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erros inatos do metabolismo

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Thaiane Barros – Medicina P2 1 
Erros Inatos do metabolismo
Problema: Um grande susto 
Tutor: Fabiana Oliveira 
Relator: Thaiane Barros 
Coordenador: Nicolas Gabriel 
 
PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: 
1♡- Entender os erros inatos do 
metabolismo; 
 
2♡- Analisar o teste do pezinho ( relacionar 
as doenças analisadas, método de coleta, 
relação entre prematuridade, diagnóstico); 
 
3♡- Conhecer a PKU (sintomas, 
fisiopatologia, diagnóstico e exames 
complementares, tratamentos). 
 
PASSO 6- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 
 
1 Erros inatos do metabolismo 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A causa dos erros inatos do metabolismo 
(EIM) foi descrita por Beadle, pela teoria “Um 
gene- uma enzima”, onde um gene específico 
está relacionado com a síntese de uma 
cadeia polipeptídica especifica. E com isso, 
um defeito genético provocaria um defeito 
enzimático como, por exemplo, defeitos em 
genes que fazem a codificação de enzimas 
envolvidas em algumas rotas metabólicas 
(SCRIVER, 2001). Ou seja, os bloqueios em 
vias metabólicas específicas são o resultado 
de defeitos em determinadas enzimas. 
 
CONCEITO 
 
 Quando falamos no termo “ERROS INATOS 
DO METABOLISMO” é um termo que já diz 
muita coisa sobre esse grupo de doenças, 
onde a palavra ERROS remete a tudo aquilo 
que é considerado como um defeito, falha ou 
deficiência, a palavra INATOS remete ao que 
é genético, ao que é hereditário e a palavra 
METABOLISMO remete a todos os processos 
de transformações que ocorrem no 
organismo e em uma célula, tanto de 
catabolismo e anabolismo. Outro termo que 
explica muito bem e que é usado como 
sinônimo dos EIM, é o de “DOENÇA 
METABÓLICA HEREDITÁRIA” 
Então por via de definição, EIM são APENAS 
as alterações genéticas que levam a alteração 
de alguma via metabólica específica. Após 
alguns anos de estudos foi definido ainda, 
que os erros inatos do metabolismo (EIM) são 
doenças causadas por distúrbios genéticos 
que geralmente correspondem a um defeito 
enzimático, que levam a perda da função de 
proteínas que participam ali das reações 
químicas ou do transporte de metabólitos, 
para o funcionamento normal do organismo, 
e que são decorrentes da interrupção de uma 
determinada via metabólica. Por conta disso 
esses EIM, eles vão ocasionar, portanto, 
alguma falha na síntese, degradação, 
armazenamento ou no transporte de 
moléculas no organismo. 
 
 São considerados como os causadores das 
DOENÇAS METABÓLICAS HEREDITÁRIAS 
(DMH), responsáveis por cerca de 10% de 
todas as doenças genéticas. 
 
 Os erros inatos (EIM) podem ser 
autossômicos (envolvendo um cromossomo 
diferente de X ou Y) ou ligados ao X, e o 
defeito genético pode ser dominante ou 
recessivo. Nos distúrbios dominantes, todos 
que carregam o gene são afetados pela 
doença; portanto, todo indivíduo afetado tem 
obrigatoriamente pelo menos um dos pais 
afetados. Se o gene defeituoso for recessivo, 
ficará em silêncio, a menos que ambas as 
cópias, ou seja a materna e a paterna do 
gene, carreguem a mutação, ou seja, os 
indivíduos afetados homozigotos; pais 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
2 
portadores de apenas uma cópia do gene 
afetado (heterozigotos) são apenas 
portadores e não são clinicamente afetados. 
Inclusive as doenças de caráter autossômico 
recessivo, é que representam a maioria das 
doenças metabólicas herdadas. 
 
OBS: Quando um paciente apresenta 
manifestações clínicas extremamente sutis 
ou quase imperceptíveis ao ponto da doença 
não ser clinicamente detectada, mesmo com 
o gene defeituoso presente, nós dizemos que 
a doença é considerada NÃO PENETRANTE. 
Ou seja, quando não é expressa 100% ( não 
completamente). 
 
