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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

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Illana Lages - Medicina 
 
Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função. 
As gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres – produzem gametas e 
secretam hormônios sexuais. Vários ductos então armazenam e transportam os gametas, 
e as glândulas sexuais acessórias produzem substâncias que protegem os gametas e 
facilitam o seu deslocamento. 
Por fim, estruturas de suporte, como o pênis nos homens e o útero nas mulheres, ajudam no 
transporte de gametas. 
Os órgãos genitais são adaptados para produzir novos indivíduos e transmitir material 
genético de uma geração para a seguinte. 
Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função. 
As gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres – produzem gametas e 
secretam hormônios sexuais. Vários ductos então armazenam e transportam os gametas, 
e as glândulas sexuais acessórias produzem substâncias que protegem os gametas e 
facilitam o seu deslocamento. 
Por fim, estruturas de suporte, como o pênis nos homens e o útero nas mulheres, ajudam no 
transporte de gametas. 
 
COMPREENDER A ANATOMIA E A FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR 
MASCULINO 
Os órgãos genitais são adaptados para produzir novos indivíduos e transmitir 
material genético de uma geração para a seguinte. 
→ Os órgãos do sistema genital masculino incluem os testículos, um sistema de 
ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais 
acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de 
apoio, incluindo o escroto e o pênis. 
→ Os testículos (gônadas masculinas) produzem espermatozoides e secretam 
hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena os espermatozoides, auxilia em 
sua maturação, e libera-os para o meio externo. 
→ O sêmen contém espermatozoides mais as secreções produzidas pelas 
glândulas sexuais acessórias. 
As estruturas de apoio têm várias funções. O pênis entrega os espermatozoides 
no aparelho reprodutivo feminino e o escroto contém os testículos. 
 
Illana Lages - Medicina 
 
 
• Escroto 
O escroto, a estrutura 
que contém os testículos, 
consiste em pele solta e tela 
subcutânea subjacente. Ele 
está pendurado na raiz 
(parte anexa) do pênis. 
Externamente, o escroto 
parece uma bolsa de pele 
ímpar separada em porções 
laterais por uma crista 
mediana chamada de rafe do escroto. Internamente, o septo do escroto divide o escroto 
em dois sacos, cada um contendo um testículo. O septo do escroto é constituído por uma 
tela subcutânea de tecido muscular chamado músculo dartos, que é composto de feixes 
de fibras de músculo liso. O músculo dartos também é encontrado na tela subcutânea do 
escroto. Associado a cada testículo no escroto está o músculo cremaster, várias pequenas 
bandas de músculo esquelético que descem como uma extensão do músculo oblíquo interno 
do abdome por meio do funículo espermático para circundar os testículos. 
A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a 
temperatura dos testículos. A produção normal de espermatozoides demanda uma 
temperatura de aproximadamente 2 a 3 °C abaixo da temperatura corporal central. 
Esta temperatura reduzida é mantida no escroto porque ele está fora da cavidade 
pélvica. Em resposta a temperaturas frias, os músculos cremaster e dartos se contraem. A 
contração dos músculos cremaster move os testículos para mais perto do corpo, onde eles 
podem absorver o calor do corpo. A contração do músculo dartos reduz o volume do 
escroto (de aspecto enrugado), o que reduz a perda de calor. A exposição ao calor 
inverte essas ações. 
 
 
 
 
 
