Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SAI II – Urologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 1 INFECÇÃO URINÁRIA Invasão microbiana do aparelho urinário. CLASSIFICAÇÃO GRAVIDADE Complicada não complicada LOCALIZAÇÃO SUPERIOR pielonefrite INFERIOR cistite FREQUÊNCIA OCASIONAL FREQUENTE recorrente ou persistente EPIDEMIOLOGIA RN masculinos maior incidência. HOMENS mais velhos por patologias obstrutivas relacionadas à próstata. MULHERES começar a engatinhar e atividade sexual – uretra curta. Menopausa atrofia da mucosa vaginal e uretral favorece a diminuição da defesa. CLASSIFICAÇÃO – QUANTO A GRAVIDADE COMPLICADA NÃO COMPLICADA LOCALIZAÇÃO SUPERIOR pielonefrite. INFERIOR cistite. FREQUÊNCIA OCASIONAL FREQUENTE recorrente ou persistente. ETIOPATOGENIA AGENTES CAUSAIS Patógenos do sistema digestivo, destacando-se E. coli. VIAS DE ACESSO Direta, ascendente, hematogênica, linfática. FATORES PREDISPONENTES Retenção urinária. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS congênitas adquiridas. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS bexiga neurogênica. IATROGENIA manipulações inadequadas das vias urinárias e uso prolongado de sondas vesicais. FATOR BACTERIANO presença de uma adesina na superfície da fímbria da bactéria Gram negrativa. Presença de um receptor na superfície da célula do hospedeiro D-manose (cistite), Gal-Gal (pielonefrite). MECANISMO DE DEFESA DA BEXIGA WASHOUT micção frequente. MUCOPOLISSACARÍDEOS PROTEÍNA DE TAMM-HORSFALL quando a bactéria ade- re à ela é eliminada, porém se houver estase urinária pode aderir cristais e levar à formação de cálculos. IMUNOGLOBULINAS IgA e IgG. QUADRO CLÍNICO PIELONEFRITE MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS mal-estar, indisposição, calafrios e/ou febre. MANIFESTAÇÕES DIGESTIVAS náuseas e vômitos. MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS dor lombar, abdominal e/ou hipogástrica. MANIFESTAÇÕES URINÁRIAS disúria, polaciúria e/ou poliúria, urgência. CISTITE MANIFESTAÇÕES URINÁRIAS disúria, polaciúria, poliúria e urgência miccional. MANIFESTAÇÕES DOLOROSAS Ausência de manifestações sistêmicas. Sinal de Giordano punho-percussão dolorosa. É importante atentar-se que não é sinal patognomônico de infecção podendo estar presente em outras condições. SAI II – Urologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 2 DIAGNÓSTICO História clínica. Exame físico. EXAMES LABORATORIAIS sumário de urina, urocultura + Teste de Sensibilidade a Antibióticos (TSA). TRATAMENTO INFECÇÃO NÃO COMPLICADA BAIXA curta duração quinolona e fosfomicina. ALTA 10-14 dias, cefalosporina, quinolona, SMZ+TM RECIDIVANTES 10-14 dias + supressão, em baixas doses, por 6-12 meses. COMPLICADA 6 semanas. PREVENÇÃO Ingestão de líquido. Urinar com frequência. Tratar constipação intestinal. Reposição hormonal tópica. Vacina – UROVAXON (E. coli). INFECÇÃO URINÁRIA NA GRAVIDEZ Incidência 2-8%. Pico entre a 9-17ª semana. BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 20-30% desenvolve pielonefrite. ETIOLOGIA Relaxamento da musculatura ureteral, válvula uterovesical pela progesterona. COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS Baixo peso fetal, parto prematuro, morte fetal, pré- eclâmpsia, anemia materna. TRATAMENTO Tratar bacteriúria assintomática. Agente farmacológico deve ser eficaz contra o patógeno e livre de efeito danoso sobre o concepto. Ampicilina e cefalosporinas. PIELONEFRITE E/OU ITU COMPLICADA aminoglicosíde- os (pesar riscos x benefícios). INFECÇÃO URINÁRIA NA INFÂNCIA DIAGNÓSTICO QUADRO CLÍNICO NEONATOS instabilidade de temperatura, irritabilida- de, letargia, anorexia, vômitos, icterícia, bacteremia e sepse. LACTENTE desconforto abdominal inespecífico, vômi- tos, diarreia, falha no crescimento e febre. ACIMA DE 2 ANOS disúria, polaciúria, hematúria, fe- bre, vômitos, enurese e dor abdominal. EXAMES LABORATORIAIS sumário de urina, urinocultu- ra com antibiograma. INVESTIGAÇÃO Criança de qualquer sexo após a primeira infecção. ROTINA ULTRASSONOGRAFIA DO APARELHO URINÁRIO URETOCISTOGRAFIA MICCIONAL principalmente na suspeita de refluxo vesicoureteral ou válvula de uretra posterior. UROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CINTILOGRAFIA RENAL avaliar doenças do refluxo, es- cara renal, comprometimento dos rins. ESTUDO URODINÂMICO avaliar funcionamento vesi- cal, principalmente nas bexigas neurogênicas. TRATAMENTO PIELONEFRITE internação, iniciar medicação parenteral em até 48 h se não houver febre. Penicilinas, cefalosporinas, aminoglicosídeos; 10-14 dias VO. CISTITE tratamento ambulatorial, fosfomicina dose única. TRATAMENTO CURTO 3 dias, cefalosporina, sulfa. TRATAMENTO PADRÃO 7-10 dias. ITU RECORRENTE OU COMPLICADA supressão – nitrofurantoína (Macrodantina®).
Compartilhar