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03/08 Radiologia do sistema ósseo Epífise: região extrema dos ossos e é dividida em proximal e distal. A linha epifisária ou disco de crescimento (fise) divide a epífise e a metáfise. Forame nutrício é por onde entram os vasos sanguíneos que nutrem o osso. O desenvolvimento completo acontece quando a metáfise se une com a epífise, aproximadamente de 10 a 14 meses. Cães grandes levam mais tempo para fechar os discos de crescimento e os pequenos menos. Felinos de 10 a 12 meses. Alterações radiográficas 1. lesões ósseas causadas por alterações: traumáticas, nutricionais, alterações de desenvolvimento, infecciosas e neoplásicas. Respostas à injúria: Diminuir a radiopacidade, o osso fica mais escuro (ou radiotransparente), de maneira generalizada (osteopenia, ex.: por falta de cálcio na alimentação) ou focal (osteólise). Aumentar a radiopacidade, o osso fica mais claro (ou radiopaco), há esclerose de maneira focal (não existe generalizada). B. não será abordado na matéria C. parece gramínea ou palitinhos (am paliçada) D. neoplasia, normalmente Em fraturas forma-se o “calo ósseo”/proliferação periostal, que é a proliferação do periósteo de forma regular. Reação: proliferação periosteal regular Reação: proliferação periosteal irregular Reação: proliferação periosteal “sunburst” Analisar: 1. local da lesão: periósteo, cortical, canal medular, epífise. monostótica (uma lesão), poliostótica (mais de uma lesão no mesmo osso ou em ossos diferentes) ou generalizado (lesão em todos os ossos) . 2. envolvimento da cortical? adelgaçado, espessado, perda da continuidade, osteólise, esclerose. 3. tem reação periosteal? regular, irregular ou “sunburst”. Diagnóstico se chega com quadro radiográfico mais os sinais clínicos e o histórico. Em animais jovens ou deformados, é legal fazer projeção do membro colateral para comparar. 10/08 Alterações traumáticas FRATURAS: perda da continuidade do tecido ósseo. Realizar duas projeções. O exame radiográfico serve para: confirmar o diagnóstico clínico (ou achados não detectados clinicamente), conhecer a posição e a relação dos fragmentos e saber o tempo de fratura (ex.: a proliferação periosteal demora pra aparecer, primeiro vem hematoma, depois conjuntivo e só depois o ósseo). Classificação: 1.Ferimento externo comunicante: aberta (exposta) ou fechada. *fratura aberta pode causar osteomielite. 2.Extensão da lesão: completas (descontinuidade total), incompletas (descontinuidade parcial, “trincado”, com fissura) ou por avulsão (fratura por arrancamento, só acontecem em locais com inserções de ligamento, tendões e musculatura. é mais comum em animais jovens pq os ossos não foram totalmente calcificados). 3.Quanto à direção da fratura: simples (um foco de fratura), segmentar (duas fraturas no mesmo osso) ou cominutiva (osso estilhaçado, a partir de 3 fraturas no mesmo osso). Tipos de borda da fratura (classificados apenas se a fratura for simples e completa): transversa (borda reta), oblíqua (diagonal, bizel) ou em espiral (“torcido”, enxerga a medula). 4.quanto à localização da fratura: diafisária (proximal, médio ou distal), epifisária* (17/08) ou condilar/intercondilar/supracondilar. *fêmur e úmero de tem côndilo. supra: pra cima inter: entre 5.quanto à posição dos fragmentos: manutenção do eixo e desvio dos fragmentos. *ulna sempre lateral e primeiro dígito sempre medial. *fíbula sempre lateral. Ferida aberta, perceptível por conta do ar. Importante relatar pois tem alto risco de infecção. Fratura completa. Fratura por avulsão. Projeções sempre mediolateral e craniocaudal em pequenos, pois os membros ficam mais próximos do chassi. CR: cranial CD:caudal Quando quebra em duas partes, a de cima é o fragmento proximal e o de baixo é o distal. apenas o fragmento distal é descrevido. desvio crânio lateral do fragmento distal. 