 
Illana Lages - Medicina 
• Testículos 
Os testículos são um 
par de glândulas ovais no 
escroto com 
aproximadamente 5 cm de 
comprimento e 2,5 cm de 
diâmetro. Cada testículo tem 
massa de 10 a 15 g. Os 
testículos se desenvolvem 
perto dos rins, na parte 
posterior do abdome, e geralmente começam sua descida para o escroto por meio dos 
canais inguinais (passagem na parede anteroinferior do abdome) ; durante a segunda 
metade do sétimo mês do desenvolvimento fetal. 
Os testículos são as gônadas masculinas, que produzem espermatozoides 
haploides. 
Cada testículo tem forma ovoide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente 
achatado no sentido lateromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e 
duas extremidades. 
Uma túnica serosa chamada de túnica vaginal do testículo, que é derivada do 
peritônio e se forma durante a descida dos testículos, recobre parcialmente os testículos. 
Uma coleção de líquido seroso na túnica vaginal do testículo é chamada de hidrocele. 
Esta pode ser causada por lesões nos testículos ou inflamação do epidídimo. Em geral, 
não é necessário tratamento. Internamente à túnica vaginal do testículo, o testículo é 
circundado por uma cápsula fibrosa branca composta por tecido conjuntivo denso 
irregular, a túnica albugínea; esta se estende internamente formando septos que dividem 
o testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos dos testículos. Cada 
um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos 
seminíferos contorcidos, onde os espermatozoides são produzidos. O processo pelo qual 
os túbulos seminíferos contorcidos dos testículos produzem esperma é chamado de 
espermatogênese. 
Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, 
as células formadoras de esperma, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que 
têm várias funções no apoio à espermatogênese. A borda posterior é ocupada de cima 
a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que o epidídimo. A 
Illana Lages - Medicina 
metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do 
mesmo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. 
O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada 
que se chama túnica albugínea. A túnica albugínea envia para o interior do testículo 
delgado septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais subdividem-nos em 
lóbulos. Nos lóbulos dos testículos encontramos grande quantidade de finos longos e 
sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos 
contorcidos. E nesses túbulos seminíferos contorcidos que se formam os espermatozoides. 
Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino dos testículos e vão se 
anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando 
uma verdadeira rede (de Haller) ao nível do mediastino. No mediastino, os túbulos 
seminíferos retos desembocam em dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à 
cabeça do epidídimo. 
• Ductos do sistema genital nos homens 
- Ductos do testículo 
A pressão produzida pelo líquido que é secretado pelas células sustentaculares 
empurra os espermatozoides e o líquido ao longo do lúmen dos túbulos seminíferos e, em 
seguida, por uma série de ductos muito curtos chamados de túbulos seminíferos. Os túbulos 
seminíferos retos levam a uma rede de ductos no testículo chamados de rede do testículo. 
Da rede do testículo, os espermatozoides se movem por uma série de ductos eferentes 
enrolados no epidídimo, que se esvaziam em um tubo único chamado de ducto do 
epidídimo. 
- Epidídimo 
O epidídimo é um órgão em forma de vírgula de aproximadamente 4 cm de 
comprimento que fica ao longo da margem posterior de cada testículo. Cada epidídimo 
consiste principalmente em ductos do epidídimo bem enrolados. Os ductos eferentes do 
testículo se unem aos ductos do epidídimo na parte maior e superior do epidídimo, 
chamada de cabeça do epidídimo. O corpo do epidídimo é a parte média estreita, e a 
cauda do epidídimo é a parte inferior menor. Na sua extremidade distal, a cauda do 
epidídimo continua como o ducto deferente. 
Os ductos do epidídimomediriam aproximadamente 6 m de comprimento se 
fossem desenrolados. São revestidos por epitélio pseudoestratificado e circundados por 
camadas de músculo liso. As superfícies livres das células cilíndricas contêm estereocílios, 
que apesar de seu nome são microvilosidades longas e ramificadas (não cílios) que 
aumentam a área de superfície para a reabsorção de espermatozoides degenerados. O 
Illana Lages - Medicina 
tecido conjuntivo em torno da túnica muscular se insere nas alças do ducto do epidídimo e 
transporta os vasos sanguíneos e nervos. 
Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação dos espermatozoides, 
processo pelo qual o espermatozoide adquire motilidade e a capacidade de fertilizar 
um óvulo. Isto ocorre ao longo de um período de aproximadamente 14 dias. 
O epidídimo também ajuda a impulsionar os espermatozoides pelos ductos 
deferentes durante a excitação sexual, pela contração peristáltica do seu músculo liso. 
Além disso, o epidídimo armazena espermatozoides, que permanecem viáveis aqui por 
até vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante 
esse período de tempo é, por fim, reabsorvido. 
- Ducto deferente 
No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se menos enrolado 
e o seu diâmetro aumenta. Além deste ponto, o ducto é conhecido como ducto deferente. 
O ducto deferente, que mede aproximadamente 45 cm de comprimento, ascende ao 
longo da margem posterior do epidídimo através do funículo espermático e, em seguida, 
entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face 
posterior da bexiga urinária. A parte terminal dilatada do ducto deferente é a ampola. 
A túnica mucosa do ducto deferente é composta por epitélio pseudoestratificado e lâmina 
própria (tecido conjuntivo areolar). A túnica muscular é composta por três camadas de 
músculo liso; as camadas interna e externa são longitudinais, e a camada do meio é 
circular. 
Funcionalmente, o ducto deferente transporta os espermatozoides, durante a 
excitação sexual, do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu 
revestimento muscular. Como o epidídimo, o ducto deferente também pode armazenar 
espermatozoides durante vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não 
seja ejaculado durante esse período é, por fim, reabsorvido. 
- Funículo espermático 
O funículo espermático é uma estrutura de suporte do sistema genital masculino 
