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supervisão do estágio acadêmico unid I, II e III

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UNIDADE I 
Supervisão do Estágio Acadêmico 
Profa. Raquel Azevedo 
Aula 01 
Exercício da profissão 
De acordo com a Lei de Regulamentação da Profissão de Assistente Social, somente podem 
exercer essa profissão: 
 Pessoas que possuem o diploma em curso de graduação em Serviço Social (reconhecido e 
registrado pelo órgão competente – MEC); 
 Registro nos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) que tenha jurisdição sobre a 
área de atuação do interessado. 
A profissão de Serviço Social: 
 É inscrita na divisão social do trabalho, possuí uma atuação especializada e atua nos 
problemas sociais que afetam a qualidade de vida dos segmentos minoritários e 
pauperizados da população brasileira. 
 Tem sua gênese vinculada à Igreja Católica, surgiu como prática ligada à benesse e à 
caridade afim de minimizar os problemas sociais advindos do surgimento e do firmamento 
do sistema capitalista. 
 Na contemporaneidade, o/a assistente social deve primar pela efetivação e garantia dos 
direitos assegurados pela legislação vigente no Brasil. 
 Utiliza-se a expressão “contemporaneidade” para promover a reflexão, pois nem sempre 
o/a assistente social atuou nessa perspectiva. 
 A perspectiva de atuação normativa, voltada aos preceitos de caridade e benesse 
difundidos pela Igreja Católica, pautou o Serviço Social até o final dos anos 1960, bem como 
os instrumentais utilizados (Europa e EUA). 
As mudanças na atuação profissional pós-Movimento de Reconceituação: 
 Em 1965, surgiu, na América Latina, um movimento que marcou a profissão com 
reflexões, mudanças na constituição e nas formas de atuação do/a assistente social. 
 Essa nova postura do Serviço Social frente à sua formação e à prática de atuação voltadas 
para os problemas característicos da realidade latino-americana busca adequar a profissão a 
uma postura mais crítica e revolucionária. 
 Assim, a formação da profissão se compromete com uma transformação da realidade 
social. 
Diferença entre: competências e atribuições do/a assistente social: 
 Competência: ações que o/a técnico/a tem condições de desenvolver(teóricas), mas não 
são exclusivas de uma determinada profissão. 
 Atribuição: ações a serem desenvolvidas por apenas uma categoria profissional: são 
intervenções privativas. 
 Vamos para nosso livro-texto, Unidade I (tomo), páginas 17 e 18. 
1.5 Competências do assistente social 
 A Lei 8.662/93, no artigo 4º, expõe quais são competências do assistente social. São elas: 
I – Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da 
administração pública direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; 
II – Elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do 
âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
III – Encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; 
IV – Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais para identificar recursos e 
fazer uso deles no atendimento e na defesa de seus direitos; 
V – Planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais; 
VI – Planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade 
social e para subsidiar ações profissionais; 
VII – Prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades com relação às matérias relacionadas no inciso II 
deste artigo; 
VIII – Prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas 
sociais no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; 
IX – Planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço 
Social; 
X – Realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços 
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras 
entidades (BRASIL, 2003). 
1.6 Atribuições do assistente social A Lei 8.662/93, artigo 5º, expõe quais são atribuições 
privativas do Assistente Social. São elas: 
I – Coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, 
programas e projetos na área de Serviço Social; 
II – Planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social; 
III – Assessoria e consultoria a órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades em matéria de Serviço Social; 
IV – Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a 
matéria de Serviço Social; 
V – Assumir, durante o magistério de Serviço Social, tanto em nível de graduação como pós-
graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso 
de formação regular; 
VI – Treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; 
VII – Dirigir e coordenar Unidades de Ensino e cursos de Serviço Social de graduação e pós-
graduação; 
VIII – Dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço 
Social; 
IX – Elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de 
concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos 
conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X – Coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos 
de Serviço Social; 
XI – Fiscalizar o exercício profissional por meio dos Conselhos Federal e Regional; 
XII – Dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII – Ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e 
entidades representativas da categoria profissional (BRASIL, 2003). 
1.7 Equívocos da profissão 
Os equívocos da identidade profissional que precisam ser desconstruídos são: assistência 
social é o mesmo que assistente social, que, por sua vez, é igual a serviço social, e que este é 
igual a assistencialismo. 
Equívocos da profissão: 
Denominação Características 
 
Assistência social É uma política pública regulamentada pela 
Lei Orgânica da assistência social. A 
assistência social é um direito garantido por 
lei ao do cidadão e um dever do Estado. 
Assistente social É o profissional graduado em curso superior 
de Serviço social habilitado para atuar nas 
expressões da questão social, nas políticas 
sociais públicas, privadas e nas 
organizações não governamentais. Essa 
profissão é regulamentada pela Lei nº 
8.662/93. Há um código de ética 
profissional e organizações que fiscalizam e 
protegem o exercício profissional. 
Serviço social É o nome do curso de nível superior que 
forma os assistentes sociais. 
Assistencialismo É a prática que se opõe à assistência social. 
É o acesso a um bem ou serviço por meio 
de doação, favor, algo que depende de boa 
vontade e interesse de alguém. No 
assistencialismo não há garantias e nem 
direitos. 
 
Desmistificando os estigmas da profissão: 
 Embora alguns serviços prestados pelo serviço social sejam confundidos com caridade, 
favor, há de se desmistificar essa identidade atribuída. Ser compreensivo e atencioso é um 
atributo pessoal e inerente ao ser humano. 
 Já a cultura científica é adquirida ao longo da formação acadêmica, por meio de disciplinas 
das mais diversas áreas de conhecimento. 
Entidades representativas do Serviço Social: 
ENESSO – Executiva Nacional dos 
Estudantes de Serviço Social 
É a entidade máxima de representação dos 
estudantes de Serviço Social. 
CFESS - Conselho Federal de Serviço Social Regulamentado pela Lei nº 8662/1993 em 
conjunto com os CRESS, responde pela 
fiscalização do exercício professional do/a 
assistente social. Representado por uma 
diretoria composta por 18 conselheiros/as, 
que é eleita a cada três anos pelo voto 
direto dos/as assistentes sociais de todo o 
país. 
CRESS – Conselho Regionalde Serviço 
Social 
É uma autarquia federal de personalidade 
jurídica e de direito público, regulamentado 
pela Lei nº 8.662/1993, porem possui 
autonomia administrativa e financeira. Tem 
o poder de fiscalizar o exercício profissional 
do/a assistente social e são responsáveis 
pelas inscrições destes profissionais nos 
seus estados. 
ABEPSS – Associação Brasileira de Ensino e 
Pesquisa em Serviço Social 
É constituída pelas unidades de ensino em 
Serviço Social, pelos sócios institucionais e 
individuais. É uma entidade civil de 
natureza cientifica, é de âmbito nacional e 
não possui fins lucrativos. Tem por 
finalidade coordenar e articular o projeto 
de formação em Serviço Social no âmbito 
da graduação e pós-graduação. 
 
Interatividade 
Assinale a alternativa que diz respeito a uma atribuição do/a assistente social conforme Lei 
nº 8.662/93. 
a) Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgão da administração 
pública direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares. 
b) Encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população. 
 c) Planejar, organizar e administrar benefícios e serviços sociais. 
d) Realizar vistoria, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a 
matéria de Serviço Social. 
e) Planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço 
Social. 
 
