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Slides un1 - gramatica aplicada

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Prof. Me. Adilson Oliveira
UNIDADE I
Gramática Aplicada
da Língua Portuguesa
Língua e linguagem têm o mesmo significado?
 Linguagem compreende toda e qualquer forma de expressão (seja ela manifestada 
linguisticamente ou não).
 Língua é entendida como um código, de natureza social e coletiva, obedecendo às leis 
do contrato estabelecido pelos integrantes do grupo social em que se instaura.
Linguagem e língua
Assim:
 linguagem é toda forma de expressão, como gestos, cores, sons, palavras etc.;
 língua é um sistema de signos.
Linguagem e língua
 Gramática normativa: conjunto de regras que devem ser seguidas.
 Gramática descritiva: conjunto de regras que são seguidas.
 Gramática internalizada: conjunto de regras que o falante da língua domina.
Afinal, o que é gramática?
 Conjunto de normas prescritas para o “bem falar e bem escrever” do indivíduo.
 A gramática é uma “receita” que deve ser seguida.
 Oposição entre “certo” e “errado”.
 Ex.: “eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam”.
Gramática normativa/ Gramática prescritiva
Gramática normativa:
 estuda apenas os fatos da língua padrão / culta, que se oficializou;
 seu estudo baseia-se mais na língua escrita, dando pouca importância à oralidade, 
que é vista como idêntica à escrita;
 é prescritiva – torna a língua culta uma norma.
Gramática normativa/ Gramática prescritiva
 Gramática metódica da língua portuguesa, de Napoleão Mendes de Almeida.
 Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara. 
 Gramática normativa da língua portuguesa, de Carlos Henrique da Rocha Lima.
 Nova gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.
Gramáticas normativas
Fonte: https://www3.livrariacultura.com.br/busca/?ft=gram%C3%A1tica&originalText=gram%C3%A1tica
 Conjunto de regras descritas a partir da língua falada por um grupo social.
 Preocupação do linguista em identificar e descrever regras que são seguidas pelos falantes 
no uso efetivo da língua.
 Ligada à realidade, à naturalidade do uso da língua.
 Ex.: “Eu amo, tu / você ama, ele ama, nós / a gente ama, vocês ama, eles ama”.
Gramática descritiva 
 Descreve e registra as unidades e categorias da língua, os tipos possíveis de construção 
e a função desses elementos, o modo e as condições de uso dos elementos numa 
abordagem sincrônica. 
 Trabalha com qualquer variedade da língua, observando o que se diz ou se escreve 
na realidade e trata de explicitar o mecanismo da língua.
Gramática descritiva
Estudos de gramática descritiva, de Mário A. Perini.
Fonte: https://www.amazon.com.br/Estudos-
Gram%C3%A1tica-Descritiva-Val%C3%AAncias-
Verbais/dp/8588456877
 Conhecimento linguístico internalizado do falante.
 Conhecimento relacionado tanto ao léxico como à organização sintático-semântica 
dos enunciados.
 Produção e identificação de formas linguisticamente aceitas pelo grupo social.
 Cada um tem em mente os padrões linguísticos do código.
 Ex.: “Eu comi, eu bebi, eu fazi” (conjugação verbal infantil do verbo “fazer”).
Gramática internalizada
A função da gramática normativa é:
a) estabelecer regras como forma de padronizar a utilização da língua materna.
b) embasar a língua falada de acordo com o estabelecido pela norma padrão.
c) apresentar diversas formas e variedades regionais segundo as necessidades do falante.
d) oficializar a ortografia nacional.
e) analisar a língua como nos é apresentada atualmente.
Interatividade
A função da gramática normativa é:
a) estabelecer regras como forma de padronizar a utilização da língua materna.
b) embasar a língua falada de acordo com o estabelecido pela norma padrão.
c) apresentar diversas formas e variedades regionais segundo as necessidades do falante.
d) oficializar a ortografia nacional.
e) analisar a língua como nos é apresentada atualmente.
Resposta
Travaglia (1998) propõe outros três tipos de gramática, com base na explicitação da estrutura 
e do mecanismo de funcionamento da língua:
 Gramática implícita: refere-se à competência linguística internalizada do falante. É também 
denominada de gramática inconsciente ou gramática de uso.
Gramática  atividades
implícita linguísticas
Outras gramáticas
 Gramática explícita / teórica: busca explicitar a estrutura, constituição e funcionamento 
da língua.