que ascende a partir do escroto. Ele consiste na porção do ducto deferente que ascende 
através do escroto, na artéria testicular, nas veias que drenam os testículos e levam 
testosterona para a circulação (o plexo pampiniforme), nos nervos autônomos, nos vasos 
linfáticos e no músculo cremaster. 
O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal, uma 
passagem oblíqua na parede abdominal anterior ligeiramente superior e paralela à 
metade medial do ligamento inguinal. O canal, que mede aproximadamente 4 a 5 cm de 
Illana Lages - Medicina 
comprimento, tem origem no anel inguinal profundo (abdominal), uma abertura em forma 
de fenda na aponeurose do músculo transverso do abdome; o canal termina no anel 
inguinal superficial (subcutâneo), uma abertura discretamente triangular na aponeurose 
do músculo oblíquo externo do abdome. Nas mulheres, o ligamento redondo do útero e o 
nervo ilioinguinal passam através do canal inguinal. 
O termo varicocele se refere a uma protuberância no escroto decorrente da 
dilatação das veias que drenam os testículos. Em geral é mais aparente quando a pessoa 
está em pé e geralmente não requer tratamento. 
- Ductos ejaculatórios 
Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm de comprimento e é 
formado pela união do ducto da glândula seminal e a ampola do ducto deferente. Os 
curtos ductos ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base (parte superior) 
da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata. Eles terminam na 
parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e secreções das glândulas 
seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. 
• Uretra 
Nos homens, a uretra é o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e 
urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. Medindo 
aproximadamente 20 cm, passa através da próstata, dos músculos profundos do períneo 
e do pênis; é subdividida em três partes. A parte prostática da uretra mede 2 a 3 cm de 
comprimento e passa através da próstata. Conforme esse ducto continua inferiormente, 
passa através dos músculos profundos do períneo, onde é conhecido como parte 
membranácea da uretra. A parte membranácea da uretra mede aproximadamente 1 cm 
de comprimento. Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do pênis, é 
conhecido como parte esponjosa da uretra, que mede aproximadamente 15 a 20 cm de 
comprimento. A parte esponjosa da uretra termina no óstio externo da uretra. 
• Glândulas sexuais acessórias 
Os ductos do sistema genital masculino armazenam e transportam os 
espermatozoides, mas as glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte da porção 
líquida do sêmen. As glândulas sexuais acessórias incluem as glândulas seminais, a 
próstata e as glândulas bulbouretrais. 
- Glândulas seminais 
O par de glândulas seminais são estruturas enroladas em forma de bolsa que 
medem aproximadamente 5 cm de comprimento e se encontram posteriormente à base 
da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Por meio dos ductos das glândulas seminais, 
Illana Lages - Medicina 
elas secretam um líquido viscoso alcalino que contém frutose (um açúcar monossacarídio), 
prostaglandinas e proteínas de coagulação, que são diferentes das do sangue. 
A natureza alcalina do líquido seminal ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra 
masculina e do sistema genital feminino, que de outro modo inativariam e matariam os 
espermatozoides. A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos espermatozoides. 
As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides 
e podem estimular as contrações do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas 
de coagulação ajudam o sêmen a coagular após a ejaculação. O líquido secretado pelas 
glândulas seminais normalmente constitui aproximadamente 60% do volume do sêmen. 
- Próstata 
 A próstata é uma glândula única 
em forma de rosca, aproximadamente 
do tamanho de uma bola de golfe. Ela 
mede cerca de 4 cm de um lado a outro, 
aproximadamente 3 cm de cima a 
baixo, e cerca de 2 cm de anterior a 
posterior. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da 
uretra. A próstata aumenta de tamanho lentamente desde o nascimento até a puberdade. 
Em seguida, se expande rapidamente até aproximadamente os 30 anos de idade; após 
esse período, seu tamanho normalmente permanece estável até os 45 anos, quando 
podem ocorrer novos aumentos. 
A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (pH de 
aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias. 
(1) O ácido cítrico do líquido prostático é usado pelos espermatozoides para a 
produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. 
(2) Várias enzimas proteolíticas, como o antígeno prostático específico (PSA), 
pepsinogênios, lisozima, amilase e hialuronidase, que por fim quebram as proteínas de 
coagulação das glândulas seminais. 
(3) A função da fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. 
(4) A plasmina seminal do líquido prostático é um antibiótico que pode destruir as 
bactérias. A plasmina seminal pode ajudar a diminuir a quantidade de bactérias que 
ocorrem naturalmente no sêmen e no sistema genital inferior da mulher. As secreções da 
próstata entram na parte prostática da uretra por meio de diversos canais prostáticos. As 
secreções prostáticas constituem aproximadamente 25% do volume do sêmen e 
contribuem para a motilidade e viabilidadedos espermatozoides. 
Illana Lages - Medicina 
- Glândulas bulbouretrais 
O par de glândulas bulbouretrais mede aproximadamente o tamanho de ervilhas. 
Elas se encontram inferiormente à próstata em ambos os lados da parte membranácea 
da uretra, no interior dos músculos profundos do períneo, e seus ductos se abrem para 
dentro da parte esponjosa da uretra. Durante a excitação sexual, as glândulas 
bulbouretrais secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que 
passam ao neutralizar os ácidos da urina na uretra. Também secretam um muco que 
lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de 
espermatozoides danificados durante a ejaculação. Alguns homens liberam uma ou duas 
gotas de muco durante a estimulação sexual e a ereção. Esse líquido não contém 
espermatozoides. 
- Sêmen 
O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido seminal, um líquido que 
consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas 
bulbouretrais. O volume de sêmen em uma ejaculação típica é de 2,5 a 5 mililitros (mℓ), 
com 50 a 150 milhões de espermatozoides por mℓ. Quando a contagem cai abaixo de 