17/08 Fratura epifisária* ou fratura Salter-Harris: acomete animais jovens, são classificadas de acordo com o grau de envolvimento das epífises, fise e metáfise, e aumentam a probabilidade de deformidade no membro, porque causam fechamento precoce do disco. O grande problema é quando o rádio ou a ulna são afetados, porque eles são ossos que crescem juntos e, quando um deles é afetado, acabam por deformar os ossos do carpo. disco epifisário=disco de crescimento=fise A: normal B:fratura apenas no disco de crescimento/fise. é possível ver na radiografia por conta do deslocamento do osso. C: fratura no disco e na metáfise. D: fratura no disco e na epífise. E: fratura no disco, na metáfise e na epífise. F: fratura compressiva no disco (compressão do disco). Consolidação óssea: ossificação do calo mais desaparecimento da linha de fratura. Fratura→ Hemorragia (hematoma)→ organização em Tecido Conjuntivo→ Processo de ossificação→ Calo ósseo. *raio x vê apenas osso (não vê hematoma, nem tec. conjuntivo). É importante fazer o exame radiográfico imediatamente após a redução/cirurgia para poder comparar. Importante os exames de controle para examinar: alinhamento, implante cirúrgico, infecção, calo ósseo, etc. Complicações da consolidação óssea: 1. Retardo na união (+8 semanas): mobilidade (instabilidade entre os fragmentos), animal idoso (metabolismo lento), infecção, tipo/local da fratura. ocorre persistência da linha de fratura e mínima proliferação óssea (forma calo ósseo meia boca, chance de re fraturar altíssima). 2. Não união: mobilidade, avascularização (por colocar um pino preenchendo toda a medula), infecção, corpo estranho. ocorre bordas arredondadas e escleróticas sem proliferação óssea. 3. Má união: consolidação da fratura com deformidade angular, quando realizada uma redução óssea errônea, ocorre rotação e angulação durante o processo de consolidação. a função pode estar comprometida. Considerações finais: Os traumas e fraturas doem demais! O posicionamento radiográfico deve ser feito de maneira cuidadosa. Deve ser feito pelo menos uma analgesia, podendo fazer uma tranquilização ou sedação dependendo do caso. AULA PRÁTICA rádio ulna, projeções craniocaudal e mediolateral. ULNA: fratura incompleta em terço distal da diáfise da ulna, sem desvio do eixo ósseo. RÁDIO: fratura incompleta em terço médio da diáfise do rádio, sem desvio do eixo ósseo. rádio ulna, projeções craniocaudal e mediolateral., ULNA e RÁDIO: fratura completa no terço distal da diáfise, simples, transversa com desvio craniolateral do fragmento distal. tíbia, projeções craniocaudal e mediolateral. TÍBIA: fratura completa no terço médio da diáfise, simples, oblíqua com desvio craniolateral do fragmento distal. metatarso, projeções dorsopalmar e mediolateral. fraturas em metatarsos com proliferação periostal regular adjacente (à fratura). logo, trata-se de um trauma antigo com discreto desvio do eixo ósseo. fêmur, projeção mediolateral. FÊMUR: fratura completa no terço médio da diáfise, cominutiva, com desvio caudal do fragmento distal. 24/08 AFECÇÕES DE ETIOLOGIA INDETERMINADA 1. Panosteíte: acomete cães de raças grandes e gigantes (como o Pastor Alemão e Basset Hound), é comum em animais jovens (5-12 meses) e adultos com mais de 7 anos, ocorre um aumento da atividade osteoblástica e fibroblástica no endósteo e no canal medular. Pode-se ser monostótica (único osso) ou poliostótica (único osso ou múltiplos ossos), depende da quantidade de lesões. Acomete diáfises, pode pegar em rádio, ulna, fêmur e tíbia). Claudicação sem histórico de trauma e dor à palpação profunda de diáfise. ela é auto limitante, porque aparece e vai embora sem motivo. aspectos radiográficos: esclerose (mais claro) do canal medular com áreas arredondadas e podendo aparecer perto do forame nutrício. E: normal D: esclerose no canal medular conhecida como “osso dálmata". 