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pc-rj-2019-inspetor-de-policia-de-6-classe

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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
PC-RJ
Inspetor de Polícia
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base 
no edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. 
FV037-N9
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
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OBRA
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Inspetor de Polícia
Atualizada até 08/2019
AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Conhecimentos Básicos de Informática - Prof° Ovidio Lopes da Cruz Netto
Conhecimentos de Direito Constitucional - Profª Bruna Pinotti e Prof° Ricardo Razaboni
Conhecimentos de Direito Administrativo - Prof° Fernando Zantedeschi
Ética no Serviço Público - Profª Bruna Pinotti
Conhecimentos de Direito Penal e Leis Penais Especiais - Profº Rodrigo Gonçalves e Prof° Ricardo Razaboni
Conhecimentos de Direito Processual Penal - Profº Rodrigo Gonçalves
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Érica Duarte
Leandro Filho
Christine Liber
DIAGRAMAÇÃO
Thais Regis 
Renato Vilela
CAPA
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e análise de textos.............................................................................................................................................................................. 01
Estruturação do texto e dos parágrafos.................................................................................................................................................... 11
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos operadores sequenciais................................................ 12
Significação contextual de palavras e expressões............................................................................................................................... 18
Interpretação: pressuposições e inferências, implícitos e subentendidos................................................................................. 28
Variedades de texto e adequação de linguagem.................................................................................................................................. 30
Equivalência e transformação de estruturas........................................................................................................................................... 32
Discurso direto e indireto............................................................................................................................................................................... 32
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação............................................................................................................................ 33
Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação............................................................................................................................. 44
Estrutura e formação de palavras................................................................................................................................................................. 48
Funções das classes de palavras.................................................................................................................................................................. 50
Flexão nominal e verbal................................................................................................................................................................................. 94
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação................................................................................................................ 97
Concordância nominal e verbal................................................................................................................................................................... 97
Regência nominal e verbal............................................................................................................................................................................. 104
Ocorrência de crase.......................................................................................................................................................................................... 110
Ortografia oficial................................................................................................................................................................................................ 114
Acentuação gráfica........................................................................................................................................................................................... 118
CONHECIMENTOS BÁSICOS DE INFORMÁTICA
Sistema Operacional Windows XP e Windows 7;.................................................................................................................................. 01
Microsoft Word 2010...................................................................................................................................................................................... 11
Microsoft Excel 2010;...................................................................................................................................................................................... 58
Microsoft PowerPoint 2010;.......................................................................................................................................................................... 95
Conceitos de organização e de gerenciamento de arquivos, pastas e programas;............................................................... 103
Conceitos, serviços e tecnologias relacionados a intranet, internet e a correio eletrônico; Internet Explorer 9 e 
Microsoft Outlook 2010;................................................................................................................................................................................ 103
Noções relativas a softwares livres; Noções de hardware e de software para o ambiente de microinformática;...... 118
Conceitos e procedimentos de proteção e segurança para segurança da informação;......................................................... 123
Procedimentos, aplicativos e dispositivos para armazenamento de dados e para realização de cópia de segurança 
(backup)................................................................................................................................................................................................................ 125
CONHECIMENTOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Direito Constitucional: natureza, conceito e objeto.............................................................................................................................. 01
Poder Constituinte............................................................................................................................................................................................. 03
Supremacia da Constituição e controle de constitucionalidade....................................................................................................... 06
Regimes políticos e formas de governo................................................................................................................................................... 08
SUMÁRIO
A repartição de competência na Federação............................................................................................................................................ 16
Direitos e garantias fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, da nacionalidade, 
direitos políticos e dos partidos políticos................................................................................................................................................
16
Organização político-administrativa da União, dos Estados Federados, dos Municípios e do Distrito Federal.......... 20
Da Administração Pública............................................................................................................................................................................... 22
Do Poder Legislativo: fundamento, atribuições e garantias de independência......................................................................... 32
Do Poder Executivo: forma e sistema de governo, Chefia de Estado e Chefia de Governo, atribuições e 
responsabilidades do Presidente da República..................................................................................................................................... 40
Do Poder Judiciário: fundamento, atribuições e garantias................................................................................................................ 43
Das Funções Essenciais à Justiça................................................................................................................................................................... 57
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas: do Estado de Defesa, do Estado de Sítio, das Forças 
Armadas, da Segurança Pública................................................................................................................................................................... 60
Da Ordem Social: base e objetivos da ordem social, da seguridade social, da educação, da cultura, do desporto, 
da ciência e tecnologia, da comunicação social, do meio ambiente, da família, da criança, do adolescente, do 
idoso e dos índios............................................................................................................................................................................................. 64
CONHECIMENTOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Direito Administrativo: conceito, fontes, princípios; Conceito de Estado, elementos, poderes e organização; 
Governo e Administração Pública: conceitos; Administração Pública: natureza, elementos, poderes e organização, 
natureza, fins e princípios; administração direta e indireta; planejamento, coordenação, descentralização, 
delegação de competência e controle;................................................................................................................................................. 01
Poderes administrativos: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder 
regulamentar, poder de polícia. Do uso e do abuso do poder;.................................................................................................. 22
Atos administrativos: conceito e requisitos; atributos; invalidação;classificação; espécies;............................................. 26
Agentes públicos: espécies e classificação; direitos, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e funções públicas; 
regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; diretos e vantagens; regime 
disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa;......................................................................................................... 33
Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; Delegação: 
concessão, permissão, autorização. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; 
controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado;.................................................................................. 74
Mandado de Segurança (Lei nº 12.016/09);.......................................................................................................................................... 89
Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92);.................................................................................................................................... 92
Regime jurídico peculiar aos funcionários civis do serviço policial do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro 
(Decreto-Lei nº 218/1975);........................................................................................................................................................................... 94
Regulamento do Estatuto dos Policiais Civis do estado do Rio de Janeiro (aprovado pelo Decreto nº 3044/80);...... 103
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (Decreto-Lei nº 220
/1975);................................................................................................................................................................................................................. 128
Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Rio de Janeiro (aprovado pelo Decreto 
nº 2479/79)............................................................................................................................................................................................... 137
SUMÁRIO
CONHECIMENTOS DE DIREITO PENAL E LEIS PENAIS ESPECIAIS
Princípios Constitucionais do Direito Penal............................................................................................................................... 01
A Lei Penal no tempo.......................................................................................................................................................................... 04
A Lei Penal no espaço.......................................................................................................................................................................... 05
Interpretação da Lei Penal................................................................................................................................................................ 07
Infração penal: elementos, espécies............................................................................................................................................. 08
Sujeito ativo e sujeito passivo da infração penal.................................................................................................................... 09