20 milhões/mℓ, há probabilidade de o homem ser infértil. É necessária uma quantidade 
muito grande de espermatozoides para a fertilização bem sucedida, porque apenas uma 
pequena fração por fim alcança o oócito secundário. Apesar da leve acidez do líquido 
prostático, o sêmen tem um pH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência do pH 
mais elevado e maior volume do líquido proveniente das glândulas seminais. A secreção 
prostática confere ao sêmen um aspecto leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e 
glândulas bulbouretrais lhe dão uma consistência pegajosa. 
O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes 
e proteção do ambiente ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. Uma vez 
ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 min, em decorrência da presença de proteínas 
de coagulação das glândulas seminais. O papel funcional da coagulação do sêmen não 
é conhecido, mas as proteínas envolvidas são diferentes daquelas que causam a 
coagulação do sangue. Depois de aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen se reliquefaz, 
porque o antígeno prostático específico (PSA) e outras enzimas proteolíticas produzidas 
pela próstata quebram o coágulo. A liquefação anormal ou tardia do sêmen coagulado 
pode causar uma imobilização completa ou parcial do espermatozoide, inibindo desse 
modo o seu movimento ao longo do colo do útero. 
Depois de passar pelo útero e tubas uterinas, os espermatozoides são afetados 
pelas secreções da tuba uterina em um processo chamado de capacitação. A presença 
Illana Lages - Medicina 
de sangue no sêmen é chamada de hemospermia. Na maior parte dos casos, é causada 
pela inflamação dos vasos sanguíneos que revestem as glândulas seminais; geralmente é 
tratada com antibióticos. 
• Pênis 
O pênis contém a uretra e é 
uma passagem para a ejaculação do 
sêmen e a excreção de urina. Ele tem 
uma forma cilíndrica e é composto 
por um corpo, uma glande e uma 
raiz. O corpo do pênis é constituído 
por três massas cilíndricas de tecido, 
cada uma circundada por tecido 
fibroso chamado de túnica 
albugínea. As duas massas 
dorsolaterais são chamadas de 
corpos cavernosos do pênis. A massa 
médio ventral menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra e 
a mantém aberta durante a ejaculação. A pele e uma tela subcutânea envolvem todas as 
três massas, que consistem em tecido erétil. O tecido erétil é composto por diversos seios 
sanguíneos (espaços vasculares) revestidos por células endoteliais e circundados por 
músculo liso e tecido conjuntivo e elástico. 
A extremidade distal do corpo esponjoso do pênis é uma região um pouco 
aumentada, em forma de bolota, chamada de glande do pênis; a sua margem é a coroa. 
A uretra distal aumenta no interior da glande do pênis e forma uma abertura terminal em 
forma de fenda, o óstio externo da uretra. Recobrindo a glande em um pênis não 
circuncidado está o frouxamente ajustado prepúcio do pênis. A raiz do pênis é a porção 
de inserção (porção proximal). Consiste no bulbo do pênis, a continuação posterior 
expandida da base do corpo esponjoso do pênis, e o ramo do pênis, as duas porções 
separadas e cônicas do corpo cavernoso do pênis. O bulbo do pênis está ligado à face 
inferior dos músculos profundos do períneo e é fechado pelo músculo bulbo esponjoso, um 
músculo que auxilia na ejaculação. Cada ramo do pênis se dobra lateralmente para longe 
do bulbo do pênis para se inserir no ísquio e ramo púbico inferior, e é circundado pelo 
músculo isquiocavernoso. 
O peso do pênis é suportado por dois ligamentos que são contínuos com a fáscia 
do pênis. 
Illana Lages - Medicina 
(1) O ligamento fundiforme do pênis surge a partir da parte inferior da linha alba. 
(2) O ligamento suspensor do pênis surge a partir da sínfise púbica. 
Após a estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória ou imaginada), fibras 
parassimpáticas da porção sacral da medula espinal iniciam e mantêm uma ereção, o 
alargamento e o enrijecimento do pênis. As fibras parassimpáticas produzem e liberam 
óxido nítrico (NO). O NO faz com que o músculo liso das paredes das arteríolas que 
irrigam o tecido erétil relaxe, o que possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, 
por sua vez, faz com que grandes volumes de sangue entrem no tecido erétil do pênis. O 
NO também faz com que o músculo liso do tecido erétil relaxe, resultando em dilatação 
dos seios sanguíneos. A combinação de fluxo sanguíneo aumentado e dilatação dos seios 
sanguíneos resulta em uma ereção. A expansão dos seios sanguíneos também comprime 
as veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de saída do sangue ajuda a 
manter a ereção. 
O termo priapismo se refere à ereção persistente e geralmente dolorosa do pênis 
que não envolve desejo ou excitação sexual. A condição pode durar várias horas e é 
acompanhada por dor espontânea e à palpação. É decorrente de anormalidades nos 
vasos sanguíneos e nervos, geralmente em resposta à medicação usada para produzir 
ereções em homens que de outro modo não são capazes de alcançálas. Outras causas 
incluem transtornos da medula espinal, leucemia, anemia falciforme ou um tumor pélvico. 
A ejaculação, a poderosa liberação do sêmen pela uretra para o ambiente 
externo, é um reflexo simpático coordenado pela parte lombar da medula espinal. Como 
parte do reflexo, o músculo liso do esfíncter na base da bexiga urinária se fecha, 
impedindo que seja expelida urina durante a ejaculação, e a entrada de sêmen na 
bexiga urinária. Mesmo antes de a ejaculação ocorrer, contrações peristálticas no 
epidídimo, no ducto deferente, nas glândulas seminais, nos ductos ejaculatórios e na 
próstata impulsionam o sêmen para a parte peniana (esponjosa) da uretra. Normalmente, 
isso leva à emissão de um pequeno volume de sêmen antes da ejaculação. A emissão 
também pode ocorrer durante o sono (polução noturna). A musculatura do pênis (músculos 
bulbo esponjoso, isquio cavernoso e transverso superficial do períneo), que é irrigada 
pelo nervo pudendo, também se contrai durante a ejaculação. Quando a estimulação 
sexual do pênis termina, as arteríolas que irrigam o tecido erétil do pênis se estreitam e 
a musculatura lisa no interior do tecido erétil se contrai, tornando os seios sanguíneos 
menores. Isso alivia a pressão sobre as veias que irrigam o pênis e possibilita que elas 
drenem o sangue. Consequentemente, o pênis volta ao seu estado flácido. 
 
