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Laura Costa Tutoria FPS MED20 2022.2 Página 1 de 5 Saúde do homem Objetivos: 1- Compreender os componentes do sistema genital masculino, analisando-os morfofuncionalmente 2- Analisar a espermatogênese, entendendo suas fases e os hormônios envolvidos 3- Conhecer o funcionamento dos hormônios gonadotróficos, destacando suas principais funções 4- Entender as fases do ato sexual, relacionando à participação do sistema nervoso Resumo: Sistema genital masculino Os órgão são: testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e estruturas de apoio, incluindo escroto e pênis. ESCROTO Estrutura que contém os testículos. O septo do escroto divide o escroto em dois sacos cada um contendo um testículo. A localização e a contração de suas fibras musculares ajudam a controlar a temperatura dos testículos. TESTICULOS Par de glândulas ovais, no escroto *os testículos se desenvolvem na cavidade abdominal (e começa a descer aproximadamente durante a 30ª semana) Os túbulos seminíferos têm dois tipos de célula: as celulas espermatogênicas (as células formadoras de esperma) e as células sustentaculares/ células de Sertoli (tem funções no apoio da espermatogênese) As espermatogônias, são as celulas germinativas primordiais diferenciadas, que permanecem dormentes até a puberdade. As celulas de Sertoli apoiam e protegem as celulas espermatogênicas, nutrem os espermatócito, espermáides e espermatozoide, elas produzem líquido para o transporte de espermatozoide, secretam o hormônio inibina e regulam o efeito da testosterona e FSH Nos espaços entre os tubos seminíferos adjacentes existem aglomerados de celulas intersticial ou celulas de Leydig. Essas celulas secretam testosterona. DUCTOS DO SISTEMA GENITAL MASCULINO -Ductos do testículo: Pela pressão do líquido produzido pelas celulas sustentaculares, há o movimento dos espermatozoides e do líquido pelos túbulos seminíferos, que leva aos túbulos seminíferos retos, que os carregam para uma rede no testículo (rede do testículo). Após a rede do testículo, os espermatozoides se movem por ductos deferentes, enrolados no epidídimo, que se esvaziam num único ducto chamado ducto do epidídimo. -Epidídimo: Tem formato de virgula e fica ao longo da margem do testículo. Une-se aos ductos eferentes dos testículos As superfícies das celulas cilíndricas contêm esterocílios, que aumentam a área de reabsorção de espermatozoides degenerados O epidídimo é o local de maturação dos espermatozoides, processo que os espermatozoides adquirem motilidade e capacidade de fertilizar o ovulo. também ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos deferentes durante a excitação sexual, pela contração peristáltica do seu músculo liso. -Ducto deferente: o ducto do epidídimo torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta, tornando-se ducto deferente Laura Costa Tutoria FPS MED20 2022.2 Página 2 de 5 ascende ao longo da margem posterior do epidídimo através do funículo espermático e, em seguida, entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face posterior da bexiga urinária. A parte terminal dilatada do ducto deferente é a ampola. A túnica mucosa do ducto deferente é composta por epitélio pseudoestratificado e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar); três camadas de músculo liso; as camadas interna e externa são longitudinais, e a camada do meio é circular. Funcionalmente, o ducto deferente transporta os espermatozoides, durante a excitação sexual, do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu revestimento muscular. -Funículo espermático É uma estrutura de suporte do sistema genital masculino que ascende a partir do escroto consiste na porção do ducto deferente que ascende através do escroto, na artéria testicular, nas veias que drenam os testículos e levam testosterona para a circulação (o plexo pampiniforme), nos nervos autônomos, nos vasos linfáticos e no músculo cremaster. O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal, uma passagem oblíqua na parede abdominal anterior ligeiramente superior e paralela à metade medial do ligamento inguinal. tem origem no anel inguinal profundo (abdominal), uma abertura em forma de fenda na aponeurose do músculo transverso do abdome; o canal termina no anel inguinal superficial (subcutâneo). -Ductos ejaculatórios Cada ducto ejaculatório é formado pela união do ducto da glândula seminal e a ampola do ducto deferente Os curtos ductos ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base (parte