Tipicidade, ilicitude, culpabilidade, punibilidade..................................................................................................................... 10
Excludentes de ilicitude e de culpabilidade............................................................................................................................... 11
Erro de tipo e erro de proibição..................................................................................................................................................... 12
Imputabilidade penal.......................................................................................................................................................................... 13
Concurso de Pessoas.......................................................................................................................................................................... 14
Penas: espécies, circunstâncias agravantes e atenuantes e concurso de crimes........................................................ 15
Dos crimes contra a pessoa............................................................................................................................................................. 22
Dos crimes contra o patrimônio..................................................................................................................................................... 28
Dos crimes contra a propriedade imaterial............................................................................................................................... 33
Dos crimes contra a organização do trabalho.......................................................................................................................... 33
Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito
aos mortos.................................................................. 34
Dos crimes contra os costumes...................................................................................................................................................... 35
Dos crimes contra a família.............................................................................................................................................................. 35
Dos crimes contra a incolumidade pública................................................................................................................................ 37
Dos crimes contra a paz pública.................................................................................................................................................... 38
Dos crimes contra a fé pública....................................................................................................................................................... 38
Dos crimes contra a Administração Pública.............................................................................................................................. 41
Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003)................................................................................................................... 47
Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990)........................................................................................................................................ 54
Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor (Lei nº 7.716/1989)................................................................. 56
Abuso de Autoridade (Lei nº 4.898/1965).................................................................................................................................. 57
Crimes de Tortura (Lei nº 9.455/1997)......................................................................................................................................... 58
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990)................................................................................................. 61
Crimes no Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003)................................................................................................................. 62
Crime Organizado (Lei nº 9.034/1995)........................................................................................................................................ 73
Interceptação Telefônica (Lei nº 9.296/1996)............................................................................................................................ 77
Corrupção de Menores (Lei nº 12.015/2009)............................................................................................................................ 78
Crimes Eleitorais (Lei nº 4.737/1965)........................................................................................................................................... 80
Crimes de Trânsito (Código de Trânsito Brasileiro - Lei nº 9.503/1997)......................................................................... 84
Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95 – Capítulo III)............................................................................................... 85
Juizados Especiais Federais (Lei nº 10.259/2001)..................................................................................................................... 88
Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei nº 8.137/1990).......... 90
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher “Lei Maria da Penha” (Lei nº 11.340/2006)................................ 93
SUMÁRIO
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei nº 11.343/2006).................................................................. 93
Crimes contra as Relações de Consumo (Título II da Lei nº 8.078/1990)....................................................................... 95
Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei nº 3.688/1941)................................................................................................. 96
Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente (Lei nº 9.605/1998)............................................................................................. 104
CONHECIMENTOS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
Sistemas processuais......................................................................................................................................................................................... 01
Da Investigação Criminal Do inquérito policial...................................................................................................................................... 01
Da ação penal: espécies.................................................................................................................................................................................... 05
Da jurisdição e competência.......................................................................................................................................................................... 07
Da prova................................................................................................................................................................................................................. 10
Do Juiz, do Ministério Público, do acusado e seu defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça....................................... 18
Da prisão e da liberdade provisória............................................................................................................................................................. 20
Da prisão temporária (Lei nº 7.960/1989).................................................................................................................................................. 24
Das citações e intimações................................................................................................................................................................................ 25
Das nulidades....................................................................................................................................................................................................... 27
Do processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos........................................................ 29
Procedimentos dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/95)................................................................................................ 38
LÍNGUA PORTUGUESA
ÍNDICE
Leitura e análise de textos................................................................................................................................................................................................. 01
Estruturação do texto e dos parágrafos....................................................................................................................................................................... 11
Articulação do texto: pronomes e expressões referenciais, nexos operadores sequenciais................................................................... 12
Significação contextual de palavras e expressões.................................................................................................................................................... 18
Interpretação: pressuposições e inferências, implícitos e subentendidos...................................................................................................... 28
Variedades de texto e adequação de linguagem..................................................................................................................................................... 30
Equivalência e transformação de estruturas...............................................................................................................................................................
32
Discurso direto e indireto.................................................................................................................................................................................................. 32
Sintaxe: processos de coordenação e subordinação.............................................................................................................................................. 33
Emprego de tempos e modos verbais. Pontuação.................................................................................................................................................. 44
Estrutura e formação de palavras.................................................................................................................................................................................... 48
Funções das classes de palavras...................................................................................................................................................................................... 50
Flexão nominal e verbal...................................................................................................................................................................................................... 94
Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação..................................................................................................................................... 97
Concordância nominal e verbal....................................................................................................................................................................................... 97
Regência nominal e verbal................................................................................................................................................................................................ 104
Ocorrência de crase.............................................................................................................................................................................................................. 110
Ortografia oficial.................................................................................................................................................................................................................... 114
Acentuação gráfica............................................................................................................................................................................................................... 118
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LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS
Interpretação Textual
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e 
relacionadas entre si, formando um todo significativo 
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade 
de codificar e decodificar).
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com 
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para 
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa 
interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento 
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada 
de seu contexto original e analisada separadamente, 
poderá ter um significado diferente daquele inicial.
Intertexto - comumente, os textos apresentam 
referências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação 
de um texto é a identificação de sua ideia principal. 
A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou 
fundamentações), as argumentações (ou explicações), 
que levam ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova.
 
Normalmente, em uma prova, o candidato deve:
	 Identificar os elementos fundamentais de uma 
argumentação, de um processo, de uma época 
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, 
os quais definem o tempo).
	 Comparar as relações de semelhança ou de 
diferenças entre as situações do texto.
	 Comentar/relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade. 
	 Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. 