Illana Lages - Medicina 
 
RELACIONAR A HISTOLOGIA DOS TESTÍCULOS COM A HISTOLOGIA DOS OVÁRIOS 
Testículos 
Cada testículo é envolvido por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, a 
túnica albugínea. Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o 
mediastinodo testículo, do qual partem septos fibrosos. Esses septos penetram o testículo, 
dividindo-o em aproximadamente 250 compartimentos piramidais chamados lóbulos 
testiculares. Esses septos são incompletos, e frequentemente há intercomunicação entre os 
lóbulos. Cada lóbulo é ocupado por um a quatro túbulos seminíferos que se alojam como 
novelos envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, 
nervos e células intersticiais (células de Leydig). Os túbulos seminíferos produzem as células 
reprodutoras masculinas, os espermatozoides, enquanto as células intersticiais secretam 
andrógeno testicular. 
Os testículos se desenvolvem em posição retroperitoneal, na parede dorsal da 
cavidade abdominal. Durante o desenvolvimento fetal, eles migram e se alojam na bolsa 
escrotal e ficam suspensos na extremidade do cordão espermático. Por causa da 
migração, cada testículo arrasta consigo um folheto do peritônio, a túnica vaginal. Esta 
túnica consiste em uma camada parietal exterior e uma camada visceral interna, que 
recobrem a túnica albugínea nas porções laterais e anterior do testículo. A bolsa escrotal 
tem um papel importante na manutenção dos testículos a uma temperatura abaixo da 
intra-abdominal. 
 