Aula 02 
A atividade profissional no processo de construção da Identidade Profissional: 
 A identidade é concebida como um fenômeno social, um processo de mudanças que se 
constitui nas relações sociais e interpessoais, configurando-se e transformando-se. 
 A construção da identidade é dinâmica, incessante, um movimento permanente. 
“Identidade” remete àquilo que é idêntico, que é semelhante. É expressa singular ou 
coletivamente. 
Processo de construção da identidade profissional do assistente social: 
 Com o aumento da produção e as mudanças nas relações de produção, acentuaram-se as 
diferenças sociais e, diante do aumento da pobreza, surgiram grupos de voluntários ligados 
a organizações religiosas para atender às mazelas decorrentes da industrialização. Nesse 
contexto, os conflitos nas fábricas por melhores condições de trabalho, entre outros, 
pediam a presença de um “mediador” que conciliasse as partes envolvidas. 
 É no espaço da formação profissional que a identidade começa a ser construída por meio 
da socialização de ideias, diferenças, divergências, concepções de si mesmo, papéis 
profissionais, normalização do certo e do errado, de direitos e deveres e atribuições 
profissionais. 
 O ambiente profissional ou campo de atuação será o local em que ela se legitimará. 
Áreas de atuação do/a assistente social: 
Primeiro Setor: Dinheiro público para fins públicos: representado pelas instituições públicas 
nas esferas federal, estadual e municipal. Campos de atuação: saúde, assistência social, 
previdência, educação, habitação e etc. Podendo atuar ainda nas áreas da criança e 
adolescente, de idoso, de pessoas com deficiência e etc. 
Segundo Setor: Dinheiro privado para fins privados (organizações empresariais privadas). 
Nas organizações privadas, o/a assistente social pode atuar na área de recursos humanos, 
um setor que se expande para o gerenciamento, o planejamento estratégico, as relações 
interpessoais, a qualidade de vida do/a trabalhador/a, treinamentos organizacionais, 
elaboração ou a implementação de projetos, programas de prevenção de riscos sociais etc. 
Terceiro Setor: Dinheiro privado para fins públicos, não impedindo que o Estado fala 
contrapartida (Organizações não Governamentais – ONGs). O assistente social atua 
diretamente com à sociedade civil organizada e movimentos populares nas áreas de 
administração e planejamento de projetos sociais, defesa de direitos humanos, convênios 
de cooperação técnico-financeira, captação de recursos etc. 
O estágio supervisionado: 
 O estágio supervisionado curricular é parte integrante e obrigatória para a obtenção do 
título de bacharel em Serviço Social. Tem o objetivo de fazer com que você relacione os 
conhecimentos teóricos adquiridos na formação ao fazer profissional que é desenvolvido na 
prática de trabalho do/a assistente social. 
 Para cursar o estágio supervisionado você deve ter apreendido outros conhecimentos 
além dos fundamentos históricos de Serviço Social. 
 São necessários componentes éticos que norteiam a profissão e estes estão contemplados 
na lei de Regulamentação e no atual Código de Ética da profissão. 
 É no campo de trabalho que há a necessidade de construir atividades cotidianas 
competentes, não apenas baseadas em elementos da formação profissional apreendidos 
pelo/a assistente social, mas na construção de habilidades e atitudes que possibilitem o 
levantamento de respostas profissionais. 
 O campo de estágio é de suma importância para que o/a aluno/a saiba como adquirir 
essas habilidades e, a partir disso, possa tomar atitudes que, aliadas à sua formação teórica 
façam dele um excelente profissional. 
Formação profissional, exigência e perspectiva: 
 Em meados da década de 1990, surge a necessidade de reconstruir o projeto de formação 
profissional do/a assistente social demarcado transversalmente pelos dilemas da 
contemporaneidade da sociedade brasileira nos quadros da nova ordem mundial. 
 É fundamental que haja um projeto de formação profissional que aposte nas lutas sociais 
e na capacidade dos agentes históricos de construir novos padrões da sociedade para a vida 
social. 
 Hoje é necessário repensar a questão social, porque as bases de sua produção sofrem uma 
profunda transformação com inflexões verificadas no padrão de acumulação. 
 E o/a profissional de Serviço Social deve captar as múltiplas formas de pressão social de 
invenção e de reinvenção da vida construída no cotidiano. 
Interatividade 
A construção da identidade é: 
a) Atemporal. 
b) Dinâmica. 
c) Estática. 
d) Individual. 
e) Parcial. 
 
Aula 03 
O campo de estágio como campo de aprendizado: 
 O campo de estágio é um lugar privilegiado em que o/a aluno/a deve se concentrar na 
reflexão do trabalho do/a profissional supervisor/a de campo para apreender a dimensão 
interventiva e operativa da profissão. 
 O estágio supervisionado envolve o acompanhamento de campo e a supervisão 
acadêmica, que são traduzidos nas orientações e nos conteúdos ministrados pelos/as 
docentes. 
 O/a estudante precisa encarar o estágio como uma importante etapa da sua formação 
profissional, em que pode construir um perfil profissional de forma comprometida com as 
respostas às demandas sociais apresentadas, exercitando a reflexão crítica e apreendendo 
as alterações contemporâneas no mundo do trabalho. 
O estágio supervisionado nas instituições e os sujeitos envolvidos no estágio: 
 As instituições públicas, privadas ou não governamentais são locais de trabalho do/a 
assistente social e campo de estágio para os/as alunos/as do Serviço Social. 
 É no interior das instituições que o/a assistente social estabelece sua estratégia de 
atuação. Esse planejamento é elaborado de acordo com as rotinas e as normativas 
implementadas pela instituição. 
As instituições como espaço de participação: 
 As instituições possuem um processo controlador, e cabe aos assistentes sociais fazer 
frente a ele, pois tais órgãos os usam para o disciplinamento da população perante as 
exigências funcionais, com o intuito de manter a ordem social. 
 O estágio supervisionado precisa expor ao/à aluno/a esses aspectos próprios do trabalho 
institucional para que a reflexão acerca dessa prática possa desenvolver uma criticidade e o 
combate à imparcialidade sobre os interesses reais do controle social desenvolvido nas 
instituições. 
 O trabalho do/a assistente social nas instituições representa contradição e luta de forças, 
pois esses órgãos representam agestão do capital e da classe hegemônica sobre a vida da 
população que apresenta as demandas a eles. 
 A atuação profissional do/a assistente social representa a luta pela efetivação do direito 
de forma universal e abrangente. 
 A empreitada pela busca de efetivação para sanar os problemas como educação, 
habitação, saúde e serviços sociais causa impacto nas instituições e políticas e nos 
programas sociais que se desenvolvem nesses locais 
Os sujeitos envolvidos no estágio: 
 Para a efetivação do estágio, é necessária a assinatura de convênios e/ou Termo de 
Compromisso entre instituições públicas, privadas e não governamentais que oferecem 
estágio e a universidade. 
 Além disso, é preciso que exista a figura dos seguintes sujeitos: estagiário/a, supervisor/a 
acadêmico/a e supervisor/a de campo, além das pessoas atendidas pelas instituições 
(usuários das políticas sociais, funcionários, indivíduos atendidos). 
A análise do papel dos envolvidos: 
 Para que o estágio contribua com o aprendizado do/a aluno/a e possa subsidiá-lo para o 
exercício profissional, é necessário que haja o envolvimento e o comprometimento dos/as 
supervisores(as) de estágio, os/as colaboradores/as de campo, o/a aluno/a e as instituições 
que abriram seus espaços sócio-ocupacionais para que esse processo seja realizado. 
O papel dos sujeitos envolvidos no estágio supervisionado do Serviço Social: 
 O estágio deve ser compreendido pelos envolvidos com base na superação do desafio que 
ele acarreta para os participantes. 
 Os/as alunos/as devem entender que o estágio não pode ser confundido com emprego; 
os/as assistentes sociais supervisores de campo devem entender que os estudantes não 
fazem parte do quadro funcional da instituição e que são pessoas em processo de formação 
profissional. 
Interatividade 
O estágio supervisionado envolve o acompanhamento do/a: 
a) Campo de estágio. 
b) Coordenação do curso. 
c) Supervisão acadêmica. 
d) As opções “a” e “c” estão corretas. 
e) CFESS. 
 
Aula 04 
O estágio supervisionado e o plano de estágio: 
 Planejamento elaborado no campo de estágio pelo aluno e seu orientador. 
 Esse documento ajuda a direcionar as atividades do estagiário, pois permite o 
acompanhamento de suas tarefas e possibilita, em tempo hábil, as correções necessárias 
para atingir os objetivos do aluno e as necessidades da organização que serve de campo de 
estágio. 
Relatório: 
 Documento que consiste em uma apresentação escrita dos acontecimentos e das 
atividades que ocorrem no estágio. 
 Trata-se de um instrumento técnico-científico que exige um conhecimento metodológico; 
o resultado de sua organização deve expressar seu aprendizado no campo de estágio, 
partindo da formulação do seu plano de estágio e de sua análise institucional. 
Relatório parcial de estágio: 
 Deve ser construído pelos alunos com a finalidade de explanar suas percepções sobre os 
três agentes envolvidos no campo de estágio: a instituição, o profissional e os usuários das 
políticas públicas ou sociais que são implementadas como respostas às demandas coletivas. 
O planejamento, a prática profissional e o estágio supervisionado: 
 A utilização do planejamento permite ao profissional lançar mão dos instrumentos 
técnico-operativos de forma correta e precisa para que possa construir seus instrumentais, 
organizar a documentação dos usuários do estudo social, os relatórios e planejar plantões 
sociais. 
 Possibilita ao estagiário maior compreensão do exercício profissional e da utilização da 
teoria na prática. 
Observação participante no campo de estágio: 
 Parte prática do estágio como formação profissional: após a elaboração do plano de 
estágio, o aluno deve preparar-se para o estudo e a observação participante. Essa é uma 
técnica das pesquisas em ciências sociais; é utilizada como instrumento de coleta de dados 
na prática profissional, no estudo, na pesquisa e no momento do estágio curricular. 
 Tem o intuito de captar o sentido encoberto da ação humana e descortinar as ações 
desencadeadas por outros, o que, no caso do estágio supervisionado, se torna o foco das 
ações do/a assistente social. 
 Essa ação pretende descobrir o porquê de elas serem implementadas de tal forma ou 
utilizadas por este ou aquele instrumental, bem como as estratégias de ação profissional a 
serem elaboradas. 
Diário de Campo: 
 Caderno de anotações: espaço para associar as reflexões sobre o exercício profissional e o 
local de estágio onde está inserido como estagiário, assim como os conteúdos teóricos 
adquiridos na formação enquanto estudante. 
 É importante anotar, pois o estagiário precisa dos dados para utilizá-los no momento 
certo, seja no relatório fundamentado, seja para elaborar as proposições que serão o 
objetivo do projeto de intervenção. 
Elaboração do projeto: 
 Para elaborar e executar um projeto de intervenção, o planejamento é imprescindível. 
 Para planejar qualquer ação na instituição em que for estagiar, o/a acadêmico/a precisa 
primeiro saber “onde está” inserido/a e, para isso, precisa conhecer a instituição. Esse ato 
de conhecer não é simplesmente superficial, pois exige investigação e análise da 
organização. Por isso, a utilização do instrumento denominado “análise institucional” é 
obrigatória. 
O processo de sensibilização de mobilização para a elaboração e execução de projetos 
sociais: 
 Para trabalhar o processo de sensibilização e mobilização com os usuários do serviço social 
em qualquer campo em que o profissional estiver inserido, é fundamental o 
desenvolvimento de comunidade e a educação popular no sentido de suscitar a participação 
dos indivíduos. 
Realizando o monitoramento e a avaliação: 
 As avaliações representam um processo de questionamento, de indagação para saber 
como o desdobramento prático das ações propostas em um determinado projeto foi 
realizado e se estavam em consonância com a metodologia planejada, de acordo com os 
processos de avaliação do cronograma estabelecido e, ainda, se realmente atingiram o 
objetivo previsto de forma efetiva. 
Interatividade 
Para se elaborar um projeto, é preciso: 
a) Ser formado em Serviço Social. 
b) Ter claro o papel do assistencialismo. 
c) Conhecer plenamente a instituição. 
d) Fazer parte de uma equipe. 
e) Não fazer parte de uma equipe. 
 