	 Parafrasear = reescrever o texto com outras 
palavras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-
literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), 
leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico 
(qualidades do texto) e semântico; capacidade de 
observação e de síntese; capacidade de raciocínio.
Interpretar/Compreender
Interpretar significa:
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Através do texto, infere-se que...
É possível deduzir que...
O autor permite concluir que...
Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
O texto diz que...
É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...
Erros de interpretação
 
- Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do 
contexto, acrescentando ideias que não estão no 
texto, quer por conhecimento prévio do tema quer 
pela imaginação.
- Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ção apenas a um aspecto (esquecendo que um 
texto é um conjunto de ideias), o que pode ser 
insuficiente para o entendimento do tema desen-
volvido. 
- Contradição = às vezes o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
clusões equivocadas e, consequentemente, errar a 
questão.
Observação: Muitos pensam que existem a ótica do 
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas 
em uma prova de concurso, o que deve ser levado em 
consideração é o que o autor diz e nada mais.
Coesão e Coerência
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um 
pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o 
que se vai dizer e o que já foi dito.
São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre 
eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome 
oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; 
aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, 
valor semântico, por isso a necessidade de adequação 
ao antecedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na 
interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros 
de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração 
que existe um pronome relativo adequado a cada 
circunstância, a saber:
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, 
mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O).
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Dicas para melhorar a interpretação de textos
• Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos 
candidatos na disputa, portanto, quanto mais in-
formação você absorver com a leitura, mais chan-
ces terá de resolver as questões. 
• Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom-
pa a leitura.
• Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas 
forem necessárias.
• Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma 
conclusão).
• Volte ao texto quantas vezes precisar.
• Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as 
do autor. 
• Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão.
• Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão.
• O autor defende ideias e você deve percebê-las.
• Observe as relações interparágrafos. Um parágra-
fo geralmente mantém com outro uma relação de 
continuação, conclusão ou falsa oposição.
Identifi-
que muito bem essas relações. 
• Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, 
a ideia mais importante. 
• Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou 
“incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora 
da resposta – o que vale não somente para Inter-
pretação de Texto, mas para todas as demais ques-
tões! 
• Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin-
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão.
• Olhe com especial atenção os pronomes relativos, 
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, 
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme-
tem a outros vocábulos do texto.
 
SITES
Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos.
com/materiais/portugues/como-interpretar-textos>
Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/
09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-
-provas>
Disponível em: <http://www.portuguesnarede.
com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.
html>
Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursi-
nho/questoes/questao-117-portugues.htm>
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) 
Texto CG1A1AAA
A valorização do direito à vida digna preserva as duas 
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a 
do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro 
em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição 
social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se, 
singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins-
trumento da fraternização racional e rigorosa.
O direito à vida é a substância em torno da qual todos os 
direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que 
o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá-
vel de justiça social.
Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei 
Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re-
velação da justiça. Quando os descaminhos não condu-
zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na 
vida mais digna para que a convivência política seja mais 
fecunda e humana.
Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. 
In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, 
Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 
(com adaptações).
Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano 
tem direito 
a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre-
vivência das espécies.
b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário 
para defender seus interesses.
c) de demandar ao sistema judicial a concretização de 
seus direitos.
d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos 
direitos de outros.
e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na 
essência de todos os direitos.
Em “a”, de agir de forma autônoma, em nome da lei da 
sobrevivência das espécies = incorreta
Em “b”, de ignorar o direito do outro se isso lhe for 
necessário para defender seus interesses = incorreta
Em “c”, de demandar ao sistema judicial a concretiza-
ção de seus direitos = incorreta
Em “d”, à institucionalização do seu direito em detri-
mento dos direitos de outros = incorreta
Em “e”, a uma vida plena e adequada, direito esse que 
está na essência de todos os direitos.
O ser humano tem direito a uma vida digna, adequa-
da, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, 
educação, segurança – e exercer seus deveres plena-
mente, como prescrevem todos os direitos: (...) O di-
reito à vida é a substância em torno da qual todos os 
direitos se conjugam (...).
GABARITO OFICIAL: E
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2. (PCJ-MT - DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE-2017)
Texto CG1A1BBB
Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição 
da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana 
do povo, que o exerce por meio de representantes elei-
tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em 
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes 
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de 
sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as 
regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos 
agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer-
ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque 
toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em 
nome do qual é pronunciada.
Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-
cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com 
adaptações).
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB,
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel 
com fundamento no princípio da soberania popular.
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo 
voto popular, como ocorre com os representantes dos 
demais poderes.
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, 
exercem o poder que lhes é conferido em nome de 
seus nacionais.
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da 
magistratura e o sistema democrático.
e) os magistrados brasileiros exercem o poder 
constitucional que lhes é atribuído em nome do 
governo federal.
Em “a”, o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu 
papel com fundamento no princípio da soberania po-
pular.
Em “b”, os magistrados do Brasil deveriam ser escolhi-
dos pelo voto popular, como ocorre com os represen-
tantes dos demais poderes = incorreta
Em “c”, os magistrados italianos, ao contrário dos 
brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em 
nome de seus nacionais = incorreta
Em “d”, há incompatibilidade entre o autogoverno da 
magistratura e o sistema democrático = incorreta
Em “e”, os magistrados brasileiros exercem o poder 
constitucional que lhes é atribuído em nome do go-
verno federal = incorreta
A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) 
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio 
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos 
desta Constituição.” Em virtude desse comando, afir-
ma-se que o poder dos juízes emana do povo e em 
seu nome é exercido (...).
GABARITO OFICIAL: A
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017)
Texto CG1A1CCC
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestida-
de, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia 
no coração das gerações que vêm nascendo a semente 
da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na 
estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove 
a desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cor-
tesania, a baixeza, sob todas as suas formas. 
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prospe-
rar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto 
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o 
homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, 
a ter vergonha de ser honesto. E, nessa destruição geral 
das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Se-
nhores, é a ruína da justiça, corroborada pela ação dos 
homens públicos. E, nesse esboroamento da justiça, a 
mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos 
criminosos confessos, é a falta de punição quando ocor-
re um crime de autoria incontroversa, mas ninguém tem 
coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a 
justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.
Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. XLI. 
1914. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com 
adaptações).
Infere-se do texto CG1A1CCC que 
I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” se-
jam mais desonestas e rudes que as gerações passadas.
II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação ín-
tegra e idônea das gerações futuras.
III - a injustiça é responsável pela degradação dos ho-
mens, que, desanimados, ficam à mercê do destino.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” 
sejam mais desonestas e rudes que as gerações pas-
sadas = incorreta
II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação 
íntegra e idônea das gerações futuras.
III - a injustiça é responsável pela degradação
dos ho-
mens, que, desanimados, ficam à mercê do destino = 
incorreta
Com base na leitura do texto, a única afirmação cor-
reta é a de que a injustiça impede a atuação honesta, 
idônea das gerações futuras, pois (...) semeia no co-
ração das gerações que vêm nascendo a semente da 
podridão (...).
GABARITO OFICIAL: B
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4. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-
RIA – CESPE – 2017) 
Texto 1A1AAA
Após o processo de redemocratização, com o fim da di-
tadura militar, em meados da década de 80 do século 
passado, era de se esperar que a democratização das 
instituições tivesse como resultado direto a consolidação 
da cidadania — compreendida de modo amplo, abran-
gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e 
sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram 
mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên-
cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o 
desemprego — que ameaça os direitos sociais.
No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir 
de 1980, impacto do processo de modernização pelo 
qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo 
colocou em circulação bens de alto valor e, consequen-
temente, aumentou as oportunidades para o crime, in-
clusive porque a maior mobilidade de pessoas torna o 
espaço social mais anônimo, menos supervisionado.
Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez 
mais dissociada de justiça social e reconstrução da so-
ciedade. O objetivo em relação à criminalidade torna-se 
bem menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais 
importância na modernidade tardia, porque satisfaz uma 
dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e controle 
do risco. Essa postura às vezes proporciona controle, po-
rém não segurança, pois o Estado tem o poder limitado 
de manter a ordem por meio da polícia, sendo necessá-
rio dividir as tarefas de controle com organizações locais 
e com a comunidade.
Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú-
blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da 
polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – 
mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
De acordo com o texto 1A1AAA, a restauração da demo-
cracia no Brasil evidenciou
a) a diminuição do controle social decorrente do 
aumento da mobilidade de pessoas.
b) o crescimento da produção de bens de alto valor 
decorrente do aumento do poder de consumo.
c) a existência de problemas sociais que dificultam a 
consolidação da cidadania.
d) a modernidade do mercado interno e das instituições 
públicas brasileiras.
e) o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da 
violência urbana e do desemprego.
Em “a”, a diminuição do controle social decorrente do 
aumento da mobilidade de pessoas = incorreta
Em “b”, o crescimento da produção de bens de alto 
valor decorrente do aumento do poder de consumo 
= incorreta
Em “c”, a existência de problemas sociais que dificul-
tam a consolidação da cidadania.
Em “d”, a modernidade do mercado interno e das ins-
tituições públicas brasileiras = incorreta
Em “e”, o medo nas metrópoles provocado pelo au-
mento da violência urbana e do desemprego = in-
correta
Ao texto: Após o processo de redemocratização, com 
o fim da ditadura militar, em meados da década de 
80 do século passado, era de se esperar que a de-
mocratização das instituições tivesse como resultado 
direto a consolidação da cidadania — compreendida 
de modo amplo, abrangendo as três categorias de 
direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, 
problemas que configuram mais desafios para a cida-
dania brasileira, como a violência urbana — que ame-
aça os direitos individuais — e o desemprego — que 
ameaça os direitos sociais (...). = problemas sociais 
que dificultam a consolidação da cidadania.
GABARITO OFICIAL: C
5. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017) 
Texto CB3A2AAA
Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã ri-
sonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu 
tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e 
não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez 
que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha sor-
ria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência seme-
lhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços 
de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca 
mais devia eu vê-la...
Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando 
um assobio, que repercutiu nas matas, me veio orientar 
acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo 
dois homens apareceram e me amarraram com cordas. 
Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi embalde que 
supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a 
liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e 
me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei 
morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava 
ainda longos caminhos.
Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de 
infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um 
navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta 
de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa 
sepultura, até que aportamos nas praias brasileiras. Para 
caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados 
em pé e, para que não houvesse receio de revolta, acor-
rentados como os animais ferozes das nossas matas, que 
se levam para recreio dos potentados da Europa. Davam-
-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez; a co-
mida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado 
muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. 
É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus 
semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de 
levá-los à sepultura, asfixiados e famintos.
Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. 
Mulheres, 2004, p. 116-7 (com adaptações)
No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um in-
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fante” introduz uma ideia de
a) comparação.
b) contraste.
c) adição.
d) compensação.
e) intensidade.
(..) era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de 
um infante. A conjunção estabelece uma comparação 
– manhã risonha e bela como (igual ao) rosto de um 
infante.
GABARITO OFICIAL: A
6. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – 
CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO 
MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) No texto 
CB3A2AAA, ao utilizar a expressão “Ah! Nunca mais devia 
eu vê-la...”, a narradora manifesta
a) uma surpresa.
b) um lamento.
c) um desejo.
d) uma recomendação.
e) uma dúvida.
No contexto: (...) Desgraçada de mim! Deixei-a nos 
braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. 
Ah! Nunca mais devia eu vê-la... = representa tristeza, 
lamento.
GABARITO OFICIAL: B
7. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017)
Texto CB3A2BBB
O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos 
estão na base das Constituições democráticas modernas. 
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re-
conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos 
em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo 
tempo, o processo de democratização do sistema in-
ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca 
do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma 
gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção 
dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos 
humanos, democracia e paz são três elementos funda-
mentais do mesmo movimento histórico: sem direitos 
humanos reconhecidos e protegidos, não há democra-
cia; sem democracia, não existem as condições mínimas 
para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, 
a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se 
tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns 
direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que 
não tenha a guerra como alternativa, somente quando 
existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele 
Estado, mas do mundo.
Norberto
Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson 
Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adap-
tações).
