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Apostila Redação e Gramática

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A Gramática tem como finalidade orientar e regular mo uso da língua, estabelecendo um padrão de escrita e de fala.
Em se tratando de Gramática, tem-se como matéria-prima um sistema de normas, o qual dá estrutura à língua. Tais normas definem a língua padrão, também chamada língua culta ou norma culta. Assim, para falar e escrever corretamente, é preciso estudar a Gramática.
Por ser um organismo vivo, a língua está sempre evoluindo, o que muitas vezes resulta num distanciamento entre o que se usa e as normas. Isso não justifica o descaso com a Gramática. Imprecisa ou não, existe uma norma culta, que deve ser seguida.
Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal, discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural acumulado durante séculos pela humanidade.
Tipos de Gramática
1. Gramática Normativa
É aquela que busca a padronização da língua, estabelecendo as normas do falar e escrever corretamente. Costuma ser utilizada em sala de aula e em livros didáticos. É também o tipo adotado no Só Português.
2. Gramática Descritiva
Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
3. Gramática Histórica
Estuda a origem e a evolução histórica de uma língua.
4. Gramática Comparativa
Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da Gramática Comparativa das línguas românicas.
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos
Artigos Definidos
Determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. 
Por exemplo: Eu comprei o carro.
Artigos Indefinidos
Determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Por exemplo: Eu comprei um carro.
Combinação dos Artigos
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:
	Preposições
	Artigos
	