Questionário unidade I 
PERGUNTA 1 
 
Assinale a alternativa incorreta. Para realizar o estágio supervisionado em 
Serviço Social, o aluno deve: 
 a. Ser encaminhado pela 
instituição em que 
estuda. 
 b. Preencher toda a 
documentação 
necessária. 
 c. É necessário que a 
universidade tenha 
convênio assinado 
com a instituição em 
que você estagiará. 
 d. Respeitar as 
determinações 
elencadas Lei Nacional 
de Estágio nº 
11.788/2008 e na 
Resolução CFESS nº 
533/2008. 
 e. O aluno pode realizar 
estágio quando bem 
desejar sem 
necessidade de 
acompanhamento 
profissional e 
preenchimento de 
documentos entre as 
partes envolvidas. 
 
PERGUNTA 2 
Autarquia federal de personalidade jurídica e de direito público, 
regulamentado pela Lei n.º 8.662, de 07 de junho de 1993. Tem o poder de 
fiscalizar o exercício profissional do assistente social. São responsáveis 
pelas inscrições dos assistentes sociais nos seus estados. Eles informam 
sobre anuidades, eventos, ofertas de trabalho, cursos de capacitação e 
ainda recebem denúncias de problemas relacionados à ética da profissão. 
 a. ABEPSS. 
 b. CFESS. 
 c. CRESS. 
 d. ENESSO. 
 e. Nenhuma das 
alternativas. 
 
PERGUNTA 3 
 
Documento que ajuda a direcionar as atividades do estagiário, pois permite o 
acompanhamento de suas tarefas e possibilita, em tempo hábil, as correções 
necessárias para atingir os objetivos do aluno e as necessidades da organização 
que servem de campo de estágio. Deve ser realizado em conjunto pelos 
envolvidos no campo de estágio, como estabelece a Resolução CFESS nº533/08. 
 a. Diário de campo. 
 b. Diagnóstico 
institucional. 
 c. Relatório de estágio. 
 d. Avaliação de estágio. 
 e. Plano de estágio. 
 
PERGUNTA 4 
 
Lei e artigo que expõem quais são as atribuições privativas do assistente 
social: 
 a. Lei nº 8.662, artigo 1º. 
 b. Lei nº 8.662, artigo 2º. 
 c. Lei nº 8.662, artigo 3º. 
 d. Lei nº 8.662, artigo 4º. 
 e. Lei nº 8.662, artigo 5º. 
 
PERGUNTA 5 
 
Lei e artigo que expõem quais são as competências do assistente social: 
 a. Lei nº 8.662, artigo 1º. 
 b. Lei nº 8.662, artigo 2º. 
 c. Lei nº 8.662, artigo 3º. 
 d. Lei nº 8.662, artigo 4º. 
 e. Lei nº 8.662, artigo 5º. 
 
PERGUNTA 6 
 
Momento diferenciado do curso de Serviço Social, em que o acadêmico tem o 
contato direto com a prática profissional a partir de sua inserção em um 
determinado espaço sócio-ocupacional. Essa etapa dos estudos prevista no 
currículo tem como objetivo fazer com que o aluno relacione os conhecimentos 
teóricos adquiridos na formação ao fazer profissional que é desenvolvido na 
prática de trabalho do assistente social. 
 a. Estágio. 
 b. Atividades práticas. 
 c. Atividades teóricas. 
 d. Observação. 
 e. Atividades avaliativas. 
 
PERGUNTA 7 
 
Movimento que surgiu na América Latina e que marcou a profissão, suscitando 
reflexões e mudanças na constituição e nas formas de atuação do assistente 
social. 
 a. Movimento de 
Reconceituação. 
 b. Movimento de 
Reconfiguração. 
 c. Movimento de 
Regeneração. 
 d. Movimento de 
Renovação 
 e. Movimento de 
Ruptura. 
 
PERGUNTA 8 
 
O Serviço Social tem sua gênese vinculada: 
 a. Ao movimento 
operário. 
 b. À Igreja Católica. 
 c. Aos capitalistas. 
 d. Ao Estado. 
 e. NDA. 
 
PERGUNTA 9 
 
Política pública regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social, que é um 
direito garantido por lei ao cidadão e um dever do Estado. 
 a. Assistencialismo. 
 b. Assistente Social. 
 c. Assistência Social. 
 d. Voluntariado. 
 e. Serviço Social. 
 
PERGUNTA 10 
 
Profissional graduado em curso superior de Serviço Social habilitado para 
atuar nas expressões da questão social, nas políticas sociais públicas, 
privadas e nas organizações não governamentais. 
 a. Assistencialismo. 
 b. Assistente social. 
 c. Assistência social. 
 d. Voluntariado. 
 e. Serviço social. 
 
Unidade II 
 
Supervisão do Estágio Acadêmico 
A Questão Social: 
 Netto (2005, p. 17), baseado em Cerqueira Filho (1982), sustenta que a questão social 
significa “[...] o conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos que o surgimento da 
classe operária impôs no curso da constituição da sociedade capitalista”. 
 O autor, ancorado na perspectiva marxista de compreensão da realidade, entende que a 
questão social é inerente ao capitalismo, ou seja, é uma condição para que o capitalismo 
possa se sustentar como modo de produção. 
 De acordo com Netto (2005), supõe-se que o termo “questão social” surgiu há mais ou 
menos 150 anos como explicação do fenômeno do pauperismo, relacionado ao primeiro 
ciclo de industrialização. 
 Antigamente, a pobreza estava relacionada à escassez de alimentos, causada por colheitas 
reduzidas em função de intempéries e guerras, mas, com o advento do capitalismo, não é 
isso que tem ocorrido. A produção da penúria está relacionada ao aumento da produção. 
 O fenômeno do pauperismo foi explicado pelos críticos da nova ordem e também pelos 
defensores; esses naturalizavam o empobrecimento, compreendendo-o como obra do 
destino e vontade de Deus. 
 Por outro lado, a luta dos trabalhadores em um processo revolucionário na França de 
1848, começa a questionar a expressão “questão social”, pois era vista como uma expressão 
conservadora. 
 A classe trabalhadora avança na consciência política e compreende a questão social como 
um elemento estrutural. 
 Mas, não foi somente a consciência política dos trabalhadores que permitiu essa 
compreensão crítica sobre a questão social. 
 É com o empreendimento teórico de Karl Marx que houve um avanço nessa compreensão, 
especialmente com a publicação do primeiro volume de “O capital”, em 1867. Ao verificar 
como o capital se produz, Marx nos esclarece a dinâmica da questão social. (NETTO, 2005). 
 Segundo Netto (ibidem, p. 157), a partir de Marx compreendemos que “[...] a ‘questão 
social’ está claramente determinada pelo traço próprio e peculiar da relação 
capital/trabalho – exploração.” 
A questão social como objeto de trabalho do Serviço Social: 
 O Serviço Social, profissão inserida na divisão sociotécnica do trabalho, desenvolve uma 
tarefa que tem como objeto específico as múltiplas expressões da questão social. É sobre 
esse foco que incide sua ação/intervenção, a qual implica a apropriação de meios e 
instrumentos de trabalho para efetivar sua ação profissional e tem como fim o produto 
desse trabalho. 
 Com um trabalho especializado, o Serviço Social apresenta-se por meio de trabalhos que 
geram produtos, isto é, interferem na produção e reprodução da vida material, social, 
política e cultura. 
A questão social e o Serviço Social nas décadas de 1960 e 1970: 
 A década de 1960 é de extrema importância para o Serviço Social, pois ocorreu o 
Movimento de Reconceituação, que questiona as influências externas na profissão. Seu 
objetivo consistia em construir um Serviço Social adequado à realidade latino-americana. 
 O processo de renovação do Serviço Social deflagrado pela Reconceituação se faz em meio 
à autocracia burguesa, ou seja, o governo da burguesia brasileira representado pelos 
militares. 
A questão social e o Serviço na década de 1980: 
 No projeto de formação profissional de 1982, a direção social da profissão já está 
relacionada aos interesses da classe trabalhadora. Nesse contexto, houve a necessidade da 
elaboração de um novo Código de Ética, o de 1986. 
 Nesse projeto, é dada uma centralidade à profissão nos seguintes termos: a profissão é 
analisada em sua historicidade e em sua relação com o capitalismo. 
 Embora a profissão, em sua produção teórica, aproxime-se da questão social no início da 
década de 1980, é somente na década de 1990, com o projeto profissional de 1996, que o 
Serviço Social trouxe a questão social para o centro de suas discussões. 
 Na década de 1980, o Serviço Social se alia às lutas de classe trabalhadora. 
Interatividade 
José Paulo Netto argumenta que a questão social é um conjunto de problemas que 
envolvem as áreas... 
a) Política, social e econômica. 
b) Política, familiar e econômica. 
c) Religiosa, social e educacional. 
d) Religiosa, familiar e econômica. 
e) Religiosa, social e econômica. 
 
