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História da Psicologia Hospitalar no Brasil

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Aula 1: A história da Psicologia Hospitalar no Brasil
Introdução à Psicologia Hospitalar
A Psicologia Hospitalar é uma área da Psicologia muito recente no Brasil e com grandes carências sobre as atuações do psicólogo no contexto do hospital, podendo dizer que está em atividade há aproximadamente 36 anos. 
São poucos os livros, artigos e materiais científicos que abordam de maneira mais aprofundada o psicólogo neste ambiente.
Esta demora na inserção do psicólogo num espaço tão carente de apoio psicológico se deu pelo fato de a regulamentação da profissão do psicólogo ter sido tardia também (50 anos atrás), assim como a criação do Código de Ética do psicólogo (37 anos atrás).
No início da inserção do psicólogo hospitalar, as dificuldades eram imensas quanto ao saber sobre este espaço. Mas onde pesquisar, se não existiam livros ou qualquer material que falasse sobre o assunto?
Coletânea de Angerami-Camon
Foi com esta inquietação que, na década de 90, o psicólogo Angerami-Camon,  lançou uma coletânea de materiais falando sobre esta área de atuação. Essa coletânea é utilizada até hoje e também será focada nas nossas próximas aulas.
Nestas obras de Angerami-Camon, é possível fazer uma diferenciação entre a Psicologia Hospitalar e a Psicologia da Saúde. Pode-se dizer que esta última serve de base conceitual e teórica para a compreensão da nossa área de estudo. Sobre esta diferença mais aprofundada, trataremos na aula 2.
Psicologia no hospital
A atuação da Psicologia Hospitalar não possui uma prática clínica única a ser seguida. Alguns materiais tratam esta área aos olhos da Psicanálise, da Existencial Humanista, da Psicoterapia Breve, da Cognitivo-Comportamental, entre outros. 
Mas os textos deixam bem claro que o objetivo da Psicologia no hospital não é buscar uma prática clínica direta, mas usar ferramentas que possam proporcionar o bem-estar daquele que se encontra internado.
Conceito de Psicologia Hospitalar
Segundo Rodríguez-Marín (2003, apud Castro e Bornholdt, 2004, p. 51), a Psicologia Hospitalar é “o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital”.
Castro e Bornholdt (2004, p. 51) acrescentam que o “psicólogo hospitalar seria aquele que reúne esses conhecimentos e técnicas para aplicá-los de maneira coordenada e sistemática, visando à melhora da assistência integral do paciente hospitalizado, sem se limitar, por isso, ao tempo específico da hospitalização”.
O início da Psicologia Hospitalar no Brasil
Para compreender o psicólogo hospitalar no Brasil, primeiro faz-se necessário saber que qualquer instituição deste campo precisa contar com as funções do hospital, sejam eles públicos ou privados, tais como:
As funções do médico
A organização deste trabalho
O uso da tecnologia
A interpretação que é oferecida aos clientes
Inserção do psicólogo no hospital geral
Portanto, pode-se afirmar que: 
Pensar na inserção do psicólogo no hospital geral, especificamente numa instituição pública, não pode dispensar a reflexão sobre a situação do sistema público, sua organização, as possibilidades de acesso da população aos serviços, as condições em que se dão os trabalhos dos profissionais, as características sociais da população atendida. Enfim, o conhecimento e a articulação de todos os fatores envolvidos no processo saúde-doença. (ALMEIDA, 2000 apud CARVALHO, SOUZA, ROSA, GOMES, 2011, p. 1012).
Era preciso que o paciente tivesse um maior contato com a mente e com seu corpo, para assim alcançar o tratamento da queixa com maior eficiência. 
Portanto, os médicos foram notando que muitas doenças não estavam localizadas no corpo. Para serem diagnosticadas, era preciso solicitar a avaliação daquele que tivesse entendimento sobre os conteúdos subjetivos, ou seja, conteúdos da mente psicológica.