Gramática  atividades
explícita / teórica metalinguísticas
 Gramática reflexiva: volta-se mais ao processo que ao produto do ato linguístico. São 
atividades de observação e reflexão que buscam a constituição e funcionamento da língua.
Gramática  atividades
reflexiva epilinguísticas
 Ex.: “O rapaz bebia café. Ou melhor, bebia chá.”
Outras gramáticas
 É a representada por todos os estudos linguísticos que buscam explicitar a estrutura, 
a constituição e o funcionamento da língua.
 Ataliba Teixeira de Castilho: esta gramática buscou ser concebida nos moldes 
da teoria multissistêmica, de cunho funcionalista-cognitivista.
Gramática explícita ou teórica
Nova gramática do português brasileiro, 
de Ataliba T. de Castilho.
Fonte: https://www.saraiva.com.br/nova-
gramatica-do-portugues-brasileiro-
2879995/p
 Refere-se mais ao processo do que aos resultados: representa as atividades de observação 
e reflexão sobre a língua que buscam detectar, levantar suas unidades, regras e princípios.
Gramática reflexiva
Gramática reflexiva da língua portuguesa, de 
Marcelo Moraes Caetano.
Fonte: https://www.amazon.com.br/Gramatica-
Reflexiva-Portuguesa-Marcelo-
Caetano/dp/8578420918
 A gramática (explícita ou teórica, reflexiva e implícita) relaciona-se à distinção entre 
atividades: linguísticas, epilinguísticas e metalinguísticas.
Gramática X Atividades
 São as que o usuário realiza quando estabelece uma interação comunicativa por meio 
da língua.
 O falante tem de organizar seu texto de acordo com a situação, os objetivos de comunicação 
e de acordo com o tópico discursivo (assunto ou tema).
 São atividades de construção e/ou reconstrução do texto que o usuário realiza 
para se comunicar.
 Podemos relacionar essas atividades com a gramática de uso, uma vez que o usuário utiliza 
de forma automática a sua gramática internalizada.
Atividades linguísticas
 São as que possibilitam tratar dos próprios recursos linguísticos que estão sendo utilizados 
ou de aspectos da interação por meio da suspensão do desenvolvimento do tópico discursivo 
e introdução do referido tratamento.
Exemplos de atividades epilinguísticas:
1. “Achei o vestido de Joana lindo. Lindo, não, maravilhoso.”
2. “Vamos encerrar este assunto, pois o horário da consulta já terminou.”
Atividades epilinguísticas
 Compreendem aquelas em que se faz uso da língua para analisar a própria língua, 
ou seja, é a construção da metalinguagem – conjunto de elementos linguísticos próprios 
e apropriados para se falar sobre a língua. 
 A atividade metalinguística normalmente está relacionada a teorias linguísticas e métodos 
de análise da língua, o que nos leva a relacioná-la diretamente com a gramática teórica.
Atividades metalinguísticas
 Gramática contrastiva ou transferencial: útil para mostrar diferenças e semelhanças entre 
as variedades linguísticas, uma vez que descreve e compara duas línguas ao mesmo tempo.
 Gramática geral: uma gramática de previsão de possibilidades gerais por comparar 
o maior número possível de línguas, com o intuito de reconhecer todos os fatos linguísticos 
e condições de realização.
Outras gramáticas
 Gramática universal: investiga as características comuns a todas as línguas do mundo.
 Obs.: nem sempre se distinguem gramática geral e gramática universal.
Exemplos de universais linguísticos:
1. todas as línguas têm vogais;
2. todas as línguas têm dupla articulação;
3. todas as línguas têm categorias pronominais envolvendo pelo menos três pessoas 
e dois números.
Outras gramáticas
Assinale a alternativa incorreta:
a) Atividadeslinguísticas são de uso real da língua.
b) Atividades linguísticas pressupõem o diálogo, a conversa, a interação 
entre interlocutores reais.
c) Atividades epilinguísticas levam os falantes a operar e refletir sobre a própria linguagem.
d) Atividades epilinguísticas podem se efetuar ao comparar expressões, textos, 
e ao transformá-los em outras possíveis alternativas que a própria língua oferece.
e) Atividades metalinguísticas não exigem um bom domínio do uso da língua.