Aula 02 
 
A década de 1990: 
 Nessa década, de acordo com Gohn (1998), houve uma diminuição das organizações de 
massas. 
 A própria Constituição estabeleceu a criação de órgãos colegiados, e havia participações, 
no orçamento, que eram utilizadas como instrumentos de gestão em vários governos. 
 No contexto histórico que estamos estudando, verificamos a chegada de novas formas de 
representação popular, embora as formas antigas não tenham desaparecido. 
 Na análise de Gohn (1998), o Brasil teve um período curto de vivência da prática 
democrática, e esse período se inicia com a queda do regime militar. 
 Os anos de 1990 trazem mudanças na estrutura da produção (reestruturação produtiva), e 
elas causaram impacto na subjetividade da classe trabalhadora. 
 Esse contexto traz uma semiparalisação dos movimentos populares urbanos, pois a 
atuação dos movimentos se restringia à resistência contra as medidas que extinguem ou 
alteram as conquistas obtidas com a Constituição. 
 De acordo com Gohn (idem), “eles [os trabalhadores] não tiveram tempo, fôlego e nitidez 
para se reestruturar e assumir o novo papel que lhes é cobrado, de serem agente 
propositivo.” 
 As ONGs que surgem não têm a mesma características das da década de 1980, que eram 
politizadas. 
 As organizações dadécada de 1990 se constituem como empresas e são as chamadas 
ONGs cidadãs devido às mudanças políticas e econômicas. 
 A ação militante fica em segundo plano, porque precisam cuidar de sua sobrevivência e 
qualificar seu quadro funcional. Para elas, chega também o imperativo da produtividade, da 
competência e da eficácia e da efetividade dos projetos sociais. 
 A participação, nesse cenário, passa a ser regida pela ideia da solidariedade. O 
pensamento de identidade de classe social se enfraquece, já que as identificações passam a 
se constituir por outros fios mais complexos (etnia, gênero, idade, sexo etc.). 
 Destacamos que na década de 1990 os movimentos se caracterizam por mobilizações 
pontuais e não mobilizações de massa. 
A questão social e o Serviço Social na década de 1990: 
 O Serviço Social entra nessa década com grandes expectativas e tarefas. Após a 
promulgação da Constituição, faz-se necessária a regulamentação de direitos por meio de 
legislação específica. 
 Leis e decretos que se consolidaram durante a década de 1980: 
 
Nº da Lei Federal ou 
decreto 
Data Tema 
 
Lei n. 8.069 13/07/90 Estatuto da Criança e do Adolescente 
Lei n. 8.080 19/09/90 Lei Orgânica da Saúde 
Lei n. 8.142 28/12/90 SUS – Sistema Único de Saúde 
Lei n. 8.212 24/07/91 Organização da Seguridade Social 
Lei n. 8.213 24/07/90 Planos de Benefícios da Previdência Social 
Lei n. 8.742 07/12/93 Lei Orgânica da Assistência Social 
Lei n. 8.842 04/01/94 Política Nacional do Idoso 
Lei n. 9.394 20/12/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Lei n. 9.790 23/03/99 Organizações da sociedade civil de interesse público 
Decreto n. 3.298 20/12/99 Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora 
de Deficiência 
 
 A conjuntura da década de 1990 exige que o Serviço Social sintonize o projeto profissional 
com as novas expressões da questão social. 
 Responder crítica e criativamente às exigências colocadas pela reestruturação produtiva, 
defender suas condições de trabalho e resistir às práticas de passividade são, a rigor, os 
grandes desafios que estão postos para o assistente social e para os demais trabalhadores 
“que vivem do seu trabalho” (CÉSAR, 1998, p. 145). 
 O Serviço Social encerra a década de 1990 e entra no século XXI com o seguinte desafio: 
construir estratégias de enfrentamento das novas expressões da questão social, 
desencadeadas pela reestruturação produtiva, que afetam a população e o assistente social 
como trabalhador assalariado. 
 
Interatividade 
A Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990 refere-se ao/a: 
a) Planos de Benefícios da Previdência Social. 
b) Sistema Único de Saúde. 
c) Lei Orgânica da Assistência Social. 
d) Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
e) Estatuto da Criança e do Adolescente. 
 
Aula 03 
 
Por que questão social e não políticas sociais como objeto de ação profissional? 
 A questão social é a matéria-prima que os/as assistentes sociais vão utilizar no seu 
exercício profissional: o nosso “chão” é a questão social e suas múltiplas expressões. 
 As políticas sociais são uma das formas privilegiadas que utilizamos no enfrentamento às 
questões que se colocam em nosso cotidiano profissional. E elas podem ser públicas ou 
privadas. 
Configuração do objeto: questão social 
 A questão social não pode ser pensada isoladamente ou tomada sob um único prisma. É 
preciso reconhecer os diferentes contextos em que ela se apresenta de modo que possam 
pensar as estratégias de enfrentamento. 
 As configurações da questão social fazem acirrar a concentração/acumulação de 
capital/riquezas e a produção crescente da miséria, da pauperização e das desigualdades. 
Questão social ou questões sociais? 
 Alguns autores como Vicente Faleiros e Marilda Iamamoto, diziam que não existem 
“questões sociais”, e sim um conjunto de expressões. Segundo ele, a questão social é única, 
visto ser fruto da relação capital x trabalho. 
 Há apenas expressões dessa relação, como as desigualdades e as exclusões. 
Construção e desconstrução do objeto do Serviço Social: 
 A construção do objeto significa a compreensão das mais variadas expressões cotidianas 
que os sujeitos vivenciam e que os/as assistentes sociais trabalham direta ou indiretamente. 
 Ao ter uma matéria-prima de intervenção profissional, que tem como ingredientes 
principais luta pela defesa da vida e pela garantia de direitos, o/a assistente social é um/a 
profissional que precisa ter postura ética, crítica e propositiva e se imbuir de conhecimentos 
teórico-metodológicos. 
Formas de enfrentamento da questão social: 
A seguir, relacionaremos os agentes responsáveis pelo desencadeamento das ações de 
intervenção na questão social: 
 Estado: nas políticas públicas; 
 Empresariado: por meio de políticas sociais empresariais para a reprodução e gestão da 
força de trabalho; 
 Outros segmentos da sociedade civil: por meio de organizações não governamentais que 
têm atuado no campo das políticas sociais; 
 Classes subalternas: são formas de organização e de sobrevivência acionadas por estas 
classes como meio de fazer frente às condições crescentes de exclusão social a que são 
submetidas. 
 Em muitas situações, nossa intervenção pode ir além de um simples encaminhamento 
para serviços especializados. Sabemos que as condições de trabalho variam de local para 
local. 
 Em determinada instituição, você poderá ter recursos materiais e humanos para planejar, 
desenvolver e avaliar ações interventivas. Em outros locais, você deverá buscar estratégias e 
meios alternativos para desenvolver ações interventivas, apesar das dificuldades 
institucionais. 
Demanda profissional: aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais: 
 Diante das demandas existentes, é notória a procura por serviços sociais. Entretanto, é 
preciso ressaltar o aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais, a diminuição de 
recursos, a redução dos salários e a imposição de critérios cada vez mais restritivos à 
população para ter acesso aos direitos sociais públicos. 
 Cabe ao assistente social dar respostas que vão além do imediatismo. O/a profissional 
deve estar comprometido com sua profissão e com o usuário, ter o cuidado de não cair na 
subalternidade que existe na profissão em algumas instituições, achar que é tudo natural, 
normal e cumprir apenas as normas e rotinas estabelecidas. 
Reordenamento dos serviços sociais: 
 A categoria profissional vem discutindo um reordenamento de sua prática, tanto na 
defesa de direitos como na prestação de serviços que antes eram executados 
predominantemente pelo Estado e que agora são transferidos, em etapas, por meio de 
parcerias, convênios etc. para outros setores da sociedade civil (principalmente para 
organizações não governamentais). 
 Os serviços têm caráter voluntário ou não. Caracterizam-se por ações fragmentadas, 
isoladas, paliativas e de cunho individualista. 
Terceirização da gestão da questão social: 
 O desrespeito à institucionalização da questão social ocorre quando o Estado deixa de 
oferecer serviços básicos e a garantia dos direitos fica à mercê de organizações não 
governamentais com critérios próprios; isso, muitas vezes, acaba reforçando exclusões. 
 Os critérios de acesso aos serviços são excludentes, uma vez que não são universais, e os 
sujeitos que os solicitam precisam se “enquadrar” em determinados perfis. 
Como e quando desconstruímos nosso objeto de ação profissional? 
 Quando percebemos que as estratégias utilizadas até então não dão mais conta da 
realidade e da dinâmica profissional. 
 Quando o/a assistente social busca ampliar, aprofundar seus conhecimentos e sua forma 
de intervenção; quando sai dos muros profissionais e institucionais; e quando almeja ir além 
do seu cotidiano profissional. 
 E também pode partir de demandas institucionais percebidas pelos/as profissionais ou 
pelos/as usuários/as. 
 