 A maioria das EIM, são doenças sistêmicas 
e podem se manifestar em qualquer faixa 
etária, e os profissionais da saúde devem 
atentar aos sinais e sintomas de um erro 
metabólico em qualquer paciente. 
 
 
FISIOPATOLOGIA DA ROTA METABÓLICA: 
 
 Metabólito A (tenta)  Metabólito B 
( se não tiver uma enzima + cofator, não 
consegue transformar o metabólito A em B ). 
 
 Ou seja, o EIM vai ser uma deficiência em 
uma determinada enzima ou um cofator, que 
vai levar a dificuldade de uma entidade se 
transformar em outra, comprometendo uma 
determinada via metabólica, e o excesso ou a 
falta dessa entidade vai levar a uma 
consequência, como tentativa de 
compensação da falta ou o excesso desse 
elemento. Quando se tem o acúmulo de 
concentrações elevadas do substrato que 
não está sendo metabolizado corretamente 
como deveria, pode acabar sendo tóxico pro 
organismo e como consequência disso pode-
se ter uma deficiência de um produto, então 
não vai ter a formação desse produto que é 
essencial pro funcionamento celular e além 
disso, o acumulo desse substrato pode levar 
a ativação de algumas rotas metabólicas 
diferentes, que normalmente não seriam 
ativadas, além do desvio para rotas 
alternativas levando a produção de 
metabólitos secundários que normalmente 
não são produzidos em grandes 
concentrações levando a possibilidade de 
mais compostos tóxicos. 
 
  Exemplo: Glicogênio  glicose-6-fosfatase 
(precisa da enzima glicogênio fosforilase para 
realizar a glicogenólise, e em uma situação de 
jejum sem glicose, ocorreria uma 
hipoglicemia, por falta do metabólito B. 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
3 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
 Os erros inatos do metabolismo (EIM) 
podem se manifestar clinicamente de várias 
formas: 
 Acumulação de substrato (de uma 
reação enzimática); 
- Que podem envolver enzimas 
mutantes responsáveis por processos 
de degradação= ou seja a reação 
enzimática; 
- Ou o acúmulo de metabólitos 
geralmente hidrossolúveis. 
- Esse acúmulo de substrato se reflete 
em rápidos depósitos sobre o plasma 
sanguíneo e/ ou também na urina; 
- O acúmulo de lipídeos complexos 
hidrofóbicos se limitam aos tecidos do 
SNC e devido a isso possuem um 
diagnóstico mais difícil; 
 Acúmulo de metabólito menos: 
- Normalmente é um produto que está 
em excesso, participante de uma 
reação extremamente trivial para o 
organismo. 
- Exemplo, a galactosemia que pode 
provocar a catarata, resultante do 
acúmulo de galactitol no sangue, pela 
falha no processamento do açúcar 
galactose. 
 Redução/deficiência de um produto; 
- Nesse caso, a doença depende da 
importância do produto da reação. 
- Exemplo, uma deficiência do produto 
hormônio tireoidiano, causador do 
HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO. 
- A deficiência de um produto estar 
associada ao acúmulo de substrato 
tóxico (seria um duplo mecanismo 
fisiopatológico): 
- Exemplo, a Acidúria arginino-
succínica – UCD (que pode acontecer 
por uma deficiência da conversão de 
ácido succínico em arginina, pode ser 
pela deficiência de arginina e de 
ornitina, pela depleção de ornitina na 
mitocôndria, pelo acúmulo de 
carbamil-fosfato e NH3 ou pela 
hiperamonemia e encefalopatia) 
 Desvio de intermediários; 
 Falha da retroalimentação negativa; 
 Falha dos mecanismos de transporte. 
 
CLASSIFICAÇÃO – POR GRUPOS: 
 
 Existem 3 grupos que classificam a EIM. 
Dois deles envolvendo o metabolismo 
intermediário: doenças por “Intoxicação” e 
por “defeito energético”, e um terceiro grupo 
que se refere aos defeitos enzimáticos da 
síntese ou degradação das moléculas 
complexas que ocorrem em distintas 
organelas celulares (Saudubray et al., 2006). 
 
GRUPO 1: 
 
 Está relacionado a um defeito de síntese ou 
de catabolismo de moléculas complexas 
(doenças de depósito). 
- Possui um conjunto de sintomas e sinais 
que são gradativos e permanentes. 
 
