demonizam 
tudo. Nesses casos ocorre a 
“espiritualidade doentia”. 
Temos muitos exemplos 
disso em nosso meio, infe-
lizmente;
d) Desequilíbrio espiritual. 
O legalismo gera balbúr-
dia, “espetaculismo”, gera 
uma visão absolutamente 
distorcida da fé cristã que 
mais aliena do que edifica 
o crente; 
e) Heresias. O legalismo, em si 
mesmo, já é uma virulenta 
heresia. Todavia, ele gera 
Ensinando as Nações Jovem 32
PE
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SA
M
EN
TO Em Cristo não existe 
nenhuma barreira capaz de 
nos distanciar nem arrefecer 
o fervor que caracteriza a 
nossa fé.
outras heresias que afetam 
toda a igreja;
f) Morte espiritual. Por fim, 
o legalismo religioso pode 
matar um cristão e mesmo 
uma igreja. Os legalistas 
podem matar a fé de mui-
tas pessoas, porque querem 
impor seus achismos e suas 
práticas, sempre alegando 
razão e, às vezes, ameaçan-
do com dizeres do tipo: “Jeo-
vá pode pesar a mão” (Tg 5.12).
COMO SE COMBATE O 
LEGALISMO
Uma vez que sabemos 
quais são os efeitos prejudiciais 
do legalismo, podemos pensar 
nas formas de combatê-lo, uma 
vez que, caso ele se instale, po-
demos ter a morte até mesmo de 
uma igreja. Assim, ele pode ser 
combatido através de:
a) Do ensino da palavra de 
Deus. Nesse sentido, nossa 
querida EBD tem um papel 
fundamental (Hb 4.12);
b) Da oração constante. Dessa 
forma, as portas do legalismo 
são fechadas e as portas da 
graça são abertas (Tg 5.16);
c) Da piedade cristã. Dessa ma-
neira, devemos agir com amor 
para com os legalistas, a fim 
de que mudem a mente e re-
tornem ao equilíbrio sadio da 
fé (Gl 3.1-14);
d) Da unidade koinônica da 
igreja. Quando estamos real-
mente imbuídos do amor de 
Cristo, nada pode nos separar, 
nem mesmo o legalismo com 
suas sutilezas (Rm 8.38,39).
Ao realizarmos essas ações, 
seremos capazes de aplacar os da-
nos do legalismo. Dessa forma, 
teremos uma igreja sadia que 
é capaz de produzir excelentes 
frutos para Cristo.
Apeguemo-nos, portanto, 
à verdadeira doutrina e aos ver-
dadeiros ensinamentos, de modo 
que Cristo sempre seja o centro.
Ensinando as Nações Jovem 33
Nov 21
, 2
02
108
DOUTRINAS HUMANAS
18 Ninguém se faça árbitro contra 
vós outros, pretextando humildade 
e culto dos anjos, baseando-se em 
visões, enfatuado, sem motivo algum, 
na sua mente carnal,
19 e não retendo a cabeça, da qual 
todo o corpo, suprido e bem vinculado 
por suas juntas e ligamentos, cresce o 
crescimento que procede de Deus.
20 Se morrestes com Cristo para os 
rudimentos do mundo, por que, como 
se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a 
ordenanças:
21 não manuseies isto, não proves 
aquilo, não toques aquiloutro,
22 segundo os preceitos e doutrinas 
dos homens? Pois que todas estas 
coisas, com o uso, se destroem.
23 Tais coisas, com efeito, têm 
aparência de sabedoria, como culto de 
si mesmo, e de falsa humildade, e de 
rigor ascético; todavia, não têm valor 
algum contra a sensualidade.
Colossenses 2.18-23 | ARA
a bíblia diz
 No decorrer deste texto, 
o apóstolo Paulo faz críticas a 
algumas doutrinas humanas 
que estavam sendo implantadas 
na igreja de Colossos por falsos 
mestres judaizantes. Esses mes-
tres ensinavam a necessidade da 
intermediação dos anjos na ado-
ração, pregavam a prática da lei, 
dos costumes, das tradições e de-
monstravam uma falsa humilda-
de espiritual. O apóstolo, por sua 
vez, expõe a suficiência de Cristo, 
a importância da graça e faz uma 
crítica àqueles que praticavam a 
hipocrisia. A verdadeira doutrina 
é anunciada como uma forma de 
rebater os falsos ensinamentos.