De acordo com o texto CB3A2BBB, a condição necessária 
para que os direitos humanos sejam reconhecidos e efe-
tivamente protegidos nos Estados é a
a) soberania.
b) lei.
c) democracia.
d) cidadania.
e) paz.
Ao texto: A paz, por sua vez, é o pressuposto neces-
sário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos 
direitos humanos em cada Estado e no sistema inter-
nacional.
GABARITO OFICIAL: E
8. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017) Depreende-se do texto CB3A-
2BBB que o avanço do processo de democratização do 
sistema internacional depende da
a) flexibilização das fronteiras dos Estados.
b) eliminação de regimes autoritários.
c) manutenção de mecanismos que preservem interesses 
ideológicos e materiais dos Estados.
d) sobreposição dos direitos humanos aos interesses 
individuais dos Estados.
e) existência, em todos os Estados, de condições mínimas 
para a solução pacífica de conflitos.
Em “a”, flexibilização das fronteiras dos Estados = in-
correta
Em “b”, eliminação de regimes autoritários = incorreta
Em “c”, manutenção de mecanismos que preservem 
interesses ideológicos e materiais dos Estados = incor-
reta
Em “d”, sobreposição dos direitos humanos aos inte-
resses individuais dos Estados.
Em “e”, existência, em todos os Estados, de condições 
mínimas para a solução pacífica de conflitos = incor-
reta
Texto! (...) o processo de democratização do sistema in-
ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca 
do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma 
gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção 
dos direitos humanos, acima de cada Estado. 
As questões de Interpretação/compreensão textual, 
muitas vezes, apresentam as respostas “explícitas”, 
bastando à (ao) candidata(o) voltar ao texto quando 
precisar - ou, então, destacar as ideias principais du-
rante a leitura.
GABARITO OFICIAL: D
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9. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS 
BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL 
MÉDIO – CESPE – 2017)
Texto CB3A2CCC
Fala-se, às vezes, na necessidade que tem a democracia 
de se defender do que lhe possa ameaçar. Quase sem-
pre, porém, lamentavelmente, o que se vem consideran-
do como ameaças à democracia é o que na verdade a 
justifica como democracia: a presença atuante do povo 
no processo político nacional; a voz das classes trabalha-
doras que se mobilizam e se organizam na reivindicação 
de seus direitos; a presença inquieta da juventude brasi-
leira cuja palavra nos é indispensável... Os que procuram 
“defender” a democracia contra o “perigo” da participa-
ção dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção 
necessária da sociedade sonham com uma democracia 
sem povo.
Paulo Freire. In: Ana Maria Araújo Freire (Org.). Paulo Frei-
re: uma história de vida. Indaiatuba, SP: Villa das Letras, 
2006, p. 405 (com adaptações)
Assinale a opção que apresenta a tese central do texto 
CB3A2CCC.
a) As classes trabalhadoras precisam se organizar para 
lutar pelos seus direitos.
b) A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem 
a participação popular no processo político nacional.
c) A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental 
para a defesa da democracia, é passiva.
d) A democracia dispensa a participação efetiva do povo 
no processo político nacional.
e) As organizações estudantis representam uma ameaça 
para o processo democrático.
Em “a”, As classes trabalhadoras precisam se organizar 
para lutar pelos seus direitos = incorreta
Em “b”, A democracia é ameaçada pelas pessoas que 
temem a participação popular no processo político 
nacional.
Em “c”, A juventude brasileira, cuja atuação é funda-
mental para a defesa da democracia, é passiva = in-
correta
Em “d”, A democracia dispensa a participação efetiva 
do povo no processo político nacional = incorreta
Em “e”, As organizações estudantis representam uma 
ameaça para o processo democrático = incorreta
Segundo o texto, (...) Os que procuram “defender” a 
democracia contra o “perigo” da participação dos tra-
balhadores e dos estudantes na reinvenção necessária 
da sociedade sonham com uma democracia sem povo 
= o termo em destaque mostra que essas pessoas, 
sim, representam perigo à democracia.
GABARITO OFICIAL: B
10. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) 
Texto CB1A1BBB
Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com 
o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que 
estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela 
Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria 
legislação destinada a assegurar, como alegam, maior ri-
gor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de 
responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, for-
talecer a estrutura legal que protege o dinheiro público 
do mau uso por gestores irresponsáveis.
Examinando-se a situação financeira dos estados que 
preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, 
fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, 
quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os 
demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do 
dinheiro público, para a criação de despesas e, em par-
ticular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo des-
cumprido algumas dessas regras, estariam interessados 
em torná-las ainda mais rigorosas?
Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis 
pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cum-
priram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigoro-
sa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão 
sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na 
lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais 
rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que 
a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do 
setor público de adaptar suas despesas às receitas em 
queda por causa da crise.
Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta-
ções).
De acordo com o texto, as normas da LRF dispõem prin-
cipalmente sobre gastos com pessoal, pois esse tipo de 
gasto causa mais problemas para os responsáveis pela 
gestão do dinheiro público.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre gastos 
em geral, não apenas com pessoal. O texto aborda 
apenas este, mas não afirma ser o único alvo da LRF.
GABARITO OFICIAL: Errado
11. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Segundo o texto, o objetivo de se pro-
por uma nova lei de responsabilidade fiscal, mais rígida 
quanto à proteção do dinheiro público, é desconfigurar 
a LRF.
( ) CERTO ( ) ERRADO
No texto, o objetivo apresentado é: Querem uma nova 
lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumen-
tam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinhei-
ro público do mau uso por gestores irresponsáveis. 
Para o autor, sim, haverá desconfiguração.
GABARITO OFICIAL: Errado
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12. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Para o autor do texto, o descumprimento 
das normas da LRF em alguns estados decorreu do fato 
de a própria lei ser pouco clara em relação aos gastos 
públicos e também da incapacidade dos gestores do di-
nheiro público de adaptar as contas estaduais à realidade 
financeira do país.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto: O verdadeiro problema é a dificuldade do setor 
público de adaptar suas despesas às receitas em que-
da por causa da crise.
GABARITO OFICIAL: Errado
13. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR 
DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – 
CESPE – 2016) Para o autor do texto, é um contrassenso 
a proposta de tornar a LRF mais rigorosa.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta no texto: Por que, tendo descumprido 
algumas dessas regras, estariam interessados
em torná-
las ainda mais rigorosas?