Interatividade
Assinale a alternativa incorreta:
a) Atividades linguísticas são de uso real da língua.
b) Atividades linguísticas pressupõem o diálogo, a conversa, a interação 
entre interlocutores reais.
c) Atividades epilinguísticas levam os falantes a operar e refletir sobre a própria linguagem.
d) Atividades epilinguísticas podem se efetuar ao comparar expressões, textos, 
e ao transformá-los em outras possíveis alternativas que a própria língua oferece.
e) Atividades metalinguísticas não exigem um bom domínio do uso da língua.
Resposta
 Gramática histórica: estuda a evolução de um idioma, 
desde o seu surgimento até o momento atual.
Outras gramáticas 
Gramática histórica, de Ismael de Lima 
Coutinho.
Fonte: https://www.travessa.com.br/gramatica-
historica/artigo/2c436399-c33a-4bf0-b93a-
bb92671d4d6f
 Estuda uma sequência de fases evolutivas de várias 
línguas, a fim de buscar pontos comuns. Esses estudos 
estabeleceram famílias de línguas e descobriram 
parentescos entre línguas aparentemente distantes, 
como o latim e o sânscrito.
 Gramática comparativa Houaiss: destacam-se 
semelhanças entre quatro idiomas que têm 
o latim como origem comum – o português, o espanhol, 
o francês e o italiano.
Gramática comparada
Fonte: 
https://www.amazon.com.br/Gram%C3%A1tica-
Comparativa-Houaiss-L%C3%ADnguas-
Rom%C3%A2nicas/dp/8579142415
 Novíssima gramática da língua portuguesa, de Domingos P. Cegalla.
 Gramática didática da língua portuguesa, de Herminio Sargentim. 
 Gramática da língua portuguesa, de Roberto M. Mesquita.
 Gramática da língua portuguesa, de Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante.
 Gramática, de Carlos E. Faraco e Francisco M. de Moura.
Gramáticas didáticas
Fonte: https://www3.livrariacultura.com.br/busca/?ft=gram%C3%A1tica&originalText=gram%C3%A1tica
 Português: novo ensino médio, de Carlos E. Faraco e Francisco M. de Moura.
 Português: literatura, produção de textos e gramática, de Samira Y. Campedelli
e Jésus B. Souza. 
 Português: linguagens, de William R. Cereja e Thereza C. Magalhães.
 Língua, literatura e produção de texto, de Antonio de Siqueira e Rafael Bertolin.
 Português: uma língua brasileira, de Lígia Menna, Regina Figueiredo e Maria 
das Graças Vieira.
Livros didáticos
Fonte: 
https://www3.livrariacultura.com.br/busca/?ft=L%C3%ADngua,%20literatura%20e%20produ%C3%A7%C3
%A3o%20de%20texto&originalText=L%C3%ADngua,%20literatura%20e%20produ%C3%A7%C3%A3o%2
0de%20texto
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://images.americanas.com.br/produtos/item/780/6/780609g.gif&imgrefurl=http://www.americanas.com.br/AcomProd/1472/780609&usg=__SPJ3pr23ESbyrGUTXnXXkSd_qiQ=&h=193&w=193&sz=25&hl=pt-BR&start=18&sig2=8ebDbUe4k19JK3-7gdjRhw&um=1&itbs=1&tbnid=jBd2Wm64aiH_1M:&tbnh=103&tbnw=103&prev=/images?q%3Dportugues%2Bfaraco%2Bmoura%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=gkeeS5CmHMiXtgfw27SGBg
http://www.tradepar.com.br/redireciona/lingua-literatura-e-producao-de-texto-ensino-medio-volume-unico-8534215499-95.html
Bagno (2003, p. 41) chama atenção para o fato de do termo norma derivar dois adjetivos:
Norma
Normal Normativo
Norma: normal e normativo
 Uso corrente
 Real
 Comportamento
 Observação
 Situação objetiva
 Média estatística
 Frequência
 Tendência geral
e habitual
 Preceitos
 Ideal
 Reflexão consciente
 Elaboração
 Intenções subjetivas
 Conformidade
 Juízos de valor
 Finalidade designada
1. Norma culta dos prescritivistas: tenta preservar um modelo de língua ideal, inspirado 
na grande literatura do passado.
2. Norma culta dos pesquisadores: a língua empregada no dia a dia pelos falantes 
que têm escolaridade superior completa e vivem em ambiente urbano.