 Responsável pelas doenças lisossômicas, 
as quais são um grupo em que se há o 
acúmulo gradativode substancias que não 
foram metabolizadas no interior da organela 
celular, lisossomo, por possível deficiência 
enzimática. Entre essas doenças estão as 
 Mucopolissacaridoses 
 Esfingolipidoses 
 Glicoproteinoses 
 Distúrbios do transporte da membrana 
 
 Responsáveis pelas doenças 
Peroxissomais, que provoca um defeito na 
biogênese e/ou função do peroxissoma 
resultando no acumulo de AGCML, que são 
citotóxicos para as células neuronais, além de 
ser responsável também pelo acumulo de 
intermediários dos ácidos biliares = ou seja, 
os hepatócitos e também pela diminuição da 
síntese do ácido docosahexanóico e 
plasmalógenios que danifica as membranas 
celulares. As doenças peroximais são 
responsáveis ainda, pelas alterações 
esqueléticas, dismorfirmos craniofaciais, 
alterações neurológicas, hepáticas e 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
4 
gastrointestinais. EX: DOENÇA DE Zellweger, 
Adrenoleucodistrofia, etc 
 
 Manifestações clínicas das doenças do 
Grupo 1: em todas as faixas etárias 
 
 Hidropsia fetal, ascite; 
 Achados dismórficos; 
 Hepato-esplenomegalia; 
 Discrasias sanguíneas; 
 Alterações esqueléticas; 
 Alterações oculares; 
 Hipotonia e convulsões; 
 Alterações de pele 
 Limitação articular; 
 Neurodegeneração aguda; 
 Mieloneuropatias subagudas; 
 Deficiência auditiva. 
 
 Tratamento: É feito por meio de terapia de 
reposição enzimática. 
OBS: Vários desses erros inatos do grupo 1 
podem ter manifestações mais para a fase 
adulta, devido ao caráter gradativo em que 
os sintomas tendem a se acentuar apenas 
com o passar do tempo. 
 
GRUPO 2: 
 
 Representa o grupo de defeitos no 
metabolismo intermediário. Os quais são 
caracterizados por apresentarem intervalos 
livres de sintomas e relação evidente com o 
aporte alimentar. Inclusive as manifestações 
levam, a INTOXICAÇÃO AGUDA E 
RECORRENTE OU CRÔNICA E PROGRESSIVA. 
 
 Responsável pelas Aminoacidopatias, as 
quais se caracterizam pelo acumulo de 
aminoácidos em diversos tecidos diferentes 
e clinicamente pelo retardo mental, 
convulsões, encefalopatias progressivas, 
distúrbios de comportamento entre outros 
distúrbios neurológicos. 
Grande exemplo é a FENILCETONÚRIA e 
TIROSINEMIAS. 
 
 
 
 Responsável pelas Acidemias Orgânicas; 
 Responsável pelas Doenças do ciclo da 
uréia; 
 Responsável pela intolerância de alguns 
açúcares, como a frutose e a galactose. 
 
 Manifestações clínicas de intoxicação 
aguda das doenças do Grupo 2: 
 
 Acidose metabólica;  Desidratação 
 Alcalose respiratória;  Vômitos 
 Hiperamonemia;  Letargia e coma 
 Hipoglicemia;  Cetose 
 Hiperglicemia;  Icterícia 
 Insuficiência hepática;  Hepatomegalia 
Complicações tromboembólicas; 
 Odor anormal 
 São doenças que podem ser tratadas com 
dietas específicas. 
 
GRUPO 3: 
 
 Está relacionado com a deficiência na 
produção ou na utilização de energia. 
 
 Geralmente são decorrentes de distúrbios 
do hepáticos, miocárdicos, músculares e 
cerebrais. 
 
 Manifestam-se, comumente, em todas as 
faixas etárias, através de: 
 
 hipoglicemia;  hipotonia generalizada, 
 Hepatomegalia; Hiperlacticemia; 
 Diabetes;  Cardiomiopatias; 
 AVE;  IC;  Déficit de crescimento; 
 Odor anormal;  Alterações renais; 
 Abortos repetidos;  Morte súbita. 
 