	o, os
	a, as
	um, uns
	uma, umas
	a
	ao, aos
	à, às
	-
	-
	de
	do, dos
	da, das
	dum, duns
	duma, dumas
	em
	no, nos
	na, nas
	num, nuns
	numa, numas
	por
	pelo, pelos
	pela, pelas
	-
	-
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase.
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. 
Substantivo
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:
- Lugares: Alemanha, Porto Alegre...
- Sentimentos: raiva, amor...
- Estados: alegria, tristeza...
- Qualidades: honestidade, sinceridade...
- Ações: corrida, pescaria...
Adjetivo
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
Classificação do Adjetivo
Explicativo: exprime qualidade própria do ser.
Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser.
Por exemplo: fruta madura.
Formação do Adjetivo
Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
Adjetivo simples: Formado por um só radical.
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico.
Adjetivo composto: Formado por mais de um radical.
Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Adjetivo primitivo: É aquele que dá origem a outros adjetivos.
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.
Adjetivo derivado: É aquele que deriva de substantivos, verbos ou até mesmo de outro adjetivo.
Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
Pronome 
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.
Exemplos:
1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
3. Essa moça morava nos meus sonhos!
[qualificação do nome]
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação.
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
Exemplos:
1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
Exemplos:
1. [Fala-se de Roberta]
2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano.
[nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada]
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada]
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
Ação (correr); 
Estado (ficar); 
Fenômeno (chover); 
Ocorrência(nascer); 
Desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:
a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo:
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
fala-r
São três as conjugações:
1ª - Vogal Temática - A - (falar)
2ª - Vogal Temática - E - (vender)
3ª - Vogal Temática - I - (partir)
c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse (indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) 
d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
Classificação dos Verbos
Classificam-se em:
a)
Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Por exemplo:
canto
cantei
cantarei
cantava
cantasse
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por exemplo:
faço
fiz
farei
fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são:
a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). 
Por exemplo:
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo).
Por exemplo:
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. 
Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
d) São impessoais, ainda:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. 
Ex.: Basta de tolices. / Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". 
Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
PORQUES
POR QUE
Usamos POR QUE nos seguintes casos:
a) Nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e quando equivale à "razão", "motivo" e "causa". Por exemplo:
Por que você não varreu o chão?
Por que você brigou com seu amigo?
E as meninas, por que não vieram conosco?
b) Quando pudermos substituí-lo por "pelo qual", "pelos quais", "pela qual", "pelas quais". Por exemplo:
Os caminhos por que percorri foram muitos. (= Os caminhos pelos quais percorri foram muitos.)
As atrocidades por que foi submetido tornaram ele em um homem rude. (= As atrocidades pelas quais foi submetido tornaram ele um homem rude.)
POR QUÊ
Usamos POR QUÊ no final de frases que tenham apenas um ponto (final, interrogativo, exclamativo,...) depois dele. 
Por exemplo:
Levantaste só agora por quê?
Eles não sabem por quê.
Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por quê!
PORQUÊ
Usamos PORQUÊ quando essa palavra for usada como substantivo e for antecedida por artigo. 
Por exemplo:
Não sei o porquê de sua atitude tão grosseira.
O porquê da discussão não foi esclarecido até agora.
Contaram a ela o porquê de sua demissão.
PORQUE
Usamos PORQUE quando introduzimos uma explicação e uma causa:
Não fale alto porque o bebê está dormindo. (explicação)
Não foi à aula porque estava com febre. (causa)
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.
Vírgula ( , )
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada:
- Nas datas, para separar o nome da localidade.
Por Exemplo:
São Paulo, 25 de agosto de 2017.
- Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase.
Por Exemplo:
– Você gostou do vestido?
– Sim, eu adorei!
– Pretende usá-lo hoje?
– Não, no final de semana.
- Após a saudação em correspondência (social e comercial).
Exemplos:
Com muito amor,
Respeitosamente,
- Para separar termos de uma mesma função sintática.
Por Exemplo:
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.
- Para destacar elementos intercalados, como:
a) uma conjunção
Por Exemplo:
Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
b) um adjunto adverbial
Por Exemplo:
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
c) um vocativo
Por Exemplo:
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
d) um aposto
Por Exemplo:
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.)
Por Exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus.
- Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase.
Por Exemplo:
O documento de identidade, você trouxe?
- Para separar elementos paralelos de um provérbio.
Por Exemplo:
Tal pai, tal filho.
- Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo.
Por Exemplo:
As flores, eu as recebi hoje.
- Para indicar a elipse de um termo.
Por Exemplo:
Daniel ficou alegre; eu, triste.
- Para isolar elementos repetidos.
Exemplos:
A casa, a casa está destruída.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
- Para separar orações intercaladas.
Por Exemplo:
O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.
- Para separar orações coordenadas assindéticas.
Por Exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.
- Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas.
Exemplos:
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
Vá devagar, que o caminho é perigoso.
Estude muito, pois será recompensado.
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.
Ambiguidade 
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai  falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
Cacofonia
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente. Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Vi ela na esquina. (viela)
Dei um beijo na boca dela. (cadela)
Redundância
Ocorre redundância quando, numa frase, repete-se uma ideia já contida num termo anteriormente expresso. Assim, as construções redundantes são aquelas que trazem informações desnecessárias, que nada acrescentam à compreensão das mensagens. 
"Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS."
Ao dividir algo pela metade, as duas partes só podem ser "iguais"!
"O casal ENCAROU DE FRENTE todas as acusações."
Seria possível que eles encarassem "de trás"?
"O estado EXPORTOU PARA FORA menos calçados este ano."
E como ele poderia fazer para exportar para "dentro"?
"Quando AMANHECEU O DIA, o sol brilhava forte."
Você já viu amanhecer a "noite"?
"Tiradentes teve sua CABEÇA DECAPITADA."
Decapitação só existe da cabeça mesmo!
Crase
É o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas.
É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase.
O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender
a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a   a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Concordância Verbal
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.
Sujeito Simples
Regra Geral
O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
A orquestra       tocou uma valsa longa.
3ª p. Singular    3ª p. Singular
Os pares  que   rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural        3ª p. Plural
Casos Particulares
Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados. Por Exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Concordância nominal
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes, adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. Por exemplo:
As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Por exemplo:
Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Por exemplo:
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
b) Adjetivo posposto aos substantivos:
