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Clínica Complementar ao Diagnostico l → Patologia Clínica
Avaliação da filtração glomerular:
*Azotemia – aumento dos compostos nitrogenados circulantes – cretinina e uréia;
Uremia – paciente começa a ter manifestações clínicas por causa da azotemia;
O paciente pode ter azotemia mas não por uma disfunção renal.
Uréia – amônia será convertida em uréia no fígado – 10% da uréia é excretada em TGI e no rim mais uma pequena parte da uréia é reabsorvida no túbulo e o 90% é por excreção, dieta e taxa de produção hepática – fatores não renais que podem alterar significativamente os valores séricos de uréia.
Creatinina – é oriunda da proteína creatina que vem dos tecidos musculares – a quantidade de creatinina produzida depende da massa muscular – completamente filtrada pelos glomérulos. Clearance de cretinina – capacidade do rim de excretar a creatinina – mais específico.
Uréia e creatina são dosadas pelo sangue – solicitação de hemograma.
*No cão quando começa a perde mais da metade da função renal ele apresenta poliúria e mais para frente ele vai apresentar azotemia e no gato é ao contrário, primeiro ele tem azotemia e mais para frente ele vai apresentar poliúria. Quando o cão está com poliúria ele tem alguma disfunção no túbulo pois ele está perdendo água, ou seja, primeiro ele tem uma disfunção tubular para depois ter uma disfunção glomerular e o gato primeiro tem uma disfunção glomerular para depois te uma tubular = a explicação para isso é porque os felinos têm os túbulos renais mais longos (capacidade de reabsorção maior), ele mantêm e compensa por mais tempo os túbulos que não são mais funcionais reabsorvendo água = por isso que nos felinos não pode esperar o paciente começar a ter poliúria e polidipsia pois vários néfrons já perderam a funcionalidade, o estrago é maior = quando o gato chega na clínica com insuficiência renal ele já está bem debilitado com uma uremia bem desenvolvida, ao contrário do cão que ao apresentar os sintomas ele ainda não está em um estágio avançado.
*Paciente é azotêmico mas ele apresenta uma lesão na bexiga, vai vazar urina para a cavidade mas ele consegue fazer micção = urina na cavidade, o mesotélio reabsorve = creatinina e uréia voltam para circulação e vão ficar aumentada; nos casos de obstrução, cálculo na uretra → a urina não consegue fluir para ser eliminada → aumento da pressão hidrostática no endotélio da uretra → força o endotélio, a urina passa para a cavidade e vai ser reabsorvida e volta para a circulação; nestes casos o paciente é submetido ao exame de imagem, que pode ser contrastado ou não, se houver alguma lesão ou trauma de TUI = a azotemia é pós renal. Se o paciente não apresentar nenhuma lesão ou trauma de TUI solicita uma urinálise = animal apresenta uma densidade abaixo da referência da espécie = incapacidade de concentração de urina além do aumento de compostos nitrogenados (não elimina metabólitos) = rim não está funcional = a azotemia é renal. Mas se ao pedir a urinálise e a densidade der normal/hiperestenúria = a causa da azotemia pode ser por cardiopatias, pois o débito cardíaco do paciente é baixo e o aporte renal também é baixo, o sangue não chega para ser filtrado (filtração é diminuída), a uréia e a creatinina não chegaram para serem filtradas; a presença de coagulo em algum segmente, a fluidez de sangue não é normal e não consegue chegar inteiramente no rim, vai aumentar a concentração de metabólitos; presença de neoplasia abdominal que faz uma compressão em alguns vasos, o aporte renal não será bom, excesso de metabólitos na circulação = a azotemia é pré renal (basicamente é por deficiência do aporte sanguíneo renal).
Obs.: Paciente cardiopata – chega pouco sangue nos rins (hipovolemia) – ele aciona a renina que vai ativar o sistema RAA que faz vasoconstrição para melhorar a circulação nos rins; Como o rim responde a hipovolemia (aumenta a concentração de sódio, vasoconstrição, aquaporinas), por isso que as vezes não é possível pegar uma azotemia pré renal com hipovolemia pois ele já reagiu, ele tenta resolver o problema sozinho – pode pegar o rim hipertenso que fica sobrecarregado, lesiona a barreira glomerular = o paciente se torna um azotêmico renal – importante interpretar o exame no momento, resposta metabólica que o animal se encontra.
*Para avaliação da taxa de filtração glomerular é utilizado o clearance/depuração de creatinina, a dosagem sérica só serve para saber quanto há creatinina circulante; 
É necessário dosar a creatinina sérica mas para comparar com a creatinina urinária = comparar quanto tem circulante e quanto está sendo excretado; a creatinina excretada ela está diretamente ligada/relacionada com o volume de urina; tempo ideal de clearance é 24 horas, mas pode ser de 2 ou 3 horas mas têm que adaptar com o volume produzido no tempo escolhido; corrigir a produção de creatinina com o peso do animal. Animal internado em UTI é muito importante, pois ele é medicado com vários fármacos e não pode perder a capacidade de filtração se não ele fica intoxicado, para o seu metabolismo, para clínica onde os animais não estão tao ruins não é tão importante assim = passa uma sonda uretral no paciente e esvazia a bexiga pois não se sabe quanto tempo a urina está lá, a partir dai começa a contar o tempo, recolhe a urina de 3 horas por exemplo e dosa cretinina urinária e quando começou a contagem de tempo tira sangue e dosa a cretinina sanguínea e no final das três horas colhe novamente o sangue e faz mais uma dosagem e tira e média e compara a creatinina sérica com a da urina.
*Função tubular é necessário observar: densidade (se os túbulos não conseguem reabsorver água/concentrar a urina, a densidade urinária será baixa), proteinúria (se a proteína for de alto peso molecular avalia o glomérulo, se for de baixo peso avalia os túbulos renais), enzima GGT (está presente nas células em borda e escova no túbulo proximal, células que fazem 70% de reabsorção tubular – quando há lesão ou disfunção de túbulo proximal – as enzimas são liberadas dentro do túbulo e como não são reabsorvidas vão para urina), eletrólitos (sódio e potássio = sistema RAA determina e controla a quantidade de sódio e potássio circulante; cálcio e fósforo).

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