2. Osteodistrofia hipertrófica: acomete cães de raças grandes e gigantes, principalmente machos, de 3 a 6 meses de idade. Acredita-se por suplementação nutricional excessiva de minerais e vitaminas, por deficiência de vitamina C ou por cinomose. Ocorre relutância em andar ficandoem estação, anorexia e febre. Geralmente é bilateral e simétrico. É auto limitante e acomete as metáfises de ossos longos, principalmente distal de rádio, ulna e tíbia. aspectos radiográficos: radiotransparência em região metafisária e formação de osso para periostal junto a metáfise gera falso aspecto de dupla linha de crescimento. ponto rosa é a osteodistrofia. 3. Osteopatia hipertrófica: acredita-se que seja uma doença neurovascular por estimulação do nervo vaga, acomete cães e gatos adultos e idosos. associada a moléstias intra torácicas ou abdominais, como neoplasias, doenças infecciosas e parasitárias. ocorre aumento de volume das extremidades (bilateral e simétrica). acomete diáfises e causa dor e claudicação. estimula o nervo vago, aumenta a circulação das extremidades e ocasiona proliferação periosteal. fazer radiografia de tórax, se não encontrar moléstia, fazer ultrassom. aspectos radiográficos: proliferação periosteal irregular em metacarpos e metatarsos, podendo acometer outras diáfises em casos severos e crônicos. simétricas e bilaterais. não afeta articulações. ALTERAÇÕES METABÓLICAS 1. Hiperparatireoidismo secundário nutricional: acomete cães e gatos jovens e ocorre por distúrbios nutricionais (pouca ingestão de cálcio desregula o equilíbrio cálcio-fósforo. então o paratormônio aciona os osteoclastos para pegar cálcio dos ossos). osteopenia. aspectos radiográficos: diminuição generalizada da radiopacidade, adelgaçamento de corticais (fica mais fininha), metáfises mais evidentes, cifolordose (desvio de coluna, por conta de ossos maleáveis), fraturas patológicas (por estar mais frágil), angústia pélvica (fezes começam a ser retidas por estreitamento da pelve) e sequelas. A imagem de baixo é a esperada. D: normal E: osteopenia com fratura patológica. 2. Hiperparatireoidismo secundário renal: pacientes com distúrbios glomerulares tem aumento de fósforo, esse aumento causa desregulação do equilíbrio cálcio-fósforo e aciona o paratormônio, que, por sua vez, estimula o osteoclasto. Aspectos radiográficos: diminuição da radiopacidade dos ossos do crânio (não é osteopenia porque não atinge todos os ossos do corpo), perda da lâmina dura/onde o dente se insere e causa o chamado “dentes flutuantes” e “mandíbula de borracha”, fratura patológica e calcificação metastática de tecidos moles. 31/08 NEOPLASIAS ÓSSEAS Osteossarcoma (80%, mais conhecido); acomete mais adultos e idosos e as raças grandes e gigantes (Boxer e Rottweiler); ele localiza-se normalmente em 4 locais: distal rádio e proximal úmero (longe do cotovelo); distal fêmur e proximal tíbia (próximo do joelho); ocorre claudicação e aumento de volume; geralmente monostótico/apenas uma lesão (articulações preservadas); pode fazer fraturas patológicas; pode fazer metástases pulmonares (pois é altamente irrigado). *pelo rx vc não consegue diferenciar qual neoplasia é, pois você não consegue ver células/tecido por ele. Aspectos radiográficos: Pode aparecer como: osteólise, proliferação periosteal desorganizada (não é irregular, nem sunburst) ou misto (osteólise + proliferação periostal). há aumento de volume de partes moles; importante fazer controle radiográfico (cresce muito