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino). Exemplos:
A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural.
Exemplos:
A beleza e a inteligência feminina(s).
O carro e o iate novo(s).
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. Por exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. Por exemplo:
Esta água é boa para saúde.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere. Por exemplo:
Juliana as viu ontem muito felizes.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular. Por Exemplo:
Os jovens tinham algo de misterioso.
6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere. Por exemplo:
Cristina saiu só.
Cristina e Débora saíram sós.
Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável. Por exemplo:
Eles só desejam ganhar presentes.
7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções:
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo. Por exemplo:
Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. Por exemplo:
Admiro as culturas espanhola e portuguesa.
Regência Verbal
A regência verbal indica a relação que um verbo (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso ou não de uma preposição. Na regência verbal os termos regidos são o objeto direto (sem preposição) e o objeto indireto (preposicionado).
Exemplos de regência verbal preposicionada
· assistir a;
· obedecer a;
· avisar a;
· agradar a;
· morar em;
· apoiar-se em;
· transformar em;
· morrer de;
· constar de;
· sonhar com;
· indignar-se com;
· ensaiar para;
· apaixonar-se por;
Regência verbal sem preposição
Os verbos transitivos diretos apresentam um objeto direto como termo regido, não sendo necessária uma preposição para estabelecer a regência verbal. 
Exemplos de regência verbal sem preposição:
· Você já fez os deveres?
· Eu quero um carro novo.
· A criança bebeu o suco.
O objeto direto responde, principalmente, às perguntas o quê? e quem?
indicando o elemento que sofre a ação verbal.
Regência verbal com preposição
Os verbos transitivos indiretos apresentam um objeto indireto como termo regido, sendo obrigatória a presença de uma preposição para estabelecer a regência verbal. 
Exemplos de regência verbal com preposição:
· O funcionário não se lembrou da reunião.
· Ninguém simpatiza com ele.
· Você não respondeu à minha pergunta.
O objeto indireto responde, principalmente, às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? em quem?
indicando o elemento ao qual se destina a ação verbal.
Preposições usadas na regência verbal
As preposições usadas na regência verbal podem aparecer na sua forma simples, bem como contraídas ou combinadas com artigos e pronomes. 
Preposições simples: a, de, com, em, para, por, sobre, desde, até, sem,...
Contração e combinação de preposições: à, ao, do, das, destes, no, numa, nisto, pela, pelo,...
As preposições mais utilizadas na regência verbal são: a, de, com, em, para e por.
· Preposição a: perdoar a, chegar a, sujeitar-se a,...
· Preposição de: vangloriar-se de, libertar de, precaver-se de,...
· Preposição com: parecer com, zangar-se com, guarnecer com,...
· Preposição em: participar em, teimar em, viciar-se em,...
· Preposição para: esforçar-se para, convidar para, habilitar para,...
· Preposição por: interessar-se por, começar por, ansiar por,...
Regência Nominal
A regência nominal indica a relação que um nome (termo regente) estabelece com o seu complemento (termo regido) através do uso de uma preposição.
Exemplos de regência nominal
· favorável a;
· apto a;
· livre de;
· sedento de;
· intolerante com;
· compatível com;
· interesse em;
· perito
em;
· mau para;
· pronto para;
· respeito por;
· responsável por.
Regência nominal com preposição
A regência nominal ocorre quando um nome necessita obrigatoriamente de uma preposição para se ligar ao seu complemento nominal.
Exemplos de regência nominal com preposição:
· Sempre tive muito medo de baratas.
· Seu pai está furioso com você!
· Sinto-me grato a todos.
Preposições usadas na regência nominal
Também na regência nominal as preposições podem ser usadas na sua forma simples e contraídas ou combinadas com artigos e pronomes.
As preposições mais utilizadas na regência nominal são, também: a, de, com, em, para, por.
· Preposição a: anterior a, contrário a, equivalente a,...
· Preposição de: capaz de, digno de, incapaz de,...
· Preposição com: impaciente com, cuidadoso com, descontente com,...
· Preposição em: negligente em, versado em, parco em,...
· Preposição para: essencial para, próprio para, apto para,...
· Preposição por: admiração por, ansioso por, devoção por,..
Argumentação
	Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia.
	Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos.
	No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto.
	Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos.
· Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas.
· Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis.
· Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa.
· Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade.
· Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.
Sobre a estrutura do texto:
· Deve conter uma lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava.
· No início do texto deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para não se contradizer.
· Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e citações (se existirem).
· No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se direcionando para concordar com ela.
	A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião mais coerente.
	Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-argumentos.
	Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto.
Constituição Federal de 1998
				Constituição da República Federativa do Brasil.
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
      I - a soberania;
      II - a cidadania;
      III - a dignidade da pessoa humana;
      IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
      V - o pluralismo político.
      Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
     Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
     Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
      I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
      II - garantir o desenvolvimento nacional;
      III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
      IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
     Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
      I - independência nacional;
      II - prevalência dos direitos humanos;
      III - autodeterminação dos povos;
      IV - não-intervenção;
      V - igualdade entre os Estados;
      VI - defesa da paz;
      VII - solução pacífica dos conflitos;
      VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
      IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
      X - concessão de asilo político.
      Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
     Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
      I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
      II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
      III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
      IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
      V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
      VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
      VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
      VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
      IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente
de censura ou licença;
      X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
      XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
      XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
      XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
      XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
      XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
      XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
      XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
      XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
      XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
      XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
      XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
      XXII - é garantido o direito de propriedade;
      XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
      XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
      XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
      XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
      XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
      XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
	
