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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PC-RJ Inspetor de Polícia A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. FV037-N9 Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br. www.novaconcursos.com.br sac@novaconcursos.com.br OBRA Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro Inspetor de Polícia Atualizada até 08/2019 AUTORES Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Conhecimentos Básicos de Informática - Prof° Ovidio Lopes da Cruz Netto Conhecimentos de Direito Constitucional - Profª Bruna Pinotti e Prof° Ricardo Razaboni Conhecimentos de Direito Administrativo - Prof° Fernando Zantedeschi Ética no Serviço Público - Profª Bruna Pinotti Conhecimentos de Direito Penal e Leis Penais Especiais - Profº Rodrigo Gonçalves e Prof° Ricardo Razaboni Conhecimentos de Direito Processual Penal - Profº Rodrigo Gonçalves PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Érica Duarte Leandro Filho Christine Liber DIAGRAMAÇÃO Thais Regis Renato Vilela CAPA Joel Ferreira dos Santos SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA Leitura e análise de textos.............................................................................................................................................................................. 01 Estruturação do texto e dos parágrafos.................................................................................................................................................... 11 Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos operadores sequenciais................................................ 12 Significação contextual de palavras e expressões............................................................................................................................... 18 Interpretação: pressuposições e inferências, implícitos e subentendidos................................................................................. 28 Variedades de texto e adequação de linguagem.................................................................................................................................. 30 Equivalência e transformação de estruturas........................................................................................................................................... 32 Discurso direto e indireto............................................................................................................................................................................... 32 Sintaxe: processos de coordenação e subordinação............................................................................................................................ 33 Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação............................................................................................................................. 44 Estrutura e formação de palavras................................................................................................................................................................. 48 Funções das classes de palavras.................................................................................................................................................................. 50 Flexão nominal e verbal................................................................................................................................................................................. 94 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação................................................................................................................ 97 Concordância nominal e verbal................................................................................................................................................................... 97 Regência nominal e verbal............................................................................................................................................................................. 104 Ocorrência de crase.......................................................................................................................................................................................... 110 Ortografia oficial................................................................................................................................................................................................ 114 Acentuação gráfica........................................................................................................................................................................................... 118 CONHECIMENTOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA Sistema Operacional Windows XP e Windows 7;.................................................................................................................................. 01 Microsoft Word 2010...................................................................................................................................................................................... 11 Microsoft Excel 2010;...................................................................................................................................................................................... 58 Microsoft PowerPoint 2010;.......................................................................................................................................................................... 95 Conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos, pastas e programas;............................................................... 103 Conceitos, serviços e tecnologias relacionados a intranet, internet e a correio eletrônico; Internet Explorer 9 e Microsoft Outlook 2010;................................................................................................................................................................................ 103 Noções relativas a softwares livres; Noções de hardware e de software para o ambiente de microinformática;...... 118 Conceitos e procedimentos de proteção e segurança para segurança da informação;......................................................... 123 Procedimentos, aplicativos e dispositivos para armazenamento de dados e para realização de cópia de segurança (backup)................................................................................................................................................................................................................ 125 CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL Direito Constitucional: natureza, conceito e objeto.............................................................................................................................. 01 Poder Constituinte............................................................................................................................................................................................. 03 Supremacia da Constituição e controle de constitucionalidade....................................................................................................... 06 Regimes políticos e formas de governo................................................................................................................................................... 08 SUMÁRIO A repartição de competência na Federação............................................................................................................................................ 16 Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, da nacionalidade, direitos políticos e dos partidos políticos................................................................................................................................................ 