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Medidas cautelares e Prisão provisória

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Medidas cautelaras:
Medida cautelar de natureza pessoal: privam ou restringem a liberdade do agente no curso das investigações ou do processo penal; ex: prisão preventiva, prisão temporária, medidas cautelares diversas da prisão (art. 319) 
Medidas cautelares de natureza real ou patrimonial: ligadas a reparação do dano ou perdimento de bens como efeito da condenação; ex: sequestro, arresto, hipoteca legal (arts. 122 a 144) 
Medidas cautelares relativas a prova: buscam a obtenção de prova que pode perecer ou se perder; produção antecipada de provas (art.366) 
Existe a seguinte sequência:
a) Liberdade 
b) Medidas cautelares alternativas a prisão 
c) Prisão 
Obs: a regra é que o réu responda o processo em liberdade, isso é decorrência do desdobramento do princípio da insignificância. Assim, somente quando presente os requisitos autorizadores para sua segregação cautelar que deverá proceder a prisão. 
Art.319: São medidas cautelares diversas da prisão:
I – comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; 
II – proibição de acesso ou frequência a determinados lugares, quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações 
OBS: é exigido que haja relação entre essa proibição de frequentar determinados lugares e o fato que foi praticado. 
III – proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante
OBS: antes era requisito aplicável apenas a Lei Maria da Penha, porem com o advento da Lei de 2011, isso passou valer para todo o processo penal; é necessário que o réu mantenha uma certa distância da vítima. 
IV – proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para investigação ou instrução; 
V – recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalhos fixos; 
OBS: essa medida será aplicada quando o investigado e/ou acusado tenha residência fixa e trabalhos fixos; 
VI – suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi – imputável. 
Prisão provisória:
Ocorre antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. Não tem por objetivo a punição do indivíduo, mas sim impedir que venha ele a praticar novos delitos (relacionados ou não com aquele pelo qual está segregado) ou que sua conduta interfira na apuração dos fatos e na própria aplicação da sanção correspondente ao crime praticado. 
Prisão: prisão provisória / sem pena / processual ou cautelar; 
Prisão em flagrante (art.301 e ss. Do CPP) Caráter pré cautelar 
Prisão preventiva (art. 311 e ss) 
Prisão temporária (Lei. Nº7.960/89) 
· Não será cabível a prisão em flagrante: Infração de menor potencial ofensivo / Crimes no CTB / Lei de Drogas: usuário. 
Infração de menor potencial ofensivo: ao autor de infração de menor potencial ofensivo que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigira fiança.
Crimes no CTB: ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro aquela.
Lei de drogas – usuário: tratando-se da conduta prevista no art.28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. 
Flagrante próprio, perfeito real ou verdadeiro: o sujeito ainda está na cena do crime;
Flagrante impróprio, imperfeito, irreal, ou quase flagrante: existe a perseguição logo após a prática do delito, e esta pode durar horas, dias, desde que iniciada em seguida ao cometimento da infração;
Flagrante presumido, ficto ou assimilado: exemplo o sujeito que rouba o veículo da vítima, e a polícia o aborda dirigindo o veículo fruto do roubo. 
Flagrante preparado, provocado ou crime de ensaio: um flagrante ilegal. Ocorre na hipótese em que um terceiro provoca o agente para praticar tal infração mas toma todas as providências para que o resultado não ocorra. Crime impossível. 
· Súmula 145 STF: não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
Se um policial implantar drogas no carro de um suposto criminoso, este vem a responder por denunciação caluniosa e abuso de autoridade.
POST IT: nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
· A ausência de testemunhas que prestem o compromisso de falar a verdade (numerárias) não impede a lavratura do auto de prisão em flagrante. Mas neste caso deverão assinar o auto duas testemunhas que presenciaram a apresentação do preso à autoridade (instrumentárias ou diretas), segundo o STJ o próprio condutor poderá ser incluído. 
Audiência de custódia: consiste no direito que a pessoa presa em flagrante possui de ser conduzida (levada) sem demora, a presença de uma autoridade judicial (magistrado) que irá analisar se os direitos fundamentais dessa pessoa foram respeitados (ex: se não houve tortura), se a prisão em flagrante foi legal e se a prisão cautelar deve ser decretada ou se o preso poderá receber a liberdade provisória ou medida cautelar diversa da prisão. 
A ausência da realização da audiência de custódia poderá ensejar: responsabilidade administrativa; responsabilidade civil; responsabilidade penal 
Art.311: Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
· O juiz não poderá mais decretar prisão preventiva ex officio, nem mesmo durante o curso da ação penal.
· De ofício o juiz só pode revogar ou substituir a preventiva, estando vedada a decretação. 
O artigo 312 traz os requisitos da prisão preventiva, quais sejam:
1) Prova de existência do crime com indícios suficientes de autoria (fumus comissi delicti)
2) Perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado (periculum libertatis)
3) Hipóteses de justificação
Será admitida a decretação da prisão preventiva: 
· Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos;
· Tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvando o disposto no inciso I do caput do art.64 CP 
· Crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo, ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência
· Dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
O juiz deverá avaliar a necessidade da continuação da preventiva a cada 90 dias. Se, numa dessas avaliações, considerar que a prisão não é mais necessária, deve decretar a soltura do preso.

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