O ÚNICO INTERMEDIADOR
 No primeiro capítulo da 
carta aos Colossenses, o apóstolo 
Paulo fala sobre a suficiência da 
cruz (Cl 1.13,14). Isto é, o homem 
é salvo unicamente pela obra de 
Jesus na cruz do Calvário. Cristo 
é o único caminho (1 Tm 2.5) e 
ninguém pode se achegar ao Pai 
se não for por ele (Jo 14.6). 
 Agora, no segundo capí-
tulo da carta, o apóstolo critica 
Ensinando as Nações Jovem 34
duramente aqueles que tentam, 
por meio do legalismo, tornarem-
-se próximos de Deus. Os falsos 
mestres pregavam doutrinas que 
diziam que os anjos deveriam 
ser venerados (Cl 2.18), pois 
estes eram intermediadores da 
adoração e que, através deles, os 
homens chegariam ao trono do 
Senhor. 
 Diante disso, mais uma 
vez, Paulo faz uma defesa da 
suficiência de Cristo. Ele é o úni-
co caminho. É verdade que na 
Antiga Aliança um véu separava 
o homem da presença do Senhor 
(Is 59.2). Nesse contexto, apenas o 
sumo sacerdote, uma vez por ano,podia chegar ao trono de Deus. 
Todavia, a morte de Jesus mudou 
tal cenário. O véu que outrora 
fazia separação rasgou-se de alto 
a baixo, no momento da crucifica-
ção (Mt 27.51), dando aos homens 
a liberdade de livre acesso a Deus, 
fazendo com que não dependesse 
mais de um sumo sacerdote ou de 
sacrifícios que são humanos.
 Portanto, a liberdade para 
adoração não depende dos anjos, 
como os mestres de Colossos en-
sinavam. Tampouco depende dos 
santos e padroeiros, como ensina 
a igreja romana. Outrossim, não 
depende de nada, exceto de Jesus 
Cristo. Quanto a isso, o autor aos 
Hebreus (10.19), declarou: “Tendo, 
pois, irmãos, intrepidez para entrar 
no Santo dos Santos, pelo sangue 
de Jesus”. O sangue dele garante 
o acesso de todos que quiserem 
se aproximar do Pai. O caminho 
para o Santo dos Santos está aber-
to.
GRAÇA VERSUS LEI
Além de falsos ensinamen-
tos sobre adoração, os mestres 
judaizantes também insistiam em 
falar das tradições da lei para os 
crentes de Colossos. Eles diziam: 
“não toque nisso, não coma disso, 
não use aquilo”! Paulo, entretanto, 
salienta que todas essas coisas 
não passam de meros preceitos e 
doutrinas que perdem a validade 
com o tempo (Cl 2.20). Os mestres 
declaravam que estes rituais eram 
úteis e necessários para a salva-
ção, quando, na verdade, apenas 
Cristo é suficiente. 
 O homem é salvo pela 
graça de Cristo, mediante a fé em 
Deus (Ef 2.8). Não pelas obras, 
para que ninguém se glorie (v.9). 
Isso porque todos pecaram e, por 
conseguinte, carecem da glória 
de Deus (Rm 3.23). Ademais, a 
lei dizia: o salário do pecado é 
Ensinando as Nações Jovem 35
a morte (Rm 6.23). Sendo assim, 
todos mereciam a condenação, a 
morte eterna. Entretanto, o livro 
de Romanos também declara que 
nenhuma condenação há para os 
que estão em Cristo Jesus (Rm 
8.1), porquanto nele há salvação. 
Logo, a lei veio para mostrar a 
necessidade da graça (Gl 3.24,25).
 Os mestres ensinavam que 
a obediência à lei era o caminho 
para a salvação. Um ensino equi-
vocado porque, segundo as Es-
crituras, o único caminho é Jesus. 
Após ser salvo por ele, o homem 
pratica as boas obras. Nesse sen-
tido, o apóstolo Tiago mostra na 
sua carta que o homem não deve 
obedecer para ser salvo; o homem 
já é salvo e, por isso, obedece. 