GABARITO OFICIAL: CERTO
14. (PC-PE – CONHECIMENTOS GERAIS – AGENTE DE 
POLÍCIA – CESPE – 2016) 
Texto CG1A01BBB
Não são muitas as experiências exitosas de políticas pú-
blicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos 
vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continui-
dade. O Pacto pela Vida, política de segurança pública 
implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identi-
ficado como uma política pública exitosa.
O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado 
de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao 
controle da violência. A decisão ou vontade política de ele-
ger a segurança pública como prioridade é o primeiro mar-
co que se deve destacar quando se pensa em recuperar a 
memória dessa política, sobretudo quando se considera o 
fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem 
sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades pú-
blicas não só evitam associar-se ao assunto como também 
o tratam de modo simplista, como uma questão que diz 
respeito apenas à polícia.
O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto 
de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em espe-
cial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade 
no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram 
estabelecidos os principais valores que orientaram a cons-
trução da política de segurança, a prioridade do combate 
aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir 
em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma 
de segurança pública, que se baseou na consolidação dos 
valores descritos acima (que estavam em disputa tanto 
do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no 
estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na 
redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate com 
a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi 
responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios 
no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013.
José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a 
redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: 
Instituto Igarapé, 2014. Internet: <https://igarape.org.br> 
(com adaptações).
O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB 
como uma política exitosa porque
a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o 
controle da violência no estado de Pernambuco.
b) tratou a questão da violência como um problema social 
complexo e inaugurou uma estratégia de contenção 
desse problema compatível com sua complexidade.
c) definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma 
de segurança pública, embasado em uma rede de ações 
de combate e de repressão à violência.
d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da 
segurança pública como prioridade.
e) resultou em uma redução visível no número de crimes 
contra a vida no estado de Pernambuco.
Em “a”, teve como objetivos a redução da criminalidade 
e o controle da violência no estado de Pernambuco = 
incorreta
Em “b”, tratou a questão da violência como um pro-
blema social complexo e inaugurou uma estratégia de 
contenção desse problema compatível com sua com-
plexidade = incorreta
Em “c”, definiu, no estado de Pernambuco, um novo pa-
radigma de segurança pública, embasado em uma rede 
de ações de combate e de repressão à violência = in-
correta
Em “d”, foi fruto de um plano acertado que elegeu a 
área da segurança pública como prioridade = incor-
reta
Em “e”, resultou em uma redução visível no número de 
crimes contra a vida no estado de Pernambuco.
Exitosa porque obteve êxito, como comprova o resul-
tado: diminuição de quase 40% dos homicídios no es-
tado entre janeiro de 2007 e junho de 2013.
GABARITO OFICIAL: E
15. (INSS – TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 
2003) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em 
seu discurso na reabertura do Congresso que o “vírus da 
inflação voltou a ser uma ameaça real”. Em sua fala de 21 
minutos aos senadores e deputados, o presidente aler-
tou também para a piora do cenário econômico interna-
cional e afirmou que o aperto fiscal de seu governo dura-
rá o “tempo necessário”. Segundo Lula, “teremos tempos 
difíceis pela frente. O mundo entrou em um período de 
maiores incertezas”.
Folha de S. Paulo, 18 fev. /2003, capa. (Com 
adaptações.)
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Infere-se do texto que o atual governo brasileiro não 
acredita que uma guerra contra o Iraque de Saddam 
Hussein possa acarretar dificuldades econômicas mais 
acentuadas para países como o Brasil, quase autossufi-
ciente em petróleo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
O texto não aborda este tema.
GABARITO OFICIAL: Errado
16. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Tempo livre
A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com 
ele, que chances eventualmente oferece o seu desen-
volvimento — não pode ser formulada em generalidade 
abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes 
se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada 
e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais 
grato -, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele 
que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescen-
tar, na verdade, determinado de fora.
O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa opo-
sição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe 
traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamen-
talmente, o tempo livre dependerá da situação geral da 
sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém as pes-
soas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma 
divisão tão simples entre as pessoas em si e seus papéis 
sociais. Em uma época de integração social sem prece-
dentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que res-
ta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso 
pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde 
o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos 
subjetivamente convictas de que agem por vontade pró-
pria, isso ainda significa que essa vontade é modelada 
por aquilo de que desejam estar livres fora do horário 
de trabalho.
A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, 
hoje, esta: “Com o aumento da produtividade no traba-
lho, mas persistindo as condições de não-liberdade, isto 
é, sob relações de produção em que as pessoas nascem 
inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as re-
gras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?” 
Se se cuidasse de responder à questão sem asserções 
ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o 
tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio 
conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a 
não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas 
não-livres como a sua não-liberdade em si mesma.
T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria 
Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82. 
(Com adaptações.)
Como, de acordo com o texto, as características essen-
ciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição entre este 
e o “tempo não-livre”, é correto concluir que as formas 
de uso do “tempo livre” serão as mesmas em qualquer 
época.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Segundo o texto, (...) o tempo livre dependerá da si-
tuação geral da sociedade (...), e como esta sofre mu-
danças com o passar do tempo, não podemos afirmar 
que as formas de “tempo livre” serão as mesmas em 
qualquer época.
GABARITO OFICIAL: Errado
17. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo 
não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela 
sociedade.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Busquemos no texto: (...) Além do mais, muito mais 
fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situa-
ção geral da sociedade (...) Em uma época de integra-
ção social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de 
forma geral, o que resta nas pessoas, além do deter-
minado pelas funções. Isso pesa muito sobre a ques-
tão do tempo livre.
GABARITO OFICIAL: Certo
18. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE 
– 2008) Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se 
que a ideia
de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupa-
do pelo trabalho, não é nova.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto! (...) A expressão, de origem recente, aliás; 
antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida 
folgada.