rápido) e citologia/ biópsia (pois a neoplasia é muito parecida com a osteomielite). osteólise que levou a uma destruição óssea monostótica. E. normal, D.osteólise nas setas E. normal, D. proliferação desorganizada. E. osteólise + aumento de volume, D. fratura patológica mista (pontos do osteólise + proliferação), monostótica. DOENÇAS INFECCIOSAS Osteomielite: Inflamação óssea causada por foco de infecção como: fraturas expostas; cirurgias contaminadas; mordidas; feridas abertas. Causadas por bactérias, fungos, protozoários ou metalose (por metal). Geram dor, edema, febre e claudicação; • Agudo (sem sinais radiográficos, porque o osso precisa de tempo para reagir) e crônico (presença de alterações radiográficas). Aspectos radiográficos: monostótica ou poliostótica, osteólise, proliferação periosteal ou aumento de partes moles/volume. Esclerose (tentativa de confinar o foco). L áreas de esclerose e de osteólise. da esquerda para a direita começa a melhorar porque o ATB está fazendo efeito. poliostótica + osteólise. proliferação ao redor dos pinos (está crescendo alguma cultura, pq senão iria formar calo ósseo. Osteomielite x Neoplasia, Diagnóstico: anamnese; sintomas; estudo radiológico; histopatológico e culturas bacterianas e fúngicas. 14/09 Radiologia do sistema articular Articulação: composto por dois ou mais ossos, cartilagens, ligamentos, espaço sinovial e cápsula articular. Osso subcondral ou placa subcondral: textura mais lisa. Doença articular degenerativa (osteoartrose, artrose ou DAD): alteração degenerativa não inflamatória da cartilagem e do osso (ossos que se formaram para promover a estabilidade da articulação/anquilosar). -Primária: uso e idade, sem causa específica (acomete mais idosos); -Secundária: qualquer situação que leve a alteração articular (alt. de desenvolvimento, deformidades traumáticas); • Inicial: sem alterações radiográficas. A.artrose, B.normal 2.forma um bico 3.igual ao osteófito, mas tem outro nome porque estão localizados nos ligamentos ou tendões. 4.irregularidade causada pelo crescimento dos osteófitos (o som crepitante da articulação é por conta da raspagem dos osteófitos periarticulares) 5.”pedra no sapato”, dói (pode ser por: se soltou um fragmento do osso subcondral, ou, mais frequentemente, uma parte da cartilagem é calcificada quando ela se solta e atrita. 6.raio está tendo mais dificuldade para passar por conta dos osteófitos. 7.difícil de ver. ** todas as alterações derivam da tentativa de anquilosar/estabilizar a articulação. Luxação e Subluxação: perda total/parcial da relação articular, “saiu do lugar”; ocorre em qualquer articulação do esqueleto por: - trauma; - desenvolvimento (superfícies art. alteradas); - congênitas (origem em má formação). *luxação, total; subluxação, parcial. total parcial Osteocondrose: ocorre falha na ossificação do osso subcondral (parte mais lisa); • osteocondrite dissecante = “joint mice”; • ocorrem lesões bilaterais, principalmente, em animais de grande porte (machos?) e jovens de 4 a 9 meses (costumam claudicar); • cabeça caudal do úmero, côndilos femorais (medial), tálus (medial). buraco por conta da falha na ossificação (osteocondrose, porque não da pra ver o flat) buraco + flat calcificado (osteocondrite dissecante) Aspecto radiográfico: área radioluscente/radiotransparente do osso subcondral; esclerose; flap cartilaginoso ou calcificado “joint mice”; DAD. 1.área radioluscente/radiotransparente do osso subcondral=osteocondrose 2.