Abraão foi justificado pelas obras 
(Tg 2.21), porque elas mostravam 
em quem ele acreditava. Ele en-
tregou o seu filho (obra) porque 
de antemão já acreditava (fé) que 
Deus o salvaria.
A FALSA HUMILDADE 
ESPIRITUAL
 Os legalistas que prati-
cavam atos falsos de humilda-
de espiritual foram duramente 
exortados. Eles tinham aparência 
de devoção e sabedoria, mas não 
eram capazes de controlar os seus 
instintos carnais (Cl 2.23). Suas 
práticas eram semelhantes às dos 
fariseus, que em praça pública 
rasgavam as suas vestes e fingiam 
santidade. 
 Sobre estes, declarou Je-
sus: “Ai de vós, escribas e fariseus, 
hipócritas! Pois que sois semelhantes 
aos sepulcros caiados, que por fora 
realmente parecem formosos, mas 
interiormente estão cheios de ossos 
de mortos e de toda imundícia” (Mt 
23.27). Em outras palavras, eles 
eram bonitos e espirituais perante 
os homens, mas Deus conhecia os 
seus interiores e os considerava 
hipócritas.
 Nos tempos atuais não tem 
sido muito diferente. Na verdade, 
pode ter mudado a forma de pra-
ticar a hipocrisia, mas ela ainda 
permanece em diversos aspectos 
da vida religiosa. Os fariseus da 
atualidade não rasgam as roupas 
para aparecerem em praça públi-
ca, mas fingem rasgar os corações 
para aparecerem em uma foto 
do Instagram. Nesse contexto, 
supõe-se que até mesmo os fotó-
grafos da igreja sejam capazes de 
despertar a espiritualidade, visto 
que basta eles chegarem perto do 
fariseu moderno que as mãos co-
meçam a se levantar e as lágrimas 
Ensinando as Nações Jovem 36
PE
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SA
M
EN
TO Cristo não exige do 
homem pequenos momentos 
de emoção, mas toda uma vida 
de devoção. 
descem.
 Devemos nos lembrar do 
que recomendou Jesus: “Guardai-
-vos de exercer a vossa justiça diante 
dos homens, com o fim de serdes vis-
tos por eles; doutra sorte, não tereis 
galardão junto de vosso Pai Celeste” 
(Mt 6.1). Assim, todo aquele que 
quiser exercer uma espiritualida-
de alinhada à vontade de Deus 
deve abandonar a hipocrisia e a 
autoexposição, a fim de alcançar 
o galardão celestial.
A VERDADEIRA 
ESPIRITUALIDADE
 Clive Staples Lewis, mais 
conhecido como C. S. Lewis, es-
creveu: “A intensidade emocional 
não é, em si mesma, prova da profun-
didade espiritual”. A emoção tem 
tomado conta de alguns cultos. 
Muitos são os que choram condu-
zidos por recursos psicológicos. 
Não obstante, essa emoção nada 
tem a ver com a espiritualidade. 
Paulo diz aos hipócritas de Colos-
sos que de nada adianta demons-
trar devoção e não controlar os 
desejos carnais. 
 Aqueles, portanto, que não 
controlam a carne no cotidiano, 
vivem durante o culto a mais 
pura emoção. Por outro lado, os 
que são espirituais, que prestam 
cultos espirituais, conservam a 
santidade no dia a dia.
 O pregador David Wilker-
son explicou que o verdadeiro 
cristão não é um foguete, que 
por pouco tempo, em um culto, é 
bonito, faz barulho e experimenta 
explosões, mas logo acaba, pois 
tudo é mera emoção. O verda-
deiro cristão tem um fogo que 
arde continuamente no altar do 
coração. 
 A espiritualidade, dife-
rente da falsa devoção, não dura 
apenas uma noite de domingo, 
mas dura uma vida toda. Dessa 
forma, Cristo não é um “ficante” 
que quer te ver uma vez por se-
mana, mas é seu noivo e, por isso, 
quer se relacionar todos os dias, 
continuamente. A espiritualidade 
tem que ser constante!
