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PAREDE ABDOMINAL E CANAL INGUINAL

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● CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Abdome é a parte do tronco situada entre
a pelve e o tórax. É um receptáculo dinâmico e
flexível que abriga a maioria dos órgãos do sistema
digestório e parte dos sistemas genitais e urinário.
- PAREDES ABDOMINAIS:
As paredes abdominais músculo
aponeuróticas, dinâmicas e formadas por diversas
camadas não apenas se contraem para aumentar
a pressão intra-abdominal como também se
distendem bastante, acomodando expansões
causadas pela ingestão de alimentos, gravidez,
deposição de gordura ou doenças.
A cavidade abdominal:
1-Não tem assoalho próprio porque é contínua
com a cavidade pélvica.
2-Estende-se superiormente até o 4º espaço
intercostal da caixa torácica. Consequentemente,
os órgãos abdominais mais altos (baço, fígado,
parte dos rins e estômago) são protegidos pela
caixa torácica. A pelve maior sustenta e protege
parcialmente as vísceras abdominais inferiores
(parte do íleo, ceco, apêndice vermiforme e colo
sigmóide).
3-É a localização da maioria dos órgãos do
sistema digestório, de partes do sistema urinário
(rins e a maior parte dos ureteres) e do baço.
DIVISÃO ABDOMINAL EM QUADRANTES
➔ Pontos referenciais: linha vertical vai do
processo xifóide até a sínfise púbica e a
linha horizontal vai de rebordo a rebordo.
➔ Esses quadrantes dividem a parede
abdominal em 4 grandes regiões que não
dão a localização precisa de um órgão.
➔ Por isso, se fez necessário a divisão
abdominal em 9 quadrantes:
PAREDE ANTEROLATERAL:
É recoberta em suas faces internas por
uma membrana serosa ou peritônio (serosa), que
se dobra bruscamente e continua sobre as vísceras
abdominais. Forma-se assim uma bolsa ou espaço
virtual revestido, chamado de cavidade peritoneal,
entre as paredes e as vísceras. Nela normalmente
se encontra um líquido extra celular que permite a
lubrificação das membranas que revestem as
superfícies das estruturas.
O movimento visceral associado a digestão
e as reflexões de peritônio entre as paredes e as
vísceras dão passagem aos vasos sanguíneos,
linfáticos e nervos. Podem haver gorduras entre as
paredes e as vísceras e o peritônio que a reveste.
➔ A parede do abdome, embora contínua, é
subdividida em paredes anterior, lateral
direita e esquerda e posterior.
➔ A parede é musculoaponeurótica, exceto a
parede posterior, que inclui a região lombar
da coluna vertebral.
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➔ A parede anterolateral do abdome é
formada por pele e tela subcutânea,
composta principalmente por gordura,
músculos, suas aponeuroses e fáscia
muscular, gordura extraperitoneal e
peritônio parietal.
CAMADAS DE FÁSCIA E MÚSCULO:
- As camadas superficial, intermediária e
profunda da fáscia de revestimento cobrem as
faces externas das três camadas musculares e não
podem ser facilmente separadas delas.
- As fáscias de revestimento são
extremamente finas nesse ponto e são
representadas principalmente pelo epimísio
situado superficialmente aos músculos ou entre
eles.
- A face interna da parede do abdome é
revestida por lâminas membranáceas formando a
fáscia parietal do abdome.
A porção que reveste a face profunda do
músculo transverso do abdome e sua aponeurose
é a fáscia transversal. O revestimento brilhante da
cavidade abdominal, o peritônio parietal, é
formado por uma única camada de células
epiteliais e tecido conjuntivo de sustentação. O
peritônio parietal está situado internamente à
fáscia transversal e é separado dela por uma
quantidade variável de gordura extraperitoneal.
MÚSCULO:
A parede anterolateral do abdome tem
cinco músculos, três planos e dois verticais.
Músculos planos:
1- Musc. oblíquo externo
2- Musc. oblíquo interno
3- Musc. transverso
As fibras musculares dessas três camadas
concêntricas de músculos têm orientações
diferentes; as fibras das duas camadas externas
são, em sua maior parte, diagonais e
perpendiculares entre si, e as fibras da camada
profunda são transversais. Todos os três músculos
planos continuam anterior e medialmente como
aponeuroses fortes, semelhantes a lâminas.