Ovários 
Os ovários têm a forma de amêndoas, medindo aproximadamente 3 cm de 
comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. A sua superfície é coberta por um 
epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo 
Illana Lages - Medicina 
há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que é responsável pela 
cor esbranquiçada do ovário. 
Abaixo da túnica albugínea há uma região chamada cortical, na qual predominam 
os folículos ovarianos. 
*Folículo é o conjunto do ovócito e das células que o envolvem. 
Os folículos se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical, o qual 
contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico, formando redemoinhos. 
Esses fibroblastos respondem a estímulos hormonais de um modo diferente dos fibroblastos 
de outras regiões do organismo. 
A parte mais interna do ovário é a região medular, que contém tecido conjuntivo 
frouxo com um rico leito vascular. O limite entre a região cortical e a medular não é muito 
distinto. 
Cada ovário consiste nas seguintes partes: 
→ O epitélio germinativo é uma camada de epitélio simples (prismático baixo ou 
escamoso) que recobre a superfície do ovário. 
→ Sabe-se agora que o termo epitélio germinativo em seres humanos não é 
correto, porque esta camada não dá origem aos óvulos; o nome surgiu porque, 
antigamente, acreditava-se que originasse os óvulos. 
→ Descobriu-se recentemente que as células que produzem os óvulos surgem a 
partir do saco vitelino e migram para os ovários durante o desenvolvimento embrionário. 
→ A túnica albugínea é uma cápsula esbranquiçada de tecido conjuntivo denso 
irregular localizada imediatamente profunda ao epitélio germinativo. 
O córtex do ovário é a região imediatamente profunda à túnica albugínea. Ele 
consiste em folículos ovarianos circundados por tecido conjuntivo denso irregular que 
contém fibras colágenas e células semelhantes a fibroblastos chamadas células estromais. 
→ A medula do ovário é profunda ao córtex do ovário. 
→ A margem entre o córtex e a medula não pode ser distinguida, mas a medula 
é constituída por tecido conjuntivo mais frouxamente disposto e contém vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e nervos. 
→ Os folículos ovarianos estão no córtex e consistem em oócitos em várias fases 
de desenvolvimento, além das células que os circundam. 
→ Quando as células circundantes formam uma única camada, são chamadas 
células foliculares; mais tarde no desenvolvimento, quando se formam diversas camadas, 
elas são chamadas células granulosas. As células circundantes nutrem o oócito em 
desenvolvimento e começam a secretar estrogênios conforme o folículo cresce. 
Illana Lages - Medicina 
→ O folículo maduro é um folículo grande, cheio de líquido, que está pronto para 
romper e expulsar seu oócito secundário, em um processo conhecido como ovulação. 
→ O corpo lúteo contém os restos de um folículo maduro após a ovulação. → O 
corpo lúteo produz progesterona, estrogênios, relaxina e inibina, até que se degenera 
em um tecido cicatricial fibroso chamado corpo albicante. 
→ Os órgãos da reprodução nas mulheres incluem os ovários, as tubas uterinas, o 
útero, a vagina, o pudendo feminino e as glândulas mamárias. 
 