área radioluscente/radiotransparente do osso subcondral + flap calcificado=osteocondrite dissecante Luxação de Patela: ocorre por deformidade congênita ou traumática; • Normalmente ocorre um desvio medial e bilateral em raças toy. E lateral em cães de grande porte (mais traumáticos que cong.). Principais causas: - Arrasamento do sulco troclear (“caminha da patela”); L normal L arrasamento do sulco - Variações angulares do fêmur; - Alterações ligamentares/musculares. •Divididos nos graus de I a IV (I e II =intermitente, III e IV =persistente), não dá pra graduar pelo RX. Aspectos radiográficos: projeção craniocaudal; desvio medial da patela (bilateral); traumática (unilateral); DAD. imagem da D, desvio medial. E.desvio medial da patela bilateral Ruptura do ligamento cruzado cranial: principal causa de claudicação em cães e gatos; Pode secundário a trauma ou não, as principais raças acometidas são bulldog, pitbull, bull terrier, rottweiller; • Movimento de gaveta (exame físico que caracteriza a ruptura); • ML e/ou ML sob estresse (para forçar a tíbia deslocar cranialmente). D. normal, E.rompido, eminência intercondilar em outro local. A em estresse é feita puxando o calcâneo para baixo. Aspectos radiográficos: derrame intra-articular (processo inflamatório); deslocamento cranial da tíbiaem relação ao fêmur; DAD. E, presença de fumaça (aumento de volume intra articular). Exercícios: 28/09 não é panosteíte pq da pra diferenciar a córtex da medula. desvio medial bilateral de patela, luxação de patela. laranja: osteófitos periarticulares rosa: entesófitos presença de osteófitos periarticulares e entesófitos na umerorradioulnar. esclerose da face subcondral. DAD. esclerose do osso subcondral (por conta da artrose). arrasamento acetabular e interlinha assimétrica (levando a uma incongruência articular). espaço articular= interlinha radiográfica. incongruência articular = não encaixa direito 19/10 Necrose asséptica da cabeça do fêmur Comum em cães jovens (7 a 11 meses) e raças toy. Ocorre uma falha da irrigação sanguínea na cabeça femoral, ocasionando isquemia e necrose dos tecidos. Acredita-se que seja de origem genética. O animal claudica e sente muita dor. Aspectos radiográficos: osteólise da cabeça e colo femoral. Aumento da interlinha radiográfica (espaço articular). Pode ocorrer fratura patológica. DAD. Uni ou bilateral. Ocorre remodelamento de cabeça femoral e de acetábulo (alteração morfológica por conta da artrose). E está comprometida D comprometida E acometido com artrose Displasia (mau encaixe) do cotovelo Alteração de desenvolvimento da articulação por: osteocondrose do côndilo medial do úmero, não união do processo ancôneo, fragmentação do processo coronóide medial ou incongruência articular. Doença hereditária, acomete raças grandes, geralmente bilateral e acomete animais de 4 a 18 meses. 1. Osteocondrose do côndilo medial do úmero (raro): aspectos radiográficos são área radiotransparente em osso subcondral do côndilo do úmero. 2. Não união do processo ancôneo (NUPA, mais comum): falha na fusão do centro de crescimento (ancôneo e ulna). Aspectos radiográficos, normal alterado projeção médio lateral flexionado (ajuda a visualização). normal projeção medio lateral. normal alterado 3. Fragmentação do processo coronóide medial da ulna: aspectos radiográficos, projeções (ML estendida, CrCd, CrCd supinada), contorno anormal e perda da definição do processo coronoide medial, difícil diagnóstico (então o diagnóstico é por alterações secundárias, você não vê o processo coronóide mas vê alterações que indiquem essa possibilidade, então pede-se tomografia computadorizada). rádio atrapalha a visualização. Lesão é muito difícil de ser observada ao exame radiográfico: sobreposição, imagem não calcificada, fragmento fissurado e sem separação. 