Interatividade 
Subalternidadese refere: 
a) À ausência de protagonismo. 
b) À igualdade entre as pessoas. 
c) Ao empresariado. 
d) A expressar a exploração e a dominação. 
e) As alternativas “a” e “d” estão corretas. 
 Obs.: ausência de protagonismo, expressar a exploração e a dominação. 
 
Aula 4 
Matriz do processo de trabalho do/a assistente social: 
 O processo de trabalho do serviço social constitui-se no espaço em que os conhecimentos 
são processados e ele se reconstrói a partir da análise da questão social e do conhecimento 
produzido pelo Serviço Social. 
 Embora o/a assistente social esteja sujeito/a às alterações do mercado de trabalho, ele/a 
deve estabelecer um distanciamento crítico disso, no sentido de apreender a dinâmica da 
sociedade. Essa mediação é determinante para a sobrevivência do serviço social. 
 A globalização e o desenvolvimento tecnológico, a transferência de serviços do Estado 
para ONGs e instituições privadas, entre outras mudanças em curso, são movimentos 
contraditórios que geram conflitos, desigualdades, exclusões, lutas e resistências. 
 Essas mudanças incidem nas instituições prestadoras de serviços sociais e no cotidiano da 
profissão, e sua dinâmica se configura a partir de enfrentamentos de questões como: 
contradições da realidade, conjuntura social, política, ideológica, econômica e cultural. 
Os desafios para atuação profissional: 
 Atualmente, há um processo de minimização das funções sociais do Estado, mediante a 
privatização dos serviços públicos básicos, a desregulamentação e flexibilização das relações 
de trabalho, o aumento dos níveis de exploração e desemprego; isso gera instabilidade 
profissional. 
 Por sua vez, os/as assistentes sociais também sofrem com essas transformações 
societárias, pois fazem parte do mercado de trabalho em sua divisão sociotécnica. 
 Se os campos tradicionais passam por transformações, os indivíduos (usuários) também 
mudam seu perfil. Os usuários tradicionais, como idosos, crianças, famílias, entre outros, 
passaram a constituir grupos e segmentos organizados bem específicos para defender seus 
interesses individuais (da sua categoria). 
 Enquanto há uma retração por parte do Estado na prestação de serviços básicos devido ao 
enxugamento de suas responsabilidades por medidas neoliberais, por outro lado, há uma 
expansão do terceiro setor por meio de organizações não governamentais. Assim, acaba 
assumindo papéis do Estado, em oposição ou à margem dele, na prestação de serviços e na 
garantia de direitos. 
 Alguns dos mais nítidos empecilhos para o/a assistente social são: a falta de 
conhecimentos de informática, a carência de boa redação, além do óbvio, a falta de leituras 
para apreensão do real. Destaca-se, ainda, a habilidade relacional, um aspecto de suma 
importância em qualquer profissão. 
 O grande desafio do Serviço Social está em fazer que seus profissionais atinjam a 
consciência necessária ao exercício ético, crítico, propositivo e comprometido da profissão. 
Para tanto, é necessário que tal profissional seja intelectual ou operativo para romper com 
alguns vícios que perseguem a profissão há muito tempo, como a acomodação, o 
paternalismo, o desconhecimento do que é a própria profissão, entre tantos outros. 
O objeto: 
 O Serviço Social tem como objeto ou matéria-prima de trabalho as expressões da questão 
social, um conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos decorrentes das 
desigualdades produzidas pelo sistema capitalista. 
Os instrumentos ou os meios: 
 O/a assistente social é capacitado(a) do ponto de vista teórico-metodológico, ético 
político e técnico-operativo, ou seja, possuidor de instrumentos/meios. 
 Esses mecanismos do/a assistente social não se reduzem a um conjunto de técnicas; nele, 
há o conhecimento da realidade fundamentado na concepção teórica como um instrumento 
de trabalho. Sem essa fundamentação, o/a assistente social não consegue realizar sua 
atividade. 
 O trabalho do/a assistente social não tem receitas, modelos, cartilhas. Ele é construído a 
partir do ponto de vista teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. 
 Conhecimento e outras habilidades são necessários para que esse/a profissional possa 
intervir/atuar. O conhecimento é adquirido ao longo do processo formativo e do processo 
de trabalho como assistente social. 
 
Interatividade 
Práticas que se opõem ao ato de planejar e projetar. Que é realizada sem prévio 
planejamento, é aplicada para atender uma demanda atual, amanhã outra e assim por 
diante: 
a) Planejada. 
b) Programada. 
c) Imediatista. 
d) Dialética. 
e) NDA. 
 
Questionário unidade II 
 
PERGUNTA 1 
 
É na tensão da produção das desigualdades e da produção das lutas e das 
resistências que trabalham os assistentes sociais. O trabalho está situado 
em cenários distintos que exigem _______________ e _______________ teórico-
metodológicas. 
 a. Compromisso e 
competências. 
 b. Compromisso e 
atribuições. 
 c. Atitude e 
competências. 
 d. Atitude e atribuições. 
 e. Comprometimento e 
habilidades. 
 
Comentário: no Serviço Social, o assistente social atua na tensão das 
desigualdades e da produção das lutas e das resistências que trabalham 
os assistentes sociais. Motivo pelo qual exige do assistente social 
compromisso e competência teórico-metodológica, permitindo fazer uma 
leitura da demanda apresentada para além da aparência e atuar de forma 
propositiva. 
PERGUNTA 2 
 
Assinale a alternativa correspondente à década que diz respeito à afirmação: 
A ----_______________ é de extrema importância para o Serviço Social, pois ocorreu 
o Movimento de Reconceituação, o qual questiona as influências externas na 
profissão. Seu objetivo consistia em construir um Serviço Social adequado à 
realidade latino-americana. 
 a. Década de 1950. 
 b. Década de 1960. 
 c. Década de 1970. 
 d. Década de 1980. 
 e. Década de 1990. 
Comentário: o Serviço Social surge ligado à doutrina da Igreja Católica de forma 
voluntariosa e sem uma metodologia teórica e dentro de uma realidade 
europeia. Na década de 1960, os profissionais de Serviço Social latino-
americanos percebem a necessidade de adequar a atuação de acordo com a 
realidade latino-americana e iniciam o Movimento de Reconceituação. 
PERGUNTA 3 
 
Assinale a alternativa correspondente à década que diz respeito à afirmação: 
No período ditatorial, o que preponderou foi a repressão da luta dos 
trabalhadores por direitos sociais. Por outro lado, o país vivia as consequências 
de sua entrada no capitalismo monopolista. Nesse cenário, a classe 
trabalhadora brasileira teve muitos prejuízos, mas, a partir do final da ----- 
----_______________, com o deflagrado processo de abertura política em função 
das pressões da sociedade, ela começa a ter possibilidade de se manifestar. 
 a. Década de 1950. 
 b. Década de 1960. 
 c. Década de 1970. 
 d. Década de 1980. 
 e. Década de 1990. 
 
Comentário: o Brasil entra no sistema do capitalismo monopolista em pleno 
período da ditadura, imperando a repressão a qualquer forma de organização 
ou luta dos trabalhadores por direitos sociais, causando muitos prejuízos a essa 
classe trabalhadora. Somente ao final da década de 1970 com a abertura 
política que ocorreu após pressões da sociedade é que a classe trabalhadora 
começa a ter a possibilidade de se manifestar. 
PERGUNTA 4 
 
Assinale a alternativa correspondente à década que diz respeito à afirmação: 
Na ----_______________, o Serviço Social se alia às lutas da classe trabalhadora. 
Nesse contexto, houve a necessidade da elaboração de um novo Código de 
Ética. Nesse projeto, é dada uma centralidade à profissão nos seguintes termos: 
a profissão é analisada em sua historicidade e sua relação com o capitalismo. 
 a. Década de 1950. 
 b. Década de 1960. 
 c. Década de 1970. 
 d. Década de 1980. 
 e. Década de 1990. 
Comentário: o Serviço Social em sua origem surge ligado aosinteresses do 
Estado em apaziguar as lutas de classes entre trabalhadores e capitalistas; 
porém, após o Movimento de Reconceituação e em pleno processo de combate 
à ditadura, o Serviço Social revê sua matriz teórica aproximando-se da teoria de 
Karl Marx, fazendo com que, na década de 1980, o Serviço Social se coloque em 
favor das lutas da classe trabalhadora. 
PERGUNTA 5 
 
Assinale a alternativa correspondente à década que diz respeito à 
afirmação: 
O Serviço Social entra nessa década com grandes expectativas e tarefas. 
Após a promulgação da Constituição, faz-se necessária a regulamentação 
de direitos por meio de legislação específica consolidada durante a 
----_______________. 
 a. Década de 1950. 
 b. Década de 1960. 
 c. Década de 1970. 
 d. Década de 1980. 
 e. Década de 1990. 
 