 
DESCREVER OS PROCESSOS DE GAMETOGÊNESE 
Nos seres humanos, a 
espermatogênese leva de 65 a 75 dias. 
Começa com a espermatogônias, que 
contêm o número diploide (2n) de 
cromossomos. As espermatogônias são 
tipos de células-tronco; quando sofrem 
mitose, algumas espermatogônias 
permanecem próximo da membrana 
basal dos túbulos seminíferos em um 
estado não diferenciado, para servir 
como um reservatório de células para a divisão celular futura e subsequente produção de 
espermatozoides. O restante das espermatogônias perde contato com a membrana basal, 
espremese através das junções oclusivas da barreira hematotesticular, sofre alterações 
de desenvolvimento e diferencia-se em espermatócitos primários. Os espermatócitos 
primários, como as espermatogônias, são diploides (2n); ou seja, contêm 46 cromossomos. 
Illana Lages - Medicina 
Pouco depois de se formar, cada espermatócito primário replica seu DNA e então 
começa a meiose. Na meiose I, pares de cromossomos homólogos se alinham na placa 
metafásica, e ocorre o crossingover. Em seguida, o fuso meiótico puxa um cromossomo 
(duplicado) de cada par para um polo oposto da célula em divisão. Cada espermatócito 
secundário tem 23 cromossomos, o número haploide (n). Cada cromossomo dentro de um 
espermatócito secundário, no entanto, é constituído por 2 cromátides (2 cópias do DNA) 
ainda ligadas por um centrômero. Não há replicação de DNA nos espermatócitos 
secundários. 
As setas indicam a progressão das células 
espermatogênicas, de menos maduras para mais 
maduras. 
→ Respectivamente, (n) e (2n) se referem a 
números diploides e haploides de cromossomos. 
→ A espermatogênese ocorre nos túbulos 
seminíferos dos testículos. 
Na meiose II, os cromossomos se alinham em 
fila indiana ao longo da placa metafásica, e as 
duas cromátides de cada cromossomo se separam. 
As quatro células haploides resultantes da meiose 
II são chamadas de espermátides. Portanto, um 
único espermatócito primário produz quatro 
espermátides por meio de dois episódios de 
divisão celular (meiose I e meiose II). 
Durante a espermatogênese ocorre um processo único. Conforme as células 
espermatogênicas proliferam, elas não conseguem completar a separação citoplasmática 
(citocinese). As células permanecem em contato por meio de pontes citoplasmáticas ao 
longo de todo o seu desenvolvimento. Este padrão de desenvolvimento provavelmente é 
responsável pela produção sincronizada de espermatozoides em qualquer área do túbulo 
seminífero. Também pode ser importante para a sobrevivência de metade dos 
espermatozoides contendo um cromossomo X e metade contendo um cromossomo Y. O 
cromossomo X maior pode transportar os genes necessários para a espermatogênese que 
estão faltando no cromossomo Y menor. 
A espermiogênese envolve a maturação das espermátides em espermatozoides. 
Qual é o resultado da meiose I? 
Illana Lages - Medicina 
A fase final da espermatogênese, a espermiogênese, consiste no desenvolvimento 
de espermátides haploides em espermatozoides. Não ocorre divisão celular na 
espermiogênese; cada espermátide se torna um espermatozoide único. Durante este 
processo, as espermátides esféricas se transformam no espermatozoide delgado e 
alongado. Um acrossomo (descrito em breve) forma-se no topo do núcleo, que se condensa 
e se alonga, um flagelo se desenvolve, e as mitocôndrias se multiplicam. As célulassustentaculares eliminam o excesso de citoplasma que se desprende. Por fim, os 
espermatozoides são liberados de suas conexões com as células sustentaculares, em um 
evento conhecido como espermiação. O espermatozoide então entra no lúmen do túbulo 
seminífero. O líquido secretado pelas células sustentaculares “empurra” os 
espermatozoides ao longo de seu caminho em direção aos ductos dos testículos. Neste 
momento, os espermatozoides ainda não conseguem se deslocam sozinhos. 
 