4. Incongruência articular: instabilidade articular e DAD. Displasia coxofemoral Ocorre o desenvolvimento anormal da articulação por fatores genéticos ou fatores ambientais. Geralmente bilateral. Acomete mais raças grandes como Pastor Alemão, Labrador, Golden retriver e Rottweiler, pois tem o crescimento rápido e gatos persa. Normal e bem posicionado. Aspectos radiográficos: incongruência articular (assimetria da interlinha radiográfica), arrasamento acetabular/remodelamento, subluxação/luxação, DAD secundária (osteófitos periarticulares, alteração morfológica da cabeça e colo femorais, linha de “Morgan”- osteófitos curvilíneo caudolateral). assimetria da interlinha, alterações morfológicas da cabeça linha de Morgan, local de inserção da cápsula articular. Ela aparece quando há um excesso de tracionamento da cápsula por instabilidade articular e é o primeiro sinal de que há instabilidade articular (só aparece em casos iniciais de instabilidade articular, depois fica sobreposta). incongruência articular, acetábulo raso, osteófito periarticular, esclerose do acetábulo. Luxação e subluxação, arrasamento acetabular. ainda não formou artrose porque é recente. Classificação segundo o ângulo de NORBERG: Maior ou igual a105º: coxal normal 100 a 105º: discreta ou suave 90 a 100º: moderada Menor que 90º: severa ou grave Penn hip: método de avaliação para displasia coxofemoral precoce (4 meses), avalia a distração articular (após fazer estresse na articulação, mede quanto a cabeça do fêmur sai e entra na articulação, fazer anestesiado). 26/10 Linha radiotransparente entre processo ancôneo e a ulna. Não há união do processo ancôneo. Incongruência articular (caracterizada pela assimetria da interlinha radiográfica), arrasamento acetabular: referem-se ao diagnóstico de displasia coxo femoral osteófitos periarticulares, alteração da cabeça e colo femoral, áreas de esclerose na borda acetabular (por conta dos osteófitos): referem-se ao diagnóstico de DAD (que é secundária a displasia). esclerose nas bordas articulares (pelos osteófitos). nesse caso é difícil de enxergar a causa, então acredita-se que é apenas uma artrose primária. perda total da relação articular entre a escápula e o úmero. incongruência articular E (aumento da interlinha radiográfica), áreas de osteólise na cabeça femoral E, remodelamento ósseo da articulação coxoferal esquerdo E: compatível com necrose asséptica da cabeça femoral E. aumento de tecidos moles, proliferação periostal desorganizada no terço distal da tíbia de aspecto monostótico: acredita-se ser neoplasia óssea porque é monostótico (e não osteomielite). 9/11 Aspectos radiográficos da coluna vertebral Principais aspectos anatômicos: Cães e gatos tem 7 Cervicais, 13 Torácicas (inicia a costela), 7 Lombares (termina a costela), 3 Sacrais e as Coccígeas variam com as espécies. Disco intervertebral: disco de cartilagem, não enxerga no rx. Ligamento, vascularização, nervos e medula espinhal: não dá pra ver no rx. 1. corpo vertebral 2. processo transverso 3. processo espinhoso 4. espaço intervertebral (local que se localiza o disco intervertebral) 5. forame intervertebral 6. processos articulares Foramen intervertebral local que faz contato da medula com o meio externo (nervos partem dele). A região toracolombar é onde tem o maior caso de lesões (é um ponto de estresse, porque a torácica é rígida e a lombar maleável). Técnicas radiográficas: Exame simples: importante fazer exame físico/neurológico prévio para especificar a região da imagem a ser feita (segmentos restritos), saber o posicionamento (sedação ou anestesia geral são necessários?), existem as projeções lateral e ventrodorsal. Exame contrastado: Mielografia (está em desuso porque a RM e a tomo está tomando lugar) ● Avalia o espaço subaracnóide para ver o tamanho e a forma da medula, e onde está a lesão. ● Deve ser feita anestesia geral Contra-indicações: trauma agudo, infecções cutâneas e quando