Comentário: na década de 1990, após a promulgação da Constituição de 
1988 – Constituição Cidadã, que coloca a Assistência Social como política 
que é um direito do cidadão e dever do Estado, faz-se necessária a 
regulamentação de direitos por meio de legislações específicas. 
PERGUNTA 6 
 
Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmação: 
O profissional tem __________ autonomia no exercício de seu trabalho e depende 
da organização do Estado, da empresa, da sociedade civil e das organizações 
não governamentais. São os gestores que organizam e definem meios, funções 
e que viabilizam serviços aos usuários. Cabe ao profissional fazer a leitura de 
como executá-los sem que haja prejuízos aos usuários ou equívocos de papéis 
entre profissionais e também deve buscar sempre garantir suas atribuições 
específicas. 
 a. Total. 
 b. Relativa. 
 c. Nenhuma. 
 d. Graduada. 
 e. Alternativa. 
Comentário: no Serviço Social, o assistente social possui autonomia relativa, 
porque possui conhecimento teórico-metodológico, ético-político e técnico-
operativo; mas para poder atuar, depende de um espaço ocupacional no Estado, 
na empresa, na sociedade civil e nas organizações não governamentais. 
PERGUNTA 7 
 
Assinale a alternativa que diz respeito ao objeto/matéria-prima do Serviço 
Social. 
 a. Pobres. 
 b. Trabalhadores. 
 c. Questão social. 
 d. Minorias. 
 e. Conflitos. 
Comentário: o objeto/matéria-prima de trabalho do Serviço Social é a questão 
social e suas múltiplas expressões, ou seja, o assistente social atua diretamente 
na pobreza, no desemprego, na garantia de direitos etc. 
PERGUNTA 8 
 
Conjunto de problemas políticos, sociais e econômicos impostos pela classe 
operária na constituição da sociedade capitalista. 
 a. Problema social. 
 b. Questão social. 
 c. Desajustes sociais. 
 d. Problemas sociais. 
 e. Questões sociais. 
Comentário: Netto (2005, p. 17), baseado em Cerqueira Filho (1982), sustenta 
que a questão social significa “[...] o conjunto de problemas políticos, sociais e 
econômicos que o surgimento da classe operária impôs no curso da 
constituição da sociedade capitalista”. 
PERGUNTA 9 
 
Preencha as lacunas da afirmação, assinalando a resposta correta. 
O Serviço Social, profissão inserida na divisão sociotécnica do trabalho, 
desenvolve uma tarefa que tem como objeto específico as múltiplas expressões 
da questão social. É sobre esse foco que incide sua ação/intervenção, a qual 
implica a apropriação de __________ e ______________ de trabalho para efetivar sua 
ação profissional e tem como fim o produto desse trabalho. 
 a. Teorias e práticas. 
 b. Conhecimentos e 
planejamentos. 
 c. Ações e intervenções. 
 d. Meios e 
instrumentos. 
 e. Políticas e 
regulamentações. 
Comentário: o Serviço Social, profissão inserida na divisão sociotécnica do 
trabalho, desenvolve uma tarefa que tem como objeto específico as múltiplas 
expressões da questão social. É sobre esse foco que incide sua 
ação/intervenção, a qual implica a apropriação de meios e instrumentos de 
trabalho para efetivar sua ação profissional e tem como fim o produto desse 
trabalho. Com um trabalho especializado, o Serviço Social se apresenta por meio 
de trabalhos que geram produtos, isto é, interferem na produção e na 
reprodução da vida material, social, política e cultural. 
 
 
 
PERGUNTA 10 
 
Relações sociais que tomam forma de riqueza/poder monopolizado, 
confrontando-se com o trabalho concreto e impondo a produção de trabalho 
alienado: 
 a. Capital. 
 b. Trabalho. 
 c. Questão social. 
 d. Proletariado. 
 e. Nenhuma das 
alternativas anteriores 
está correta. 
 
Comentário: no Serviço Social, a expressão capital diz respeito à acumulação de 
riqueza/poder monopolizado nas mãos de uma minoria. Essa monopolização da 
riqueza confronta-se com o processo exploratório em que ocorre o trabalho de 
forma concreta, colaborando para um sistema de produção alienado. 
 
UNIDADE III 
 
Supervisão do Estágio Acadêmico 
 
Princípios fundamentais do Código de Ética do/a Assistente Social 
 Os princípios fundamentais do Código de Ética demonstram os compromissos ético-
políticos assumidos pelo assistente social com os usuários do Serviço Social. 
 Os princípios fundamentais do Código de Ética: 
 o reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas politicas a ela 
inerente-autonomia emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 
 defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; 
 ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, 
com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras. 
 Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, 
com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; 
 Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política 
e da riqueza socialmente produzida; 
 Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de 
acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão 
democrática; 
 Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à 
diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das 
diferenças; 
 Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas 
existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento 
intelectual; 
 Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova 
ordem societária, sem dominação exploração de classe, etnia e gênero; 
 Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos 
princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores; 
 Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o 
aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional; 
 Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de 
inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e 
condição física. 
 
Princípios operacionais 
 Os princípios operacionais referem-se à competência teórica e metodológica que você, 
futuro assistente social, deve adquirir no decorrer da sua formação profissional para intervir 
de forma propositiva, investigativa e reflexiva junto aos problemas sociais. 
 
a) Núcleo teórico-metodológico 
 Bases teóricas 
- Fundamentos teórico-metodológicos da vida social: conhecer o ser social. 
- Fundamentos da formação sócio-histórica da sociedade brasileira: produção e reprodução 
da questão social. 
- Fundamentos do trabalho profissional: meios de trabalho. 
 Bases metodológicas 
- Análise de conjuntura. 
- Análise institucional. 
- Gestão social, planejamento, monitoramento e avaliação. 
- Pesquisa. - Gestão de serviços sociais. 
b) Núcleo técnico-operativo 
 Estratégias de intervenção 
- Assessoria e consultoria. 
- Gestão de serviços erecursos sociais (organização do seu trabalho). 
- Mediação entre usuário e instituições. 
- Participação em conselhos e em equipes multidisciplinares. 
 Instrumentos 
- Encaminhamentos. 
- Plantão. - Triagens. 
- Relatórios. 
- Estudos sociais, pareceres e laudos. 
- Abordagens individuais e grupais. 
- Entrevistas domiciliares e hospitalares. 
- Visitas a entidades ou outros equipamentos da comunidade. 
- Reuniões. 
- Oficinas. 
- Palestras e seminários. 
- Pesquisas. 
- Planos, programas e projetos. 
 Técnicas 
 Saber ouvir e falar. 
 Grupais: trabalhar com grupo, dinâmicas, condução e entrevista coletiva. 
 Individuais: entrevista individual. 
 Saber negociar e mediatizar. 
O produto do Serviço Social 
 O produto do Serviço Social se configura nas dimensões materiais e sociais. 
 Material: ocorre quando o Assistente Social viabiliza o acesso aos bens e aos serviços 
palpáveis, por meio de auxílios em passagem de ônibus, próteses, óculos, cestas básicas, 
entre outros. 
 Social: produção de serviços não palpáveis, que viabilizam o acesso não só a recursos 
materiais, mas, principalmente, incidem sobre as necessidades básicas de sobrevivência 
social. 
 O/a assistente social, para apresentar resultados/produto do seu trabalho, necessita de 
instituições empregadoras, seja na órbita do Estado, de organizações não governamentais 
ou de empresas privadas. Independente da instituição empregadora, sua atuação deve ser 
norteada pelos princípios fundamentais do Código de Ética Profissional. 
Interatividade 
O produto do Serviço Social se configura nas dimensões: 
a) Materiais e sociais. 
b) Espirituais e materiais. 
c)Laborativas e sociais. 
d)Educacionais e culturais. 
e) Culturais e laborativas. 
 
Aula 02 
O estágio como processo de aprendizagem para o trabalho 
 O estágio curricular faz parte da formação técnica ou superior, compondo a matriz 
curricular como disciplina não eletiva e não substituível do quadro de carga horária geral 
das escolas e dos cursos de graduação. 
O voluntariado 
 Em um ambiente de mercado de crescente competitividade, o voluntariado é visto por 
alguns como sendo extremamente prejudicial à inserção profissional, pois limita a 
possibilidade de ingresso no mercado quando boa parte das necessidades das instituições é 
atendida por pessoas não remuneradas. 
 Foi no sentido de valorizar os jovens, os adultos, os idosos e os profissionais que 
disponibilizam horas de trabalho, e para regulamentar o serviço voluntário no âmbito do 
Estado e das instituições privadas sem fins lucrativos, que, em 18 de fevereiro de 1988, o 
presidente da República sancionou a Lei nº 9.608 (a Lei do Voluntário). 
O Serviço Social e a prática institucionalizada 
 Não podemos separar instituição de Estado, uma vez que há um consenso entre esses dois 
elementos. É justamente dentro dessas instituições que ocorre a prática institucionalizada 
do Serviço Social. As instituições são espaços de propagação de normas e disseminação de 
valores sociais e morais. 
 Nesses órgãos se cumprem funções no sentido de responder aos problemas ou às 
demandas impostas pela sociedade. 
 O/a assistente social efetua sua função mediante uma autonomia relativa. Isso significa 
que tal profissional decide os meios como realizar a atividade, os instrumentos técnico-
operativos e as estratégias a serem adotadas. 
 O/a assistente social trabalha, muitas vezes, inserido(a) em instituições estatais, órgãos 
burocratizados, cujos usuários de serviços ou políticas públicas oferecidos precisam se 
encaixar nos critérios e nas normas de atendimento das políticas implementadas e 
oferecidas por essas instituições. 
 O/a assistente social deve ter compromisso com a tarefa de desvendar o mundo 
contemporâneo, descobrindo como as políticas sociais são implementadas, como 
funcionam as instituições que as viabilizam e como se insere a prática ou exercício 
profissional do serviço social nesses locais. 
 Deve buscar construir práticas que beneficiem os usuários, primar por uma transparência 
na socialização de informações para essas pessoas, zelar por um trabalho de qualidade 
pautado no projeto ético político da profissão na defesa da universalidade dos serviços 
públicos. 
 Conforme Iamamoto (2001), o assistente social possui uma relativa autonomia: é 
contratado pela classe burguesa e atende aos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, 
o desempenho profissional deve, por um lado, garantir a reprodução de sua força de 
trabalho e, por outro, legitimar os interesses da classe trabalhadora. 
A seguir, alguns exemplos de estratégias e técnicas: 
 Estratégias: explanação dialogada, realização de debates, trabalhos em grupos visando à 
politização/emancipação; planejamento participativo; entre outras. São ações com um fim 
maior: o político, pois contribui para a reflexão e a efetivação de direitos. Esses são 
mecanismos utilizados para atuar tanto junto aos usuários como em proximidade às 
instituições, a fim de efetivar o projeto ético-político-profissional. 
 Técnicas: entrevistas (inclusive domiciliares), aplicação de questionários, jogos interativos, 
dinâmicas grupais, utilização de músicas, poemas, teatro, fantoches, apresentação em 
Datashow, leituras coletivas de textos, produção de painéis temáticos etc. 
 Ressalta-se que é necessário haver inter-relação entre as estratégias e as técnicas para 
que as ações não fiquem limitadas ao fazer burocrático e ao imediatismo. 
Interatividade 
No curso de bacharel em Serviço Social, o estágio é item: 
a) Não obrigatório para a obtenção do título. 
b) Obrigatório para a obtenção do título. 
c) Optativo para a obtenção do título. 
d) Indiferente, pois pode mudar de instituição para instituição. 
e) As opções “c” e “d” estão corretas. 
 
