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Resumo Completo Coluna Vertebral

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1 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
Radiologia 
 
COLUNA VERTEBRAL 
A interpretação dos exames de imagem da 
coluna vertebral depende muito do 
conhecimento de sua anatomia. 
Anatomia da Coluna Vertebral: 
- Total de 33 vértebras. 
- 24 vértebras superiores que permitem 
movimento significativo (cervicais, torácicas 
e lombares). 
- O sacro é formado por 5 vértebras fundidas 
(S1-S5), que não permitem movimento 
significativo. 
- O cóccix é formado por 4 vértebras, que são 
fundidas após os 30 anos de idade e 
apresentam muitas variações anatômicas. 
- Existem muitas variações anatômicas do 
sacro e do cóccix. 
- As articulações interapofisárias ou 
zigoapofisárias são as articulações que se 
localizam entre o processo articular de uma 
vértebra e o processo articular da vértebra 
seguinte. 
- As 7 vértebras cervicais originam 8 raízes 
nervosas, pois a primeira raiz nervosa (C1) 
tem origem da região superior da vértebra 
C1. 
 
- As 12 vértebras torácicas são aquelas que 
apresentam menos variações anatômicas. 
- A coluna vertebral apresenta cifose 
torácica e lordose cervical e lombar 
fisiológicas. 
Anatomia da Vértebra: 
- A vértebra é formada por corpo vertebral, 
arco vertebral (pedículo) e 7 processos. 
- Os 7 processos são: 2 processos 
articulares superiores, 2 processos 
articulares inferiores, 2 processos 
transversos e 1 processo espinhoso. 
- A vértebra apresenta elementos anteriores 
e elementos posteriores. São eles: 
→ Elementos anteriores: corpo vertebral. 
→ Elementos posteriores: pedículo, 
processos articulares, processo espinhoso e 
processos transversos. 
 
- O corpo vertebral é formado por: 
→ Osso compacto (medula óssea amarela). 
→ Osso esponjoso (medula óssea 
vermelha). 
- As metástases da coluna vertebral 
acometem principalmente o corpo vertebral e 
os pedículos. 
- A estrutura existente entre os corpos 
vertebrais é o disco intervertebral, que 
também é considerado uma articulação, pois 
é formado por cartilagem hialina. 
- A principal estrutura que transita no interior 
do canal/forame vertebral é a medula 
espinhal. 
- A medula espinhal tem origem abaixo do 
forame magno e estende-se até a 1ª ou a 2ª 
vértebra lombar. O cone medular é o nome 
dado para a porção final da medula espinhal, 
que termina em L1 ou L2. 
- Abaixo de L2, originam-se as raízes 
nervosas da cauda equina. 
 
2 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
- O processo articular superior de uma 
vértebra articula-se com o processo articular 
inferior de outra vértebra, formando a 
articulação interapofisária ou zigoapofisária. 
- A espondilólise é a fratura do processo 
articular inferior da vértebra, rompendo a 
articulação da vértebra com o processo 
articular superior da vértebra localizada 
imediatamente acima. Isso pode resultar em 
espondilolistese, quando a vértebra que 
apresenta a fratura desliza anteriormente, 
podendo causar compressão das estruturas 
do canal vertebral. 
- A espondilólise não é uma fratura 
traumática, ela ocorre devido à sobrecarga 
da coluna vertebral, que causa desgaste do 
osso ao longo do tempo. 
Coluna Cervical: 
- 7 vértebras. 
- Discos intervertebrais espessos. 
- A orientação das faces articulares é 
diferente. 
- Apresenta as vértebras mais diferentes, 
pois o corpo vertebral é menor, o forame 
vertebral é maior e existem os forames 
transversos bilateralmente. 
- Os forames transversos são as estruturas 
por onde transitam as artérias vertebrais 
bilateralmente. 
- O corpo vertebral apresenta massa menor. 
- A borda do corpo vertebral é mais alta e 
recebe o nome de unco ou processo 
unciforme. 
- O processo unciforme é extremamente 
importante para patologias cervicais. 
- O processo espinhoso é bífido. 
- A vértebra C1, também chamada de atlas, 
não tem corpo vertebral nem processo 
espinhoso, sendo formada apenas pelos 
arcos vertebrais anterior e posterior. Ela 
também apresenta massas laterais, 
processos e forames transversos e o maior 
forame vertebral entre todas as vértebras da 
coluna. 
- A vértebra C2, também chamada de áxis, é 
a única que apresenta o dente ou processo 
odontoide. 
- O processo odontoide articula-se com o 
arco anterior de C1 e essa articulação pode 
ser acometida pela artrite reumatoide. 
 