	a)
	a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
	
	b)
	o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
      XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
      XXX - é garantido o direito de herança;
      XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus ;
      XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
      XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
      XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
	
	a)
	o direito de petição aos poderes públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
	
	b)
	a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
      XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
      XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
      XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
      XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
	
	a)
	a plenitude de defesa;
	
	b)
	o sigilo das votações;
	
	c)
	a soberania dos veredictos;
	
	d)
	a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
      XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
      XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
      XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
      XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
      XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
      XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático;
      XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
      XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
	
	a)
	privação ou restrição da liberdade;
	
	b)
	perda de bens;
	
	c)
	multa;
	
	d)
	prestação social alternativa;
	
	e)
	suspensão ou interdição de direitos;
      XLVII - não haverá penas:
	
	a)
	de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
	
	b)
	de caráter perpétuo;
	
	c)
	de trabalhos forçados;
	
	d)
	de banimento;
	
	e)
	cruéis;
      XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
      XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
      L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
      LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
      LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
      LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
      LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
      LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
      LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
      LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
      LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
      LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
      LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
      LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
      LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
      LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
      LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
      LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
      LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
      LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
      LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público;
      LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
	
	a)
	partido político com representação no Congresso Nacional;
	
	b)
	organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
      LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
      LXXII - conceder-se-á habeas data :
	
	a)
	para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
	
	b)
	para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
      LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
      LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
      LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
      LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
	
	a)
	o registro civil de nascimento;
	
	b)
	a certidão de óbito;
      LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data , e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
      § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
      § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
     Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
     Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
      I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
      II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
      III - fundo de garantia do tempo de serviço;
      IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
      V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
      VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
      VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
      VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
      IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
      X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
      XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
      XII - salário-família para os seus dependentes;
      XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
      XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
      XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
      XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;
      XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
      XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
      XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
      XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
      XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
      XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
      XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
      XXIV - aposentadoria;
      XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas;
      XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
      XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
      XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
      XXIX - ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de:
	
	a)
	cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;
	