EIM: Classificação Clínica 
 Síndrome Neurológico 
 Acidose Metabólica 
 Síndrome Hepático 
 Síndrome Cardíaco 
 Síndrome de Depósito e Dimorfismo 
 Doença Metabólica do Recém-Nascido; 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
5 
Diagnóstico: 
 
 Geralmente muitos dos erros inatos do 
metabolismo são detectados através da 
triagem neonatal. Ainda, assim, ainda que se 
apresente sintomas inexplicáveis, somados 
com Um resultado negativo da triagem 
neonatal, não exclui o fato de ter o 
diagnóstico de doença metabólica, porque 
podem acontecer os achados falso-
negativos, possivelmente por uma triagem 
muito precoce, ou uso de medicamentos, de 
transfusões, problemas na coleta ou o 
manuseio incorreto das amostras. 
 
 Exames de triagem (teste do pezinho) + 
complementares: 
 Teste do pezinho COMPLETO 
 Cromatografia de aminoácidos e 
Acilcarnitinas; 
 Galactose total/ GALT – Triagem ou 
diagnóstico de GALACTOSEMIA; 
 TREC/KREC – imunodeficiências; 
 Painel energético – se exames anteriores 
não trouxerem resultado efetivo, é um 
grupo de genes que se analisa para a 
doença específica. 
 Exoma – análise de todos os genes do 
corpo, todos os ÉXONS (demoram cerca de 1 
mês para sair o resultado, ou duas semana 
em estado de urgência, e custa entre 4-5 mil 
reais); 
 Genoma – quando a deficiência pode 
estar nos INTRONS, diretamente no DNA. 
 
Tratamento: 
 
 A maioria dos EIM, podem ser 
solucionados, atenuados ou controlados se 
forem diagnosticados e tratados 
precocemente. O foco dos tratamentos 
contra EIM, são a prevenção de acúmulo 
adicional das substâncias nocivas ao 
organismo, correção de anormalidades 
metabólicas e eliminação de metabólitos 
com poder de toxidade. 
 
 Geralmente é feito uma combinação 
entre fármacos e dietoterapia, onde os 
pacientes podem se recuperar 
completamente sem sequelas, diminuindo 
sintomas e melhorando a qualidade de vida. 
 
 Geralmente, o tratamento com terapia 
médica específica para o erro inato do 
metabolismo precisa ser contínuo por toda a 
vida, devido a própria falha genética do 
metabolismo. 
 
 Pacientes com EIM, diagnosticados devem 
evitar estressores fisiológicos, como 
doenças intercorrentes, traumas, cirurgias e 
mudanças na dieta, para que não corra o 
risco de provocar uma descompensação 
metabólica. 
 
 
2 Analisar o teste do pezinho (relacionar as 
doenças analisadas, método de coleta, 
relação entre prematuridade, diagnóstico); 
 
CONCEITO: 
  O teste do pezinho é um dos testes que 
compõem a triagem neonatal, a qual faz 
parte do Programa Nacional de Triagem 
Neonatal (PNTN), que tem como objetivo 
identificar os distúrbios no recém-nascido 
em tempo hábil para uma intervenção 
adequada. 
 A triagem neonatal é realizada entre o 0 e 
28 dias de vida. 
 A triagem neonatal não engloba apenas o 
teste do pezinho, que é o mais conhecido e 
também o responsável por identificar de 
diversas doenças genéticas, endócrinas, 
metabólicas, e enzimáticas; Como também 
possui os testes: 
 TESTE DO PEZINHO; 
 TESTE DO CORAÇÃOZINHO; 
 TESTE DO REFLEXO VERMELHO; 
 TRIAGEM AUDITIVA; 
 AVALIAÇÃO DO FRÊNULO LINGUAL 
 
 
 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
6 
TESTE DO PEZINHO/NEONATAL BIOLÓGICO: 
 
 Também conhecido como triagem 
neonatal biológica. É o primeiro teste de 
triagem neonatal criado pelo SUS em 2001. 
 