 
 
 
3 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
- Nos exames de imagem, a 1ª vertebra que 
visualizamos já é C2, porque C1 não tem 
corpo vertebral, então visualizamos apenas 
o arco vertebral. 
 
Coluna Torácica: 
- As vértebras torácicas são semelhantes às 
vértebras lombares, diferenciam-se apenas 
pela presença das fóveas costais, estruturas 
pelas quais se articulam com as costelas. 
- Importante para a fixação posterior das 
costelas. 
- T1 e T12 são atípicas. 
- As fóveas costais são estruturas em que as 
vértebras se articulam com os arcos costais. 
 
- As fóveas costais do corpo vertebral 
articulam-se com a cabeça das costelas e as 
fóveas costais do processo transverso 
articulam-se com o tubérculo das costelas. 
- Cada corpo vertebral apresenta 2 fóveas 
superiores e 2 fóveas inferiores. O processo 
transverso também apresenta 2 fóveas. 
- T12 apresenta uma única fóvea, que não é 
nem superior nem inferior. 
- A costela articula-se com as vértebras mais 
ou menos ao nível do disco intervertebral, 
por isso articula-se com a fóvea superior de 
uma vértebra e a fóvea inferior de outra 
vértebra. 
- T12 é a vértebra torácica mais suscetível a 
fraturas. 
 
Coluna Lombar: 
- Corpos vertebrais grandes. 
- L5 é considerada a maior vértebra móvel da 
coluna vertebral. 
- Como a coluna lombar é a que sustenta 
maior peso, as vértebras lombares são as 
mais acometidas por processos de desgaste. 
 
- O que determina o tamanho do forame 
vertebral? O tamanho dos pedículos. 
- Quanto maior o tamanho do forame 
vertebral de um indivíduo, menor a 
probabilidade de ele sofrer de dor crônica 
devido a hérnias e compressões de raízes 
nervosas originadas do canal vertebral. 
- O forame neural (ou intervertebral ou de 
conjugação) é o espaço que permite a 
C2 
 
4 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
passagem das raízes nervosas entre os 
pedículos das vértebras. 
- A artrose (degeneração) da articulação 
interapofisária é muito mais comum nas 
vértebras lombares e pode causar 
compressão das raízes nervosas emitidas 
por meio do forame neural. 
Sacro: 
- 5 vértebras (S1-S5) fundidas, formando um 
bloco único. 
- Forma o teto e a parede posterior da pelve. 
- O canal sacral contém as fibras nervosas 
da cauda equina. 
- As raízes nervosas de S1 até S5 
atravessam os forames sacrais. 
- A fusão das vértebras sacrais ocorre por 
volta dos 20 anos de idade. 
 
Cóccix: 
- Osso pequeno triangular. 
- Formado pela fusão de 4 vértebras 
coccígeas rudimentares. 
- A primeira vértebra pode permanecer 
separada das demais. 
- A primeira vértebra coccígea é a de maior 
tamanho. 
- Os ossos do cóccix apresentam tendência 
de fusão completa, inclusive com o sacro. 
- Importância relacionada ao ato de sentar. 
- Fixação de músculos. 
- Apresenta processos transversos. 
- Existem tumores que podem acometer o 
cóccix, sendo o condroma o tumor mais 
comum. 
- As duas principais patologias que 
acometem o cóccix são o trauma, quando o 
paciente cai sentado, e a coccidínia, 
inflamação e consequente dor do cóccix, que 
ocorre quando o paciente permanece 
sentado por muito tempo. 
Variações Anatômicas: 
- Existentes principalmente na transição da 
coluna lombar com a coluna sacral. 
- Em homens, é mais comum o aumento do 
número de vértebras. 
- Em mulheres, é mais comum a redução do 
número de vértebras. 
- A coluna cervical é constante. 
- Alguns indivíduos podem apresentar 
costela rudimentar com origem em C7. Ela 
pode causar compressão do plexo braquial, 
resultando em perda de força no membro 
superior. 
Doença Degenerativa na Coluna 
Vertebral: 
Sinais de Discopatia Degenerativa - Raio X: 
- Osteófitos (“bicos de papagaio”). 
- Esclerose subcondral. 
- Reduçãodo espaço discal. 
- Fenômeno do vácuo (desidratação do disco 
intervertebral, resultando na presença de gás 
no espaço discal). 
O único método de imagem que determina 
se o disco intervertebral está hidratado ou 
desidratado é a RM. Na RM, o disco 
desidratado torna-se mais preto. 
 