GABARITO OFICIAL: Certo
19. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Um dos indicadores de saúde comumente utilizados no 
Brasil é a esperança de vida ao nascer, que corresponde 
ao número de anos que um indivíduo vai viver, consi-
derando-se a duração média da vida dos membros da 
população. O valor desse índice tem sofrido modifica-
ções substanciais no decorrer do tempo, à medida que as 
condições sociais melhoram e as conquistas da ciência e 
da tecnologia são colocadas a serviço do homem.
A julgar por estudos procedidos em achados fósseis e em 
sítios arqueológicos, a esperança de vida do homem pré-
-histórico ao nascer seria extremamente baixa, em torno 
de 18 anos; na Grécia e na Roma antigas, estaria entre 20 
e 30 anos, pouco tendo se modificado na Idade Média e 
na Renascença. Mais recentemente, têm sido registrados 
valores progressivamente mais elevados para a esperan-
ça de vida ao nascer. Essa situação está ilustrada no grá-
fico abaixo, que mostra a evolução da esperança de vida 
do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000.
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M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: 
Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 
68. (Com adaptações.)
No Brasil, o fenômeno do aumento da esperança de vida 
ao nascer atinge de maneira uniforme todas as classes 
sociais, pois esse indicador não é influenciado pela renda 
familiar.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Voltemos ao texto: (...) O valor desse índice tem sofri-
do modificações substanciais no decorrer do tempo, à 
medida que as condições sociais melhoram, influência 
da renda familiar.
GABARITO OFICIAL: Errado
20. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008)
Texto I
Envelhecimento, pobreza e proteção social na Amé-
rica Latina
O processo de envelhecimento populacional, no seu 
primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos 
relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas pos-
teriores, a proporção desse grupo no total da popula-
ção diminui e, eventualmente, diminuirá em termos ab-
solutos, como é a situação atual do Japão e de vários 
países europeus. Por outro lado, o segmento com idade 
avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento 
acentuado do segmento que demanda maiores recursos 
monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos, 
em face da redução do contingente populacional em 
idade ativa, fez com que o envelhecimento populacional 
entrasse na agenda das políticas públicas pelo lado ne-
gativo, ou seja, ele é visto como “um problema”.
A. A. Camarano e M.T. Pasinato. Texto para discussão. 
Brasília: IPEA, 2007.
Texto II
Os impactos sociais da velhice
Idade Ativa — No caso da previdência, os idosos são o 
grande problema?
Ana Amélia Camarano — Eu acho que esse é outro enga-
no. Claro que você tem mais gente idosa e gente vivendo 
mais. Agora, o que acontece é que o nosso modelo de 
previdência é o mesmo da Europa Ocidental, dos EUA, 
modelos desenhados no pós-guerra, quando havia em-
prego, as pessoas se aposentavam e ficavam pouco tem-
po aposentadas porque morriam logo. Então, esse mo-
delo está falido. Esse cenário mudou. Nós não estamos 
mais no mundo do trabalho estável, não temos mais o 
pleno emprego e as relações de trabalho hoje passam 
pela flexibilização. E a tão falada flexibilização significa 
informalização. A nossa política social é toda ligada ao 
trabalho. A Constituição de 1988 mudou um pouco, mas 
até então só tinha direito ao benefício da previdência 
quem trabalhava. Era uma cidadania ligada ao trabalho 
e, não, ao benefício do trabalhador. E isso não é mais 
possível. Nós estamos caminhando para um mundo sem 
trabalho.
Internet: <www.techway.com.br>. (Com adaptações.)
De acordo com o texto I, é correto afirmar que há países 
europeus em que a força de trabalho, em relação ao total 
da população, já se reduziu. 
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto: O processo de envelhecimento populacional, 
no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo 
menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas 
etapas posteriores, a proporção desse grupo no total 
da população diminui e, eventualmente, diminuirá em 
termos absolutos, como é a situação atual do Japão e 
de vários países europeus. Os termos destacados se 
relacionam.
GABARITO OFICIAL: Certo
21. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 
2008) De acordo com o desenvolvimento e a organiza-
ção das ideias do texto I, depreende-se que “segmento 
que demanda maiores recursos monetários e cuidados 
humanos, afetivos e psicológicos” e “segmento com idade 
avançada” referem-se ao mesmo conjunto de indivíduos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Texto: (...) o segmento com idade avançada passa a 
ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do 
segmento que demanda maiores recursos monetários 
e cuidados humanos, afetivos e psicológicos. = manei-
ras de se referir à velhice.
GABARITO OFICIAL: Certo
22. (INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – CES-
PE – 2010)
A Revolta da Vacina
O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o sécu-
lo XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, sa-
neamento precário e foco de doenças como febre ama-
rela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros 
faziam questão de anunciar que não parariam no porto 
carioca e os imigrantes recém-chegados da Europa mor-
riam às dezenas de doenças infecciosas.
Ao assumir a presidência da República, Francisco de Pau-
la Rodrigues Alves instituiu como meta governamental 
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o saneamento e reurbanização da capital da República. 
Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco 
Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua 
vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a re-
forma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no 
centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswal-
do Cruz para o saneamento.
O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, 
com a derrubada de casarões e cortiços e o consequen-
te despejo de seus moradores. A população apelidou o 
movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura 
de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com 
prédios de cinco ou seis andares.
Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamen-
to de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou 
brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando 
raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. 
Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da 
febre amarela.
Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamen-
te, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A popula-
ção, humilhada pelo poder público autoritário e violento, 
não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família 
rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes 
sanitários do governo.
A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já 
profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insu-
flado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, 
enfrentou as forças da polícia e do exército até ser repri-
mido com violência. O episódio transformou, no período 
de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-reconstruída 
cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde 
foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos gene-
ralizados.
Internet: <www.ccs.saude.gov.br>. (Com adaptações.)
O texto faz um histórico da Revolta da Vacina, ocorrida 
no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o ponto de 
vista do autor acerca do tema.
( ) CERTO ( ) ERRADO
O texto não apresenta o ponto de vista do autor, ape-
nas descreve os fatos.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
23. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGE-
NHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010)
Da tomada para a estrada
Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, mo-
vidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar. Os 
protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa 
Itaipu
Binacional, com o objetivo de nacionalizar a tec-
nologia de produção de carros elétricos. Basta colocá-los 
na tomada por um período de oito horas para que eles 
estejam aptos a rodar aproximadamente 120 km. Os des-
locamentos podem ser velozes, já que os veículos conse-
guem atingir uma velocidade de até 130 km por hora. O 
detalhe mais animador é que, para isso, se gasta de qua-
tro a cinco vezes menos do que se forem utilizados com-
bustíveis convencionais, como o álcool ou a gasolina.