Ensinando as Nações Jovem 37
Nov 28
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109
A PUREZA PESSOAL 
1 Portanto, se fostes ressuscitados 
juntamente com Cristo, buscai as 
coisas lá do alto, onde Cristo vive, 
assentado à direita de Deus.
2 Pensai nas coisas lá do alto, não 
nas que são aqui da terra;
3 porque morrestes, e a vossa vida 
está oculta juntamente com Cristo, 
em Deus.
4 Quando Cristo, que é a nossa vida, 
se manifestar, então, vós também 
sereis manifestados com ele, em 
glória.
Colossenses 3.1-4 | ARA
a bíblia diz
Paulo adverte a igreja de 
Colossos contra as doutrinas 
humanas que a todo tempo se 
opunham à fé em Cristo Jesus. 
Nesse sentido, no terceiro capí-
tulo, o apóstolo nos deixa um 
manual para uma vida pessoal 
pura, exortando-nos a ter uma fé 
fundamentada em Cristo Jesus, 
com toda sorte de boas obras uns 
para com os outros. 
O caminho para se atingir 
a maturidade espiritual não é 
uma via de relações secretas ou 
de disciplinas que punem, mas 
um caminho que consiste em 
compreendermos e em vivermos, 
tendo a morte na cruz e a ressur-
reição de Cristo (3.1) como base 
da vida cristã. 
Esse, no entanto, não era 
o trilho perseguido pelos colos-
senses, já que eles possuíam uma 
noção falsa da realidade celestial, 
o que os conduzia a fazer esforços 
inúteis e a professar uma doutrina 
falsa (Cl 2.20-23). 
UMA VIDA RESSUSCITADA
O primeiro versículo deste 
capítulo, que diz: “Portanto, já que 
vocês ressuscitaram com Cristo” (Cl 
3.1), faz menção ao batismo nas 
águas. Quando as águas cobrem 
o cristão é como se enterrassem 
um corpo morto. Dessa forma, 
há uma morte para o mundo, 
e para as coisas que nele há, ao 
passo que, ao ressurgir, tem-se 
uma ressurreição para uma nova 
Ensinando as Nações Jovem 38
vida escondida em Cristo Jesus 
(v.3). Por conseguinte, o mundo 
não pode reconhecer o cristão, já 
que sua verdadeira grandeza, que 
é a salvação e a vida juntamente 
com o Pai em glória (v.4), está 
escondida para o mundo. 
Quando decidimos descer 
às águas do batismo, nós renun-
ciamos a quem nós somos, às nos-
sas vontades, aos nossos desejos 
da carne, às nossas amizades que 
nos levam afastar dos propósitos e 
dos desígnios que Deus tem para 
nossa caminhada cristã. Assim, 
é preciso entender que nossos 
pensamentos, vontades e desejos 
não estão nas coisas e nos anseios 
terremos, mas, sim, naquele que 
morreu emuma cruz e está à 
direita do Pai nos altos céus (v.2). 
A partir do momento em 
que somos batizados, passa a ha-
ver uma diferença na forma como 
nós, cristãos, vemos as coisas, pois 
nossa perspectiva deve partir da 
eternidade com Cristo. Desse 
modo, já não vivemos como se o 
mundo fosse tudo o que importa 
e interessa, mas fazemos a dife-
rença nele, por meio de ações. 
Como extensão a isso, passamos 
a dar antes de receber; servir antes 
de ser servido; perdoar antes de 
pedir perdão. 
Portanto, o cristão não 
vê como os homens veem, mas 
vê pela ótica de Deus. Somos a 
diferença neste mundo! Nesse 
sentido, pergunto: você tem sido 
essa diferença onde está? Ou ape-
nas tem sido mais um em meio à 
multidão? 
CRISTO, NOSSA VIDA
O versículo quatro diz: 
“Quando Cristo, que é a nossa 
vida...” (v.4). A esse respeito, em 
outro texto o apóstolo, ao escrever 
aos filipenses, disse: “Para mim 
o viver é Cristo” (Fp 1.21). Já aos 
gálatas, ele afirmou: “Já não sou 
eu quem vive, mas Cristo vive em 
mim” (Gl 2.20). Logo, segundo 
Paulo, para o cristão, Jesus Cristo 
é o que há de mais importante na 
vida, pois Ele é a própria vida. 