Novo olhar
O psicólogo, então, entrou nos hospitais no final do século XX e início do XXI com a intenção de trazer um novo olhar para a doença. Esse novo olhar percebe o paciente como um todo, e não como uma queixa específica. 
Num primeiro momento, ainda sem muito conhecimento sobre o que é Psicologia Hospitalar, os psicólogos foram utilizando seus saberes clínicos e aplicando-os ao contexto do hospital. Mas nessa oportunidade, eram avaliadas as solicitações deste espaço, assim como as especificidades médicas e as diferentes abordagens em que a Psicologia precisava atuar para cada área de atuação da Medicina.
Atuação Ampla
Hoje, isto é muito claro de ser notado, quando se percebe que o psicólogo preparado para atuar em UTI Neonatal não terá tanto preparo se for deslocado, por exemplo, para um espaço de pós-cirúrgico adulto. 
O que nos leva a perceber que a atuação hospitalar é muito ampla e exige muito conhecimento.
Saiba Mais: Apesar de este debate ser muito recente e falar-se de Psicologia Hospitalar na década de 80, os relatos de inserção do psicólogo em hospitais começam na década de 50, com Matilde Neder instalando um Serviço de Psicologia Hospitalar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (op. cit.)”. (Ismael, 2005; Bruscato, Benedetti e Lopes, 2004 apud ALMEIDA, s/a).
Bellkiss Wilma Romano Lamosa
Bellkiss, psicóloga, também muito conhecida nesta área, foi responsável por implantar, na década de 70, o Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Isto contribuiu para marcar sua atuação e torná-la conhecida por todos os profissionais e estudantes que tenham interesse nessa área. 
Ela também foi responsável pela implantação do primeiro curso de Psicologia Hospitalar na PUC de São Paulo, em 1976, o que possibilitou que muitos psicólogos compreendessem o significado dos hospitais e fossem a campo, diferenciando a Psicologia da Saúde da Psicologia Hospitalar. 
Adiante falaremos mais sobre a atuação de Belkiss, quando abordarmos a formação do psicólogo hospitalar.
Angerami-Camon e Meleti
Valdemar Augusto Angerami-Camon e Marli Rosani Meleti  foram responsáveis por normatizar, na década de 80, o setor de Psicologia do Serviço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência. 
Isto possibilitou um olhar mais humano para os pacientes com câncer e para as mulheres em tratamento das mais diferentes doenças ginecológicas, assim como no momento do nascimento do filho. 
De lá para cá, a área foi crescendo de uma maneira muito rápida e tomando espaço dos hospitais, visto que a necessidade era enorme, assim como nos dias atuais.
Formação do psicólogo hospitalar
Assim como a sua fundação, também na formação a Psicologia Hospitalar esteve relacionada por muito tempo à Psicologia da Saúde, à Psicologia Clínica e principalmente à Psicanálise, como se essas fossem as únicas maneiras de compreender o contato do psicólogo com o indivíduo hospitalizado. 
A carência de debates e materiais que abordassem o assunto contribuiu para a formação de muitos profissionais em Psicologia Hospitalar com um enfoque mais clínico que, com os estudos posteriores, vieram transformar essa percepção. 
“A Universidade teria que unir o máximo possível de informação em termos de mercado, da realidade, do ponto de vista social, e também ser um espaço de criação, abrindo caminhos, e não ficar à deriva dos fatos” (BELKISS, 1999, p.85).
Mudanças nos currículos
As mudanças já podem ser vistas nos currículos da faculdade, que tratam a Psicologia Hospitalar num viés mais específico dos outros setores do hospital. 
Este fato contribui para que os alunos saiam da graduação com um olhar amplo sobre a atuação do psicólogo hospitalar.
Na atualidade, são diversos os espaços que oferecem uma boa formação para aqueles que querem atuar nesta área, tais como a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro; o curso de especialização da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Pós-Graduação do Albert Einstein em São Paulo, dentre outros no Brasil.