procedimento cirúrgico não é considerado. Efeitos adversos: convulsões (pois aumenta a pressão intracraniana), apnéia (pode puncionar o bulbo respiratório), piora neurológica, hipertermia, meningite, morte! Para confirmar se está no espaço, o líquor começa a gotejar. Após o exame, é importante deixar a cabeça do paciente para cima para que o contraste não aumente a PIC. Do corpo da vértebra 2 para o 3, tem compressão da medula. Tipos de desvios de eixo: Cifose: desvio dorsal (projeção laterolateral) Lordose: desvio ventral (projeção laterolateral) Escoliose: desvio lateral (projeção ventrodorsal) Doenças degenerativas: 1. Doença degenerativa do disco intervertebral (discopatia/”hérnia de disco”) Existem as: Hansen tipo I (raças condrodistróficas, patinha curta) e Hansen tipo II (raças não condrodistróficas). Podem ser por: traumas, fatores mecânicos e anatômicos. *O disco intervertebral na porção lateral e ventral são mais espessas que a dorsal. anel fibroso, zona de transição e núcleo pulposo. ● Hansen tipo I: desidratação do núcleo pulposo → pode calcificação ou não → fendas/rupturas do anel fibroso → extrusão do material nuclear. ● Hansen tipo II: desidratação do núcleo pulposo → fissuras do anel fibroso → protrusão do material nuclear. 2. Espondilose deformante (“bico de papagaio”, mesma ideia da artrose porém não é na articulação) Espôndilo=corpo vertebral Formam-se ossos na tentativa de estabilizar as vértebras. Pode ser: Idiopática ou secundária a instabilidade entre as vértebras(a trauma, hérnia, etc). As proliferações nas margens dos corpos vertebrais podem ocorrer nas regiões ventrais, laterais ou dorsais. para descrever: Osteófito + região, se unir: ponte óssea (espondilose deformante anquilosante). 3. Osteoartrose: osteófitos no processo articular Doenças congênitas/desenvolvimento: 1. Espondilomielopatia cervical caudal (síndrome Wobbler) Malformação de processos articulares e degeneração das faces articulares gerando instabilidade. ● Ocorre estenose do canal vertebral cervical caudal pela instabilidade (C5, C6 e C7), aparece tetra parasilado. ● Ocorre protusão do disco cervical (hérnia tipo II) ● Hipertrofia do ligamento flavo e cápsula articular (gerando compressão dorsal, pegando na medula). Comum Dobermann com mais de 12 anos. Diagnóstico: exame radiográfico simples e contrastado. Projeções radiográficas: LL, VD e sob “stress” (flexionada, estendida e tracionada). Posicionamento de “stress”: tomar cuidado para não gerar lesão iatrogênica. 2. Subluxação Atlantoaxial (C1: atlas e C2: axis) Gera compressão medular em região atlanto axial. [Processo odontóide=PO= dente do áxis] a) Subluxação atlantoaxial adquirida (traumática): fratura do odontóide ou processo espinhoso do áxis ou ruptura de ligamentos. b) Subluxação atlantoaxial congênita ou de desenvolvimento: Incidência (animais de pequeno porte < 1 ano). Não fusão do odontóide a C2 ou Angulação dorsal do processo odontóide (“torto”) ou má formação atlantoaxial ou agenesia/hipoplasia do processo odontóide ou ausência/ruptura dos ligamentos. Diagnóstico radiográfico simples: cuidado na manipulação, principalmente se estiver anestesiado (não reflete dor). Não fazer mielografia (porque tem que fazer flexão de cabeça). Procurar aumento do espaço entre o arco dorsal e o processo espinhoso (4 a 5 mm) e se existe fratura do PO ou rotação do terço final do axis (indicando ausência do PO). 3. Hemivértebra Ossificação incompleta/união incompleta dos centros de ossificação. É mais comum na região torácica, e nas nos Bulldogs e Pugs. Osso com aspecto de cunha ou trapézio e causa desvio de coluna, mas nem sempre tem alteração neurológica. Pois a medula se adapta, já que é uma doença congênita. 