3. Norma popular: designa um conjunto de variedades linguísticas que nunca ou raramente 
aparecem na fala (e na escrita) dos falantes cultos.
O que é norma culta?
 A gramática tradicional não estuda a variedade oral do português, mas a variedade escrita 
dos textos literários clássicos. Daí o distanciamento entre a realidade e a prescrição 
da norma.
 Ex.: “Correm as horas, vem o Sol descambando; refresca a brisa, e sopra rijo o vento. 
Não ciciam mais os buritis” (TAUNAY, I, 33).
Gramática tradicional X variedade oral do português
 Variedades de prestígio: correspondem à norma utilizada pelos grupos de prestígio e, 
portanto, pressupõem falantes que tiveram uma boa formação escolar.
 Variedades estigmatizadas: abrangem todos os grupos sociais desprestigiados do Brasil.
Variedades de prestígio X Variedades estigmatizadas
 A norma culta da classe de prestígio é a única correta.
 O bom português é aquele praticado em determinada região.
 O bom português é aquele exemplificado nas chamadas épocas de ouro da literatura.
 Diante da variedade linguística existente, apenas uma é a correta e todas as outras 
são erradas.
Preconceitos linguísticos
Qual afirmativa corresponde a uma visão normativa da língua?
a) O padrão culto varia de um grupo para outro. Para cada norma culta há, de acordo com 
a situação comunicativa, várias formas consagradas por pessoas que têm prestígio social.
b) O padrão culto da classe de prestígio é o único correto, pois está pautado no ensino 
normativo gramatical.
c) O falante ideal é aquele que sabe lidar com a diversidade da língua.
d) O falante seleciona o padrão a ser seguido de acordo com a situação comunicativa.
e) O falante é um ator que representa papéis sociais o tempo todo, num meio democrático 
de interação social.
Interatividade
Qual afirmativa corresponde a uma visão normativa da língua?
a) O padrão culto varia de um grupo para outro. Para cada norma culta há, de acordo com 
a situação comunicativa, várias formas consagradas por pessoas que têm prestígio social.
b) O padrão culto da classe de prestígio é o único correto, pois está pautado no ensino 
normativo gramatical.
c) O falante ideal é aquele que sabe lidar com a diversidade da língua.
d) O falante seleciona o padrão a ser seguido de acordo com a situação comunicativa.
e) O falante é um ator que representa papéis sociais o tempo todo, num meio democrático 
de interação social.
Resposta
 Não há regra para o uso da língua, mas regras que variam conforme as situações 
comunicativas do falante.
 A variação decorre de fatores como diferenças entre grupos sociais escolarizados e não 
escolarizados, entre falantes de regiões diferentes, entre sexos opostos, além das diferenças 
de idade e posição social.
Variedade linguística
 A variação de uso dessa língua estará ligada ainda ao grau de formalismo requerido 
pela situação.
 Trata-se, primeiramente, de diferenciarmos o que já foi tratado como “vernáculo”
ou como “português” por alguns estudiosos.
 Variação dialetal: territorial (ou geográfica), social, de idade, de sexo, de geração 
e de função.
Variedade linguística
 Dialetos na dimensão territorial, geográfica ou regional: variação entre pessoas de diferentes 
regiões em que se fala a mesma língua.
 Essa variação pode ocorrer por influência da formação cultural do povo ou pelo fato 
de os indivíduos pertencentes geograficamente à mesma comunidade apresentarem 
comportamento linguístico que os identifique.
 As diferenças podem ser no plano fonético, no léxico ou no das diferenças sintáticas.
Variação dialetal
 Do ponto de vista fonético: pronúncia do [r] de “porta”; do /l/ em “Brasil” etc.
 Variações morfológicas: as variantes podem opor o uso do morfema flexionalde um verbo 
à sua ausência, Por exemplo, “andá” X “andar”, em que o “-r” constitui a marca do infinitivo 
do verbo e o falante pode colocá-lo ou subtraí-lo no final.
 Léxico: o que é mandioca para uns pode ser macaxeira ou aipim para outros; ou o pivete 
de São Paulo pode ser o guri do Rio de Janeiro.
Variação dialetal
 São variações de acordo com a classe social a que pertencem os usuários da língua.
 São consideradas variedades dialetais de natureza social os jargões profissionais ou de 
determinadas classes sociais bem-definidas como grupos (artistas, médicos, professores, 
marginais, favelados, entre outros). Nesse contexto, a gíria é uma forma de dialeto social.