Aula 03 
O avanço profissional na utilização das estratégias e técnicas profissionais 
 Inicialmente, as estratégias e as técnicas utilizadas pelo/a assistente social favoreciam seu 
contratante, trazendo certo conformismo social e amenização de conflitos. Tal profissional 
era responsável por atividades que demandavam contato com a classe economicamente 
vulnerável, como a entrega de auxílios governamentais em meio a situações de extrema 
pobreza. 
 Foi somente a partir da década de 1980 que o Serviço Social adquiriu, como principal 
característica, a opção por um projeto profissional vinculado à defesa intransigente dos 
direitos humanos da classe trabalhadora. 
 Esse direcionamento, com um projeto aliado à classe trabalhadora, fez com que as 
estratégias e as técnicas do/a profissional possuíssem a intenção de reforçar a luta por uma 
nova ordem societária sem a dominação e a exploração dessa classe. 
 Na contemporaneidade, a maior parte dos/as assistentes sociais opta por uma identidade 
profissional aliada à camada vulnerável da sociedade. No bojo dessa identidade, o processo 
de trabalho é administrado como resposta consciente aos conflitos de classe. 
 O caráter assistencial e a visão clientelista são substituídos pela ampliação e pela 
consolidação da cidadania e dos direitos sociais. É papel do/a assistente social facilitar aos 
usuários o acesso a informações, políticas, planos, programas e projetos sociais. 
 Nesse contexto, o desempenho profissional exige estratégias e técnicas capazes de 
empreender a mediação entre instituição empregadora e usuário/destinatário dos serviços 
profissionais. 
 Nesse desempenho, o/a assistente social deve informar aos usuários os seus direitos e 
apontar os caminhos para melhoria da qualidade de vida. 
Instrumentalidade com categoria para a atuação do Serviço Social 
 A instrumentalidade não é um conjunto de ferramentas técnico-operativas que o 
assistente social utiliza no cotidiano para desenvolver seu exercício profissional. 
 Ela é a capacidade adquirida por esse profissional durante o processo de atuação de 
planejar e estabelecerobjetivos com a finalidade de alcançar resultados, utilizando 
conhecimentos adquiridos, como: ético-políticos, teórico-metodológicos e técnico-
operativos. 
 A instrumentalidade possibilita ao/a assistente social a mediação necessária para analisar 
sua trajetória sócio-histórica de funcionalidade, vinculada à classe dominante e ao Estado e, 
ainda, modificar-se e dar sentido histórico a seu exercício profissional. 
 Para isso, ele busca a criticidade para romper a concepção de instrumento de 
racionalização de conflitos. 
 A mediação permite ao/a assistente social compreender os contextos e as conjunturas 
sociais, visando à conscientização das massas e às transformações das relações sociais dos 
próprios homens. 
 Contribui para desvendar as representações e as relações de capital-trabalho e romper o 
processo conservador do exercício profissional e atuação do Serviço Social tradicional. 
 A instrumentalidade do Serviço Social não se limita ao desencadeamento de ações 
instrumentais nem ao exercício de atividades imediatas: ela permite apreender a totalidade 
dos processos sociais e atuar sobre eles. 
 
Interatividade 
Pode ser um instrumental do Serviço Social: 
a) Escuta. 
b) Visita domiciliar. 
c) Entrevista. 
d) Materiais administrativos. 
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
Aula 04 
 
progênie de grupo 
 O ser humano tem natureza social, por isso necessita viver em contato com o outro, 
estabelecendo nessa relação homem-homem os fenômenos da “[...] comunicação, 
percepção, afeição, liderança, integração, normas e outros [...]” (COSTA, 2007, p. 18). 
 As relações ficaram mais complexas com o surgimento do trabalho para satisfazer as 
necessidades humanas, pois isso abriu caminho para o individualismo e a acumulação. 
 As relações entre capital e trabalho implementadas para o alargamento da produção de 
bens materiais ou objetos rentáveis geram lucro e engendram tensões sociais. 
 O ano de 1943, conforme Trück e outros (2003), marcou o início do trabalho com grupo 
desenvolvido pelo Serviço Social, em São Paulo, na área da infância e juventude. Nos anos 
seguintes, esse profissional passou a atuar com programas de ação e desenvolver atividades 
de base com grupos. 
 O Serviço Social, no contexto do trabalho grupal, prima pela construção e pelo despertar 
da autonomia dos indivíduos, bem como o fortalecimento das comunidades e o resgate da 
cidadania. 
 Além disso, objetiva socializar informações capazes de incentivar a mobilização e a 
organização dos movimentos sociais para a luta e as conquistas com vistas à efetivação dos 
direitos sociais e à ampliação das políticas públicas e isso causaria impacto na melhoria de 
vida das sociedades. 
Abordagem grupal e atuação do/a assistente social em reuniões 
 A técnica de reunião constitui-se um dos importantes instrumentos de atuação do/a 
assistente social. 
 A reunião entendida como momento de agrupamento de pessoas, agregação, requer, no 
mínimo, duas pessoas. Ela é polissêmica e tem vários propósitos, como: distribuir ou 
socializar informações, analisar problemas, desenvolver assunto específico etc. 
Abordagem grupal e atuação do/a assistente social em reuniões 
 A técnica de reunião constitui-se um dos importantes instrumentos de atuação do/a 
assistente social. 
 A reunião entendida como momento de agrupamento de pessoas, agregação, requer, no 
mínimo, duas pessoas. Ela é polissêmica e tem vários propósitos, como: distribuir ou 
socializar informações, analisar problemas, desenvolver assunto específico etc. 
 A entrevista domiciliar é uma técnica que também é utilizada por vários outros 
profissionais para melhor compreender a dinâmica do cotidiano familiar do/a usuário/a. 
Amaro (2003, p. 13) afirma ser ela “[...] uma prática profissional, investigativa ou de 
atendimento, realizada por um ou mais profissionais junto ao indivíduo em seu próprio 
meio social ou familiar”. 
 A entrevista domiciliar se configura como momento de diálogo entre o/a entrevistador/a 
social e o entrevistado/a. 
 O diálogo de uma entrevista domiciliar não pode ser despojado de cientificidade. Ele tem 
um fim maior e pressupõe preparo profissional para obter êxito. 
Cotidiano e práxis profissional 
 Práxis, segundo Marx, pode ser entendida como prática articulada à teoria, prática 
desenvolvida com e pelas abstrações do pensamento, como busca de compreensão mais 
consistente e consequente da atividade prática. 
 Entre as formas de práxis, pode-se afirmar que uma pode vir vinculada à outra, até porque 
o homem é um ser que vive as relações que estabelece seja entre si, seja entre os objetos 
que criou. 
 Pode-se afirmar que a práxis criadora é a práxis determinante. 
Práxis profissional do assistente social e cotidiano 
 As transformações sociais e a complexidade das sociedades, o processo de desumanização 
em face do avanço tecnológico e do aprofundamento das desigualdades sociais, resultantes 
do desenvolvimento capitalista, indicam a exigência de uma tomada de posição cada vez 
mais clara e definida por parte do/a assistente social. 
 Diante dessa desumanização e aviltamento dos direitos civis, políticos e sociais, o/a 
assistente social não pode deixar de intervir e lutar por melhores condições de existência. 
 A práxis profissional do/a assistente social ocorre em um processo que elucida a questão 
da atitude interventiva e, nesse processo, apropria-se de uma determinada “[...] 
instrumentalidade qual seja a de conhecer, explicar, propor e implementar iniciativas 
voltadas ao enfrentamento das desigualdades sociais, que são inerentes à constituição da 
sociedade capitalista” (MOTA, 2003, p. 10). 
 O Serviço Social, por meio da práxis, faz a mediação entre instituição e usuários e viabiliza 
os bens e os serviços. 
 O cotidiano profissional necessita ser elucidado continuamente, pois reflete nele as 
transformações societárias que são dinâmicas. Para tal, os/as profissionais de Serviço Social 
precisam decodificar criticamente o contexto em que estão inseridos. 
 Fazendo uma reflexão sobre aspectos do cotidiano profissional do/a assistente social, 
devido às suas demandas imediatistas e demasiadas, esse cotidiano tende a alienar esse 
profissional e a reduzir seu poder de criticidade e reflexão, o que desencadeia a ineficiência 
das ações. 
 É por isso que se fazem necessárias a sistematização e a reflexão sobre a prática para 
desenvolver, então, a práxis profissional, a qual contribui para melhor enfrentar os desafios 
do cotidiano. 
Interatividade 
Práticas que se opõem ao ato de planejar e projetar. Que é realizada sem prévio 
planejamento, é aplicada para atender uma demanda atual, amanhã outra e assim por 
diante: 
a) Planejada. 
b) Programada. 
c) Imediatista. 
d) Dialética. 
e) NDA. 
 