Concluindo
Pode-se então concluirque a função da Psicologia Hospitalar é ensinar aos profissionais da saúde a melhor maneira de atender os mais variados perfis de pacientes que chegam ao espaço da internação. Ela coordena as atitudes dos profissionais da saúde e administra as melhores intervenções diante dos momentos de dor e sofrimento. 
Além deste papel, o psicólogo hospitalar visita os leitos, atende os pacientes da emergência, dão suporte às mães de recém-nascidos, ajudam a fornecer notícias de perdas familiares e ajudam os pacientes a enfrentar a doença com vigor e fé na recuperação. 
Com isto, os psicólogos sobrecarregam menos os outros profissionais e conseguem acelerar o processo da alta. A escuta é considerada o caminho mais simples para a recuperação e tratamento.
---
Nesta aula foi possível debatermos sobre o percurso histórico da Psicologia Hospitalar. Agora, para saber se de fato você assimilou os conteúdos, correlacione a coluna da esquerda com a da direita, identificando cada época do psicólogo hospitalar e suas atividades que eram desempenhadas. 
Coloque estes pensamentos em forma de figura, isto te ajudará a guardar mais o conteúdo.
1.A Psicologia Hospitalar é uma área muito recente no Brasil e com grandes carências sobre as atuações do psicólogo no contexto do hospital. Diante desta afirmação, pode-se dizer que o psicólogo hospitalar surgiu no Brasil há quanto tempo?
 1) Há 20 anos 
 2) Há 30 anos 
 3) Há 36 anos 
 4) Há 40 anos 
 5) Há 15 anos 
2.Vários foram os psicólogos responsáveis por implementar os conceitos da Psicologia Hospitalar, mas dois tiveram papéis marcantes para a sua fundação. A pessoa responsável por implantar o serviço de Psicologia no Instituto do Coração pela Universidade de São Paulo foi:
 1) Argerami-Camon 
 2) Belkiss 
 3) Belkior 
 4) Camon 
 5) Freud 
3.A Psicologia Hospitalar, para ser fundada, precisou muito da ajuda de outra área da Psicologia, pois ela não tinha conceitos e teorias próprias que pudessem defender o fazer do psicólogo no ambiente do hospital. Qual era esta área?
 1) Psicologia da Saúde 
 2) Psicologia Institucional 
 3) Psicologia Organizacional 
 4) Gestão em Saúde 
 5) Psicologia Social 
4.Para que a Psicologia Hospitalar tivesse respaldo teórico na sua implantação, era preciso ter um psicólogo de coragem, que se encantasse por esta área e que fosse responsável por estimular outros psicólogos a colocarem no papel suas experiências e assim transmitir conhecimento. Quem foi o responsável por publicar, na década de 90, uma coletânea com diversos conteúdos sobre esta área?
 1) Belkiss 
 2) Camon 
 3) Freud 
 4) Argerami-Camon 
 5) Adler 
5.Para que houvesse uma formação mais detalhada do psicólogo hospitalar, as faculdades precisaram refletir sobre os seus currículos e mudar o enfoque da área da saúde. 
Isto veio a contribuir para que muitas instituições implantassem os cursos de especialização na área hospitalar, que tivessem como enfoque: preparar os profissionais para dar suporte aos pacientes; preparar para lidar com os diversos sofrimentos; fazer pesquisas com levantamentos sobre as melhorias dos pacientes que foram atendidos pela Psicologia em comparação com os que não foram e promover projetos que venham implantar cada vez mais seus serviços para dentro dos hospitais. 
Percebe-se, portanto, que o enfoque, hoje, é bem mais amplo que no início. 
De acordo com o que você aprendeu nesta aula, qual foi o primeiro espaço a oferecer um curso de formação para psicólogo hospitalar no Brasil?
 1) PUC- São Paulo 
 2) PUC- Rio de Janeiro 
 3) USP 
 4) Faculdade de Medicina da Bahia 
 5) UERJ

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