 Espermatozoide 
 A cada dia, aproximadamente 300 milhões de espermatozoides concluem o 
processo de espermatogênese. Um espermatozoide tem aproximadamente 60 μm de 
comprimento e contém várias estruturas que são adaptadas para alcançar e penetrar um 
oócito secundário. As principais partes de um espermatozoide são a cabeça e a cauda. 
A cabeça pontiaguda e achatada do espermatozoide mede aproximadamente 4 a 5 μm 
de comprimento. Ela contém um núcleo com 23 cromossomos bem acondicionados. 
Englobando os dois terços anteriores do núcleo está o acrossomo, uma vesícula semelhante 
a capa preenchida com enzimas que ajudam o espermatozoide a penetrar no oócito 
secundário para promover a fertilização. Entre as enzimas estão as proteases e a 
hialuronidase. A cauda de um espermatozoide é subdividida em quatro partes: colo, peça 
intermediária, peça principal e peça terminal. O colo é a região encontrada 
imediatamente atrás da cabeça, que contém centríolos. Os centríolos formam os 
microtúbulos que compreendem o restante da cauda. A peça intermediária contém 
mitocôndrias dispostas em espiral, que fornecem energia (ATP) para a locomoção dos 
espermatozoides até o local da fertilização e para o metabolismo do espermatozoide. A 
peça principal é a parte mais longa da cauda, e a peça terminal é a parte distal e 
afilada da cauda. Uma vez ejaculados, a maior parte dos espermatozoides não sobrevive 
por mais de 48 h no sistema genital feminino. 
Controle hormonal da função testicular 
Embora os fatores de iniciação sejam desconhecidos, na puberdade, determinadas 
células neurosecretoras do hipotálamo aumentam a sua secreção de hormônio liberador 
Illana Lages - Medicina 
de gonadotropina (GnRH). Este hormônio estimula, por sua vez, os gonadotropos na 
andenohipófise a aumentar sua secreção de duas gonadotropinas, o hormônio luteinizante 
(LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). O LH estimula as células intersticiais que estão 
localizadas entre os túbulos seminíferos a secretar o hormônio testosterona. Este hormônio 
esteroide é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o principal androgênio. É 
lipossolúvel e se difunde facilmente das células intersticiais para o líquido intersticial e, em 
seguida, para o sangue. A testosterona, via feedback negativo, suprime a secreção de 
LH pelos gonadotropos da adenohipófise e suprime a secreção de GnRH pelas células 
neurossecretoras do hipotálamo. Em algumas células-alvo, como aquelas dos órgãos 
genitais externos e da próstata, a enzima 5alfarredutase converte a testosterona em 
outro androgênio, chamado di-hidrotestosterona (DHT). 
O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese. 
→ O FSH e a testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares 
estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos 
seminíferos e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. 
→ A ABP se liga à testosterona, mantendo a sua concentração elevada. 
→ A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos 
seminíferos. Uma vez alcançado o grau de espermatogênese necessário para as funções 
reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina, um hormônio proteico 
assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adeno-hipófise. 
→ Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o 
que possibilita maior secreção de FSH e aumento da espermatogênese. 
→ A testosterona e a di-hidrotestosterona se ligam aos mesmos receptores de 
androgênios, que se encontram no interior dos núcleos das células-alvo. 
→ O complexo hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando alguns 
genes e desativando outros. 
Em decorrência dessas alterações, os androgênios produzem vários efeitos: 
→ Em resposta à estimulação pelo FSH e testosterona, as células sustentaculares 
secretam proteína de ligação a androgênios (ABP). 
→ As linhas vermelhas tracejadas indicam a inibição por feedback negativo. 
→ A liberação de FSH é estimulada pelo GnRH e inibida pela inibina; a liberação 
de LH é estimulada pelo GnRH e inibida pela testosterona. 
 
ENTENDER COMO OCORRE A MIGRAÇÃO DO TESTÍCULOS PARA O SACO ESCROTAL 
Illana Lages - Medicina 
O escroto é um saco externo para dentro do qual os testículos migram durante o 
desenvolvimento fetal. A sua localização externa à cavidade abdominal é necessária, 
pois o desenvolvimento normal dos espermatozoides requer uma temperatura de 2 a 3°C 
inferior à temperatura corporal. Os homens que possuem quantidade limítrofe ou baixa 
de espermatozoides são aconselhados a substituir as cuecas que deixam o escroto 
próximo do corpo por aquelas que permitem o resfriamento dos testículos. A falha na 
descida de um ou de ambos os testículos é conhecida como criptorquidismo e ocorre em 1 
a 3% dos recém- -nascidos masculinos. Em cerca de 80% dos casos de criptorquidismo, o 
testículo descerá espontaneamente mais tarde. Aquele que permanecer no abdome 
durante a puberdade se torna estéril e não será capaz de produzir espermatozoides. 
Ainda que os testículos criptorquídeos percam o seu potencial de produzir 
espermatozoides, eles podem produzir androgênios, indicando que a produção de 
hormônios não é tão sensível à temperatura quanto a produção de espermatozoides. 
Como os testículos que não descem são propensos a se tornarem cancerígenos, a saúde 
pública recomenda que sejam levados para o escroto via tratamento com testosterona ou, 
se necessário, cirurgicamente. 
 
REFERÊNCIAS: 
JUNQUEIRA LCU. Histologia Básica Texto & Atlas. 12th ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan; 2013. 
MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014. 
TANIGUTI, Thais Lina; BIRCK, Arlei José. Descenso testicular: revisão de literatura. R. cient. 
eletr. Med. Vet., p. 1-15, 2015. 
TORTORA, Gerard. J.; D ERRI CKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fisiologia. 14. e 
d. Rio de Janeiro: Guanaba ra Koogan, 2016 .

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