superior) da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata. Terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. -Uretra Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. A parte prostática da uretra- através da próstata. parte membranácea da uretra. parte esponjosa da uretra corpo esponjoso do pênis A parte esponjosa da uretra termina no óstio externo da uretra. GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSORIAS As glândulas acessórias secretam a maior parte da porção líquida do sêmen. -Glândulas seminais: O par de glândulas seminais são estruturas enroladas em forma de bolsa encontram posteriormente à base da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Por meio dos ductos das glândulas seminais, elas secretam um líquido viscoso alcalino que contém frutose (um açúcar monossacarídio), prostaglandinas e proteínas de coagulação, que são diferentes das do sangue. A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital feminino, que de outro modo inativariam e matariam os espermatozoides. A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos espermatozoides. As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides e podem estimular as contrações do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação ajudam o sêmen a coagular após a ejaculação. constitui aproximadamente 60% do volume do sêmen. -Próstata: A próstata é uma glândula única em forma de rosca, aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (pH de aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias. 1) O ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. 2) Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e Laura Costa Tutoria FPS MED20 2022.2 Página 3 de 5 hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. 3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. 4) A plasmina seminal do líquido prostático é um antibiótico que pode destruir as bactérias. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de diversos canais prostáticos. As secreções prostáticas constituem aproximadamente 25% do volume do sêmen e contribuem para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides. -Glândulas bulbouretrais: Elas se encontram inferiormente à próstata em ambos os lados da parte membranácea da uretra, no interior dos músculos profundos do períneo, e seus ductos se abrem para dentro da parte esponjosa da uretra. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que passamao neutralizar os ácidos da urina na uretra. Secretam um muco que lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Sêmen O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido seminal, um líquido que consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), com 50 a 150 milhões de espermatozoides por mℓ. O sêmen tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência do pH mais elevado e maior volume do líquido proveniente das glândulas seminais. O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes e proteção do ambiente ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. Após ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 min, em decorrência da presença de proteínas de coagulação das glândulas seminais, o papel funcional da coagulação do sêmen não é conhecido. Depois de aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen se reliquefaz, porque o antígeno prostático específico (PSA) e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata quebram o coágulo. PÊNIS O pênis contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa médio-ventral menor, o corpo esponjoso do pênis. (tecido erétil) O tecido erétil é composto por diversos seios sanguíneos (espaços vasculares) revestidos por células endoteliais e circundados por músculo liso e tecido conjuntivo e elástico. Após a estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória ou imaginada), fibras parassimpáticas da porção sacral da medula espinal iniciam e mantêm uma ereção, o alargamento e o enrijecimento do pênis. As fibras parassimpáticas produzem e liberam óxido nítrico (NO). O NO faz com que o músculo liso das paredes das arteríolas que irrigam o tecido erétil relaxe, o que possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, por sua vez, faz com que grandes volumes de sangue entrem no tecido erétil do pênis. O NO também faz com que o músculo liso do tecido erétil relaxe, resultando em dilatação dos seios sanguíneos. A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilatação dos seios sanguíneos resulta em uma ereção. A expansão dos seios sanguíneos também comprime as veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de saída do sangue ajuda a manter a ereção. A ejaculação, a poderosa liberação do sêmen pela uretra para o ambiente externo, é um reflexo simpático coordenado pela parte lombar da medula espinal. Como parte do reflexo, o músculo liso do esfíncter na base da bexiga urinária se fecha, impedindo que seja expelida urina durante a ejaculação, e a entrada de sêmen na bexiga urinária. Mesmo antes de a ejaculação ocorrer, contrações peristálticas no epidídimo, no ducto deferente, nas glândulas seminais, nos ductos ejaculatórios e na próstata impulsionam o sêmen para a parte peniana (esponjosa) da uretra. A musculatura do pênis (músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso e transverso superficial do períneo), que é irrigada pelo nervo pudendo, também se contrai durante a ejaculação. Quando a estimulação sexual do pênis termina, as arteríolas que irrigam o tecido erétil do pênis se estreitam e a musculatura lisa no interior do tecido erétil se contrai, tornando os seios sanguíneos menores. Isso alivia a pressão Laura Costa Tutoria FPS MED20 2022.2 Página 4 de 5 sobre as veias que irrigam o pênis e possibilita que elas drenem o sangue. Consequentemente, o pênis volta ao seu estado flácido. ESPERMIOGÊNESE A espermatogênese leva de 65 a 75 dias Inicia-se com as espermatogônias são do tipo de células-tronco Os fatores hormonais que estimulam a espermatogênse são: 1) TESTOSTERONA: secretada pelas células de Leydig e essencial para o crescimento e divisão das células germinativas testiculares. 2) LH: estimula as células de Leydig a secretar testosterona 3) FSH: estimula as células de Sertoli, sendo essa estimulação essencial para a espermiogênese (espermátide -> espermatozoide) 4) ESTROGÊNIO: formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli quando estimuladas pelo FSH. 5) GH: necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos Fisiologia do ato sexual- homem Os estímulos sensorial neurais mais importante para iniciar o ato sexual masculino é a glande do pênis. Os impulsos podem entrar na medula por áreas adjacentes ao pênis, como o epitélio anal, saco escrotal e estruturas perineais. Os fatores psíquicos geralmente têm papel muito importante, inicia ou inibir o ato sexual. Estágios do ato sexual masculino -Ereção peniana É o primeiro efeito do estímulo sexual e o seu grau é proporcional ao grau de estimulação. A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula pelos Nn. Pélvicos para o pênis. Laura Costa Tutoria FPS MED20 2022.2 Página 5 de 5 O tecido erétil do pênis consiste em grandes sinusoides cavernoso que, normalmente, não contêm sangue, mas se tornam dilatados com o aumento do fluxo sanguíneo arterial. OBS: os estímulos parassimpáticos induzem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui pela uretra, auxiliando a lubrificação durante a relação sexual. -Lubrificação Juntamente com a ejaculação, são o clímax do ato sexual masculino. Quando o estímulo sexual fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula começam a emitir impulsos simpáticos, que deixam a medula, a nível de T12 a L2, e passam para os órgãos genitais por meio dos plexos nervosos hipogástrico e pélvico. Essa fase começa com a contração do canal deferente e da ampola, promovendo a expulsão dos espermatozoides para a uretra interna. Em seguida vamos ter a contração da próstata e das vesículas seminais, liberando o líquido prostático e seminal para a uretra, forçando os espermatozoides para frente. Assim, todos esses líquidos (canal deferente + próstata + vesícula seminal + muco) se misturam na uretra interna, formando o sêmen. -Emissão e ejaculação O enchimento da uretra interna com sêmen provoca sinais sensoriais que são transmitidos pelos Nn. Pudendos para regiões sacrais da medula espinal, dando a sensação de plenitude. Além disso, esses sinais promovem contração rítmicas dos órgãos genitais internos e de músculos que comprimem as bases do tecido erétil. Esses efeitos associados induzem aumentos rítmicos e ondulatórias da pressão do tecido, dos ductos e da uretra que ejaculam o sêmen da uretra para o exterior. Ao mesmo tempo, contrações rítmicas dos músculos pélvicos e alguns músculos do tronco, causam movimentos de propulsão da pélvis e do pênis, que também auxiliam a propelir o sêmen para os recessos mais profundos da vagina. Esse período de emissão + ejaculação -> orgasmo masculino. No final, a excitação desaparece e a ereção cessa (PERÍODO DE RESOLUÇÃO).
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