	b)
	até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural;
      XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
      XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
      XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico
e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
      XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz;
      XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
      Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.
     Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
      I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao poder público a interferência e a intervenção na organização sindical;
      II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
      III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
      IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
      V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
      VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
      VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
      VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
      Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
     Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
      § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
      § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
     Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
     Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Alusões Históricas
A Grande Depressão
Resumo: A Grande Depressão, também conhecida como Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo. 
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam desemprego, fome, miséria, distribuição de renda, economia sustentável e consumismo.
Roma e Grécia Antiga
Resumo: Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde 1 100 a.C. (período posterior à invasão dórica) até à dominação romana em 146 a.C., contudo deve-se lembrar que a história da Grécia inicia-se desde o período paleolítico, perpassando a Idade do Bronze com as civilizações Cicládica (3000-2 000 a.C.), minoica (3000-1 400 a.C.) e micênica (1600-1 200 a.C.); alguns autores utilizam de outro período, o período pré-homérico (2000-1 200 a.C.), para incorporar mais um trecho histórico a Grécia Antiga. A cultura grega clássica, especialmente a filosofia, teve uma influência poderosa sobre o Império Romano, que espalhou a sua versão dessa cultura para muitas partes da região do Mediterrâneo e da Europa, razão pela qual a Grécia Clássica é geralmente considerada a cultura seminal da cultura ocidental moderna.
Roma Antiga foi uma civilização itálica que surgiu no século VIII a.C. Localizada ao longo do Mar Mediterrâneo e centrada na cidade de Roma, na Península Itálica, expandiu-se para se tornar um dos maiores impérios do mundo antigo. Em seus cerca de 12 séculos de existência, a civilização romana passou de uma monarquia para a república clássica e, em seguida, para um império cada vez mais autocrático. Através da conquista e da assimilação, ele passou a dominar a Europa Ocidental e Meridional, a Ásia Menor, o Norte da África e partes da Europa Setentrional e Oriental. Roma foi preponderante em toda a região do Mediterrâneo e foi uma das mais poderosas entidades políticas do mundo antigo. 
É muitas vezes agrupada na Antiguidade Clássica, juntamente com a Grécia Antiga e culturas e sociedades semelhantes, que são conhecidas como o mundo greco-romano.
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam valorização da arte, da língua escrita, da filosofia e da cultura em geral, desenvolvimento do Direito e da Política, e evolução da arquitetura e engenharia.
Idade Média
Resumo: A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada. (Fonte: Portal Sua Pesquisa)
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam desigualdades sociais, intolerância religiosa (pesquise sobre As Cruzadas), condições higiênicas e má gestão da saúde pública (pesquise sobre a Peste).
Fascismo
Resumo: Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo. (Fonte: Portal Sua Pesquisa)
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam estreitamento da liberdade individual e censura, perseguição política, aceitação do diferente e preconceito (pesquise sobre o Holocausto) e propaganda e manipulação da mídia.
Ditadura Militar no Brasil
Resumo: A ditadura militar no Brasil foi o regime instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares. De caráter autoritário e nacionalista, teve início com o golpe militar que derrubou o governo de João Goulart, o então presidente democraticamente eleito. O regime acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o que deu início ao período conhecido como Nova República (ou Sexta República). Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o regime pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o Ato Institucional Número Cinco (AI-5) de 1968, que vigorou por dez anos. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército brasileiro e a Polícia Militar pudessem
prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial. 
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura e perseguição política, propaganda e manipulação da mídia.
1ª e 2ª Guerras Mundiais
Resumo: Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas. Além disso, geraram grandes prejuízos econômicos e dívidas incalculáveis em todos os países envolvidos. O racismo e a xenofobia esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus. (Fonte: Portal Sua Pesquisa)
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam aceitação do diferente e combate ao preconceito (pesquise sobre o Holocausto), como a disputa por poder pode prejudicar pessoas inocentes (Pesquise principalmente sobre Hiroshima e Nagasaki), evolução da indústria e inclusão da mulher nos ambientes de trabalho.
A Era Vargas
Resumo: Era Vargas é o nome que se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a 1945). Esse período foi um marco na história brasileira, em razão das inúmeras alterações que Getúlio Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas. (Fonte: Só História)
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam direitos trabalhistas, limitação da liberdade individual e desenvolvimento industrial.
Revolução Industrial
Resumo: A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. 
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam desenvolvimento industrial, consumismo, sustentabilidade, direitos trabalhistas, desemprego e desigualdade social.