16 Organização político-administrativa da União, dos Estados Federados, dos Municípios e do Distrito Federal.......... 20 Da Administração Pública............................................................................................................................................................................... 22 Do Poder Legislativo: fundamento, atribuições e garantias de independência......................................................................... 32 Do Poder Executivo: forma e sistema de governo, Chefia de Estado e Chefia de Governo, atribuições e responsabilidades do Presidente da República..................................................................................................................................... 40 Do Poder Judiciário: fundamento, atribuições e garantias................................................................................................................ 43 Das Funções Essenciais à Justiça................................................................................................................................................................... 57 Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: do Estado de Defesa, do Estado de Sítio, das Forças Armadas, da Segurança Pública................................................................................................................................................................... 60 Da Ordem Social: base e objetivos da ordem social, da seguridade social, da educação, da cultura, do desporto, da ciência e tecnologia, da comunicação social, do meio ambiente, da família, da criança, do adolescente, do idoso e dos índios............................................................................................................................................................................................. 64 CONHECIMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO Direito Administrativo: conceito, fontes, princípios; Conceito de Estado, elementos, poderes e organização; Governo e Administração Pública: conceitos; Administração Pública: natureza, elementos, poderes e organização, natureza, fins e princípios; administração direta e indireta; planejamento, coordenação, descentralização, delegação de competência e controle;................................................................................................................................................. 01 Poderes administrativos: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia. Do uso e do abuso do poder;.................................................................................................. 22 Atos administrativos: conceito e requisitos; atributos; invalidação;classificação; espécies;............................................. 26 Agentes públicos: espécies e classificação; direitos, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e funções públicas; regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; diretos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa;......................................................................................................... 33 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; Delegação: concessão, permissão, autorização. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado;.................................................................................. 74 Mandado de Segurança (Lei nº 12.016/09);.......................................................................................................................................... 89 Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92);.................................................................................................................................... 92 Regime jurídico peculiar aos funcionários civis do serviço policial do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei nº 218/1975);........................................................................................................................................................................... 94 Regulamento do Estatuto dos Policiais Civis do estado do Rio de Janeiro (aprovado pelo Decreto nº 3044/80);...... 103 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei nº 220 /1975);................................................................................................................................................................................................................. 128 Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Rio de Janeiro (aprovado pelo Decreto nº 2479/79)............................................................................................................................................................................................... 137 SUMÁRIO CONHECIMENTOS DE DIREITO PENAL E LEIS PENAIS ESPECIAIS Princípios Constitucionais do Direito Penal............................................................................................................................... 01 A Lei Penal no tempo.......................................................................................................................................................................... 04 A Lei Penal no espaço.......................................................................................................................................................................... 05 Interpretação da Lei Penal................................................................................................................................................................ 07 Infração penal: elementos, espécies............................................................................................................................................. 08 Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal.................................................................................................................... 09 Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade..................................................................................................................... 10 Excludentes de ilicitude e de culpabilidade............................................................................................................................... 11 Erro de tipo e erro de proibição..................................................................................................................................................... 12 Imputabilidade penal.......................................................................................................................................................................... 13 Concurso de Pessoas.......................................................................................................................................................................... 14 Penas: espécies, circunstâncias agravantes e atenuantes e concurso de crimes........................................................ 15 Dos crimes contra a pessoa............................................................................................................................................................. 22 Dos crimes contra o patrimônio..................................................................................................................................................... 28 Dos crimes contra a propriedade imaterial............................................................................................................................... 33 Dos crimes contra a organização do trabalho.......................................................................................................................... 33 Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos.................................................................. 34 Dos crimes contra os costumes...................................................................................................................................................... 