Apesar disso, nem sempre o 
consideramos dessa forma, visto 
que lhe entregamos, em alguns 
momentos, um culto e uma vida 
fora de seus propósitos. 
Quanto à vida ou ao viver, 
algumas vezes dizemos: “A músi-
ca é sua vida... O esporte é sua vida... 
Vive para seu trabalho... Aquela ami-
zade é sua vida... Aquele relaciona-
mento é sua vida”. Dessa forma, em 
muitos momentos, associamos a 
vida ao trabalho, aos esportes e a 
outras situações, como se fossem 
Ensinando as Nações Jovem 39
sinônimos, o que destitui o real 
significado dela, que é Cristo. 
Para o cristão, portanto, 
Cristo é a vida. É ele que domina 
seus pensamentos, vontades, de-
sejos. É ele que enche e preenche a 
sua vida. Esta é a razão pela qual 
o cristão deve colocar sua mente, 
coração e sentimento nas coisas 
de cima e não nas deste mundo 
(Cl 3.2). 
 
O QUE DEVO DEIXAR 
PARA TRÁS
O versículo cinco diz: “Fa-
zei, pois, morrer a vossa natureza 
terrena” (v.5). Essa natureza ter-
rena diz respeito aos pecados e 
contrasta com o viver para Deus 
(Rm 6.1-14). 
Em Colossenses, Paulo 
lista cinco vícios: “prostituição, a 
impureza, o apetite desordenado, a 
vil concupiscência e a avareza, que 
é idolatria” (Cl 3.5b). Para Char-
les Francis Digby: “a idolatria é 
uma tentativa de usar a Deus para 
o propósito do homem, antes que 
entregar-se a si mesmo ao serviço de 
Deus”. As vicissitudes elencadas 
pelo apóstolo fazem parte do 
comportamento humano externo, 
porquanto são visíveis. Elas são 
provenientes das inclinações e 
dos mais profundos pensamentos 
íntimos, que são incompatíveis 
com a vida em Cristo. Assim, é ne-
cessário um rigoroso afastamento 
desta vida de desobediência, de 
maneira a abandonar tudo o que 
nos afasta de Deus, tudo que nos 
faz deixá-lo em segundo plano em 
nossas vidas, pois, sobre todas es-
sas coisas, a ira de Deus cairá (v.6).
Paulo, no versículo oito, 
diz: “Mas agora, abandonem todas 
estas coisas (v.8)”. A palavra usa-
da neste texto pode ser aplicada 
“a despir-se”. Quando descemos 
às águas, os vestidos velhos são 
tirados e somos revestidos de 
vestes novas ao emergir. Por con-
seguinte, o cristão deve se despir 
dos vícios, pois, fazendo assim 
estará colocando Deus como o 
centro da sua vida. Se estas prá-
ticas são recorrentes e acabam se 
tornando o centro dos desejos 
e dos valores, tirando Deus do 
centro, o cristão precisa entregar a 
sua vida por inteiro a Cristo para 
ter sua vida renovada (Rm 12.2,3).
A Bíblia apresenta prin-
cípios que capacitam o crente. 
Por meio da orientação do Es-
pírito Santo, é possível saber 
como devo: falar (Pv 10.19); agir 
(Pv 15.24); ter uma vida pura (Sl 
119.9); obter o perdão dos pecados 
(2 Cr 7.14); ajudar ao próximo (Gl 
6.10); estudar a Palavra (Cl 3.16). 
Ensinando as Nações Jovem 40
PE
N
SA
M
EN
TO
 A eternidade não pode 
ser preenchida com o tempo-
ral, nem o infinito pode ser sa-
tisfeito pelo finito. O coração 
do homem foi feito para a me-
dida plena da glória de Deus. 
Sem isso o homem é pobre, 
miserável e vazio. (Paul Wa-
sher) 
Com isso, é possível observar que 
a Bíblia é uma fonte inesgotável 
de princípios para uma conduta 
cristã.
Diante de tudo isso pode-
mos dizer: nada, nem ninguém 
podem ser colocados em igualda-
de ao nosso relacionamento com 
Deus e com sua Palavra. 