República Velha
Resumo: O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro. 
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam industrialização, fraudes eleitorais, influência religiosa na política e desigualdades sociais; Combate à fome e desigualdades (pesquise sobre a Revolta de Canudos); Políticas de saúde pública (pesquise sobre a Revolta da Vacina); Luta por direitos trabalhistas (pesquise sobre Revolta da Chibata).
Escravidão Colonial
Resumo: Durante o Brasil Colonial, a mão-de-obra escrava foi de suma importância para a exploração das riquezas. Portugal – pretendendo dar sustentação ao seu modelo de colonização exploratória – buscou na exploração da força de trabalho dos negros uma rentável alternativa. Além de viabilizar a exploração das terras brasileiras, o tráfico negreiro potencializou o desenvolvimento de outras atividades econômicas. 
Contexto em que pode ser usado: Temas que envolvam liberdade, preconceito racial, combate ao trabalho escravo e desigualdades sociais
CITAÇÕES PARA REDAÇÃO:
1. "O ser humano é aquilo que a educação faz dele " - Immanuel Kant
2. "Eduquem as crianças e não será necessário castigas os homens - Pitágoras
3. "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar" – Martin Luther King
4. "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." - Martin Luther King
5. "Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer” - Aristóteles
6. "Os fins justificam os meios" - Maquiavel
7. "O mundo se tornou mais parecido com aquele de Maquiavel” - Bertrand Russell
8. "O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado.” - Jean-Jacques Rousseau
9. "A vontade geral deve emanar de todos para ser aplicada a todos" - Jean-Jacques Rousseau
10. "Deixe a mulher compartilhar dos direitos e ela emulará as virtudes do homem" – Mary Wollstonecraft
11. “Todo homem toda os limites de seu próprio campo de visão como os limites do mundo” - Arthur Schopenhauer
12. "Sobre seu próprio corpo e mente, o indivíduo é soberano." - John Stuart Mill
13. "A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes” - Karl Marx
14. "Deve o cidadão, por um momento sequer, renunciar a sua consciência em favor do legislador?” - Henry David Torreño
15. "O homem é uma corda estendida entre o animal e o super-homem: uma corda sobre um abismo." - Friedrich Nietzsche
16. "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.” – George Santana
17. "A história não nos pertence: nós pertencemos a ela." - Hans Geory Adame
18. "Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar" - Jean-Paul Sartre
19. "O sentido fundamental da liberdade é liberdade dos grilhões.” - Isaius Berlin
20. "O que faríamos sem uma cultura?" - Mary Medley
21. "A arte é uma forma de vida. " - Richard Olher
22. "Os Estados não são agentes morais; as pessoas são" - Noam Chomsky
23. "A sociedade é dependente da crítica às suas próprias tradições." - Jürgen Habermas
24. "Que tipo de mundo podemos preparar para aos nossos bisnetos?” - Richard Fort
25. "Se podemos contar uns com os outros, não precisamos depender de mais nada" - Richard Fort
26. "Sem um fim social o saber será a maior das futilidades." Gilberto Freyre
27. "A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces." - Aristóteles
28. "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.” - Emanuel Kant
29. "A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte, tem valor	.” - Padre António Vieira
30. "Toda a educação, no momento, não parece motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, no entanto, produz naqueles que assim foram exercitados um fruto de paz e de justiça.” Bíblia (Hebreus 12.11)
31. "A vida deve ser uma constante educação.” - Gustave Flaubert
32. "O resultado mais sublime da educação é a tolerância.” - Helen Keller
33. "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." - Cora Coralina
34. “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." – Nelson Mandela
35. "Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar a esperança onde há desespero." - Nelson Mandela
36. "A maior necessidade de um Estado é a de governantes corajosos." - Johann Goethe
37. "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” - Paulo Freire
38. "Ninguém liberta ninguém. As pessoas se libertam em comunhão" - Paulo Freire
39. "Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes." Paulo Freire
40. "Ninguém é sujeito da autonomia de ninguém." - Paulo Freire
41. "O homem é por natureza um animal político." -Aristóteles
42. "O homem é a medida de todas as coisas." - Protágoras
43. "Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo. "- Ludwig Wittgenstein
44. "O homem está condenado a ser livre, pois, uma vez lançado ao mundo, ele é responsável por tudo o que faz." - Jean Paul Sartre
45. "Existe dois mundos, o mundo da experiência sentida por nosso corpo e o mundo das coisas em si.” - Immanuel Kant
46. "Tudo é feito de água.” - Tales de Mileto
47. "O conhecimento de nenhum homem pode ir além da própria experiência." - John Locke
48. "O conhecimento é a crença verdadeira justificada." - Platão
49. 'A dívida é a origem da sabedoria.” - René Descartes
SO. "Não há no mundo coisa mais difícil do que a sinceridade e mais fácil do que a lisonja.” Fiódor Dostoievski
51. "Una doença incurável chamada consciência." - Fiódor Dostoievski
52. "Se queres vencer o mundo inteiro, vence-te a ti mesmo." - Fiódor Dostoievski
53. "A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo.” - Fiódor Dostoievski
54. A maior felicidade e quando a pessoa sabe porque é infeliz.” - Fiódor Dostoievski
55. Tudo é precioso para aquele que foi por muito tempo, privado de tudo.” - Friedrich Nietsche
56. Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” - Friedrich Nietsche
57. "O que não provoca minha morte de com que eu fique mais forte.” Friedrich Nietsche
58. "Envelhecer qualquer animal é capaz. Desenvolver-se é prerrogativa dos seres humanos. Somente uns poucos reivindicam esse direito.” - Olho
59. "A moral é um verbo que se conjuga na primeira pessoa.” – André Comte-Sponville - Tratado das Grandes Virtudes
60. "A prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar.” - André Comte-Sponville - Tratado das Grandes Virtudes
61. "A gratidão é a mais agradável das virtudes, não é no entanto, a mais fácil" André Comte-Sponville - O tratado das Grandes Virtudes