35 Dos crimes contra a família.............................................................................................................................................................. 35 Dos crimes contra a incolumidade pública................................................................................................................................ 37 Dos crimes contra a paz pública.................................................................................................................................................... 38 Dos crimes contra a fé pública....................................................................................................................................................... 38 Dos crimes contra a Administração Pública.............................................................................................................................. 41 Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003)................................................................................................................... 47 Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990)........................................................................................................................................ 54 Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei nº 7.716/1989)................................................................. 56 Abuso de Autoridade (Lei nº 4.898/1965).................................................................................................................................. 57 Crimes de Tortura (Lei nº 9.455/1997)......................................................................................................................................... 58 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990)................................................................................................. 61 Crimes no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003)................................................................................................................. 62 Crime Organizado (Lei nº 9.034/1995)........................................................................................................................................ 73 Interceptação Telefônica (Lei nº 9.296/1996)............................................................................................................................ 77 Corrupção de Menores (Lei nº 12.015/2009)............................................................................................................................ 78 Crimes Eleitorais (Lei nº 4.737/1965)........................................................................................................................................... 80 Crimes de Trânsito (Código de Trânsito Brasileiro - Lei nº 9.503/1997)......................................................................... 84 Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95 – Capítulo III)............................................................................................... 85 Juizados Especiais Federais (Lei nº 10.259/2001)..................................................................................................................... 88 Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei nº 8.137/1990).......... 90 Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher “Lei Maria da Penha” (Lei nº 11.340/2006)................................ 93 SUMÁRIO Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei nº 11.343/2006).................................................................. 93 Crimes contra as Relações de Consumo (Título II da Lei nº 8.078/1990)....................................................................... 95 Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941)................................................................................................. 96 Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente (Lei nº 9.605/1998)............................................................................................. 104 CONHECIMENTOS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL Sistemas processuais......................................................................................................................................................................................... 01 Da Investigação Criminal Do inquérito policial...................................................................................................................................... 01 Da ação penal: espécies.................................................................................................................................................................................... 05 Da jurisdição e competência.......................................................................................................................................................................... 07 Da prova................................................................................................................................................................................................................. 10 Do Juiz, do Ministério Público, do acusado e seu defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça....................................... 18 Da prisão e da liberdade provisória............................................................................................................................................................. 20 Da prisão temporária (Lei nº 7.960/1989).................................................................................................................................................. 24 Das citações e intimações................................................................................................................................................................................ 25 Das nulidades....................................................................................................................................................................................................... 27 Do processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos........................................................ 29 Procedimentos dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95)................................................................................................ 38 LÍNGUA PORTUGUESA ÍNDICE Leitura e análise de textos................................................................................................................................................................................................. 01 Estruturação do texto e dos parágrafos....................................................................................................................................................................... 11 Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos operadores sequenciais................................................................... 12 Significação contextual de palavras e expressões.................................................................................................................................................... 18 Interpretação: pressuposições e inferências, implícitos e subentendidos...................................................................................................... 28 Variedades de texto e adequação de linguagem..................................................................................................................................................... 30 Equivalência e transformação de estruturas............................................................................................................................................................... 