Dialetos na dimensão social
 Dialetos na dimensão da idade: são variações relativas ao modo de usar a língua por 
pessoas de idades diferentes, em faixas etárias diversas – adultos, velhos, crianças, jovens.
 Dialetos na dimensão do sexo: são variações de acordo com o sexo de quem fala. Um garoto 
pode expressar-se diferentemente de uma garota em uma mesma situação comunicativa.
 Ela poderá dizer “ganhei uma blusinha maravilhosa!”, uma vez que o uso do diminutivo 
é marca da fala feminina, o que causaria estranhamento na fala masculina.
Variação
 Dialetos na dimensão da geração (ou variação histórica): são estágios no desenvolvimento 
da língua.
 Dialetos na dimensão da função: são variações na língua decorrentes da função 
que o falante desempenha.
 Ex.: plural majestático, em que governantes ou altas autoridades expressam seus desejos 
ou intenções com o pronome “nós”, que indica sua posição de representantes do povo.
 O mesmo falante pode variar sua forma de comunicação 
de acordo com o contexto.
Variação
 Variação de registro: há três tipos (grau de formalismo, modo e sintonia).
 Grau de formalismo: escala de formalidade, isto é, uso dos recursos da língua, variando 
o cuidado e apuro de acordo com a situação e com a maior variedade de recursos utilizados 
e aproximando-se cada vez mais da língua padrão e culta em seus usos mais “sofisticados”.
Variação de registro
 Variação de modo: entendida como a língua falada em contraposição à língua escrita.
Ex.: 
1. A tarefa de lançar as bases da nova gramática é muito longa e complexa; devemos, 
portanto, deixá-la para a próxima semana.
2. A nova gramática do português, ela vai ser muito difícil a gente escrever. Melhor 
a gente deixar ela pra semana que vem.
 O exemplo 1 está mais próximo do texto escrito; o exemplo 
2 parece ser a transcrição de uma fala espontânea 
(mais próxima da oralidade).
Variação de registro
 Sintonia: status, tenacidade, cortesia e norma.
 Status: variação de formas ou pronúncia, tom de voz que denota respeito especial à pessoa 
a quem nos dirigimos. Um homem pode diferenciar sua linguagem para falar com seu filho 
e para falar com sua esposa, por exemplo.
 Tenacidade: variação que ocorre em função do volume de informações ou conhecimentos 
que o falante supõe ter o ouvinte sobre o assunto. Essa variação ocorre entre um artigo 
de divulgação científica (público leigo) e um artigo científico (público especializado).
Variação de registro
 Cortesia: variação que ocorre de acordo com a dignidade que o falante considera apropriada 
ao(s) seu(s) interlocutor(es) e/ou à ocasião. Essa variação vai da blasfêmia / obscenidade 
ao eufemismo.
 Norma: o falante considera o que seu interlocutor julga “bom” em termos de linguagem. 
Isto é, a variedade linguística a ser utilizada será selecionada de acordo com os participantes 
da atividade comunicativa.
 Essa variedade pode ser selecionada de acordo com critérios 
regionais, sociais, um registro mais ou menos formal.
Variação de registro
Você recebeu de um amigo o seguinte pedido: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe 
o empréstimo do seu livro Redação para concurso, para fins de consulta escolar”. 
Essa solicitação se assemelha à atitude de uma pessoa que:
a) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.
b) vai a um piquenique engravatado, com terno completo e sapatos de verniz.
c) vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas.
d) frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão.
e) veste terno e usa gravata para proferir uma conferência internacional.
Interatividade
Você recebeu de um amigo o seguinte pedido: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe 
o empréstimo do seu livro Redação para concurso, para fins de consulta escolar”. 
Essa solicitação se assemelha à atitude de uma pessoa que:
a) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.
b) vai a um piquenique engravatado, com terno completo e sapatos de verniz.
c) vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas.
d) frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão.
e) veste terno e usa gravata para proferir uma conferência internacional.
Resposta
BAGNO, M. A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola 
Editorial, 2003.
TAUNAY, V. Inocência. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ub000023.pdf. Acesso em 30 out. 2010
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino da gramática no 1º e 2º 
graus. São Paulo: Cortez, 1998.
Referências bibliográficas
ATÉ A PRÓXIMA!

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