À IMAGEM DO CRIADOR
No versículo 10, Paulo diz: 
“E se revestiram do novo, o qual está 
sendo renovado em conhecimento, à 
imagem do seu Criador” (Cl 3.10). A 
metáfora da mudança de revestir 
de algo novo fala de uma altera-
ção visível de comportamento do 
cristão, uma mudança completa 
de personalidade. 
Dizer que não tem como 
mudar, que nasceu assim e que 
vai morrer assim (síndrome de 
Gabriela), é semelhante a dizer 
que Deus não existe. Essa compa-
ração é forte, mas, se somos seres 
mutáveis, é possível nos adaptar-
mos às mais difíceis condições. 
Então, por que não mudarmos, 
conforme a palavra de Deus nos 
ensina? (2 Co 5.17). Corroboran-
do esta ideia de mudança, vários 
outros versículos nos convidam 
a experimentar a substituição do 
velho pelo novo (Mt 3.8; Rm 12.2; 
At 3.19). 
No versículo 11, Paulo diz: 
“Nessa nova vida já não há diferença 
entre grego e judeu, circunciso e 
incircunciso, bárbaro e cita, escravo 
e livre, mas Cristo é tudo e está em 
todos”. No Antigo Testamento, 
havia uma divisão étnica e social. 
Com a Nova Aliança, não há mais 
esta divisão, pois somos um só 
corpo em Cristo Jesus (Rm 12.4,5). 
Nele, toda a diferença é removida, 
qualquer que seja ela. Isso porque 
Cristo é tudo em todos sem distin-
ção, porquanto o amor e a graça 
de Deus são infinitos.
Isto mostra expressamente 
o amor de Deus por nós, os gentis. 
É um amor que ultrapassa bar-
reiras e fronteiras. Por isso, não 
menospreze quem não é do seu 
nível social ou não está na mesma 
“categoria” que você na igreja. 
Lembre-se de que somos parte de 
um Corpo onde a cabeça é Cristo. 
Ensinando as Nações Jovem 41
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A COMUNHÃO CRISTÃ 
12 Revesti-vos, pois, como eleitos de 
Deus, santos e amados, de entranhas de 
misericórdia, de benignidade, humildade, 
mansidão, longanimidade,
13 suportando-vos uns aos outros e 
perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver 
queixa contra outro; assim como Cristo vos 
perdoou, assim fazei vós também.
14 E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, 
que é o vínculo da perfeição.
15 E a paz de Deus, para a qual também 
fostes chamados em um corpo, domine em 
vossos corações; e sede agradecidos.
16 A palavra de Cristo habite em vós 
abundantemente, em toda a sabedoria, 
ensinando-vos e admoestando-vos uns 
aos outros, com salmos, hinos e cânticos 
espirituais; cantando ao Senhor com graça 
em vosso coração.
17 E, quanto fizerdes por palavras ou por 
obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, 
dando por ele graças a Deus Pai.
Colossenses 3.12-17 | ARC
a bíblia diz
A comunhão fraternal é 
algo muito importante para o cris-
tão. Jesus, em seus ensinamentos, 
e na formação de seus discípulos, 
os orientava a viver uma vida de 
unidade e de comunhão, pois 
ele sabia que o espírito de Deus 
não age por meio do egoísmo, 
sentimento faccioso, enfim, da 
desunião. Nesse sentido, o Mestre 
chegou a dizer, de forma bastan-
te incisiva, que o mundo saberá 
que nós somos seus discípulos 
quando amamos uns aos outros. 
Por isso, ele ensina: “Amarás o 
teu próximo como a ti mesmo” (Mt 
22.39b). Quando agirmos assim, 
estaremos perfeitamente unidos 
em sua comunhão (Jo 17.20,21). 
A forma como expressa-
mos nossa comunhão com ou-
tros cristãos demonstra o amor 
de Deus. Assim, a maneira de 
nos portarmos é um poderoso 
testemunho do poder de Jesus, 
porquanto nenhuma outra força 
nesse mundo consegue unir tan-
tas pessoas diferentes em um úni-
co propósito, ligados pelo amor.
Diante da importância 
dessa temática, Paulo instrui a 
igreja de Colossos a

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