62. "A polidez é a origem das virtudes, a fidelidade, seu princípio, a prudência, sua condição." -André Comte-Sponville - O tratado das Grandes Virtudes
63. "Escrever é procurar entender; é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o ultimo fim o sentimento que permaneceria apenas vaga e sufocador Escrever e também abençoar uma vida que não foi abençoada." - Clarice Lispector
64. "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele." - Martin Luther King Jr
65. "O essencial é invisível aos olhos. Só se pode ver com o coração." - Saint-Exupéry
66. "Os olhos veem a partir de onde os pés pisam". Teólogo Leonardo
Boff
67. "O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado." - Albert Einstein
68. "Sonhar é acordar se para dentro." - Mario Quinta
69. "Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, são as ideias" - Victor Hugo
70. "A simplicidade é o último grau da sofisticação." - Leonardo Da Vinci
71. "Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto." - Teólogo Leonardo Boff
72. "Um homem não é mais que outro, apenas um faz mais do que outro" - Miguel de Cervantes
73. "Os homens são como os vinhos: a idade azeda os maus e apura os bons" -Cícero
74. "Quem abre uma escola fecha uma prisão."- Victor Hugo
75. "Nada no mundo é mais assustador que a ignorância em ação." - Goethe
76. "Que tuas palavras ilustrem teu pensamento e teu pensamento tuas palavras.” – William Shakespeare
77. "Sejamos bons e depois seremos felizes. Não desejemos o prêmio antes da vitória, nem o salário antes do trabalho. " Rousseau
78. "A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa - Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compra tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"- Pequeno Príncipe - livro do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry
79. "Enquanto as leis forem necessárias, os homens não estão capacitados para a liberdade.” - Pitágoras
80. "Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo." Antoine de Saint-Exupéry
81."A liberdade é para o homem o que o céu é para um condor" - Castro Alves
82. "A política é uma vocação, e quando não é uma vocação é uma especulação." -Machado de Assis
83. "Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, são as ideias.” - Victor Hugo
84. "A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação. " - Oscar Wilde
85. "Tomemos cuidado para que a velhice não nos enrugue mais o espírito que o rosto." - Montaigne
86. "Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. " - Clarice Lispector
87. "O maior erro dos médicos é tentar curar o corpo sem procurar curar a alma. Entretanto, corpo e alma são um e não podem ser tratados separadamente. " - Platão
88. "As forças naturais que se encontram dentro de nós são as que realmente curam nossas doenças." - Hipócrates
89. "Os jovens de hoje não parecem ter respeito algum pelo passado, nem esperança alguma para o porvir." - Hipócrates
90. "O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o de quem ama." - Leonardo Da Vinci
91. "A religião é o ópio do povo. "- Karl Marx
92. "Eu acredito no respeito pelas crenças de todas as pessoas, mas gostaria que as crenças de todas as pessoas fossem capazes de respeitar as crenças de todas as pessoas. " - José Saramago
93. "Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende de minha subjetividade." - Fernando Pessoa (Livro Desassossego)
94. "Perante quem é que somos homens? Essa é uma pergunta simples, mas que revoluciona toda a humanidade. Experimente fazê-la. Experimente pensa-la." - Vergilio Ferreira
95. “Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos." -Jean-Paul Sartre
96. "Todos nós nascemos originais e morremos cópias. " - Carl Jung
97. "Crescer é transpor limites." - Fernando Pessoa
98. Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida." - Alo-te
99. "Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências." - Pablo Neruda
100. O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade." - Winston Churchill
101. "Minha religião é o amor " - Dalai Lama 
102. "A religião é essencialmente uma doutrina de hierarquia, uma tentativa para recriar uma ordem cósmica de posições e poderes." - Friedrich Nietsche
103. "A religião é comparável a uma neurose da infância." - Sigmund Freud
104. "A ciência pode purificar a religião de erros e superstições. A religião pode purificar a ciência de idolatrias e erros absolutos." - Papa João Paulo 
105. "Combater a religião é atentar contra a sociedade."- Montesquieu
106. "A religião não é conhecimento doutrinário, mas sim sabedoria nascida da experiência pessoal." - Martinho Lutero
107. "No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas a humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las." - José Saramago
108. "Se os homens são assim tão maus apesar da ajuda da religião, como seriam eles sem ela?” - Benjamin Franklin
109. "Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado." - Roberto Shinyashiki
110. "O ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental." - William James
111. "A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora." - Benedetto Croce
112. "O resultado mais sublime da educação é a tolerância." - Helen Keller
113. "Meu irmão, a gente tem que descobrir maneiras -- sejam quais forem - de ficarmos fortes." Caio Fernando Abreu
114. "Frágeis usam a violência e os fortes as ideias." - Augusto Cury
115. "O sábio envergonha-se dos seus defeitos, mas não se envergonha de os corrigir” - Confucio
116. "Incentivar a leitura é a forma mais eficaz de disseminar cultura e valores, incitar a imaginação e despertar a criatividade." - Elaine Se Kimura
117. "Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.” - Confúcio
118. "A única arma capaz de combater a violência é a inteligência.” - Nagib Andeiros Neto
119. "O ódio é a vingança do covarde. " - George Bernard Shaw
120. "Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido." - Sir Arthur Lewis
121. “É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade." - Immanuel Kant
122. "Ninguém é responsável pelo nosso destino a não ser nós mesmo." - Provérbios de Salomão
123. “A violência é sempre terrível, mesmo quando a causa é justa." - Friedrich Schiller
ESTRUTURA DA REDAÇÃO: INTRODUÇÃO
É na introdução de uma redação que o leitor é apresentado ao conteúdo que será desenvolvido nas outras partes da do texto, como: desenvolvimento e conclusão. É o momento em que se traz o leitor para dentro da narrativa e tenta aguçar a sua atenção para que prossiga na leitura.