O teste do pezinho AVALIA os seguintes 
marcadores (6 doenças): 
 
 Fenilcetonúria: dosagem da fenilalanina; 
 Hipotireoidismo Congênito: dosagem de 
TSH; 
 Doença Falciforme e outras 
Hemoglobinopatias: eletroforese de 
hemoglobina; 
 Fibrose Cística: dosagem da tripsina 
imunorreativa; 
 Deficiência de Biotinidase: teste 
qualitativo de atividade enzimática; 
 Hiperplasia Adrenal Congênita: dosagem 
da 17 – hidroxiprogesterona. 
OBS: Toda criança com resultado positivo 
tem direito a continuidade de atenção, 
direito a reteste quando indicado, 
tratamento e/ou reabilitação. 
 
 O teste do pezinho é um teste é universal, 
a recomendação da realização do teste é 
que ele deve ser realizado entre o 3° e 5° de 
vida, sem ultrapassar 30 dias, porque com a 
identificação precoce, se consegueevitar o 
aparecimento de sintomas e evita futuras 
sequelas, através do tratamento apropriado. 
Salve a exceção dos casos de doença grave 
neonatal, prematuridade, transfusão 
sanguínea. 
 
A implantação do PNTN foi dividido de 
acordo com as seguintes fases: 
 
Fase I – Fenilcetonúria e Hipotireoidismo 
congênito; 
Fase II – Anemia falciforme e outras 
hemoglobinopatias; 
Fase III – Fibrose Cística; 
Fase IV – Deficiência de biotinidase e 
Hiperplasia Adrenal Congênita. 
 
 
REALIZAÇÃO DA COLETA: 
 PROCEDIMENTOS: 
 O profissional deve usar; 
 realizar a assepsia do calcanhar do bebê 
com algodão ou gaze umedecidos com 
álcool a 70%. 
 Identificar o local correto de punção; 
 Colocar o pé do bebê abaixo do nível do 
coração, para que haja maior circulação de 
sangue; 
 Na hora de puncionar, deve-se usar 
lancetas adequadas (autorretrateis 
preferência para evitar acidentes), estéreis, 
descartáveis, e com profundidade e largura 
determinadas. 
 O local de punção deve ser em uma das 
laterais da região plantar do calcanhar (onde 
há menor possibilidade de atingir o osso); 
 Após a punção, aguardar a formação 
da primeira gota de sangue; 
 Desprezar a primeira gota, limpando-a 
pois ela pode conter outros fluídos teciduais. 
 As demais gotas devem ser encostadas no 
verso do papel filtro, até o preenchimento de 
todo o círculo delimitado. São 5 círculos 
presentes no papel filtro e todos precisam 
ser preenchidos de forma homogênea. 
 Realizar a hemostasia, ou seja, o controle 
da saída de sangue com uma gaze ou algodão 
seco sobre o local da punção. 
 Deve se assegurar da qualidade da 
amostra antes de envio ao laboratório; 
 
OBS: Não se deve virar o papel-filtro para 
fazer a coleta dos dois lados: é preciso que o 
sangue atravesse a camada e seja absorvido 
de forma homogênea! A superposição de 
camadas de sangue interfere nos resultados 
do teste. 
 
TESTE DO PEZINHO EM PREMATUROS: 
 
 Realiza a coleta de sangue venoso 
periférico, com três amostras diferentes. 
 
1° AMOSTRA: Ao nascimento á admissão na 
UTI neonatal. 
2° AMOSTRA: Entre 48-72hs de vida; 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
7 
3° AMOSTRA: Á alta hospitalar ou aos 28 
dias de vida. 
 
OBS: Todos os recém-nascidos prematuros, 
de baixo peso, ou hospitalizados, devem ser 
testados, inicialmente, como recomendado 
para recém-nascidos a termo sadios, entre > 
48h e 7 dias de vida. Sobre as 
recomendações específicas para cada 
triagem: 
 
Para triagem da Fenilcetonúria 
 A triagem para fenilcetonúria (PKU) só é 
válida se o recém-nascido estiver recebendo 
leite materno, fórmula infantil ou outra 
forma de dieta enteral adequada (pelo 
menos 75 calorias/kg/dia) há 24h ou mais, 
caso contrário deve ser anotado no envelope 
de coleta "insuficiente ingesta protéica", e 
uma nova amostra deverá ser obtida 24 -36h 
após o estabelecimento de ingesta protéica 
apropriada. 
 