Questionário unidade III 
PERGUNTA 1 
 
As afirmativas a seguir dizem respeito: 
I) Ao reconhecimento da liberdade como valor ético central e das 
demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena 
expansão dos indivíduos sociais. 
II) Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do 
autoritarismo. 
III) Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial 
de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e 
políticos das classes trabalhadoras. 
 a. Princípios do Código 
de Ética. 
 b. Considerações da 
Resolução CFESS nº 
533/08. 
 c. Atribuições da Lei de 
Regulamentação da 
profissão. 
 d. Competências da Lei 
de Regulamentação da 
profissão. 
 e. Princípios da 
Constituição Federal. 
Comentário: Os princípios fundamentais do Código de Ética demonstram 
os compromissos ético-políticos assumidos pelo assistente social com os 
usuários do serviço social. Vamos conhecê-los a seguir: reconhecimento 
da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela 
inerentes – autonomia, emancipação e plenaexpansão dos indivíduos 
sociais; defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e 
do autoritarismo; ampliação e consolidação da cidadania, considerada 
tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos 
civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras. 
PERGUNTA 2 
 
Capacidade adquirida pelo profissional durante o processo de atuação, de 
planejar e estabelecer objetivos com a finalidade de alcançar resultados, 
utilizando conhecimentos adquiridos, como: ético-políticos, teórico-
metodológicos e técnico-operativos. 
 a. Criatividade. 
 b. Instrumentais. 
 c. Instrumentalidade. 
 d. Habilidade. 
 e. Atitude. 
Comentário: A instrumentalidade, como você já sabe, não é um conjunto de 
ferramentas técnico-operativas que o assistente social utiliza no cotidiano para 
desenvolver seu exercício profissional. Ela é a capacidade adquirida por esse 
profissional durante o processo de atuação de planejar e estabelecer objetivos 
com a finalidade de alcançar resultados, utilizando conhecimentos adquiridos, 
como: ético-políticos, teórico-metodológicos e técnico-operativos. 
PERGUNTA 3 
 
Em qual década o Serviço Social adquiriu como principal característica a opção 
por um projeto profissional vinculado à defesa intransigente dos direitos 
humanos da classe trabalhadora? 
 a. 1950. 
 b. 1960. 
 c. 1970. 
 d. 1980. 
 e. 1990. 
Comentário: Foi somente a partir da década de 1980 que o serviço social 
adquiriu como principal característica a opção por um projeto profissional 
vinculado à defesa intransigente dos direitos humanos da classe trabalhadora. 
PERGUNTA 4 
 
Entrevistas (inclusive domiciliares), aplicação de questionários, jogos interativos, 
dinâmicas grupais, utilização de músicas, poemas, teatro, fantoches, 
apresentação em data-show, leituras coletivas de textos, produção de painéis 
temáticos etc. Ressalta-se que é necessário haver inter-relação entre as 
estratégias e as técnicas para que as ações não fiquem limitadas ao fazer 
burocrático e ao imediatismo. Esses são exemplos de: 
 a. Técnicas. 
 b. Estratégias. 
 c. Ações. 
 d. Metodologias. 
 e. Conhecimentos. 
Comentário: Técnicas: entrevistas (inclusive domiciliares), aplicação de questionários, 
jogos interativos, dinâmicas grupais, utilização de músicas, poemas, teatro, fantoches, 
apresentação em data-show, leituras coletivas de textos, produção de painéis temáticos 
etc. Ressalta-se que é necessário haver inter-relação entre as estratégias e as técnicas 
para que as ações não fiquem limitadas ao fazer burocrático e ao imediatismo. 
PERGUNTA 5 
 
Explanação dialogada, realização de debates, trabalhos em grupos visando à 
politização/emancipação; planejamento participativo; entre outras. São ações 
com um fim maior: o político, pois contribuem para a reflexão e a efetivação de 
direitos. Esses são mecanismos utilizados para atuar tanto junto aos usuários 
como em proximidade às instituições a fim de efetivar o projeto ético-político-
profissional. São exemplos de: 
 a. Técnicas. 
 b. Estratégias. 
 c. Ações. 
 d. Metodologias. 
 e. Conhecimentos. 
Comentário: Estratégias: explanação dialogada, realização de debates, trabalhos 
em grupos visando à politização/emancipação; planejamento participativo; entre 
outras. São ações com um fim maior: o político, pois contribuem para a reflexão 
e a efetivação de direitos. Esses são mecanismos utilizados para atuar tanto 
junto aos usuários como em proximidade às instituições a fim de efetivar o 
projeto ético-político-profissional. 
PERGUNTA 6 
 
O produto do Serviço Social se configura nas dimensões ________ e _______. 
No primeiro caso, ocorre quando o assistente social viabiliza o acesso aos 
bens e serviços oriundos das esferas governamentais ou privadas via 
programas sociais, por meio de auxílios. Já na segunda dimensão, há a 
produção de serviços, como valores, conhecimentos, moral e 
comportamentos que viabilizam o acesso não só a recursos materiais, mas, 
principalmente, incidem sobre as necessidades básicas de sobrevivência 
social. 
 a. Teóricas e 
metodológicas. 
 b. Técnicas e operativas. 
 c. Ética e política. 
 d. Instrumentais e práxis. 
 e. Materiais e sociais. 
Comentário: O produto do serviço social se configura nas dimensões 
materiais e sociais. O primeiro caso ocorre quando o assistente social 
viabiliza o acesso aos bens e serviços oriundos das esferas 
governamentais ou privadas via programas sociais, por meio de auxílios. 
Já na dimensão social há a produção de serviços, como valores, 
conhecimentos, moral e comportamentos que viabilizam o acesso não só 
a recursos materiais, mas, principalmente, incidem sobre as necessidades 
básicas de sobrevivência social. 
PERGUNTA 7 
 
Os princípios ____________ referem-se à competência teórica e 
metodológica que você, futuro assistente social, deve adquirir no decorrer 
da sua formação profissional para intervir de forma propositiva, 
investigativa e reflexiva junto aos problemas sociais. 
Preencha a lacuna com a resposta correta. 
 a. Éticos. 
 b. Metodológicos. 
 c. Operacionais. 
 d. Técnicos. 
 e. Normativos. 
 
PERGUNTA 8 
• Prática pensada, refletida, subsidiada pelo conjunto de conhecimentos 
teórico-metodológicos, técnico-operativos e ético-políticos que o 
assistente social adquire ao longo de sua formação profissional. 
 a. Habilidade. 
 b. Prática. 
 c. Acolhimento. 
 d. Instrumentalidade. 
 e. Práxis. 
Comentário: Práxis profissional é uma prática pensada, refletida, subsidiada 
pelo conjunto de conhecimentos teórico-metodológicos, técnico-operativos e 
ético-políticos que o assistente social adquire ao longo de sua formação 
profissional. 
PERGUNTA 9 
 
Técnica que emprega encontro entre duas pessoas a fim de que uma delas 
obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma 
conversação de natureza profissional. É um procedimento utilizado na 
investigação social para a coleta de dados, para ajudar no diagnóstico ou no 
tratamento de um problema social. 
 a. Abordagem grupal. 
 b. Reunião. 
 c. Escuta qualificada. 
 d. Entrevista. 
 e. Acolhimento. 
Comentário: Marconi e Lakatos (2003, p. 195) conceituam entrevista como [...] 
encontro entre duas pessoas a fim de que uma delas obtenha informações a 
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza 
profissional. É um procedimento utilizado na investigação social para a coleta de 
dados, para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. 
PERGUNTA 10 
 
Técnica que também é utilizada por vários outros profissionais para melhor 
compreender a dinâmica do cotidiano familiar do usuário. Prática profissional, 
investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais junto 
ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar. 
 a. Atendimento grupal. 
 b. Entrevista domiciliar. 
 c. Reuniões. 
 d. Acolhimento. 
 e. Encaminhamento. 
comentário: A entrevista domiciliar é uma técnica que também é utilizada por 
vários outros profissionais para melhor compreender a dinâmica do cotidiano 
familiar do usuário. Amaro (2003, p. 13) afirma ser ela “[...] uma prática 
profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais 
profissionais junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar”. 
	PERGUNTA 1
	PERGUNTA 2
	PERGUNTA 3
	PERGUNTA 4
	PERGUNTA 5
	PERGUNTA 6
	PERGUNTA 7
	PERGUNTA 8
	PERGUNTA 9
	PERGUNTA 10
	PERGUNTA 1
	PERGUNTA 2
	PERGUNTA 3
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	PERGUNTA 4
	PERGUNTA 5
	PERGUNTA 6
	PERGUNTA 7
	PERGUNTA 8
	PERGUNTA 9
	PERGUNTA 10

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