Músculos verticais:
1-Grande reto
2-Pequeno piramidal
Linha alba: Entrelaçamento de aponeuroses, se
estende do processo xifóide até a sínfise púbica.
MÚSC. OBLÍQUO EXTERNO:
É o maior e mais externo músculo plano.
Fibra mão no bolso. Esse músculo atua
unilateralmente fazendo o movimento de rotação
unilateral contralateral. E se for bilateral em
contração concêntrica faz flexão do tronco em
relação ao quadril.
MÚSC. OBLÍQUO INTERNO:
O mais interno dos três músculos planos do
abdome. Identificamos como a fibra “mão no
coração”. Faz rotação unilateralmente mas no
sentido ipsilateral.
MÚSC. TRANSVERSO:
Fibra no sentido de “cinta”. Faz a diminuição
da circunferência abdominal. É o principal músculo
que gera pressão intra abdominal, como no
trabalho de parto.
MÚSC. RETO:
O músculo reto do abdome, longo, largo e
semelhante a uma tira, é o principal músculo
vertical da parede anterior do abdome. Contém as
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três intersecções tendíneas que ajudam na
sustentação do músculo reto.
FUNÇÕES E AÇÕES DOS MÚSCULOS
ANTEROLATERAIS:
- Formam uma sustentação forte e expansível para
o abdome.
- Sustentam e protegem as vísceras contra lesões.
- Comprimem o conteúdo abdominal para manter
ou aumentar a pressão intra-abdominal e, assim,
fazem oposição ao diafragma (o aumento da
pressão intra-abdominal facilita a expulsão).
- Movem o tronco e ajudam a manter a postura.
Os músculos oblíquos e transversos do
abdome, agindo juntos bilateralmente, formam um
cinturão muscular que exerce firme pressão sobre
as vísceras abdominais. O músculo reto do abdome
participa pouco, ou nada, dessa ação. A
compressão das vísceras abdominais e o aumento
da pressão intra-abdominal elevam o diafragma
relaxado para expelir o ar durante a respiração e
com mais força para tossir, espirrar, assoar o nariz,
gritar e para a eructação voluntária. Quando o
diafragma se contrai durante a inspiração, a
parede anterolateral do abdome se expande
enquanto seus músculos relaxam para dar espaço
aos órgãos, como o fígado, que são empurrados
para baixo. As ações combinadas dos músculos
anterolaterais também produzem a força
necessária para defecação, micção, vômito e parto.
O músculo reto do abdome é um forte flexor da
região torácica e, sobretudo, da região lombar da
coluna vertebral, aproximando a margem costal
anterior da crista púbica.
VASOS DA PAREDE ANTEROLATERAL:
A artéria epigástrica superior é a
continuação direta da artéria torácica interna. Ela
penetra na bainha do músculo reto do abdome
superiormente, através de sua camada posterior,
supre a parte superior do músculo reto do abdome
e anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior
aproximadamente na região umbilical.
A artéria epigástrica inferior origina-se da
artéria ilíaca externa imediatamente superior ao
ligamento inguinal. Segue em sentido superior na
fáscia transversal para entrar na bainha do
músculo reto do abdome abaixo da linha arqueada.
Penetra na parte inferior do músculo reto do
abdome e anastomosa-se com a artéria epigástrica
superior.
REGIÃO INGUINAL:
É uma importante área sob os pontos de
vista anatômico e clínico: anatomicamente, porque
é uma região onde as estruturas entram e saem da
cavidade abdominal, e clinicamente, porque as vias
de saída e entrada são possíveis locais de
herniação.
Embora o testículo esteja localizado no
períneo após o nascimento, a gônada masculina se
forma originalmente no abdome. Sua migração do
abdome para o períneo através do canal inguinal é
responsável por muitas das características
estruturais da região.
O ligamento inguinal é uma faixa densa que
constitui a parte inferior extrema da aponeurose do
músculo oblíquo externo do abdome.