32 Discurso direto e indireto.................................................................................................................................................................................................. 32 Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.............................................................................................................................................. 33 Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação.................................................................................................................................................. 44 Estrutura e formação de palavras.................................................................................................................................................................................... 48 Funções das classes de palavras...................................................................................................................................................................................... 50 Flexão nominal e verbal...................................................................................................................................................................................................... 94 Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação..................................................................................................................................... 97 Concordância nominal e verbal....................................................................................................................................................................................... 97 Regência nominal e verbal................................................................................................................................................................................................ 104 Ocorrência de crase.............................................................................................................................................................................................................. 110 Ortografia oficial.................................................................................................................................................................................................................... 114 Acentuação gráfica............................................................................................................................................................................................................... 118 1 LÍ N G UA P O RT U G U ES A LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS Interpretação Textual Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, em uma prova, o candidato deve: Identificar os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico- literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio. Interpretar/Compreender Interpretar significa: Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que... É possível deduzir que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que... É sugerido pelo autor que... De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... O narrador afirma... Erros de interpretação - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten- ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desen- volvido. - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con- clusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão e Coerência Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). 2 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Dicas para melhorar a interpretação de textos • Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais in- formação você absorver com a leitura, mais chan- ces terá de resolver as questões. • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- pa a leitura. • Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. • Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). • Volte ao texto quantas vezes precisar. • Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. • Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. • Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. • O autor defende ideias e você deve percebê-las. • Observe as relações interparágrafos. Um parágra- fo geralmente mantém com outro uma relação de continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- que muito bem essas relações. • Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. • Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Inter- pretação de Texto, mas para todas as demais ques- tões! • Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con- clusão. • Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- tem a outros vocábulos do texto. SITES Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/ 09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- -provas> Disponível em: <http://www.portuguesnarede. com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. html> Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursi- nho/questoes/questao-117-portugues.htm> EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1AAA A valorização do direito à vida digna preserva as duas faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins- trumento da fraternização racional e rigorosa. O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá- vel de justiça social. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re- velação da justiça. Quando os descaminhos não condu- zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana. Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu- manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com adaptações). Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano tem direito a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre- vivência das espécies. b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses. c) de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos. d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros. e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. Em “a”, de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobrevivência das espécies = incorreta Em “b”, de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses = incorreta Em “c”, de demandar ao sistema judicial a concretiza- ção de seus direitos = incorreta Em “d”, à institucionalização do seu direito em detri- mento dos direitos de outros = incorreta Em “e”, a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. O ser humano tem direito a uma vida digna, adequa- da, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus deveres plena- mente, como prescrevem todos os direitos: (...) O di- reito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...). GABARITO OFICIAL: E 3 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 2. (PCJ-MT - DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE-2017) Texto CG1A1BBB Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes elei- tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer- ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em nome do qual é pronunciada. Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro- cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com adaptações). Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos demais poderes. c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais. d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magistratura e o sistema democrático. e) os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do governo federal. Em “a”, o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania po- pular. Em “b”, os magistrados do Brasil deveriam ser escolhi- dos pelo voto popular, como ocorre com os represen- tantes dos demais poderes = incorreta Em “c”, os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais = incorreta Em “d”, há incompatibilidade entre o autogoverno da magistratura e o sistema democrático = incorreta Em “e”, os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do go- verno federal = incorreta A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afir- ma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido (...). GABARITO OFICIAL: A 3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1CCC A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestida- de, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cor- tesania, a baixeza, sob todas as suas formas. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prospe- rar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. E, nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Se- nhores, é a ruína da justiça, corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando ocor- re um crime de autoria incontroversa, mas ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja. Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. XLI. 1914. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações). Infere-se do texto CG1A1CCC que I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” se- jam mais desonestas e rudes que as gerações passadas. II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação ín- tegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos ho- mens, que, desanimados, ficam à mercê do destino. Assinale a opção correta. a) Apenas o item I está certo. b) Apenas o item II está certo. c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. e) Todos os itens estão certos. I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” sejam mais desonestas e rudes que as gerações pas- sadas = incorreta II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos ho- mens, que, desanimados, ficam à mercê do destino = incorreta Com base na leitura do texto, a única afirmação cor- reta é a de que a injustiça impede a atuação honesta, idônea das gerações futuras, pois (...) semeia no co- ração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão (...). GABARITO OFICIAL: B 4 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 4. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ- RIA – CESPE – 2017) Texto 1A1AAA Após o processo de redemocratização, com o fim da di- tadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abran- gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên- cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais. No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir de 1980, impacto do processo de modernização pelo qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo colocou em circulação bens de alto valor e, consequen- temente, aumentou as oportunidades para o crime, in- clusive porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço social mais anônimo, menos supervisionado. Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais dissociada de justiça social e reconstrução da so- ciedade. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais importância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do risco. Essa postura às vezes proporciona controle, po- rém não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de manter a ordem por meio da polícia, sendo necessá- rio dividir as tarefas de controle com organizações locais e com a comunidade. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú- blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei- ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – mar./2011, p. 84-5 (com adaptações). De acordo com o texto 1A1AAA, a restauração da demo- cracia no Brasil evidenciou a) a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas. b) o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo. c) a existência de problemas sociais que dificultam a consolidação da cidadania. d) a modernidade do mercado interno e das instituições públicas brasileiras. e) o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da violência urbana e do desemprego. Em “a”, a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas = incorreta Em “b”, o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo = incorreta Em “c”, a existência de problemas sociais que dificul- tam a consolidação da cidadania. Em “d”, a modernidade do mercado interno e das ins- tituições públicas brasileiras = incorreta Em “e”, o medo nas metrópoles provocado pelo au- mento da violência urbana e do desemprego = in- correta Ao texto: Após o processo de redemocratização, com o fim da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a de- mocratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram mais desafios para a cida- dania brasileira, como a violência urbana — que ame- aça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais (...). = problemas sociais que dificultam a consolidação da cidadania. GABARITO OFICIAL: C 5. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2AAA Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã ri- sonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha sor- ria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência seme- lhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando um assobio, que repercutiu nas matas, me veio orientar acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo dois homens apareceram e me amarraram com cordas. Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos caminhos. Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que aportamos nas praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e, para que não houvesse receio de revolta, acor- rentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dos potentados da Europa. Davam- -nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez; a co- mida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura, asfixiados e famintos. Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004, p. 116-7 (com adaptações) No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um in- 5 LÍ N G UA P O RT U G U ES A fante” introduz uma ideia de a) comparação. b) contraste. c) adição. d) compensação. e) intensidade. (..) era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante. A conjunção estabelece uma comparação – manhã risonha e bela como (igual ao) rosto de um infante. GABARITO OFICIAL: A 6. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) No texto CB3A2AAA, ao utilizar a expressão “Ah! Nunca mais devia eu vê-la...”, a narradora manifesta a) uma surpresa. b) um lamento. c) um desejo. d) uma recomendação. e) uma dúvida. No contexto: (...) Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... = representa tristeza, lamento. GABARITO OFICIAL: B 7. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2BBB O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das Constituições democráticas modernas. A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re- conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo tempo, o processo de democratização do sistema in- ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos humanos, democracia e paz são três elementos funda- mentais do mesmo movimento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há democra- cia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que não tenha a guerra como alternativa, somente quando existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Estado, mas do mundo. Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adap- tações). De acordo com o texto CB3A2BBB, a condição necessária para que os direitos humanos sejam reconhecidos e efe- tivamente protegidos nos Estados é a a) soberania. b) lei. c) democracia. d) cidadania. e) paz. Ao texto: A paz, por sua vez, é o pressuposto neces- sário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema inter- nacional. GABARITO OFICIAL: E 8. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Depreende-se do texto CB3A- 2BBB que o avanço do processo de democratização do sistema internacional depende da a) flexibilização das fronteiras dos Estados. b) eliminação de regimes autoritários. c) manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados. d) sobreposição dos direitos humanos aos interesses individuais dos Estados. e) existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífica de conflitos. Em “a”, flexibilização das fronteiras dos Estados = in- correta Em “b”, eliminação de regimes autoritários = incorreta Em “c”, manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados = incor- reta Em “d”, sobreposição dos direitos humanos aos inte- resses individuais dos Estados. Em “e”, existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífica de conflitos = incor- reta Texto! (...) o processo de democratização do sistema in- ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. As questões de Interpretação/compreensão textual, muitas vezes, apresentam as respostas “explícitas”, bastando à (ao) candidata(o) voltar ao texto quando precisar - ou, então, destacar as ideias principais du- rante a leitura. GABARITO OFICIAL: D 6 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 9. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2CCC Fala-se, às vezes, na necessidade que tem a democracia de se defender do que lhe possa ameaçar. Quase sem- pre, porém, lamentavelmente, o que se vem consideran- do como ameaças à democracia é o que na verdade a justifica como democracia: a presença atuante do povo no processo político nacional; a voz das classes trabalha- doras que se mobilizam e se organizam na reivindicação de seus direitos; a presença inquieta da juventude brasi- leira cuja palavra nos é indispensável... Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participa- ção dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo. Paulo Freire. In: Ana Maria Araújo Freire (Org.). Paulo Frei- re: uma história de vida. Indaiatuba, SP: Villa das Letras, 2006, p. 405 (com adaptações) Assinale a opção que apresenta a tese central do texto CB3A2CCC. a) As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos. b) A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. c) A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental para a defesa da democracia, é passiva. d) A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional. e) As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático. Em “a”, As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos = incorreta Em “b”, A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. Em “c”, A juventude brasileira, cuja atuação é funda- mental para a defesa da democracia, é passiva = in- correta Em “d”, A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional = incorreta Em “e”, As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático = incorreta Segundo o texto, (...) Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participação dos tra- balhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo = o termo em destaque mostra que essas pessoas, sim, representam perigo à democracia. GABARITO OFICIAL: B 10. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Texto CB1A1BBB Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res- ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria legislação destinada a assegurar, como alegam, maior ri- gor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, for- talecer a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro público, para a criação de despesas e, em par- ticular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo des- cumprido algumas dessas regras, estariam interessados em torná-las ainda mais rigorosas? Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum- priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigoro- sa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise. Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta- ções). De acordo com o texto, as normas da LRF dispõem prin- cipalmente sobre gastos com pessoal, pois esse tipo de gasto causa mais problemas para os responsáveis pela gestão do dinheiro público. ( ) CERTO ( ) ERRADO A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre gastos em geral, não apenas com pessoal. O texto aborda apenas este, mas não afirma ser o único alvo da LRF. GABARITO OFICIAL: Errado 11. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Segundo o texto, o objetivo de se pro- por uma nova lei de responsabilidade fiscal, mais rígida quanto à proteção do dinheiro público, é desconfigurar a LRF. ( ) CERTO ( ) ERRADO No texto, o objetivo apresentado é: Querem uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumen- tam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinhei- ro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Para o autor, sim, haverá desconfiguração. GABARITO OFICIAL: Errado 7 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 12. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, o descumprimento das normas da LRF em alguns estados decorreu do fato de a própria lei ser pouco clara em relação aos gastos públicos e também da incapacidade dos gestores do di- nheiro público de adaptar as contas estaduais à realidade financeira do país. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto: O verdadeiro problema é a dificuldade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em que- da por causa da crise. GABARITO OFICIAL: Errado 13. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, é um contrassenso a proposta de tornar a LRF mais rigorosa. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta no texto: Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam interessados em torná- las ainda mais rigorosas? GABARITO OFICIAL: CERTO 14. (PC-PE – CONHECIMENTOS GERAIS – AGENTE DE POLÍCIA – CESPE – 2016) Texto CG1A01BBB Não são muitas as experiências exitosas de políticas pú- blicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continui- dade. O Pacto pela Vida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identi- ficado como uma política pública exitosa. O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de ele- ger a segurança pública como prioridade é o primeiro mar- co que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades pú- blicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia. O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em espe- cial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram a cons- trução da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes. Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate com a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014. Internet: <https://igarape.org.br> (com adaptações). O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB como uma política exitosa porque a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco. b) tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade. c) definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência. d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade. e) resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Em “a”, teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco = incorreta Em “b”, tratou a questão da violência como um pro- blema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua com- plexidade = incorreta Em “c”, definiu, no estado de Pernambuco, um novo pa- radigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência = in- correta Em “d”, foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade = incor- reta Em “e”, resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Exitosa porque obteve êxito, como comprova o resul- tado: diminuição de quase 40% dos homicídios no es- tado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. GABARITO OFICIAL: E 15. (INSS – TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 2003) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu discurso na reabertura do Congresso que o “vírus da inflação voltou a ser uma ameaça real”. Em sua fala de 21 minutos aos senadores e deputados, o presidente aler- tou também para a piora do cenário econômico interna- cional e afirmou que o aperto fiscal de seu governo dura- rá o “tempo necessário”. Segundo Lula, “teremos tempos difíceis pela frente. O mundo entrou em um período de maiores incertezas”. Folha de S. Paulo, 18 fev. /2003, capa. (Com adaptações.) 