Para triagem de Hipotireoidismo congênito 
 Em recém-nascidos de muito baixo peso 
ao nascer, especialmente os prematuros, 
deve-se repetir a triagem de hipotireoidismo 
congênito (dosagem de TSH) algumas 
semanas depois para detectar aqueles 
recém-nascidos cuja imaturidade do eixo 
hipotálamo-hipófise-tireóide possa mascarar 
o hipotireoidismo congênito primário. 
Recomendações: 
 recém-nascidos com 1000-1500g - coleta 
de uma segunda amostra duas semanas 
após o nascimento; 
 recém-nascidos com peso menor que 
1000g - coleta de uma segunda amostra 
quatro semanas após o nascimento, 
independente da idade gestacional; 
 recém-nascidos prematuros com peso 
maior que 1500g, mas com menos de 32 
semanas de idade gestacional - coleta de 
uma segunda amostra duas semanas após o 
nascimento. 
 
 
 
 
 
Para caso de Transfusão / nutrição 
parenteral total / terapia com 
corticosteróides ou dopamina 
 As condutas em relação aos prematuros 
que necessitam de transfusão também são 
as mesmas dos recém-nascidos a termo. 
Deve-se também colher uma amostra, 
mesmo que precoce (com menos de 48h), 
antes da instituição de nutrição parenteral 
total (NPT) ou da terapia com 
corticosteróides ou dopamina. Uma segunda 
amostra deverá ser obtida entre o 3º e o 7º 
dia de vida. Uma vez que mesmo pequenas 
quantidades de NPT podem invalidar os 
resultados da triagem, especialmente 
gerando resultados falsos positivos para 
PKU. Recomenda-se para crianças que foram 
submetidas à NPT sem coleta prévia, a coleta 
de duas amostras: a primeira 3 ou mais dias 
após a mais recente NPT e a segunda 3 meses 
após a NPT final, sempre indicando no 
envelope de coleta "NPT". 
 
Para casos de Triagem alterada 
Um teste de triagem alterado num recém-
nascido prematuro com sinais clínicos 
compatíveis com a doença em questão, deve 
ser feito imediatamente a coleta de amostra 
biológica para testes confirmatórios. Mas, se 
a criança não apresentar sinais clínicos da 
doença, a amostra de reconvocação deverá 
ser obtida com 4 semanas de idade, ou na 
alta hospitalar ou quando o recém-nascido 
atingir um peso de 2500g, sempre 
considerando o primeiro evento a ocorrer." 
 
ANALISANDO MARCADORES PATOLÓGICOS: 
 
FENILCETONÚRIA 
 
 Conceito: É tida como um erro inato do 
metabolismo, com característica de herança 
autossômica recessiva, marcada por um 
defeito na enzima Fenilalanina Hidroxilase. 
Esse defeito leva ao acúmulo do aminoácido 
Fenilalanina (FAL). Sem o diagnóstico e 
tratamento antes dos 3 meses de vida, a 
 Thaiane Barros – Medicina P2 
8 
doença se caracteriza clinicamente por 
atraso global do desenvolvimento 
neopsicomotor, deficiência mental, 
comportamento agitado ou padrão autista, 
convulsões e odor característico na urina. 
 
 Diagnóstico: é realizado a contagem da 
dosagem de Fenilalanina na amostra 
sanguínea ( com valor superior a 10 mg/ 
dL em pelo menos 2 amostras distintas). 
Como o aumento da FAL só consegue ser 
detectado se a criança tiver ingerido 
quantidade suficiente de proteína, se 
recomenda que a coleta seja feita após 48 
horas do nascimento. 
 
 Tratamento: É feito por meio de uma 
dietoterapia, com baixo teor de FAL por toda 
a vida, que consegue controlar e atenuar os 
sintomas, evitar possíveis sequelas e permite 
o crescimento e desenvolvimento normal do 
indivíduo. O RN também deve ser 
acompanhado na clínica médica juntamente 
com a realização frequente de exames 
laboratoriais, até o primeiro ano de vida, para 
controle dos exames. 
 