O canal inguinal é formado em relação à
descida do testículo durante o desenvolvimento
fetal. Em adultos, é uma passagem oblíqua com
cerca de 4 cm de comprimento. Os principais
conteúdos são: o funículo espermáticoem homens
e o ligamento redondo do útero nas mulheres.
➔ O funículo espermático é revestido pela
musculatura cremastérica, que tem origem
no oblíquo interno e parte do transverso.
Dentro do funículo espermático tem: ducto
deferente, artéria testicular e plexo
pampiniforme.
LIMITES DO CANAL INGUINAL:
1- Limite Anterior: aponeurose do oblíquo externo.
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2- Limite Posterior: fáscia tranversales reforçada
lateralmente pelo ligamento interfoveolar e
reforçada medialmente pelo tendão conjunto.
3- Limite Superior / Teto: bordas arqueadas do
músculo oblíquo interno e transverso do abdome.
4- Limite Inferior / Assoalho: ligamento inguinal,
que forma uma calha (nada mais que uma
aponeurose do oblíquo externo) ou chamado de
ligamento lacunar.
O canal inguinal tem uma abertura em cada
extremidade.
1- Anel inguinal profundo (interno): é a entrada do
canal inguinal. Localizado superiormente à região
intermediária do ligamento inguinal e lateralmente
à artéria epigástrica inferior. É o início de uma
evaginação na fáscia transversal que forma uma
abertura semelhante à entrada de uma. Através
dessa abertura, o ducto deferente extraperitoneal e
os vasos testiculares nos homens (ou ligamento
redondo do útero nas mulheres) entram no canal
inguinal. A própria fáscia transversal continua até o
canal, formando o revestimento interno (fáscia
interna) das estruturas que atravessam o canal.
2- Anel inguinal superficial (externo): é a saída pela
qual o funículo espermático em homens, ou o
ligamento redondo em mulheres, emerge do canal.
O anel superficial é uma divisão que ocorre nas
fibras diagonais, geralmente paralelas da
aponeurose do músculo oblíquo externo do
abdome, na região imediatamente superolateral ao
tubérculo púbico. As partes da aponeurose situadas
lateral e medialmente ao anel superficial, e que
formam suas margens, são os pilares.
FUNÍCULO ESPERMÁTICO:
Contém estruturas que entram e saem do testículo
e suspende o testículo no escroto. Começa no anel
inguinal profundo, lateralmente aos vasos
epigástricos inferiores, atravessa o canal inguinal,
sai no anel inguinal superficial e termina no escroto
na margem posterior do testículo.
Seu revestimento possui:
▪ Fáscia espermática interna: derivada da fáscia
transversal
▪ Fáscia cremastérica: derivada da fáscia das faces
superficial e profunda do músculo oblíquo interno
do abdome
▪ Fáscia espermática externa: derivada da
aponeurose do músculo oblíquo externo do
abdome e de sua fáscia de revestimento.
Os constituintes do funículo espermático são:
▪ Ducto deferente: um tubo muscular com
aproximadamente 45 cm de comprimento que dá
passagem aos espermatozoides do epidídimo para
o ducto ejaculatório
▪ Artéria testicular: tem origem na aorta e irriga o
testículo e o epidídimo
▪ Artéria do ducto deferente: originada na artéria
vesical inferior
▪ Artéria cremastérica: originada na artéria
epigástrica inferior Plexo venoso pampiniforme:
uma rede formada por até 12 veias que convergem
superiormente e formam as veias testiculares
direita e esquerda
▪ Fibras nervosas simpáticas: nas artérias e fibras
nervosas simpáticas e parassimpáticas no ducto
deferente
▪ Ramo genital do nervo genitofemoral: supre o
músculo cremaster
▪ Vasos linfáticos: drenagem do testículo e de
estruturas intimamente associadas e seguem para
os linfonodos lombares
▪ Vestígio do processo vaginal: pode ser visto como
um filamento fibroso na parte anterior do funículo
espermático estendendo-se entre o peritônio
abdominal e a túnica vaginal; pode não ser
detectável.
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