O motorista que experimentar dirigir os protótipos não 
deverá estranhá-los. “É muito simples guiá-los, pois as 
diferenças em relação aos carros tradicionais são míni-
mas”, explica o engenheiro eletricista Celso Novais, co-
ordenador geral brasileiro do projeto Veículo Elétrico. “A 
principal distinção é que não existe partida. O veículo liga 
como se fosse acionado por um interruptor.” Segundo 
Novais, quando está parado - em um congestionamento, 
por exemplo -, o veículo não consome energia. “A bateria 
que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recar-
regada cerca de 1.500 vezes.”
O coordenador do projeto destaca o aspecto econômi-
co como uma das grandes vantagens do carro elétrico, 
ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com 
um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em 
média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa 
quantidade de gasolina for empregado na compra de 
energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além 
de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os 
incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico 
não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite 
gás carbônico ou qualquer outra substância química.”
Jaqueline Bartzen. Ciência hoje. Internet: <cienciahoje.
uol.com.br>. (Com adaptações.)
O texto é uma reportagem sobre os veículos movidos a 
energia elétrica que estão sendo usados no Brasil.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Ao texto: Dois modelos de veículo de uma montadora 
italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos 
para rodar ( ainda não estão rodando, segundo o tex-
to). Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela 
empresa Itaipu Binacional (...)
GABARITO OFICIAL: ERRADO
24. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: EN-
GENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) De acordo com 
o texto, é correto inferir que a bateria dos veículos elé-
tricos só será reciclada se apresentar defeito.
( ) CERTO ( ) ERRADO
A única referência que o texto faz à bateria é (...) A 
bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode 
ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” Não há citação 
de quando deve ser reciclada.
GABARITO OFICIAL: ERRADO
25. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGE-
NHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) A principal vanta-
gem dos veículos movidos a energia elétrica é o fato de 
serem muito semelhantes aos carros tradicionais, sendo 
que a principal distinção entre os dois tipos é o mecanis-
mo usado para ligar o carro.
( ) CERTO ( ) ERRADO
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Texto: (...) O coordenador do projeto destaca o aspec-
to econômico como uma das grandes vantagens do 
carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido 
a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível 
percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo 
valor gasto com essa quantidade de gasolina for em-
pregado na compra de energia elétrica, é possível ro-
dar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens 
econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefí-
cios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem 
polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou 
qualquer outra substância química.”
GABARITO OFICIAL: ERRADO
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS 
PARÁGRAFOS
ESTRUTURA TEXTUAL
Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a 
capacidade que temos de pensar. Por meio do pensa-
mento, elaboramos todas as informações que recebemos 
e orientamos as ações que interferem na realidade e or-
ganização de nossos escritos. O que lemos é produto de 
um pensamento transformado em texto.
Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
sar, quando escrevemos sempre procuramos uma ma-
neira organizada do leitor compreender as nossas ideias. 
A finalidade da escrita é direcionar totalmente o que 
você quer dizer, por meio da comunicação.
Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Todos eles devem ser organizados de maneira equilibra-
da.
Introdução
Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen-
tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa 
etapa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. 
O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o tex-
to. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é 
equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio tí-
tulo. Já nos textos mais longos, em que o assunto é ex-
posto em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um 
capítulo ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa 
situação, pode ter vários parágrafos. Em redações mais 
comuns, que em média têm de 25 a 80 linhas, a introdu-
ção será o primeiro parágrafo.
Desenvolvimento
A maior parte do texto está inserida no desenvolvi-
mento, que é responsável por estabelecer uma ligação 
entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são 
elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
tentam e dão base às explicações e posições do autor. 
É caracterizado por uma “ponte” formada pela organi-
zação das ideias em uma sequência que permite formar 
uma relação equilibrada entre os dois lados.
O autor do texto revela sua capacidade de discutir 
um determinado tema no desenvolvimento, e é através 
desse que o autor mostra sua capacidade de defender 
seus pontos de vista, além de dirigir a atenção do leitor 
para a conclusão. As conclusões são fundamentadas a 
partir daqui.
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o 
escritor já deve ter uma ideia clara de como será a con-
clusão. Daí a importância em planejar o texto.
Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no 
mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido 
em capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apre-
sentar-se-á no formato de parágrafos medianos e curtos. 
Os principais erros cometidos no desenvolvimento 
são o desvio e a desconexão da argumentação. O primei-
ro está relacionado ao autor tomar um argumento se-
cundário que se distancia da discussão inicial, ou quando 
se concentra em apenas um aspecto do tema e esquece 
o seu todo. O segundo caso acontece quando quem re-
dige tem muitas ideias ou informações sobre o que está 
sendo discutido, não conseguindo estruturá-las. Surge 
também a dificuldade de organizar seus pensamentos e 
definir uma linha lógica de raciocínio.
Conclusão
Considerada como a parte mais importante do texto, 
é o ponto de chegada de todas as argumentações ela-
boradas. As ideias e os dados utilizados convergem para 
essa parte, em que a exposição ou discussão se fecha.
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma 
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou 
seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve 
ser encerrada com argumentos repetitivos, como por 
exemplo: “Portanto, como já dissemos antes...”, “Con-
cluindo...”, “Em conclusão...”.
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve 
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das 
características de textos bem redigidos.
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões 
ficam muito longas: 
- O problema aparece quando não ocorre uma ex-
ploração devida do desenvolvimento, o que gera 
uma invasão das ideias de desenvolvimento na 
conclusão.
- Outro fator consequente da insuficiência de funda-
mentação do desenvolvimento está na conclusão 
precisar de maiores explicações, ficando bastante 
vazia.
- Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no 
texto em que o autor fica girando em torno de 
ideias redundantes ou paralelas.
- Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeita-
mente dispensáveis.
- Quando não tem clareza de qual é a melhor conclu-
são,

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