Hipotireoidismo congênito: 
 Doença considerada como uma 
emergência pediátrica, causada pela 
incapacidade da tireoide em produzir 
suficientemente os hormônios, resultando 
em redução geral do metabolismo. 
A doença pode ser primária (na qual a forma 
mais comum é a disgenesia tireoidiana); 
secundária, com deficiência de TSH 
hipofisário; terciária, com deficiência do TRH 
hipotalâmico; e por resistência periférica à 
ação dos hormônios tireoidianos. 
 
 As manifestações clínicas incluem 
hipotonia, dificuldades respiratórias, cianose, 
icterícia prolongada, constipação, 
bradicardia, sonolência excessiva, choro 
rouco, mixedema, déficit de crescimento e 
outros. As crianças que têm o diagnóstico 
precoce geralmente não apresentam os 
sintomas, desde que a reposição hormonal 
seja iniciada. Após o resultado inicial positivo, 
deve-se dosar o T4 (total e livre) e TSH de 
sangue venoso, para confirmação do 
diagnóstico. 
O tratamento é baseado na reposição 
hormonal, promovendo a normalização do 
estado metabólico. O acompanhamento 
deve ser feito com dosagem hormonal, além 
das avaliações de crescimento e 
desenvolvimento físico e neopsicomotor, 
para ajustes das doses.- RESTANTE DAS DOENÇAS OUTRO PDF- 
 
3 INTRODUÇÃO PKU: 
 
 Phenylketonuria (fen-ul-key-toe-NU-ree-
uh), também chamada PKU, é uma doença 
herdada rara que faz com que um 
aminoácido chamado fenilalanina se 
acumule no corpo. PKU é causado por um 
defeito no gene que ajuda a criar a enzima 
necessária para quebrar a fenilalanina. 
 Sem a enzima necessária para processar 
fenilalanina, um acúmulo perigoso pode se 
desenvolver quando uma pessoa com PKU 
come alimentos que contêm proteína ou 
como aspartame, um adoçante artificial. Isso 
pode eventualmente levar a sérios 
problemas de saúde. 
 Para o resto de suas vidas, pessoas com 
PKU — bebês, crianças e adultos — precisam 
seguir uma dieta que limita a fenilalanina, 
que é encontrada principalmente em 
alimentos que contêm proteínas. 
 
A gravidade da PKU varia conforme o tipo. 
 PKU clássico. A forma mais grave da 
doença é chamada de PKU clássico. A 
enzima necessária para converter 
fenilalanina está faltando ou 
severamente reduzida, resultando em 
altos níveis de fenilalanina e danos 
cerebrais graves. 
 Formas menos severas de PKU. Em 
formas leves ou moderadas, a enzima 
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mantém alguma função, de modo que 
os níveis de fenilalanina não são tão 
altos, resultando em um menor risco de 
danos cerebrais significativos. 
Gravidez e PKU: 
 Mulheres que têm PKU e engravidam 
correm o risco de outra forma da condição 
chamada PKU materno. Se as mulheres não 
seguirem a dieta especial de PKU antes e 
durante a gravidez, os níveis de fenilalanina 
sanguínea podem se tornar altos e prejudicar 
o feto em desenvolvimento ou causar um 
aborto. 
 
 Mesmo mulheres com formas menos 
severas de PKU podem colocar seus filhos 
não nascidos em risco por não seguirem a 
dieta PKU. 
 Bebês nascidos de mães com altos níveis 
de fenilalanina não herdam pku. Mas podem 
ter sérias consequências se o nível de 
fenilalanina estiver alto no sangue da mãe 
durante a gravidez. As complicações ao 
nascer podem incluir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Baixo peso ao nascer 
 Desenvolvimento atrasado 
 Anormalidades faciais 
 Cabeça anormalmente pequena 
 Defeitos cardíacos e outros problemas 
cardíacos 
 Deficiência intelectual 
 Problemas comportamentais 
Fatores de risco: 
 
 Ter ambos os pais com um gene 
defeituoso que causa PKU. Dois pais devem 
passar uma cópia do gene defeituoso para 
que seu filho desenvolva a condição. 
 Sendo de certa descendência étnica. O 
defeito genético que causa PKU varia de 
acordo com grupos étnicos e é menos 
comum em afro-americanos do que em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 Conhecer a PKU (sintomas, fisiopatologia, diagnóstico e exames complementares, 
tratamentos). 
 
 
 
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