A discopatia degenerativa inicia com 
desidratação do disco intervertebral e, ao 
longo do tempo, evolui com redução do 
 
5 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
espaço discal (aproximação dos corpos 
vertebrais). 
Normalmente, o espaço discal deve ser 
progressivamente maior de L1 até L5 (exceto 
entre L5 e S1, que sempre é menor). Quando 
não há aumento progressivo do espaço 
discal de L1 até L5, há discopatia 
degenerativa. 
Quando o osso torna-se mais branco no 
exame de imagem, ele apresenta esclerose 
subcondral. A esclerose subcondral resulta 
da diminuição da quantidade de cartilagem 
que reveste o osso devido ao desgaste, 
fazendo com que haja contato de osso com 
osso. Isso provoca reação do osso 
caracterizada por formação de mais osso, 
produzindo aumento de densidade no exame 
de imagem (mais branco). 
 
Na coluna cervical, todos os espaços discais 
apresentam o mesmo tamanho. A discopatia 
degenerativa manifesta-se quando há 
redução do espaço discal. A aproximação 
entre as duas vértebras devido à diminuição 
da altura do espaço discal resulta em 
achatamento do unco ou processo 
unciforme, que recebe o nome de 
uncoartrose intervertebral. 
Na coluna torácica, todos os espaços discais 
apresentam o mesmo tamanho. A discopatia 
degenerativa manifesta-se quando há 
redução do espaço discal. As discopatias 
degenerativas são pouco prevalentes na 
coluna torácica. 
Doença Discal: 
- Avaliar hidratação (RM). 
→ Disco hidratado: mais branco. 
→ Disco desidratado: mais preto. 
 
- Conteúdo gelatinoso do núcleo pulposo. 
- Degeneração/desidratação. 
- Discos cervicais e torácicos com dimensões 
semelhantes. 
- Discos lombares devem aumentar 
progressivamente. A exceção está no 
espaço discal de L5-S1. 
- A RM é o exame padrão-ouro para o estudo 
do disco intervertebral. 
- A RM permite avaliar se há desidratação e 
degeneração discal. 
- O disco degenerado sofre deslocamentos, 
produzindo hérnias. 
 
Espondiloartropatias: 
- Coluna vertebral “em bambu”. 
- Entesófitos marginais. 
- Espondilite Anquilosante. 
 
Fraturas da Coluna Vertebral: 
- As fraturas da coluna vertebral manifestam-
se por meio de redução da altura do corpo 
vertebral e aumento da concavidade superior 
e inferior do corpo vertebral. 
 
6 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
- Na maioria das vezes, não observamos o 
traço da fratura. 
- Pacientes com osteoporose importante 
podem apresentar fraturas em todos os 
corpos vertebrais. 
 
Neoplasias: 
- Primárias: originadas na coluna vertebral. 
- Secundárias: metástases ósseas na coluna 
vertebral originadas de outro sítio; mais 
frequentes. 
- As origens mais comuns de metástases 
ósseas na coluna vertebral são próstata, 
mama, pulmão e rins. 
- As lesões neoplásicas são classificadas 
como blásticas ou líticas. 
- As localizações mais comuns das 
metástases na coluna vertebral são corpo 
vertebral e pedículo. 
- Metástase blástica: aumenta a densidade 
do osso no exame de imagem, osso mais 
branco no exame de imagem. O câncer de 
próstata causa metástase blástica! 
- Metástase lítica: diminui a densidade do 
osso no exame de imagem, osso mais preto 
no exame de imagem. A maioria dos 
cânceres causa metástase lítica! 
- As metástases líticas localizadas nos 
pedículos das vértebras podem causar 
escurecimento do “olhos das vértebras” 
(pedículos). 
- As fraturas que ocorrem em osso com 
osteoporose são chamadas de fraturas por 
insuficiência. 
- As fraturas que ocorrem em osso com 
tumor (primário ou secundário) são 
chamadas de fraturas patológicas. 
 
Trauma na Coluna Vertebral: 
- Fraturas. 
- Luxações. 
- Hemorragias. 
- Lesões na medula espinhal ou em raízes 
nervosas. 
- As fraturas são mais comuns na coluna 
cervical. 
- O raio X em perfil da coluna cervical é 
sempre indicado para pacientes com trauma 
supraclavicular. 
- O raio X da coluna torácica e lombar é 
indicado quando há suspeita ou fratura 
confirmada da coluna cervical.

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