4. Instabilidade lombossacra Conhecida como: Síndrome da cauda equina. Deslocamento ventral da epífise cranial de S1 em relação a epífise caudal de L7- diminui o canal vertebral e causa compressão dos nervos. Pode gerar Espondilose deformante L7-S1 na tentativa de conter a instabilidade. Mais comum em raças grandes. normal instável “Diagnóstico”: quando levanta a cauda, o animal tem muita dor. Pois o L1 desce e comprime mais os nervos. 5. Discoespondilite Infecção do disco intervertebral e das vértebras contíguas (secundariamente). Causas: hematógena, corpos estranhos, complicações pós-cirúrgicas em coluna. Comum: Staphylococcus sp, Brucella canis e nas regiões torácica e lombar. a) Fase aguda: lise irregular das epífises das vértebras e alargamento do espaço intervertebral b) Fase crônica: esclerose dos bordos vertebrais, osteófitos e fusão de corpos vertebrais adjacentes. 6. Neoplasias Pouco frequente. Neoplasias podem ser primárias (uma lesão) ou metastáticas (pelo tumor de mama comumente, várias lesões). Ocorre processo lítico, proliferativo ou misto. osteólise Após a neoplasia, está tudo paralisado. L5, osteólise do processo espinhoso. 30/11 Introdução a USG Transdutores: ● Frequências: 2 – 20 MHz ● Quanto MAIOR a frequência, MENOR é a penetração e MELHOR será a resolução ● Frequências maiores: avaliação mais superficial (animais pequenos, cervical, articular...); ● Frequências menores: avaliação mais profunda (animais maiores, órgãos profundos +- 10 cm de profundidade). Setoriais: cristal único que vibra sobre o mesmo eixo (ecocardiografia). *porque as costelas atrapalham, então você posiciona o ponto entre as costelas e, assim, consegue captar a imagem. Lineares: vários cristais dispostos de forma linear (estruturas superficiais, frequência maior) Convexo: vários cristais dispostos de forma convexa (estruturas profundas, frequência menor) Terminologia: Preto: líquido Cinza escuro: utilizado para laudar que uma estrutura está mais escura que o normal. Cinza: “mesma cor”, ex. pâncreas é dificilmente visto porque é da mesma cor que o mesentério. Branco: estruturas mais densas. utilizado para laudar que uma estrutura está mais clara que o normal. Ecogenicidade dos órgãos: ex fígado mais claro que o rim, então ou um está mais escuro ou o outro está mais claro. L: fígado e C: rim. Artefatos de técnica: Imagem adicional, ausente ou distorcida: 1. Interpretação errônea 2. Informação adicional 1º artefato: Reverberação É produzida por várias reflexões, as causas mais comuns são ar, ossos e metais. Ex: alça intestinal cheia de ar “prende” parte da onda sonora, por isso é importante estar em jejum e administrar um luftal. Essas caudas brancas não existem, é um artefato de reverberação. Mas pode ser bom, se tem uma massa desconhecida que reverbera, você pode descartar neoplasia, já que ela não produz gás. 2º artefato: Imagem em espelho Igual aquele brinquedo com o espelho vermelho pra você desenhar do outro lado. Um exemplo é o fígado sendo espelhado pelo diafragma que é um bom refletor. artefato que só atrapalha 3º artefato: Reforço acústico posterior Estruturas que não atenuam o feixe sonoro, permitem que os tecidos abaixo deles sejam submetidos a uma feixe de maior amplitude, produzindo ecos mais intensos (mais brilhantes), embora o tecido não tenha realmente maior densidade. acontece porque tem uma estrutura facilitadora para a propagação da onda no meio do caminho (líquido). Então ao redor fica mais escuro, já que a onda foi perdendo força. 4º artefato: Sombra acústica Estruturas que atenuam o feixe sonoro, além de provocarem intensa reflexão, fazem com que nenhum eco seja produzido abaixo delas; Informações obtidas: Vantagens: Limitações:
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