Pode ser iniciada de diversas maneiras, mas cuidado para não ser muito longa. Caso a redação tenha o limite de 30 linhas, reserve cerca de 4 a 5 linhas para a parte introdutória. Essa introdução deve ser mais a clara possível. Ela deve ser direta e objetiva.
• Apresente o tema e o enfoque que irá nortear sua redação;
• Seja sucinto, evite rodeios;
• No primeiro parágrafo que você deve iniciar sua linha de raciocínio para o leitor;
• Seus argumentos devem convencer o leitor.
O que evitar na introdução:
• Evite desviar o assunto, isto contará ponto negativo na hora da correção;
• Evite iniciar o primeiro parágrafo com as mesmas palavras do título;
• Evite escrever longos períodos, isto cansa o leitor;
• Jamais use “eu”, forma pessoal. Ou seja, não escreva na primeira pessoa. 
Estrutura da Introdução
É dividida em três parte principais:
Contextualização
A contextualização ou assunto é algo mais abrangente do que o tema, mas que está conectado a ele. Por exemplo: o tema da redação de 2018 foi “a manipulação do usuário pelo controle de dados na internet”. Nesse caso, o contexto poderia ser sobre meios de comunicação, redes sociais, internet em geral, privacidade, entre outras possibilidades.
Além disso, o contexto é um bom lugar para você citar algum repertório sociocultural, como um livro, um filme, uma música, um dado histórico ou estatístico.
Tema
Depois de fazer a contextualização, você deve demonstrar como o contexto está ligado ao tema. Tente não copiar o tema de forma literal. Em vez disso, tente escrever com suas palavras. Mas não esqueça de que todos os elementos do tema precisam estar presentes. Utilizando o exemplo anterior, você deve lembrar de mencionar a “manipulação”, o “controle de dados” e a “internet”.
Tese
Em seguida, você não pode esquecer de escrever a sua tese. A tese ou objetivo do texto é aquilo que você pretende defender ao longo da redação. Essa é uma das partes mais importantes de toda a sua redação. A fim de definir qual será a sua tese, você pode se perguntar: “o que eu acho sobre o tema?”. Partindo da sua resposta, você vai conseguir formular o objetivo do seu seu texto, ou seja, sua tese.
Perguntas na Introdução
Outras perguntas que podem auxiliar na criação da sua tese e, mais à frente, podem fornecer ideias para os parágrafos de desenvolvimento e para a conclusão:
 Qual o problema?
 Por que se trata de um problema?
 Quais as causas para tal problema?
 Há alguma solução?
 Como e por que colocar tal solução em prática?
 Como essa proposta pode, de fato, resolver o problema?
Agora tente fazer uma introdução respondendo todas essas perguntas:
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Tipos de Introdução
Citação
Se você conhecer uma citação relevante e relacionada ao tema, você pode usá-la como gancho para começar o seu texto.
Veja um exemplo do tema “Desafios da educação no Brasil do século XXI”:
“O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire afirmava que “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Analisando o pensamento e relacionando-o à realidade da educação no Brasil, percebe-se a necessidade de um olhar mais atento para o aprimoramento do sistema de ensino, considerando sua importância para a promoção de uma sociedade mais crítica e reflexiva, que, consequentemente, tende a ser mais justa, igualitária e humanizada.”
Agora tente fazer uma introdução desse tipo:
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Definição
Outra forma fácil e interessante de iniciar o seu texto é fazer uma definição acerca do tema, ou seja, explicar o assunto.
Veja um exemplo de introdução nesse modelo para o tema “Sedentarismo: o grande mal do século?”
“Define-se como sedentário o indivíduo que não pratica atividades físicas no seu cotidiano. Doenças como obesidade, diabetes, aumento do colesterol e problemas cardíacos são algumas das que podem aparecer como consequência deste mau hábito. (…)”
Agora tente fazer uma introdução desse tipo:
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Exemplificação
Neste caso, você inicia o texto com algum exemplo de dado estatístico, uma notícia ou lei, por exemplo. Você pode também utilizar algum conhecimento de mundo que diz respeito ao tema.
Veja o exemplo que preparamos para você sobre o mesmo tema do tópico anterior:
“Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 196, é dever do Estado garantir o acesso à saúde, bem como é responsável pelas medidas públicas para zelar pelo bem-estar físico de todos os cidadãos brasileiros. Assim, faz-se necessário que o Poder Público atente-se para o sedentarismo enquanto situação que põe em risco a saúde de milhares de cidadãos do país.”
Agora tente fazer uma introdução desse tipo:
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Alusão histórica
Esse é mais um dos modelos de introdução para redação. Nele, você apresenta um fato histórico que remete ao tema e compara-o à discussão na atualidade.
O Enem cobra do aluno a capacidade de demonstrar conhecimentos de mundo e um bom repertório sociocultural. Portanto, essa alternativa é uma boa forma de dar credibilidade à sua argumentação.
Veja um exemplo de introdução para o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”:
“A intolerância religiosa é um problema recorrente na história da humanidade. Na Idade Média, por exemplo, os Tribunais do Santo Ofício – também chamados de Inquisição – julgavam e condenavam as pessoas que não acreditavam na religião católica. Apesar de o Brasil ser um país laico, tem-se, atualmente, um contexto análogo a essa situação: ainda persistem os casos de discriminação e preconceitos sofridos por algumas religiões. Sendo assim, encontrar caminhos para combater a intolerância religiosa, no Brasil, é um desafio que precisa ser enfrentado pela sociedade civil e pelo Estado.”
Agora tente fazer uma introdução desse tipo:
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Afirmativa
Nesse modelo, você faz uma espécie de declaração sobre o assunto logo no início. Escolha uma frase de impacto, mas que não seja exagerada.
O objetivo é chamar a atenção do leitor, por exemplo, com uma afirmação crítica. 
Confira esta introdução para o tema “A persistência da violência contra a mulher”:
“O Brasil é uma nação historicamente machista e violenta, o que é perceptível ao analisarmos a persistência das agressões contra as mulheres mesmo depois das recentes medidas

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