8 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Infere-se do texto que o atual governo brasileiro não acredita que uma guerra contra o Iraque de Saddam Hussein possa acarretar dificuldades econômicas mais acentuadas para países como o Brasil, quase autossufi- ciente em petróleo. ( ) CERTO ( ) ERRADO O texto não aborda este tema. GABARITO OFICIAL: Errado 16. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Tempo livre A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desen- volvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato -, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescen- tar, na verdade, determinado de fora. O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa opo- sição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamen- talmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pes- soas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis sociais. Em uma época de integração social sem prece- dentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que res- ta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade pró- pria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, esta: “Com o aumento da produtividade no traba- lho, mas persistindo as condições de não-liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as re- gras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?” Se se cuidasse de responder à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma. T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82. (Com adaptações.) Como, de acordo com o texto, as características essen- ciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição entre este e o “tempo não-livre”, é correto concluir que as formas de uso do “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. ( ) CERTO ( ) ERRADO Segundo o texto, (...) o tempo livre dependerá da si- tuação geral da sociedade (...), e como esta sofre mu- danças com o passar do tempo, não podemos afirmar que as formas de “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. GABARITO OFICIAL: Errado 17. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela sociedade. ( ) CERTO ( ) ERRADO Busquemos no texto: (...) Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situa- ção geral da sociedade (...) Em uma época de integra- ção social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do deter- minado pelas funções. Isso pesa muito sobre a ques- tão do tempo livre. GABARITO OFICIAL: Certo 18. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se que a ideia de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupa- do pelo trabalho, não é nova. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto! (...) A expressão, de origem recente, aliás; antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada. GABARITO OFICIAL: Certo 19. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Um dos indicadores de saúde comumente utilizados no Brasil é a esperança de vida ao nascer, que corresponde ao número de anos que um indivíduo vai viver, consi- derando-se a duração média da vida dos membros da população. O valor desse índice tem sofrido modifica- ções substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram e as conquistas da ciência e da tecnologia são colocadas a serviço do homem. A julgar por estudos procedidos em achados fósseis e em sítios arqueológicos, a esperança de vida do homem pré- -histórico ao nascer seria extremamente baixa, em torno de 18 anos; na Grécia e na Roma antigas, estaria entre 20 e 30 anos, pouco tendo se modificado na Idade Média e na Renascença. Mais recentemente, têm sido registrados valores progressivamente mais elevados para a esperan- ça de vida ao nascer. Essa situação está ilustrada no grá- fico abaixo, que mostra a evolução da esperança de vida do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000. 9 LÍ N G UA P O RT U G U ES A M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 68. (Com adaptações.) No Brasil, o fenômeno do aumento da esperança de vida ao nascer atinge de maneira uniforme todas as classes sociais, pois esse indicador não é influenciado pela renda familiar. ( ) CERTO ( ) ERRADO Voltemos ao texto: (...) O valor desse índice tem sofri- do modificações substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram, influência da renda familiar. GABARITO OFICIAL: Errado 20. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Texto I Envelhecimento, pobreza e proteção social na Amé- rica Latina O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas pos- teriores, a proporção desse grupo no total da popula- ção diminui e, eventualmente, diminuirá em termos ab- solutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Por outro lado, o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos, em face da redução do contingente populacional em idade ativa, fez com que o envelhecimento populacional entrasse na agenda das políticas públicas pelo lado ne- gativo, ou seja, ele é visto como “um problema”. A. A. Camarano e M.T. Pasinato. Texto para discussão. Brasília: IPEA, 2007. Texto II Os impactos sociais da velhice Idade Ativa — No caso da previdência, os idosos são o grande problema? Ana Amélia Camarano — Eu acho que esse é outro enga- no. Claro que você tem mais gente idosa e gente vivendo mais. Agora, o que acontece é que o nosso modelo de previdência é o mesmo da Europa Ocidental, dos EUA, modelos desenhados no pós-guerra, quando havia em- prego, as pessoas se aposentavam e ficavam pouco tem- po aposentadas porque morriam logo. Então, esse mo- delo está falido. Esse cenário mudou. Nós não estamos mais no mundo do trabalho estável, não temos mais o pleno emprego e as relações de trabalho hoje passam pela flexibilização. E a tão falada flexibilização significa informalização. A nossa política social é toda ligada ao trabalho. A Constituição de 1988 mudou um pouco, mas até então só tinha direito ao benefício da previdência quem trabalhava. Era uma cidadania ligada ao trabalho e, não, ao benefício do trabalhador. E isso não é mais possível. Nós estamos caminhando para um mundo sem trabalho. Internet: <www.techway.com.br>. (Com adaptações.) De acordo com o texto I, é correto afirmar que há países europeus em que a força de trabalho, em relação ao total da população, já se reduziu. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto: O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas posteriores, a proporção desse grupo no total da população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Os termos destacados se relacionam. GABARITO OFICIAL: Certo 21. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) De acordo com o desenvolvimento e a organiza- ção das ideias do texto I, depreende-se que “segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos” e “segmento com idade avançada” referem-se ao mesmo conjunto de indivíduos. ( ) CERTO ( ) ERRADO Texto: (...) o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos. = manei- ras de se referir à velhice. GABARITO OFICIAL: Certo 22. (INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – CES- PE – 2010) A Revolta da Vacina O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o sécu- lo XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, sa- neamento precário e foco de doenças como febre ama- rela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa mor- riam às dezenas de doenças infecciosas. Ao assumir a presidência da República, Francisco de Pau- la Rodrigues Alves instituiu como meta governamental 10 LÍ N G UA P O RT U G U ES A o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a re- forma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswal- do Cruz para o saneamento. O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o consequen- te despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares. Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamen- to de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela. Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamen- te, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A popula- ção, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo. A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insu- flado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser repri- mido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos gene- ralizados. Internet: <www.ccs.saude.gov.br>. (Com adaptações.) O texto faz um histórico da Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o ponto de vista do autor acerca do tema. ( ) CERTO ( ) ERRADO O texto não apresenta o ponto de vista do autor, ape- nas descreve os fatos. GABARITO OFICIAL: ERRADO 23. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGE- NHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) Da tomada para a estrada Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, mo- vidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar. Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional, com o objetivo de nacionalizar a tec- nologia de produção de carros elétricos. Basta colocá-los na tomada por um período de oito horas para que eles estejam aptos a rodar aproximadamente 120 km. Os des- locamentos podem ser velozes, já que os veículos conse- guem atingir uma velocidade de até 130 km por hora. O detalhe mais animador é que, para isso, se gasta de qua- tro a cinco vezes menos do que se forem utilizados com- bustíveis convencionais, como o álcool ou a gasolina. O motorista que experimentar dirigir os protótipos não deverá estranhá-los. “É muito simples guiá-los, pois as diferenças em relação aos carros tradicionais são míni- mas”, explica o engenheiro eletricista Celso Novais, co- ordenador geral brasileiro do projeto Veículo Elétrico. “A principal distinção é que não existe partida. O veículo liga como se fosse acionado por um interruptor.” Segundo Novais, quando está parado - em um congestionamento, por exemplo -, o veículo não consome energia. “A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recar- regada cerca de 1.500 vezes.” O coordenador do projeto destaca o aspecto econômi- co como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for empregado na compra de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” Jaqueline Bartzen. Ciência hoje. Internet: <cienciahoje. uol.com.br>. (Com adaptações.) O texto é uma reportagem sobre os veículos movidos a energia elétrica que estão sendo usados no Brasil. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ao texto: Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar ( ainda não estão rodando, segundo o tex- to). Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional (...) GABARITO OFICIAL: ERRADO 24. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: EN- GENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) De acordo com o texto, é correto inferir que a bateria dos veículos elé- tricos só será reciclada se apresentar defeito. ( ) CERTO ( ) ERRADO A única referência que o texto faz à bateria é (...) A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” Não há citação de quando deve ser reciclada. GABARITO OFICIAL: ERRADO 25. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGE- NHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) A principal vanta- gem dos veículos movidos a energia elétrica é o fato de serem muito semelhantes aos carros tradicionais, sendo que a principal distinção entre os dois tipos é o mecanis- mo usado para ligar o carro. ( ) CERTO ( ) ERRADO 11 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Texto: (...) O coordenador do projeto destaca o aspec- to econômico como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for em- pregado na compra de energia elétrica, é possível ro- dar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefí- cios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” GABARITO OFICIAL: ERRADO ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS ESTRUTURA TEXTUAL Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a capacidade que temos de pensar. Por meio do pensa- mento, elaboramos todas as informações que recebemos e orientamos as ações que interferem na realidade e or- ganização de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensamento transformado em texto. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen- sar, quando escrevemos sempre procuramos uma ma- neira organizada do leitor compreender as nossas ideias. A finalidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer dizer, por meio da comunicação. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub- dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. Todos eles devem ser organizados de maneira equilibra- da. Introdução Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen- tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa etapa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o tex- to. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio tí- tulo. Já nos textos mais longos, em que o assunto é ex- posto em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm de 25 a 80 linhas, a introdu- ção será o primeiro parágrafo. Desenvolvimento A maior parte do texto está inserida no desenvolvi- mento, que é responsável por estabelecer uma ligação entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus- tentam e dão base às explicações e posições do autor. É caracterizado por uma “ponte” formada pela organi- zação das ideias em uma sequência que permite formar uma relação equilibrada entre os dois lados. O autor do texto revela sua capacidade de discutir um determinado tema no desenvolvimento, e é através desse que o autor mostra sua capacidade de defender seus pontos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui. Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o escritor já deve ter uma ideia clara de como será a con- clusão. Daí a importância em planejar o texto. Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apre- sentar-se-á no formato de parágrafos medianos e curtos. Os principais erros cometidos no desenvolvimento são o desvio e a desconexão da argumentação. O primei- ro está relacionado ao autor tomar um argumento se- cundário que se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O segundo caso acontece quando quem re- dige tem muitas ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificuldade de organizar seus pensamentos e definir uma linha lógica de raciocínio. Conclusão Considerada como a parte mais importante do texto, é o ponto de chegada de todas as argumentações ela- boradas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa parte, em que a exposição ou discussão se fecha. Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma brecha para uma possível continuidade do assunto; ou seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser encerrada com argumentos repetitivos, como por exemplo: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Con- cluindo...”, “Em conclusão...”. Sua proporção em relação à totalidade do texto deve ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das características de textos bem redigidos. Os seguintes erros aparecem quando as conclusões ficam muito longas: - O problema aparece quando não ocorre uma ex- ploração devida do desenvolvimento, o que gera uma invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão. - Outro fator consequente da insuficiência de funda- mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar de maiores explicações, ficando bastante vazia. - Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no texto em que o autor fica girando em torno de ideias redundantes ou paralelas. - Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeita- mente dispensáveis. - Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu- são,
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